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A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu

artigo 6ª o direito a saúde, educação, segurança, moradia, trabalho e outros como inerente a todo
cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática
quando se observa o descaso à importância das informações coletadas pelo Censo demográfico e
aos recenseadores no Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desses direitos sociais tão
importantes. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse
quadro.

Em uma primeira análise, deve-se ressaltar ausência de medidas governamentais para combater
o problema. Nesse sentido, mostrando a falta de melhor aproveitamento das informações
conseguidas por esse processo, por parte das autoridades públicas. Essa conjuntura, segundo as
ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do ‘‘contrato social”, já
que o estado não cumpre com sua função de garantir que os cidadãos disfrutem de direitos
indispensáveis como os citados na Constituição Federal, o que infelizmente é evidente no país.

Ademais, é fundamental apontar o tratamento inadequado com os recenseadores como


impulsionador do problema no Brasil. Segundo informações dadas pelos próprios trabalhadores,
além do salário sofrer atraso, também se queixão agressões verbais, assaltos, ameaças, assédio
sexual e racismo. Diante de tal exposto, comprometendo a segurança durante a coleta. Logo, é
inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso, é


imprescindível que o governo, junto com o IBGE, por intermédio de veículos de informações
confiáveis, promova campanhas que mostrem a importância das pesquisas feitas pelo Censo e como
influenciam no melhoramento da administração do país, quando seguido corretamente. Assim, se
consolidará uma sociedade mais organizada, onde o estado cumpre com seu ‘‘contrato social”, tal
qual afirma John Lokce.

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