Você está na página 1de 1

Violência infantil: Como garantir os Direitos da Criança e do Adolescente?

O Artigo 227 da Constituição de 1988 afirma como dever do Estado a garantia prioritária dos direitos e
do bem-estar das crianças e dos adolescentes. Entretanto, tal teoria não tem sido vista em metodologias
práticas, uma vez que a violência infantil ainda é uma chaga persistente. Isso ocorre sobretudo, pela
negligência estatal, provocando danos ao desenvolvimento pessoal. Sendo assim, resta discutir a
problemática, bem como, engendrar formas de resolvê-la.

Diante desse cenário, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à negligência estatal quanto
perpetuador da violência infantil. Nesse contexto, é indiscutível que os direitos das crianças e dos
adolescentes são previstos na constituição e devem ser mediados pelo Estado, garantindo sua
efetividade. Todavia, é notável que tem ocorrido um forte descaso com as prerrogativas que são devidas
aos menores. Em consonância com tal tese, é possível trazer a obra ‘’O cidadão de papel’’, do sociólogo
Gilberto Dimenstein, a qual afirma que embora o Brasil possua um sólido aparato legislativo, ele
mantém-se restrito ao plano teórico. Portanto, verifica-se a materialização do pressuposto no fato de
que, apesar de existirem muitas leis e medidas que visam a garantia desses direitos, a ineficiência e a
morosidade do Estado impedem que sejam de fato efetivadas, favorecendo a prática e perpetuação da
violência infantil.

Ademais, é essencial denunciar os danos ao desenvolvimento pessoal, tendo em vista que são
consequências da violência infantil. Nessa perspectiva, é indubitável o papel da infância na formação do
individuo para o mundo, desenvolvendo habilidades necessárias para toda a vida. Todavia, tal formação
não ocorre com milhares de crianças e adolescentes, os quais ao serem submetidos a diversos abusos,
criam traumas e problemas psicológicos, perdendo a oportunidade de se desenvolverem por completo,
não aproveitando essa importante fase da vida. De maneira análoga a essa tese, cabe citar que de
acordo com o Ministério da Saúde, a violência infantil pode ocasionar três problemáticas principais para
as crianças e adolescentes. São elas: – Problemas sociais, emocionais, psicológicos e cognitivos durante
toda a vida, podendo apresentar também comportamentos prejudiciais à saúde. Sendo assim, é notável
como a violência infantil rouba a infância das crianças, além de ocasionar sequelas físicas e cognitivas.

Nota-se, portanto, a necessidade de promover medidas que minimizem a ocorrência e as consequências


da violência infantil. Para tal, é essencial que o Estado combata as razões de sua própria ineficiência,
fazendo uma analise detalhada e toda a sua estrutura legislativa referente as crianças e aos
adolescentes, reformulando e colocando em pratica todas as leis e medidas ja aprovadas, para que as
crianças gozem de todas as prerrogativas que lhes são devidas. Além disso, é mister que o estatuto da
criança e do adolescente em parceria com a rede televisiva e a mídia combatam a violência infanto
juvenil, por meio de propagandas e postagens nas redes sociais que incentivem a pratica da educação
positiva e sem agressões físicas e psicológicas , para que então, os direitos sejam garantidos a todos os
menores.

Você também pode gostar