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SOPHIA DOS SANTOS OLIVEIRA, menor impúbere, representada por sua genitora,
ELISÂNGELA DOS SANTOS BATISTA, brasileira, viúva, desempregada, portadora da
carteira de identidade nº 1.564.789 , inscrita no CPF sob o nº 047.284.971-56, residente e
domiciliada na rua 13 de maio, CEP 77.650-000, Aparecida do Rio Negro -TO, por seu
advogado abaixo subscrito, conforme procuração anexa, com endereço profissional na
Avenida JK, Quadra 106 Sul Lt 23, para fins do art. 106, I, do Novo Código de Processo
Civil, vem a este Juízo, com fulcro no CDC (Lei 8.078/90), na Lei 9.099/95 e no art. 5a.,
XXXV da CF/88, propor a presente:
em face do ESTADO DO TOCANTINS, pessoa jurídica de direito público interno, com sede
nesta capital, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
Assim, requer a Autora que Vossa Excelência defira o presente pedido de gratuidade
com base e fundamento nas normas legais acima elencadas, por ser questão de direito e de
justiça.
DA TUTELA DE URGÊNCIA:
O art. 300 do CPC estabelece que: "a tutela de urgência seja concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo ".
Todos os requisitos estão presentes, senão vejamos.
A probabilidade do direito que evidencia da alegação de que o genitor era o
responsável por prover alimentos à filha, pode ser inferida pela certidão de nascimento
anexa, bem como do acordo do dever de pagar a pensão à filha firmada anteriormente,
cessado somente em razão do óbito.
Por outro lado, é manifesto o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, eis
que, conforme já informado, a genitora não é capaz de arcar sozinha com os custos da
criação da parte autora, sendo necessário o auxílio do financeira da pensão para garantir o
sustento e bem estar da menor.
Destarte, deve ser concedida tutela de urgência para fixar alimentos provisórios no
valor de 1 (um) do salário mínimo, artigo 4º da Lei de Alimentos (5.478/68): “Art. 4º As
despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo
devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.”
DOS FATOS
A autora era filha de João dos Santos Batista, que veio a perder sua vida
drasticamente no dia 15 de Outubro de 2021 na cidade de Pindorama - TO. Neste dia, a
cidade comemorava 30 anos de emancipação política e realizou uma festa noturna aberta à
população em geral na feira coberta do município localizada no centro de sua área urbana.
Ocorre que por se tratar de cidade pequena, com aproximadamente 2.500
habitantes, o município não conta com o efetivo militar necessário para realizar a segurança
que o evento exigia. No dia 05 de Outubro de 2021, o município através de suas
autoridades competentes comunicou o comandante do destacamento da polícia militar do
Estado do Tocantins acerca da proximidade do evento, solicitando reforço policial.
Infelizmente, o evento não recebeu o quantitativo militar proporcional ao evento
realizado, sendo escalada apenas uma guarnição composta por 2 (dois) policiais militares
responsáveis pelo policiamento ostensivo, preventivo e repressivo. Em razão da evidente
fragilidade da segurança que se fazia presente no dia da festa, João, o pai da autora, veio a
óbito em decorrência de disparos de arma de fogo de autoria de um terceiro que pretendia
ceifar a vida de um desafeto que estava no local, que foi preso em seguida pelos policiais
militares após cometer o homicídio.
O de cujus, era responsável por pagar mensalmente pensão alimentícia
correspondente a 35% do salário mínimo vigente à autora, de apenas 11 meses na data do
acontecido.
A autora representada por sua genitora pugna pela responsabilização do Estado
diante da falha/omissão no dever de oferecer o policiamento adequado a proporção do
evento realizado no município, que resultou na privação da infante do auxílio financeiro a
título de pensão alimentícia do qual faz jus.
Tendo sido privada de conhecer e conviver com o genitor, a autora foi submetida a
um sofrimento que vai muito além de toda a questão material, causando-lhe também danos
de ordem psicológica e social que a irão marca-la pelo resto de sua vida.
DOS FUNDAMENTOS
DOS PEDIDOS
a) A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, inciso VII,
do Código de Processo Civil;
Nestes Termos,