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Tramitação prioritária – art. 71 da Lei nº 10.741/03 e art. 1.048 do Código de Processo Civil
I. DOS FATOS
xxxxxxxxxxx
II. DO DIREITO
A Constituição Federal, em seu artigo 1º, estabelece a dignidade da pessoa humana como
um de seus fundamentos, a qual representa um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico
deve assegurar.
O artigo 230, ainda da CF, dispõe que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de
amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), por sua vez, determina, em seu artigo 3º, que é
obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com
absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura,
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária.
Ainda no Estatuto do Idoso, determina-se que compete ao Ministério Público atuar como
substituto processual do idoso em situação de risco (art. 74, III).
Além disso, como se sabe, é da lavratura, ainda que extemporânea do registro de
nascimento, que advém o reconhecimento jurídico do indivíduo quanto à sua existência,
propiciando sua identificação na ordem civil e viabilizando o exercício da cidadania.
Assim, nos termos do artigo 5º da Constituição Federal, o qual apregoa a igualdade, a
dignidade e o exercício da cidadania, bem como do artigo 50, da Lei de Registros Públicos, o qual
nos traz a seguinte redação: "Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado
registro (…)" e, art. 109, caput “Quem pretender que se restaure, supra ou retifique
assentamento no Registro Civil, requererá, em petição fundamentada e instruída com
documentos ou com indicação de testemunhas, que o Juiz o ordene, ouvido o órgão do
Ministério Público e os interessados, no prazo de cinco dias, que correrá em
cartório.”(destacamos), resta evidente a imprescindibilidade da lavratura do Registro de
Nascimento do senhor xxxxxxxx.
Desse modo, apenas após a lavratura do seu Registro Civil de Nascimento, é que estarão
assegurados seus direitos básicos, garantindo-lhe o atendimento das áreas da Saúde, Educação,
Previdência Social e nas demais Instituições e Órgãos Públicos.
Cumpre salientar, ainda, que o registro civil de nascimento é um direito individual
indisponível, o qual atesta a existência da própria pessoa, não interessando apenas ao indivíduo,
mas a toda a coletividade, pois é importante que toda criança, adolescente, jovem, adulto, ou
idoso seja considerado estatisticamente, para a elaboração de políticas públicas de saúde,
educação e emprego.
Por fim, salienta-se que, em consonância com o disposto no artigo 127/CF, o Ministério
Público tem legitimidade para atuar no presente caso, uma vez que a confecção de registro de
nascimento interessa indistintamente a toda coletividade, tendo sido esse, inclusive, o
entendimento dos Tribunais, conforme disposto a seguir:
III. DO PEDIDO
1. A tramitação prioritária do presente feito, nos termos do art. 71 da Lei 10.741/03 e a rt.
1.048 do Código de Processo Civil;
2. A procedência do pedido, com a expedição do competente mandado judicial para fins de
inscrição de registro civil perante o Cartório de Registro Civil - Comarca de XXX, de XXXXXX, nascido
em XX de XXXXX de XXXX, na cidade de XXXXXXXX, que na época pertencia à cidade de XXXXXXXX,
filho de XXXXXXXX e XXXXXXXXX.
XXXXXXXX
Promotor de Justiça
xx Promotoria de Justiça de xxxxxxxxx
Testemunhas:
1. xxxxx
2. xxxxx
3. xxxxx
Documentos juntados:
1. xxxxxxxx
2. xxxxxxxx
3. xxxxxxxx
4. xxxxxxxx