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XXXXXXX, menor e incapaz, neste ato representado por seu representante legal
XXXXXXXXXXXXXXX, brasileira, casada, vendedora, portador da Cédula de
identidade RG nº XXXXXX SSP/SP e devidamente inscrito no CPF sob nº
XXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXX, nº XXXXX, Bairro
XXXXXXX, Cidade - Estado, CEP: XXXXX, telefone XXXXXXXXX, vem à
presença de V.Exa. por intermédio de seu procurador que esta subscreve (proc. Anexa),
propor a presente:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, afirma, sob as penas da lei, nos exatos termos do inciso LXXIV, do artigo
5º, da Constituição da República, e na forma do artigo 4º, da Lei nº 1.060/50, ser pessoa
hipossuficiente, sem condições de arcar com o pagamento das custas processuais e dos
honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento próprio e de sua família, razão
pela qual é titular do direito público subjetivo à assistência jurídica integral e gratuita,
no contexto da qual se insere a GRATUIDADE DE JUSTIÇA, que desde logo requer.
II – DOS FATOS
III – DO DIREITO
Embora, não haja no código de processo civil, nenhuma previsão legal quanto a valor de
causa referente a este tipo de ação, pois entende-se que o ente público, irá cumprir com
a sua obrigação e fornecer a vaga em creche, o que não acontece na pratica.
Logo, o texto processual que mais se aproxima do caso, é a do Art. 291, do CPC, tendo
em vista o proveito econômico obtido pelo infante. Neste quesito, importante frisar, que
o proveito não está atrelado única e exclusivamente ao ganho que terá a criança. Mas
devemos considerar a perspectiva de ganhos com o trabalho que a mãe poderá
desenvolver, trazendo aumento de renda para casa e para o município como um todo.
Assim, com base na média dos orçamentos obtidos em creches particulares, chegou-se a
um valor de R$ 980,00/mês. Logo, se considerarmos o tempo de vida da criança, e o
tempo que ela pode desfrutar da creche, será de aproximadamente 51 meses. Fazendo
um simples cálculo, se chegará ao valor provável da ação.
O direito à educação fundamental, tal sua importância, foi erigido pela Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988, como um dos direitos sociais básicos, a teor do
que dispõe o art. 6º, in verbis:
“Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.”
E, das diretrizes traçadas pela Magna Carta, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e
também pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, como logo se verá, colhe-se que
a educação básica é direito subjetivo público e dever prioritário do Estado,
importando na obrigação de desenvolvimento de ações governamentais integradas e
conjuntas com o objetivo de propiciar a todos, e com padrão de qualidade, o pleno
desenvolvimento da personalidade, e, especialmente em relação às crianças e aos
adolescentes, com observância nesse mister de sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
Conforme estabelece o inciso IV, do artigo 208, da CRFB/88, o dever do Estado com a
educação será efetivado mediante a garantia de educação infantil, em creche e pré-
escola, às crianças até 06 (seis) anos de idade, sendo este um direito gratuito de
assistência dos trabalhadores urbanos e rurais, na forma do art. 7º, inciso XXV, da Carta
Magna.
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por fim o desenvolvimento
integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, sendo oferecida em creches e pré-escolas.
Logo, verifica-se que a legislação que disciplina as diretrizes e bases da educação
nacional, informa que a educação infantil tem como finalidade primordial o
desenvolvimento da criança nos seus aspectos pessoal e social, dissociando-se, portanto,
de critérios de aprovação.
De outra parte, mostra-se patente o fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação, considerando que a tranquilidade financeira e emocional da Representante
Legal da criança que necessita da vaga em creche reflete diretamente nos cuidados com
esta última.
Diga-se, por oportuno, que a concessão da medida antecipatória pleiteada não acarretará
qualquer dano ao Réu, pelo que não se admite qualquer argumentação no sentido da
existência de óbices à antecipação de tutela.
V – DOS PEDIDOS
O patrono do autor (a) requer ainda que lhe seja concedido os benefícios da Lei nº
10.352, de 26 de Dezembro de 2001, para as cópias apresentadas, ciente da
responsabilidade administrativa, cível e criminal, quanto á verdade nelas impressas e
por fim, que todos e quaisquer atos processuais vindouros, sejam exclusivamente
publicados em nome do advogado do (a) autor (a), Dr. Paulo Cesar Wiebbelling
OAB/SP 407.049, com escritório localizado na Rua Herry Simonsen, nº 50, SL. 10,
Centro - Município de Guarulhos – Estado de São Paulo – CEP – 07145-310.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF