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Em face do ato praticado por Ivanaldo dos Santos Manoel, brasileiro, casado,
Prefeito do Município de Bertioga, inscrito no CPF n°…, e RG n°…, localizado
na Rua …, n° …, Bairro xxxx, vinculado ao Município de Bertioga, pessoa
jurídica de direito público, inscrita no CNPJ …, com sede na Rua xxxx, Bairro
xxx, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto:
DOS FATOS
DOS DIREITOS
Da Legitimidade Ativa
A presente ação popular foi proposta pelo cidadão Ivan Santos, que está em
pleno gozo de seus direitos políticos. Conforme artigo 1º, §3º, da Lei n.
4.717/65 está legitimado para pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio
público, vejamos:
[…]
Desta forma, a autora é parte legítima para propor a presente demanda, uma
vez que se trata de cidadão que visa anular ato lesivo à moralidade
administrativa.
Da Legitimidade Passiva
Sendo assim, resta claro que o Prefeito é parte legitima pra atuar no polo
passivo desta ação, visto que o próprio deu causa ao dano, elegendo seus
filhos e tias como secretários do município de Bertioga.
DO MÉRITO
Do ato lesivo
Cabe salientar que tal ato do prefeito além de ferir o princípio constitucional
da moralidade administrativa, também fere o princípio da legalidade, pois tal
princípio pressupõe que todas as ações do administrador público devem ser
pautadas de acordo com o disposto na legislação vigente, sendo assim o ato
praticado pelo prefeito é considerado nepotismo.
Com a nomeação de seus filhos sem se quer uma justificativa plausível o réu
prejudica o funcionalismo público. O nepotismo é sem dúvida o maior exemplo
de ofensas aos princípios constitucionais que regem a administração pública.
Diante dos argumentos expostos, resta claro que o ato praticado pelo gestor
público municipal deve ser anulado conforme artigo 3° da lei n° 4.717/65:
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de
direito público ou privado, ou das entidades mencionadas
no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas
especificações do artigo anterior, serão anuláveis,
segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com
a natureza deles.
Sendo assim, não restam dúvida que o ato praticado pelo prefeito do município
de Bertioga, não observou os preceitos constitucionais, disposto no artigo 37
da Constituição Federal, ferindo os princípios que regem a administração
pública, decretando a anulação do ato.
A concessão da medida liminar está prevista na Lei n.º 4.717/65, artigo 5°,
parágrafo 4°, vejamos:
O periculum in mora, por sua vez, está consubstanciado uma vez que a
demora do processo causará lesão à municipalidade, visto que os secretários
nomeados são parentes do Gestor do município.
DOS PEDIDOS
Dá-se à causa o valor de R$ 880,00 (oito centos e oitenta reais) apenas para
efeitos fiscais.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
[Assinatura do Advogado]
Ill – Procuração
IV – Título Eleitoral