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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___ VARA

CÍVEL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CIDADE/UF.

XXXXXXXX, (Prenome), (nacionalidade), (estado civil), comerciante, portador da cédula de


identidade R.G. nº XXXXXX, e inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliado
na (Rua), nº XXX, Sã o Caetano/PE, CEP.: XXXXXXX, endereço eletrô nico: xxxxxx@gmail.com,
portador do Título de Eleitor nº 123456, Seçã o XXX, Zona XXX, cidadã o em pleno gozo de
seus direitos políticos, conforme documento anexo, nos termos do artigo 1º, § 3º, da Lei nº
X.XXX/XX, por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve, procuraçã o em
anexo (Doc), com escritó rio profissional situado na (Rua), (nú mero), (bairro), (CEP),
(Cidade), (Estado), endereço eletrô nico: XXXXXX@gmail.com, vem, respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituiçã o
Federal de 1988, e a Lei nº 4.717/65, impetrar a presente:
AÇÃO POPULAR com pedido de liminar

em face de ato do PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CIDADE/UF, pessoa jurídica de direito


pú blico, com sede na (Rua), nº (XXX), Cidade/UF, CEP.: XXXXXXX, endereço eletrô nico:
prefeito@gmail.com, e em face do PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE COMERCIANTES
LOCAIS (ACSC-UF), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
XXXXXXXXXXXXXX, com sede na (Rua), nº (XXX), Sã o Cidade/UF, CEP.: XXXXXXX, endereço
eletrô nico: XXXXXX@gmail.com, pelos motivos de fatos e direitos a seguir expostos.

I – DOS FATOS
No dia 10 de fevereiro de 2020 o Prefeito Jacinto Jacaré transferiu a cobrança do serviço de
estacionamento em locais pú blicos, denominado “Zona Azul”, para uma associaçã o de
comerciantes locais (ACSC-UF), cujo presidente, Sr. XXXX, é seu amigo pessoal e principal
colaborador de sua campanha eleitoral.
Ocorre que quando o Prefeito transferiu o serviço para seu amigo pessoal e principal
colaborador de sua companha eleitoral, fez se o ato sem a realizaçã o da devida modalidade
que de maneira legal denominada licitaçã o, modalidade imposta aos entes pú blicos para
realizar a denominada concessã o de serviços pú blicos, com base na Lei nº 8.666 de 21 de
junho de 1993.
É cabível salientar que Luiz Augusto, é morador de Sã o Caetano no Estado de Pernambuco,
atualmente comerciante e muito engajado em política, tendo, inclusive, encerrado um
mandato como vereador há pouco mais de um mês. Devidamente correto com suas
obrigaçõ es eleitorais com o título de eleitor de nº 123456, anexo certidã o de quitaçã o
eleitoral. Ele ficou inconformado com uma decisã o do prefeito de sua cidade. Tendo em
vista que como já mencionado é fielmente ativo nos quesitos direitos e deveres em que
compõ e a sua estimada cidade, o requerente ficou inconformado pelo fato do Prefeito
Jacinto Jacareí ter subestimado a sua populaçã o e ter beneficiado um amigo, tendo em vista
que este o apoia em sua campanha eleitoral e é sabido que como Prefeito é de suma
importâ ncia agir amparado na Lei que no caso em questã o com fulcro na Lei 8.666 de 21
de junho de 1993.
II – LEGITIMIDADE

A) ATIVA
A Açã o Popular tem previsã o no artigo 5º, inciso LXXII da Constituiçã o Federal: “Art. 5º
Todos sã o iguais perante a lei, sem distinçã o de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Esse artigo garante o seu ajuizamento
a todos os cidadã os no regular gozo dos seus direitos, políticos, o que é o caso do autor,
conforme comprovado pelo Título Eleitoral e Certidã o de Obrigaçõ es Eleitorais.
B) PASSIVA
O réu apontado nessa peça processual é devidamente responsá vel pelo ato ilegal, lesivo ao
Patrimô nio Pú blico conforme artigo 6º da Lei 4.717/65: “ A açã o será proposta contra
pessoas pú blicas ou privadas e as entidades referidas no artigo 1º contra as autoridades,
funcioná rios ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou
praticado o ato impugnado ou que, por omissas, tiveram dado oportunidades à lesã o, e
contra os beneficiá rios direitos do mesmo”.
C) PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
A Tutela de Urgência na Açã o Popular está prevista no artigo 5º pará grafo 4ª da Lei
4717/65: “Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da açã o,
processá -la e julgá -la o juiz que, de acordo com a organizaçã o judiciá ria de cada Estado, o
for para as causas que interessem à Uniã o, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município”.
Esse artigo demonstra a probabilidade do direito e o perigo da dano ou o risco do resultado
ú til do processo.
III – DO CABIMENTO AÇÃO POPULAR
O artigo 5º, inciso LXXXII da CF/88 menciona:
Art. 5º Todos sã o iguais perante a lei, sem distinçã o de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadã o é parte legítima para propor açã o popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimô nio pú blico ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimô nio histó rico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má -fé, isento de custas judiciais e do ô nus da sucumbência;
Com base no artigo acima citado admite a impetraçã o da Açã o Popular, por qualquer
cidadã o, que visa anular o ato lesivo ao patrimô nio pú blico, por sua vez, à moralidade
administrativa ao meio ambiente e ao patrimô nio histó rico e cultural. Conforme a Lei
4.717/65 que estabelece o rito da presente açã o. Conforme redaçã o da Constituiçã o
Federal a celebraçã o de contrato de concessã o, sem a devida licitaçã o, é contrato
administrativo que ofende a moralidade administrativa, já mencionada na presente açã o,
inclusive seus pontos cruciais. Além de ser ato lesivo ao patrimô nio. Dito isto, o
ajuizamento da presente é perfeitamente cabível.
IV – INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Ao Ministério Pú blico é cabível o acompanhamento da açã o, que por sua vez atua como
fiscal da Lei com base no pará grafo 46º da Lei 4.717/65.
V – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
No Artigo 37 da CF/88 na Lei os Princípios da Administraçã o Pú blica: “A administraçã o
pú blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência” (BRASIL, 1988, [s.p.]).
De acordos com os Princípios da Administraçã o Pú blica vamos a uma aná lise um pouco
mais criteriosa.
No Princípio da Legalidade a Administraçã o Pú blica está subordinada à s leis e à
Constituiçã o, assim como todo cidadã o; no Princípio da Impessoalidade a Administraçã o
Pú blica deve ter como ú nico objetivo o interesse pú blico, jamais os interesses pessoais dos
seus políticos ou de algum grupo específico; no Princípio da Moralidade administrativa se
refere a padrõ es éticos, ao decoro, à boa-fé, à honestidade, à lealdade e à probidade no trato
da Coisa Pú blica, sempre tendo como finalidade o bem comum. O desrespeito a esse
princípio enseja a chamada improbidade administrativa; no Princípio de Publicidade os
atos da Administraçã o Pú blica sã o pú blicos por natureza, devendo ser transparentes a toda
a sociedade, que deve ter conhecimento nã o só dos atos praticados pelo Poder Pú blico e
por fim no Princípio de Eficiência Administrativo, prevendo que o administrador deve
buscar sempre os melhores resultados com o menor custo à Administraçã o, em uma
positiva relaçã o de custo/benefício, buscando presteza e qualidade em suas atividades.
Pela Supremacia do Interesse Pú blico (finalidade), pela razoabilidade e proporcionalidade
dos seus atos, pela motivaçã o, pela segurança jurídica e pela ampla defesa e o contraditó rio
nas relaçõ es com os administrados.
Outro princípio constitucional administrativo de imensa relevâ ncia é o da obrigatoriedade
de licitaçã o para contrataçã o com a Administraçã o Pú blica, que está previsto no art. 37,
XXI:
Ressalvados os casos especificados na legislaçã o, as obras, serviços, compras e alienaçõ es
serã o contratados mediante processo de licitaçã o pú blica que assegure igualdade de
condiçõ es a todos os concorrentes, com clá usulas que estabeleçam obrigaçõ es de
pagamento, mantidas as condiçõ es efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificaçã o técnica e econô mica indispensá veis à garantia do
cumprimento das obrigaçõ es.
O desrespeito a esse princípio pode constituir improbidade administrativa e, inclusive, a
ocorrência de crimes de modalidade licitató ria.
A Açã o Popular está prevista no art. 5º, LXXIII, da CF/88, que dispõ e:
Qualquer cidadã o é parte legítima para propor açã o popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimô nio pú blico ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimô nio histó rico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má -fé, isento de custas judiciais e do ô nus da sucumbência. (BRASIL, 1988, [s.p.]
Somente quem estiver no gozo de seus direitos políticos que pode ingressar com Açã o
Popular, por esta razã o anexo a certidã o de quitaçã o eleitoral juntamente com o título de
leitor para fins comprobató rio.
Com base no artigo 1º da Constituiçã o da Republica:
Pará grafo ú nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos da Constituiçã o.
VI – LIMIAR
Trata-se o presente caso de grande relevâ ncia, tendo em vista que é cabível evitar a lesã o
ao patrimô nio pú blico, em virtude de imoralidade administrativa.
VII – DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A citaçã o do Réu para a devida contestaçã o a presente açã o, sob pena da aplicaçã o dos
efeitos da Revelia;
b) A condenaçã o do Réu no pagamento ao autor, das custas e demais despesas judiciais e
extrajudiciais, bem como nos honorá rios de advogado;
c) A confirmaçã o da Liminar, nos termos em que foi requerida;
d) A invalidaçã o do ato lesivo ao patrimô nio pú blico e à moralidade condenando o Réu ao
pagamento das perdas e danos;
e) A produçã o das provas documentais.
f) A devoluçã o do dinheiro pú blico eventualmente recebido pela Associaçã o (ACSC-UF).
Dá -se à causa o valor de R$ XXXXX (valor por extenso).
Pede deferimento.
Sã o Caetano, XX de março de 2020.
Nome do Advogado
OAB/XX 000.000
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***Leia também***
• Modelo de peça: Recurso de Apelação
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