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I - DOS FATOS O prefeito municipal João, como parte das iniciativas de modernização
que vêm sendo adotadas no plano urbanístico do Município Beta, bem sintetizadas
no slogan “Beta rumo ao século XXII”, determinou que sua assessoria realizasse
estudos para a promoção de uma ampla reforma dos prédios em que estão instaladas
as repartições públicas municipais. Esses prédios, localizados na região central do
Município, formam um belo e importante conjunto arquitetônico do século XVIII,
tendo sua importância no processo evolutivo da humanidade reconhecida por
diversas organizações nacionais e internacionais, tanto que tombados
lI - DOS FUNDAMENTOS
A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, § 4º, da Lei 4717/65 e
também no art. 300 do CPC/15. O fumus boni iuris decorre da flagrante ofensa à
ordem constitucional, o que acarreta a nulidade do ato, e o periculum in mora se
configura na iminência de serem causados danos ao patrimônio-histórico.
O artigo 5º, inciso LXXXII da CF/88 menciona: Art. 5º Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXIII - qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Com base no artigo
acima citado admite a impetração da Ação Popular, por qualquer cidadão, que visa
anular o ato lesivo ao patrimônio público, por sua vez, à moralidade administrativa ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Conforme a Lei 4.717/65 que
estabelece o rito da presente ação. Conforme redação da Constituição Federal a
celebração de contrato de concessão, sem a devida licitação, é contrato
administrativo que ofende a moralidade administrativa, já mencionada na presente
ação, inclusive seus pontos cruciais. Além de ser ato lesivo ao patrimônio. Dito isto,
o ajuizamento da presente é perfeitamente cabível.
II.3 – DA LEGITIMIDADE A Ação Popular tem previsão no artigo 5º, inciso LXXII da
Constituição Fe deral: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade”. Esse artigo garante o seu ajuizamento a todos os cidadãos no regular
gozo dos seus direitos, políticos, o que é o caso do autor, conforme comprovado pelo
Título Eleitoral e Certidão de Obrigações Eleitorais.
II.4 – DA COMPETÊNCIA
A justiça de 1º grau a competente para processar e julgar, por se tratar de ação cível,
não tendo espaço para as hipóteses de prerrogativas de foro estabelecidas na
CRFB/88, a ação será demandada no Juízo Cível (ou da Fazenda Pública) do local que
ocorreu o ato lesivo, nos termos do art. 5º da Lei 4717/65.
A presente ação visa a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, nos termos do art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 e art. 1º da Lei 4717/65.
Como o ato praticado pelo prefeito é lesivo ao patrimônio histórico, é cabível a
declaração de sua nulidade via ação popular.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ ...
Advogado
OAB/UF n.º...