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AMÉLIA DE ALMEIDA LEANDRO FIGUEIROL

AO DOUTO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE VILHENA - ESTADO DERONDÔNIA

MARIA, brasileira, solteira, profissão, portadora do RG XXXXX-X e inscrita no CPF nº XXX.XXX.XXX-


XX, residente, domiciliada e eleitora do Município de Vilhena/RO, com endereço na Rua_______________,
N°_____, Bairro _________, vem por meio de seu advogado apresentar respeitosamente, com
fundamento no art. 5°, LXXIII, da Constituição Federal e Lei n° 4.715/65,propor:

AÇÃO POPULAR C/C PEDIDO LIMINAR

Em face de Secretário Municipal do Meio Ambiente do Município de Vilhena no Estado de


Rondônia, Sociedade Empresária ZZ, pessoa juridica de direito privado e João, brasileiro, solteiro e
empresário, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I. DOS FATOS

A autora é residente e eleitora na cidade de Vilhena/RO e possui enorme admiração pelo


município e em razão da Sociedade Empresária ZZ junto a João iniciar uma construção ao lado de um
imóvel considerado patrimônio histórico, mesmo com autorização so Secretário Municipal do Meio
Ambiente, decidiu propor a presente ação, sendo visto que, como se trata de um patrimonio histórico
poderia ser lesado em meio a isso.
A autora ainda procurou conhecimentos com laudos de peritos técnicos onde indicaram que a
construção causará danos estruturais ao imóvel considerado patrimônio histórico.

II. DA LEGITIMIDADE

O autor possui total legitimidade ativa para presente ação, uma vez que, o artigo 5, LXXIII da
Constituição Federal e no art. 1º, § 3º da Lei 4.717/65 dispõe sobre. Assim, como a autora é cidadã e seus
direitos e deveres politicos estão em dias, a mesma tem a legitimidade de ingresso. Com a jurisprudencia
de nossos Tribunais consoante se comprova com a ementa abaixo transcrita:
AÇÃO POPULAR. LEGITIMIDADE. CIDADÃO. ELEITOR. A ação popular em
questão foi ajuizada por cidadão residente no município em que também é
eleitor. Sucede que os fatos a serem apurados na ação aconteceram em
outro município. Vem daí a discussão sobre sua legitimidade ad causam a
pretexto de violação dos arts. 1º, caput e § 3º, da Lei n. 4.717/1965 e 42,
parágrafo único, do Código Eleitoral. Nesse contexto, é certo que o art. 5º,
LXXIII, da CF/1988 reconhece a legitimidade ativa do cidadão e não do eleitor
para propor a ação popular e que os referidos dispositivos da Lei n.
4.717/1965 apenas definem ser a cidadania para esse fim provada mediante
o título de eleitor. Então, a condição de eleitor é, tão somente, meio de prova
da cidadania, essa sim relevante para a definição da legitimidade,
mostrando-se desinfluente para tal desiderato o domicílio eleitoral do autor
da ação, que condiz mesmo com a necessidade de organização e fiscalização
eleitorais. Já o citado dispositivo do Código Eleitoral traz requisito de
exercício da cidadania em determinada circunscrição eleitoral, o que não
tem a ver com a sua prova. Dessarte, conclui-se que, se for eleitor, é cidadão
para fins de ajuizamento da ação popular. REsp 1.242.800-MS, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 7/6/2011.(STJ – T2 - RECURSO
ESPECIAL- 2011/0050678-0)
Já a legitimidade passiva, de acordo com a lei referenciada são as pessoas que dão causa a lesão
ao patrimônio público, ou seja, os réus também preenchem os requisitos.

III. DO MÉRITO

Como já exposto, a autora contou com a ajuda de laudos periciais onde apontaram que a
constreução irá projetar atos lesivos ao patrimonio historico citado. A Lei nº 4.717/65 em seus artigos 3°
e 4° prevê que esta violação cabe a presente ação, pois os réus irão causa prejuízos irreversiveis a um
patromonio historico e publico.
Observa-se também que a presente ação não se tem como beneficiario apenas a autora e sim, a
coletividade que está sendo lesada junto na história da cidade, neste seguimento temos a seguinte
doutrina:
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 26. ed.,
2006, p. 462-463: “O que lhe dá conotação essencial é a natureza impessoal
do interesse defendido por meio dela: interesse da coletividade. Ela há de
visar a defesa de direito ou interesse público. O qualificativo popular prende-
se a isto: defesa da coisa pública, coisa do povo (publicum, de populicum, de
populum)”.

IV. DA LIMINAR
A medida liminar pode swer concedida neste caso e é prevista pelos artigo 5°, §4º a lei citada. Sua
necessidade está sendo expressa desde o inicio, como já exposto. O bem publico se encontra em riscos
de deteriorização irreversivel e devem ser parados urgentemente para que se previna tais prejuizos.

V. DOS PEDIDOS
Conforme exposto, requer:

A) A citação dos réus para possivel defesa no prazo estipulado da lei


n°4.717/65;
B) Concessão da liminar ;
C) A procedencia total da ação proposta;
D) A condenação dos réus aos pagamentos de custas e honorarios
advocaticios ;
E) A produção de todas as provas admitidas em direito.

Da à causa o valor de R$100.000,00 (CEM MIL REAIS)

Termos que se pede deferimento,

Vilhena, 29 de Setembro de 2023

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ADV – OAB/XX

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