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I – DO CABIMENTO
A ação popular é o meio processual a que tem direito qualquer cidadão que deseja
questionar judicialmente a validade de atos que considera lesivos ao patrimônio público, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, conforme
preconiza o Art. 5º LXXIII da CRFB/88, e no mesmo diapasão o Art.1º da lei 4717/65. No
caso em tela, faz-se presente a condição da ação necessária para a propositura de tal
feito, visto que o mesmo visa anular ato lesivo ao patrimônio público, fato este de
conhecimento público e notório que resta configurado.
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA
O autor é parte capaz do polo ativo de tal feito, visto que é cidadão nato em pleno
exercício dos seus direitos políticos, podendo assim utilizar-se da ação popular, prevista no
art. 5º, LXXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil.
Conforme Art. 5°, caput e §2° da Lei 4.717/65, quando o pleito interessar
simultaneamente à União e a qualquer outra pessoa ou entidade, será competente o juiz
das causas da União. Assim, por figurar no polo passivo de tal feito o ato do Senador pelo
Estado de Santa Catarina, a competência para conhecer, processar e julgar apresente
ação popular é deste Douto Juízo. Aliás, sequer se pode aventar a possibilidade de foro
privilegiado ao Senador da República, uma vez se tratar de ação popular, cuja regra de
competência é do Juízo de primeiro grau.
IV – DO PEDIDO LIMINAR
V – DOS FATOS
VI – DO DIREITO
Resta comprovado que a referida reforma, a ser custeada com dinheiro público,
poderá causar lesão ao patrimônio público, além de ferir frontalmente princípios
constitucionais quais sejam o princípio da moralidade administrativa, princípio da
impessoalidade, princípio da legalidade. Não é minimamente razoável e inadequado o
custo da reforma do gabinete do senador avaliada em R$ 1.000.000,00 e custeada com o
dinheiro público do Senado Federal, ainda mais sob o argumento que aquecimento e
resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico
para projeção de filmes em DVD seriam necessários para a manutenção da representação
adequada ao cargo que exerce. O artigo 2°, “d” e § único, “d”, da Lei4.717/65 determinam
que são nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior,
nos casos de: inexistência dos motivos - quando a matéria de fato ou de direito, em que se
fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado
obtido. Também resta comprovado o desvio de finalidade do objeto do contrato
administrativo que a simples reforma do gabinete. Ao incluir itens dispensáveis ao
propósito da contratação.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB/UF nº...