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PEÇA 1 – AÇÃO POPULAR

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CÍVIL DA COMARCA


X/ESTADO X

Joana, brasileira, estado civil, profissão, e-mail, portador do título de eleitor n.º
_____, da carteira de identidade RG sob o n.º _______, inscrita no CPF/ME sob o n.º
________, residente e domiciliada na Rua _________, por seu advogado que esta
subscreve, com procuração e endereço anexo, para onde devem ser remetidas as
intimações, respeitosamente, perante vossa excelência, com fundamento no Art. 5º,
LXXIII, da Constituição Federal, e nos artigos 2º, 3º e 4º da Lei 4.717/65, propor AÇÃO
POPULAR em face do ato praticado por João, prefeito do Município Beta, e a Sociedade
empresária WW, com base no artigo 6º da Lei 4717/65, de acordo com as razões de fato
e de direito a seguir expostas:

I- DA LEGITIMIDADE ATIVA DA DEMANDANTE

A demandante, Joana, cidadã brasileira com todos os direitos políticos vigentes, conforme
título de eleitor anexo, cumpre as exigências impostas pelo artigo 5º, inciso LXXIII da
CRFB, bem como requisitos do art. 1º, caput, da Lei nº 4.717/65.

II- DA LEGITIMIDADE PASSIVA DOS DEMANDADOS

João, Prefeito do Município Beta, por figurar como responsável pelo incremento das
obras e celebração do contrato administrativo visando a realização das mesmas, possui
legitimidade passiva para figurar enquanto demandado nos termos do Art. 6º, caput, da
Lei nº 4.717/65.

A Sociedade empresária WW, na qualidade de beneficiária direta das obras a serem


realizadas e por figurar como Contratada no contrato de administrativo celebrado com o
Município Beta, possui legitimidade passiva na propositura da presente ação conforme
determina o Art. 6º, caput, da Lei nº 4.717/65.

III - DOS FATOS

A Demandante é cidadã brasileira com seus direitos políticos vigentes, conforme título
de eleitor anexo, na qualidade de atuante líder comunitária, residente e domiciliada no
Município Beta, deparou-se em determinado dia com a divulgação de um slogan em sua
cidade intitulado de “Beta rumo ao século XXII”.

A referida campanha possui como objetivo promover a modernização pelo plano


urbanístico de diversos prédios, em que estão instaladas as repartições públicas
municipais, e que foram largamente reconhecidas pela sua importância no processo
evolutivo da humanidade por diversas organizações nacionais e internacionais, razão pela
qual foram devidamente tombados.

O referido plano de urbanização consistia na destruição das fachadas dos prédios em


questão, as quais passariam a ser compostas por estruturas mesclando vidro e alumínio,
consequentemente, acarretando a perda de seu reconhecimento histórico.

A execução da campanha “Beta rumo ao século XXII”, ocorrerá através da licitação já


realizada, da qual a sociedade empresária WW consagrou-se vencedora, vindo a assinar
contrato administrativo com o Município Beta, representado e celerado por seu Prefeito
João.

A Demandante, no exercício de sua cidadania e inconformada com a celebração do


contrato administrativo mencionado acima, formulou requerimento administrativo
visando a anulação do contrato, cujo requerimento foi indeferido pelo prefeito municipal
João, sob a alegação de que a modernização dos prédios indicados fora expressamente
prevista na Lei municipal nº XX/2019.

Portanto, a propositura da presente Ação é válida e imprescindível para coibir a prática


do ato lesivo contra o patrimônio histórico do Município Beta, do qual insurgirá por meio
da execução do contrato administrativo celebrado entre o chefe do poder executivo do
referido Município, o Prefeito João, e a Sociedade empresária WW, com base no artigo
5º, LXXIII da CRFB.

IV - DO DIREITO

Inicialmente, asseverar que a Lei Municipal nº XX/2019 é materialmente


inconstitucional, haja visto a sua afronta ao dever do Município Beta promover a proteção
sobre os bens de valor histórico e cultural, conforme preceitua o artigo 30, inciso IX da
CRFB, bem como disposto no artigo 23, inciso IV da CRFB, logo, a celebração do
contrato administrativo com a sociedade empresária WW evidencia claro
descumprimento ao seu dever imposto pelo referido artigo, não restando dúvidas quanto
ao reconhecimento da inconstitucional da referida Lei Municipal.

Diante do exposto acima, consequentemente, a celebração do contrato administrativo


evidência, de forma inquestionável, a necessidade do reconhecer sua nulidade através
desse D. Juízo, em razão da ilegalidade do objeto contratual, bem como o mesmo decorrer
da inobservância das normas constitucionais, conforme extrai-se da leitura do artigo 2ª,
alínea c e PU, alínea c da Lei nº 4.717/65.

V - DA MEDIDA LIMINAR

Diante das alegações descritas na presente peça, torna-se imprescindível a necessidade da


concessão liminar visando que visa impedir o início da execução do contrato
administrativo em questão, evidenciado sua flagrante ofensa a norma constitucional, bem
como que seja iniciado o processo de demolição parcial das fachadas constantes dos
prédios históricos, acarretando sua deterioração e perda do bem histórico, nos termos do
artigo 5º, § 4º, da Lei nº 4.717/65.

VI - DOS PEDIDOS:

Ante o exposto, requer a demandante:

I) seja deferida liminar, para suspender o início da execução do contrato


administrativo, celebrado entre o Município Beta e a Sociedade empresária WW,
segundo o Art. 5º, § 4º, da Lei nº 4.717/65;

II) seja reconhecido o fumus boni iuris, do qual decorre de flagrante ofensa à
ordem constitucional;

III) a citação dos demandados para, querendo, responder a presente ação no prazo
legal;

IV) a intimação do ilustre representante do MP para intervir no feito até o final;

V) seja julgado procedente o pedido para anular contrato administrativo


guerreado;

VII) sejam condenados os impetrados nos ônus da sucumbência

Pretende provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial por meio
de prova documental e oral

Apesar de ser ação gratuita, nos termos do artigo 5º LXXIII, da CF/88, atribui à causa
por questões formais, o valor de R$ XXXXXX (XXXX reais).

Termos em que,

pede deferimento.

Local, Data

Advogado/OAB
PEÇA 2 - ADC

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO


TRIBUNAL FEDERAL

Confederação Nacional de Servidores Públicos, por seu advogado inscrito na OAB/_____


sob n. _____, que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), com endereço sito na
(Rua _____, n. _____, Bairro _____, [Cidade/Estado], CEP: _____), local indicado para
receber intimações (art. 77, V, do CPC/2015), vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, com fundamento no art. 103, inciso IX, art. 102, I, a e p, da Constituição
Federal de 1988, arts. 2.º, inciso IX e 10 da Lei n. 9.868/99 e art. 319 e s. do Código de
Processo Civil, propor a presente.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO


CAUTELAR
tendo por objeto o art. 20 da Lei federal 8.112/90, conforme a seguir será demonstrado:

I – DA NORMA CONSTITUCIONAL
A Constituição Federal de 1988 dispõe em seu art. 41, caput, que são estáveis após três
anos de efetivo exercício os servidores nomeados para o cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público.
Além disso, a Lei n. 8.112/90 – Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais –
dentre as diversas regras, impõe em seu art. 20 que, ao entrar em exercício, o servidor
nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por
período de 24 meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: assiduidade,
disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.
Diante disso, a parte autora tem verificado que em diversos juízos federais, nos Estados
brasileiros, as questões judiciais acerca da estabilidade e do estágio probatório têm tido
interpretações divergentes gerando grave insegurança jurídica e multiplicação de
processos.
Logo, com a intenção de pacificar o entendimento sobre a matéria e uniformizar a
interpretação da Lei federal n. 8.112/90, em seu art. 20, em face da Constituição
Federal, o autor propõe a presente demanda.

II – DO FORO COMPETENTE
O art. 102, I, a, da Constituição Federal de 1988 estabelece que:
“Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória
de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (...)”.
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da
presente ação declaratória de constitucionalidade é originária do Supremo Tribunal
Federal que deve decidir sobre o pleito.

III – LEGITIMIDADE ATIVA


O autor possui legitimidade ativa para propor a ação, já que é considerado um
legitimado universal, já que após deliberação interna a maioria dos membros da
confederação decidiram que o reconhecimento da constitucionalidade da norma traria
benefício para a classe, sendo a confederação responsável por atuar na causa, conforme
o disposto no artigo 103, inciso IX da Constituição Federal de 1988.
Assim, o autor aduz que possui interesse em resguardar a classe dos Servidores públicos
federais de todo Brasil, com a finalidade de defender os direitos dos servidores públicos
federais no âmbito nacional.

IV – DA CONSTITUCIONALIDADE DA NORMA
Em alguns Estados, juízes federais estavam considerando a Lei 8.112 inconstitucional,
por criar um impedimento para os servidores públicos alcançarem a estabilidade. No
entanto, conforme verificado com os membros da confederação, resta evidente que o
dispositivo não apresenta contrariedade à norma constitucional, sendo, apenas, que não
há flagrante contradição entre as leis.
A Lei 8.112/90 traz apenas um requisito para alcance da estabilidade, regulamentando o
disposto na Constituição Federal, além disso, o dispositivo não atribui obrigatoriedade e
deve ser declarado constitucional, pois certos órgãos da administração pública podem
decidir não aplicar o estágio probatório.

V – DA MEDIDA CAUTELAR
Em ação dessa natureza, pode a Corte conceder medida cautelar que assegure,
temporariamente, força e eficácia à futura decisão de mérito.
Nesse sentido, é a previsão do art. 21 da Lei n. 9.868/99.
Para concessão de cautelar em ação declaratória de constitucionalidade é necessária a
presença do fumus boni iuris e do periculum in mora.
Há plausibilidade jurídica, pois não resta dúvida sobre a constitucionalidade da norma
objeto desta ação declaratória de constitucionalidade (fumus boni iuris). Está
igualmente atendido o requisito do periculum in mora, em face das sucessivas
impugnações que a norma tem sofrido nas instâncias ordinárias, ao longo do período de
sua vigência, causando prejuízo ao erário federal.
VI – DO PEDIDO
Posto isso, requer o autor que o Supremo Tribunal Federal se digne determinar:
a) a concessão de medida cautelar com base no art. 21 da Lei n. 9.868/99, para que
sejam sobrestados os julgamentos dos processos que envolvam a aplicação do preceito
normativo objeto desta ação, assim como a suspensão dos efeitos de quaisquer decisões
que tenham afastado a sua aplicação, até o final julgamento do processo (cópias anexas
nos termos do art. 14, parágrafo único, da Lei n. 9.868/99);
b) a intimação do senhor Procurador-Geral da República, para emitir seu parecer, no
prazo de quinze dias, nos termos do art. 19 da Lei n. 9.868/99 e da exigência
constitucional do art. 103, § 1.º, da Constituição Federal de 1988;
c) a procedência do pedido de mérito, para que seja declarada a constitucionalidade do
dispositivo mencionado (indicar os artigos e a lei), produzindo tal decisão, nos termos
do § 2.º do art. 102 da Constituição Federal, eficácia contra todos e efeito vinculante.
Dá-se à causa o valor de R$ x.xxx,xx (xxxx).
Termos em que,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB.
PEÇA 3 – ALEGAÇÕES FINAIS EM MEMORIAIS
AO JUÍZO DA X VARA CRIMINAL DA COMARCA DE GOIÂNIA/GO

Processo nº

Astolfo, devidamente qualificado nos autos, vem, por meio de seu representante infra
assinado, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS EM MEMORIAIS, com fulcro no artigo
403, §3º do CPP, nos moldes do que se segue:
1- Dos fatos:
O réu, em 22 de março de 2014, foi coagido pelo traficante que comanda a Favela da
Zebra, de vulgo RUSSO, a transportar certa quantidade de cocaína até um posto de
gasolina, local em que encontraria outro traficante, sob pena de ser expulso de sua
residência caso se recusasse.
No caminho, foi abordado por policiais militares que identificaram a droga e o
conduziram à delegacia.
O Ministério Público apresentou denúncia em face do réu capitulando sua conduta no
artigo 33 da lei nº 11.343/06. Foi concedido ao réu o direito de responder ao processo
em liberdade provisória.
Houve audiência de instrução e julgamento, na qual os policiais militares confirmaram
os fatos narrados na denúncia, bem como destacaram que, no momento da prisão em
flagrante, o réu alegou que estava transportando as drogas por coação irresistível do
traficante.
Em seu interrogatório, o réu confirmou que transportava a droga, mas somente o fez por
coação irresistível do chefe do tráfico local, que, armado, ameaçava expulsa-lo de sua
residência. Ainda destacou que mora há 50 anos naquela comunidade e, caso expulso,
não teria outro lugar para morar, visto que não possui amigos ou parentes em outra
localidade.
Por fim, o réu alegou que nunca respondeu a outro processo criminal, apesar de ser
indiciado em inquérito policial por suposta falsificação de documento particular.
Após audiência, uma vez juntada a folha de antecedentes criminais do réu e laudo
pericial que confirmaram que a substância transportada era, de fato, cloridrato de
cocaína, o Ministério Público pugnou pela condenação do réu nos exatos termos da
denúncia.
2- Do direito:
Inicialmente, o réu deve ser absolvido com base no artigo 386, VI do CPP, uma vez
que, em concordância com o artigo 22 do Código Penal, o réu apenas agiu da forma que
agiu por ter sido coagido de forma irresistível pelo chefe do tráfico local que invadiu
sua residência e, estando armado, obrigou-o a transportar drogas sob pena de expulsa-lo
de casa; o que culminaria em expor o réu, um idoso de 74 anos à época dos fatos, à
situação de rua.
Portanto, com base no artigo 22 do CP, só é punível pelo crime capitulado pelo artigo
33 da lei 11.343/06 o autor da coação, quem seja, o traficante local de vulgo RUSSO.
Subsidiariamente, caso o magistrado não entenda pela absolvição, devem ser
reconhecidas que todas as circunstâncias jurídicas previstas no artigo 59 do CP são
favoráveis ao réu e, dessa forma, deve ser aplicada a pena mínima cominada para o
crime.
Após, ainda subsidiariamente, ao réu devem reconhecidas as seguintes atenuantes:
Ser maior de 70 anos, conforme artigo 65, inciso I do CP;
Ter cometido o crime sob coação que poderia resistir, conforme artigo 65, inciso III,
alínea “c” do CP;
Ter confessado espontaneamente, conforme artigo 65, inciso III, alínea “d” do CP.
Além disso, em se tratando de réu primário, com bons antecedentes, e que claramente
não se dedica a atividades criminosas e nem integra organização criminosa, à pena deve
ser aplicada a causa de diminuição do § 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/06, reduzindo-
se ao máximo.
Diante disso, cabe ao réu a substituição da pena privativa de liberdade pela pena
privativa de direito, conforme artigo 44 do CP.
Caso não entenda assim, ao menos deve ser reconhecido o direito do réu de iniciar o
cumprimento da pena em regime aberto, uma vez que a quantidade de pena a ele
aplicada amolda-se ao previsto no artigo 33, §2º, alínea “c”, estabelecendo cumprimento
inicial em regime aberto.
Nesse sentido, o STF reconheceu a inconstitucionalidade do artigo 2º, §1º da Lei
8072/90, que estabelecia obrigatoriedade de regime inicial fechado ao crime em tela.
3- Dos pedidos:
Requer que seja o réu absolvido com base no artigo 386, inciso VI do CPP, uma vez que
agiu sob coação irresistível, como prescreve o artigo 22 do CP;
Subsidiariamente, requer que seja aplicada a pena mínima cominada ao crime do artigo
33 da Lei 11.343/06, visto que todos os requisitos do artigo 59 do CP são favoráveis ao
réu;
Reconhecimento das atenuantes previstas no artigo 65, inciso I e inciso III alíneas “c” e
“d” do CP;
Reconhecimento da causa de diminuição de pena ao montante máximo, uma vez que o
réu atende a todos os requisitos previstos no §4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/06;
Substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, uma vez que
o réu enquadra-se no artigo 44 do CP;
Caso assim não entenda, subsidiariamente, reconhecimento do direito ao regime inicial
aberto de cumprimento de pena, uma vez que a quantidade de pena amolda-se ao artigo
33, §2º, alínea “c” do CP. Além de o STF já ter reconhecido inconstitucionalidade do
artigo 2º, §1º da Lei 8.072/90.

Termos em que,
Pede deferimento
Goiânia, 13 de março de 2015
Advogado
OAB
PEÇA 4 – AGRAVO EM EXECUÇÃO

AO JUÍZO DA X VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DE BELO


HORIZONTE/MG

Processo nº

Lucas, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, por meio de seu
advogado infra assinado, interpor o presente AGRAVO EM EXECUÇÃO em face da
decisão que rejeitou o pleito de progressão de regime do preso, com fulcro no artigo 197
da Lei nº 7.210/84 (LEP).
Diante do exposto, requer o exercício do juízo de retratação do Ilmo. Magistrado para
reformar a decisão denegatória supra referida, como versa o artigo 589 do CPP.
Subsidiariamente, requer que sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais com as devidas razões de pedir, que constam junto
deste documento.

Termos em que,
Pede deferimento
01 de dezembro de 2017
Advogado
OAB
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DEMINAS GERAIS

Processo nº

Lucas, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, por meio de seu
advogado infra assinado, apresentar as RAZÕES do AGRAVO EM EXECUÇÃO, com
base no artigo 588 do CPP, interposto em face de decisão do juízo a quo que indeferiu o
pedido de progressão de regime do preso, pelos motivos a seguir expostos:

1- Dos Fatos:
O preso foi denunciado e condenado definitivamente pelo crime previsto no artigo 35 da
Lei nº 11.343/06 (associação para o tráfico), sendo determinado o cumprimento de 06
anos de reclusão em regime inicialmente semiaberto, tendo o magistrado que proferiu a
sentença condenatória entendido que não se tratava de crime hediondo.
No mês seguinte ao início do cumprimento da pena, o preso sofre nova condenação
definitiva, porém por crime de ameaça praticado anteriormente ao que resultou em sua
condenação atual, qual seja associação para o tráfico, sendo-lhe aplicada apenas pena de
multa.
Após 01 anos de cumprimento de pena, o preso pede progressão de regime, vez que nunca
sofrera qualquer sanção disciplinar.
Porém, o pedido foi indeferido pelo magistrado da vara de execução penal, sob os
argumentos de que:
a- Associação para o tráfico seria crime hediondo;
b- O preso é reincidente;
c- O requisito para progressão de regime seria o cumprimento de 3/5 da pena e, caso não
fosse reincidente, seria de 2/5;
d- É indispensável a realização de exame criminológico, diante da gravidade do crime
pelo qual fora condenado.

2- Do Direito:
Aqui serão destrinchados os argumentos do magistrado da vara de execução penal na
mesma ordem que apresentados acima:
a- Inicialmente, como já se destacou, o magistrado que proferiu a sentença condenatória
não entendeu que o apenado praticara crime hediondo, portanto, não cabe ao juízo da vara
de execuções penais utilizar deste entendimento para indeferir pedido de progressão de
regime.
O primeiro magistrado assim o fez porque a lei de crimes hediondos (8.072/90) não elenca
o crime de associação ao tráfico. Além disso, a menção aos requisitos objetivos do
livramento condicional da pena em crime de associação ao tráfico em nada se relaciona
com o objeto aqui discutido.
Dessa forma, aplica-se ao preso o disposto no artigo 112 da LEP, ou seja, necessidade de
cumprimento de apenas 1/6 da pena para que tenha direito à progressão de regime.
b- Quanto à alegação de reincidência, o artigo 63 do CP é claro ao definir o conceito de
reincidência, sendo esta verificada quando o agente comete novo crime, depois de
transitar em julgado a sentença que o tenha condenado por crime anterior.
Como restou comprovado que o crime de ameaça não foi praticado após o trânsito em
julgado da sentença condenatória, não há o que se falar em reincidência.
c- O magistrado embasou seu argumento no artigo 2º, §2º da Lei 8.072/90, considerando
que o crime praticado pelo preso foi um crime hediondo, bem como também considerou-
o reincidente.
Como já esclarecido alhures, este argumento não merece prosperar e, para tanto, deve ser
aplicada a regra geral do artigo 112 da LEP.
d- É entendimento pacífico jurisprudencial que a exigência da realização de exame
criminológico deve ser devidamente fundamentada, não podendo o magistrado se
embasar apenas na gravidade abstrata do delito, como fez no presente caso.

3- Dos Pedidos:
Diante do exposto, requer:
O reconhecimento do direito à progressão de regime, com base no artigo 112 da LEP,
sendo os autos devolvidos ao juízo a quo no prazo de 05 dias, para que seja reformada a
sentença contra a qual se agrava, como determina o artigo 592 do CPP.

Termos em que,
Pede deferimento.
01 de dezembro de 2017
Advogado
OAB
PEÇA 5 – MANDADO DE SEGURANÇA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE


FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA X

JOÃO, qualificação completa, vem com o respeito e o acatamento de


estilo à Douta presença de Vossa excelência, impetrar o presente:

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR “INAUDITA ALTERA


PARS”

Contra ato do Ilustríssimo Senhor Secretário Municipal de Educação do


Município Alfa:

com fundamento no inciso LXIX do art. 5º da constituição Federal, art.


319 do Código de Processo Civil e em conformidade com o art. 1.º da Lei n. 12.016/2009,
pelos motivos de fato e fundamentos de direito que passa a expor;
DA LEGITIMIDADE ATIVA

A legitimidade ativa de João decorre do fato de ter o direito de acesso à informação,


conforme Lei nº 12.527/11. Por isso, o impetrante postula o reconhecimento do direito
que lhe fora negado.

DA LEGITIMIDADE PASSIVA

A legitimidade passiva do Secretário, por sua vez, é justificada pelo fato


de ser o responsável pelo indeferimento do requerimento formulado.

O impetrado, é o responsável pelo indeferimento e a negativa do direito do


impetrante.

Logo, o Secretário indeferiu o requerimento de informações, atuando em


desacordo com o que estabelece a legislação e desrespeitando o princípio da
transparência. Assim, o Secretário Municipal de Educação, possui legitimidade para
figurar no pólo passivo da demanda na figura de autoridade responsável pelo ato violador,
em decorrência da violação de direito líquido e certo do impetrante.

DA LIMINAR

O art. 7.º, III, da Lei n. 12.016/2009, que regulamenta o Mandado de Segurança, dispõe
que a liminar será concedida, suspendendo-se o ato que deu motivo ao pedido, quando
for relevante o fundamento do pedido e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da
medida.

Assim, estão presentes o fumus boni iuris, pois a ilegalidade é manifesta, uma vez que
foram violados os direitos fundamentais do acesso à informação e o direito de receber dos
órgãos públicos as informações de interesse coletivo ou geral, bem como o periculum in
mora, pois tais informações podem auxiliar com celeridade as informações almejadas, o
que permitiria sua divulgação à população interessada, permitindo-lhe avaliar a conduta
do Prefeito Municipal, candidato à reeleição no processo eleitoral em curso, justificando

plenamente o pedido de liminar.

A negativa causa insegurança jurídica e não merece prosperar, devendo ser aprovado o
fornecimento das informações nos termos da legislação supracitada. Assim, para a
garantia do direito líquido e certo do impetrado em tempo hábil, e a manutenção da
higidez constitucional, postula-se o deferimento da liminar.

DOS FATOS

O Impetrante decidiu fiscalizar a forma de distribuição dos recursos


aplicados na área de educação no Município Alfa, sede da Comarca X, município vizinho
ao de sua residência, considerando as dificuldades enfrentadas pelos moradores do local.
Para tanto, compareceu à respectiva Secretaria Municipal de Educação e requereu o
fornecimento de informações detalhadas a respeito das despesas com educação no
exercício anterior, a discriminação dos valores gastos com pessoal e custeio em geral e
os montantes direcionados a cada unidade escolar, já que as contratações eram
descentralizadas. Assim, protocolou perante o impetrado pedido de requerimento de
informações, em consonância com a. O requerimento formulado foi indeferido por
escrito, pelo Secretário Municipal de Educação, sob o argumento de que João não residia
no Município Alfa; os gastos com pessoal eram sigilosos, por dizerem respeito à
intimidade dos servidores; as demais informações seriam disponibilizadas para o
requerente e para o público em geral, via Internet, quando estivesse concluída a
estruturação do “portal da transparência”, o que estava previsto para ocorrer em 2 (dois)
anos.

Assim, há direito líquido e certo lastreado em prova pré-constituída, o que decorre do


indeferimento, por escrito, do requerimento formulado por João.
DO DIREITO

De acordo como artigo 11 da Lei nº 12.527/11, o Impetrado tem o prazo


de 20 (vinte) dias para decidir sobre o requerimento, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada.

Destaque-se que a negativa no oferecimento das informações e o


estabelecimento de prazo de 2 anos ultrapassa a medida do razoável.

É direito líquido do impetrante ter seu pleito respondido e atendido dentro


do prazo legal, já que é assegurado a todos o acesso à informação, nos termos do Art. 5º,
inciso XIV, da CRFB/88 e o direito de receber dos órgãos públicos as informações de
interesse coletivo ou geral, conforme dispõe o Art. 5º, inciso XXXIII, da CRFB/88.

Os usuários, ademais, têm assegurado o seu acesso ao teor dos atos de


governo, nos termos do Art. 37, § 3º, inciso II, da CRFB/88, independentemente de
qualquer esclarecimento a respeito dos motivos determinantes da solicitação, nos termos
do Art. 10, § 3º, da Lei nº 12.527/11.

Dessa forma, não resta outra alternativa à parte que não impetrar o presente Mandado de
Segurança.

Assim, ao negar o direito à informação no requerimento administrativo, o Impetrado fere


direito líquido e certo da Impetrante, ensejando o presente mandado de segurança.
DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) Que seja concedida a medida liminar, e seja deferida a expedição do respectivo ofício
à Autoridade coatora (Secretário Municipal de Educação do Município Alfa),
considerando que os requisitos fumus boni iuris e o periculum in mora restam
evidenciados, no sentido de assegurar as informações requeridas até que sobrevenha a
decisão final do presente mandado de segurança;

b) Que seja determinada a notificação pessoal da autoridade coatora (Secretário


Municipal de Educação do Município Alfa) para prestar informações no prazo legal de
dez dias, como de direito, entregando-lhe a segunda via da petição inicial acompanhada
dos documentos reproduzidos por cópia;

c) Citação da procuradoria municipal, ou outro órgão de representação judicial da


pessoa jurídica à qual está vinculada a autoridade coatora, nos termos do art. 7.º, II, da
Lei n. 12.016/2009;

d) Determinar a intimação do Ministério Público para oferecer parecer, nos termos do


art. 12 da Lei n. 12.016/2009;

e) Acate as provas que demonstram o direito líquido e certo do Impetrante;

f) Estipule multa, nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código de Processo Civil.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).


Termos em que pede deferimento.

Rio de Janeiro, 21 de maio de 2021

ADVOGADO

OAB
PEÇA 6 -ADIN

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO


TRIBUNAL FEDERAL

Associação Nacional dos Geólogos, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
sob o nº______ com sede à ______ vem, por seu advogado infra-assinado, conforme
instrumento de mandato anexo, com endereço comercial à _____________ ,indicando
para recebimento das intimações futuras, nos termos do artigo 77, inciso V, do CPC/15,
vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102,
inciso I, alínea a, da Constituição Federal, bem como de acordo com a Lei nº 9.868/99,
propor a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM
PEDIDO CAUTELAR, em face da Emenda à Constituição Estadual nº 5/2018, instituída
pelo Estado Alfa, na figura de seu Governador, e referendada pela Assembleia Legislativa
de seu Estado, pelos motivos e fundamentos que seguem-se abaixo.

I-DO FORO COMPETENTE

Cumpre, inicialmente, destacar que nos termos do artigo 102, inciso I, alínea a, da
Constituição Federal de 1988 resta estabelecido a competência desta Suprema Corte que
vise o processamento e julgamento da presente Ação.

Portanto, verifica-se que a competência para processamento e julgamento desta ação


direta de inconstitucionalidade é originária do Supremo Tribunal Federal.

II-DA LEGITIMIDADE ATIVA

A legitimidade da Associação decorre do disposto no Art. 103, inciso IX, da CRFB/88,


c/c. o Art. 2º, inciso IX, da Lei nº 9.868/99, sendo nítida a pertinência temática do ato
normativo com as atividades dos associados da entidade de classe.

III-DA LEGITIMIDADE PASSIVA

A legitimidade passiva do Estado Alfa é caracterizada através da promulgação da Emenda


Constitucional nº 5/2018, cuja aprovação decorre de ato realizado pela Assembleia
Legislativa de seu Estado e sancionamento na figura de seu Governador.

IV-DOS FATOS

O crescimento da exploração de diamantes no território do Estado Alfa ampliou a


circulação de riquezas e fez com que a densidade demográfica aumentasse
consideravelmente, juntamente com os riscos ao meio ambiente.
Esse estado de coisas mobilizou a população local, o que levou um grupo de Deputados
Estaduais a apresentar proposta de emenda à Constituição Estadual disciplinando,
detalhadamente, a forma de exploração de diamantes no território em questão.

A proposta incluía os requisitos formais a serem cumpridos junto às autoridades estaduais


e os limites quantitativos a serem observados na extração, no armazenamento e no
transporte de cargas.

Após regular aprovação na Assembleia Legislativa, a Emenda à Constituição Estadual nº


5/2018 foi sancionada pelo Governador do Estado, sendo isso imediatamente comunicado
às autoridades estaduais competentes para que exigissem o seu cumprimento.

Preocupada com a situação no Estado Alfa e temendo o risco de desemprego dos seus
associados, isso em razão dos severos requisitos estabelecidos para a exploração de
diamantes, a Associação Nacional dos Geólogos, que há décadas luta pelos direitos da
categoria, vem propor a presente Ação Direta De Inconstitucionalidade.

IV-DO DIREITO

O cabimento da presente Ação Direta de Inconstitucionalidade perante esta Suprema


Corte, respalda-se pelo fato de estarmos diante de ato normativo estadual do qual
evidencia-se flagrante desacordo com a CF/88, conforme extrai-se da leitura do artigo
102, inciso I, alínea a, da Constituição Federal.

A Emenda Constitucional em questão, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do


Estado Alfa e sancionada por seu Governador, disciplinando o mecanismo de exploração
de diamantes em seu território. Dessa forma, a Emenda Constitucional nº 5/2018 violou
a competência de caráter privativo da União quanto ao poder de legislar sobre jazidas,
minas, outros recursos minerais e mineração, segundo o artigo 22, inciso XII, da CF/88,
o que denota sua de inconstitucionalidade sob o aspecto formal.

Outro sim, a referida Emenda Constitucional também evidência grave violação a


competência privativa da União, além da mencionada acima, para legislar sobre
transporte conforme dispõe o artigo. 22, inciso XI, da Constituição Federal, o que denota,
novamente, sua inconstitucionalidade mais uma vez sob o aspecto formal, bem como,
nesta esteira, também deve-se levar em conta que às normas que decorrem do processo
legislativo, são de cumprimento obrigatório pelos demais entes da federação, nos termos
do artigo 25, caput, da CF/88.

Por fim, não há, sequer, previsão na redação do artigo 60 da Constituição Federal de
participação do Chefe do Poder Executivo ao fim do processo de reforma constitucional.

V-DACONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR

Em ações dessa natureza, pode a Suprema Corte conceder medida cautelar nos termos do
artigo 102, inciso I, alínea p, da CF/88 1988 e artigo 10 da Lei n. 9.868/99.
Diante de todo o exposto, o fumus boni iuri caracteriza-se através da
inconstitucionalidade, conforme já demonstrado, e o periculum in mora, por meio dos
novos requisitos criados, podendo, assim, acarretar na inviabilização para continuidade
da atividade econômica em questão, qual seja, de exploração de diamantes.

VI-DOS PEDIDOS

Posto isso, requer o autor que o Supremo Tribunal Federal se digne determinar:

a) a concessão de medida cautelar, com base no art. 10 da Lei n. 9.868/99, para suspender
a eficácia da Emenda Constitucional nº5/2018;

b) ao final, a procedência do pedido para que seja declarada a inconstitucionalidade da


Emenda Constitucional nº 5/2018;

c) a intimação do Governador do Estado Alfa, para que, como autoridade responsável


pelo ato normativo questionado, manifeste-se, querendo, no prazo de cinco dias, sobre o
pedido de concessão de medida cautelar, com fundamento no art. 10 da Lei n. 9.868/99;

d) a intimação do senhor Advogado-Geral da União, para se manifestar sobre o mérito da


presente ação, no prazo de quinze dias, nos termos do art. 8.º da Lei n. 9.868/99 e da
exigência constitucional do art. 103, § 3.º, da Constituição Federal de 1988;

e) a intimação do senhor Procurador-Geral da República, para emitir seu parecer, no prazo


de quinze dias, nos termos do art. 8.º da Lei n. 9.868/99 e da exigência constitucional do
art. 103, § 1.º, da Constituição Federal de 1988

Valor da causa R$ XXXXX (XXXX reais)

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Local/Data

Advogado/OAB

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