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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de


direito privado, por meio de seu presidente, com inscrição no Ministério do
Trabalho (...), inscrita n o CNPJ sob o nº (...), endereço eletrônico, com sede
(endereço completo), por seu advogado devidamente qualificado (NOME
COMPLETO E OAB), conforme procuração anexa, com endereço profissional
(endereço completo), para onde devem ser remetidas as notificações e
intimações, nos termos do art. 106, inciso I, do CPC, vem respeitosamente,
perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 102, inciso I, alínea “a”, da
CRFB/88 e na Lei n. 9.868/99, propor a presente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO


CAUTELAR

em face da Lei Estadual editada pelo Estado KWY, elaborada pelo


Governador do Estado e a Assembleia Legislativa estadual.
1. DA COMPETÊNCIA

O art. 102, I, alínea “a”, da CRFB/88 estabelece que compete ao Supremo


Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo - lhe
processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Desse modo, verifica-se que
a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de
inconstitucionalidade é originária do Supremo Tribunal Federal.

2. DA LEGITIMIDADE ATIVA/PERTINÊNCIA TEMÁTICA

O art. 103, IX, da CRFB/88 estabelece o rol dos legitimados para propor
uma ação direta de inconstitucionalidade, dentre os quais, verificam -se as
confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.

Corroborando com essa assertiva, o art. 2º, IX, da Lei n. 9.868/99 discorre
sobre o mesmo tema. É sabido que se faz necessária no caso em tela a
comprovação da pertinência temática como requisito para a propositura da ação
direta de inconstitucionalidade.

No entanto, não resta dúvida de que a confederação nacional de comércio


possui claro interesse na presente ação, haja vista a atividade ser extremamente
afetada pela norma que deu finalidade à propositura da presente ação.

3. DA LEGITIMIDADE PASSIVA

A legitimidade passiva da ação direta de inconstitucionalidade em


referência é do Governador do Estado e da Assembleia Legislativa estadual
que criaram a norma estadual inconstitucional.

4. DA INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA

Nos termos do art. 22, I, da CRFB/88, confirma-se a competência privativa


por parte da União para legislar sobre direito civil, comercial, penal processual,
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Diante de tal
assertiva, configura-se a inconstitucionalidade formal da norma objeto da
presente ação, haja vista não haver competência do Estado para legislar sobre
matéria afeta à União de forma privativa. Não se pode olvidar que a norma que
deu finalidade à ação fere o fundamento da livre iniciativa constante do art. 1º,
IV, da CRFB/88. Além da garantia ao direito de propriedade previsto no art. 5º,
XXII, d a Carta Magna. Verifica-se, ainda, o total desacordo com o que
preconizam os princípios gerais da atividade econômica, da propriedade privada
e da livre concorrência, dispostos no art. 170, caput, I e IV, da CRFB/88. Ante o
exposto, fica fundamentada a violação dos ditames constitucionais,
caracterizando -se tanto na inconstitucionalidade formal quanto na
inconstitucionalidade material da norma ora impugnada.

5. DA MEDIDA CAUTELAR

É cediça, no caso em tela, a possibilidade de Medida Cautelar nos termos


do art. 102, I, “p”, da Cart a Magna, corroborada pelos arts. 10 e 12 da Lei n.
9.868/99, por serem identificáveis os requisitos do fumus boni júris e do
periculum in mora. O requisito do fumus boni juris fica patente na violação do
texto constitucional, quanto a livre iniciativa, propriedade privada e livre
concorrência. Além de ferir a competência da União no que diz respeito ao art.
22, I, da CRFB/88.

E, quanto ao periculum in mora, poderemos verificar o cumprimento de


tal requisito na possibilidade identificada de dano irreparável ao reclamante,
em face d a relevância da matéria e segurança jurídica, evitando, desta
forma, danos e prejuízos advindos da norma ora vigente, de acordo com o art.
12 da Lei n. 9.868/99.
6. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) A concessão da medida cautelar para suspender a norma impugnada até


a sentença definitiva com fulcro nos arts. 10 a 12 da Lei n. 9.868/99.
b) A notificação da autoridade coatora, na pessoa do Governador do Estado
KWY, para prestar informações no prazo legal, com fundamento no art. 6º da Lei
n. 9.868/99.
c) A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste no
prazo de quinze dias, conforme o art. 8º da Lei n. 9.868/99.
d) A intimação do Advogado - Geral da União para prestar informações no
prazo de quinze dias, em conformidade com art. 8º da Lei n. 9.868/99.
e) Procedência do pedido, com a ratificação da cautelar, para que seja
declarada a inconstitucionalidade com efeitos erga omnes.

7. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ (...), para fins procedimentais

Nesses termos,

Pede deferimento.

Local e data

Advogado....

OAB....

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