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À PRESIDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL

PARTIDO POLITICO BETA, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ sob nº xxxx, com sede à xxxx, neste ato representado por xxxx,
nacionalidade xxxx, estado civil xxxx, portador da cédula de identidade RG nº xxxx,
inscrito(a) no CPF sob nº xxxx, residente e domiciliado à xxxx, com representação na
CAMARA DOS DEPUTADOS, por intermédio de seu advogado(a), ao fim assinado,
vem respeitosamente à presença de Vsa. Excelencia, propor

AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE

em desfavor do ESTADO ALFA, pessoa jurídica de direito público,


inscrito no CNPJ sob nº xxxx, que poderá ser citada através de sua PROCURADORIA,
com sede à xxxx, pelos fatos e argumentos jurídicos, a saber:

I – DOS FATOS

O ESTADO ALFA, com o declarado objetivo de uniformizar a atividade


de zelar pela qualidade do serviço de transporte coletivo municipal, de modo a proteger
os interesses do consumidor, promulgou a LEI nº xxxx, que entrará em vigor dentro de
30 (trinta) dias.
De acordo com o art. 1º desse diploma normativo, o serviço de transporte
coletivo municipal prestado em cada Município situado no território do Estado, deverá
atender ao extenso rol de especificações previstas nos incisos desse preceito, que variam
desde o tamanho e o conforto dos veículos até o número mínimos de linhas e de
veículos em circulação nos finais de semana.
O art. 2º dispôs sobre as normas gerais para a licitação do serviço, que
poderiam ser suplementadas pelos Municípios, de modo a atender as peculiaridades
locais.
Por fim, o art. 3º determinou que o art. 1º da LEI xxxx, deveria ser
imediatamente aplicado aos comandos de concessão em curso, realizando-se as
adaptações que se fizesse necessárias na prestação do serviço.
O Partido Político Beta, com representação na Câmara do Deputados e
que defende fortemente o liberalismo econômico, fez severas criticas a Lei estadual nº
xxxx, pois, ao seu ver, além de ser flagrantemente inconstitucional, a sua
implementação poderia levar a ruina econômica das sociedades empresarias que se
dedicam a exploração dessa atividade, que teriam seus custos potencializados e seriam
obrigadas a paralisar o seu funcionamento. Com isso, o efeito seria contrario aquele
preconizado pelos idealizadores da lei, pois o usuário do serviço, ao invés de ser
veneficado, seria severamente prejudicado.

II – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS

II.I – DO CABIMENTO

Sendo os arts. 1º, 2º e 3º da Lei estadual nº xxxx. Dissonante da


CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA, é cabível a presente ação, conforme previsto no
art. 102, inciso I, alínea “A”, da CRFB/88.

II-II – DO FORO COMPETENTE


O Supremo Tribunal Federal é órgão jurisdicional competente para
processar e julgar a referida ação, conforme o art. 102, inciso I, alínea “A” da CRFB/88
c/c o art. 1º, da Lei 9.868/99. Dessa forma, a presente ADI está sendo endereçada ao
Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal.

II-III – DA LEGITIMIDADE

A legitimidade do Partido decorre do disposto no art, 103, inciso VIII, da


CRFB/88.

II-IV – DO MERITO

Os arts. 1º, 2º e 3º da Lei estadual xxxx, é dissonante da Constituição da


Republica pelos seguintes motivos:
O art. 1º da Lei estadual nº xxxx, viola o art. 30, inciso I ou inciso V, da
CRFB/88, que confere competência aos Municípios para legislar sobre assuntos de
interesse local ou para organizar e prestar serviços públicos de interesse local, incluindo
o de transporte coletivo.
Por sua vez, o art. 2º da Lei estadual nº xxxx, viola o art. 22, inciso
XXVII, da CRFB/88, que confere competência privativa à UNIÃO para legislar sobre
normas gerais de licitações.
Já o artigo 3º da Lei estadual nº xxxx, viola o art. 30, inciso V da
CRFB/88 que confere competência aos Municípios para organizar e prestar, por meio de
concessão os serviços públicos de interesse social, incluindo o de transporte coletivo.
Dessa forma, os vícios dos arts. 1º, 2º e 3º da Lei estadual nº xxxx
configuram inconstitucionalidade formal.
Além disso, o art. 3º da Lei estadual nº xxx, viola o art. 5º, inciso
XXXVI, da CRFB/88, segundo o qual a lei não prejudicara o ato jurídico perfeito.
Este ultimo vicio do art. 3º da Lei estadual nº xxxx, configura
inconstitucionalidade material.

III – DA TUTELA DE URGÊNCIA

A possibilidade de concessão de medida cautelar em sede de ADI, se


encontra no art. 10º, da Lei 9.868/99 e possui natureza cautelar.
O Fumus Boni Iuris foi demonstrado fundamentos de mérito acima os
quais evidenciam a patente inconstitucionalidade.
O Periculum In Mora está configurado com a presença de risco de mora,
pois a aplicação da Lei estadual nº xxxx, poderá inviabilizar a continuidade das
sociedades empresarias que se dedicam à exploração dessa atividade, já que os seus
custos serão potencializados, o que prejudicará o usuário do serviço.

IV – DOS PEDIDOS

Em face do exposta, o Partido requer:

A) A concessão da medida cautelar para suspender a eficácia da Lei estadual nº


xxx, nos termos do art. 10 da Lei 9.868/99;
B) Ao final, a procedência do pedido para que seja declarada a
inconstitucionalidade da Lei estadual nº xxxx;
C) Que sejam solicitadas informações ao Governador e a Assembleia Legislativa do
Estado Alfa, nos termos do art. 6º, da Lei nº 9.868/99;
D) A citação do Advogado-Geral da União, nos termos do art. 8º da Lei nº
9.868/99;
E) A oitiva do Procurador-Geral da República, nos termos do art. 8º da Lei nº
9.868/99;
F) A juntada dos documentos em anexo, nos termos do art. 3º, §único, da Lei nº
9.868/99.

V – VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa valor inestimável, de acordo com o art. 292, do CPC/15.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local, data.

ADVOGADO
OAB/UF

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