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AO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

KONOHA

SINDICATO, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n°..., com sede


na ...., por seu advogado (procuração em anexo), com escritório na…, com
fundamento no art. 5º, LXXI, da CRFB/88, e na lei 13.300/16, vem impetrar
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
Em face de ato omissivo do Governador do Estado de Konoha,
estabelecido na… autoridade vinculada ao Estado Konoha, pessoa jurídica de direito
público interno, CNPJ n°, pelos fatos e fundamentos a seguir.

I – DOS FATOS
Servidores públicos do Estado de Konoha, que trabalham no período
da noite, procuram o Sindicato ao qual são filiados, inconformados por não receberem
adicional noturno do Estado, que se recusa a pagar o referido benefício em razão da
inexistência de lei estadual que regulamente as normas constitucionais que
asseguram o seu pagamento. O Sindicato resolve, então, contratar escritório de
advocacia para ingressar com o adequado remédio judicial, a fim de viabilizar o
exercício em concreto, por seus filiados, da supramencionada prerrogativa
constitucional, sabendo que há a previsão do valor de vinte por cento, a título de
adicional noturno, no Artigo 73 da Consolidação das Leis do Trabalho.

II – DO CABIMENTO:
O mandado de injunção conforme dispõe o artigo 5º, LXXI, da CF, é o
remédio constitucional apropriado sempre que a ausência total ou parcial de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais,
bem como das prerrogativas relacionadas à nacionalidade, soberania e cidadania.

No mais, essa medida também está prevista no artigo 2º da Lei


13.300/16. O sindicato busca proteger os interesses de seus membros em relação ao
direito ao adicional noturno, devido à omissão legislativa.

III – DA LEGITIMIDADE:
O Sindicato possui legitimidade ativa para defender os interesses da
categoria, não sendo necessária autorização especial dos filiados, de acordo com o
disposto no art. 12, inciso III, da Lei 13.300/16, e no art. 5º, LXX, "b", da CF/88.
Já o Governador possui a legitimidade passiva, uma vez que as
normas constitucionais estaduais de competência devem observar, por simetria, o que
determina o art. 61, § 1º, II, alínea “a”, da CRFB/88.
IV – DO DIREITO:

O adicional noturno é concedido aos servidores públicos que


trabalham durante a noite, conforme previsto nos artigos 7º, IX e 39, §3º da
Constituição. Cada ente público deve regulamentar esse benefício por meio de lei.
O artigo 7º, IX da Constituição Federal estabelece que os
trabalhadores urbanos e rurais têm direito à remuneração maior para o trabalho
noturno em comparação ao trabalho diurno, além de outros direitos que visem
melhorar sua condição social.
Por sua vez, o artigo 39, parágrafo 3, determina que se aplica aos
servidores ocupantes de cargo público o que é estabelecido no artigo 7, IV, VII, VIII,
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XII e XXX, com a possibilidade de a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando necessário devido à
natureza do cargo. (Incluído pela Emenda Constitucional número 19, de 1988)
Deste modo, o mandado de injunção é o remédio constitucional
adequado para a defesa judicial do direito fundamental previsto na Constituição, que
ainda não possui uma regulamentação.
Além disso, compete ao Tribunal de Justiça processar e julgar
originalmente o mandado de injunção quando a elaboração da norma for de iniciativa
do Governador do Estado, observando a simetria, de acordo com o art. 125, § 1º, da
CF/88.

V - DOS PEDIDOS:
Diante de todo o exposto, requer-se:
a) A notificação do Governador sobre o conteúdo da petição inicial, devendo-lhe
ser enviada a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim
de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste informações; (copiar art. 5º, I, da Lei
13.300/16)

b) A ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica, de acordo com


o art. 5º, II, da lei 13.300/16;

c) A intimação do Representante do Ministério Público, na forma do art. 7º, da Lei


13.300/16;

d) A condenação do impetrado em custas processuais;

e) E que seja reconhecida a omissão e o estado mora legislativa, a fim de que seja
concedida a ordem de injunção coletiva, segundo o art. 8º, da Lei 13.300/16

f) Que seja determinado prazo razoável para que o Governador promova a edição
da norma regulamentadora, consoante o art. 8º, I, da Lei 13.300/16;
g) Que seja suprida a omissão normativa, garantindo-se a efetividade do direito à
percepção do adicional noturno no percentual de 20%, conforme disposições
contidas no art. 73 da CLT;

h) A juntada de documentos, de acordo com o art. 320, do CPC.

Dá-se a causa o valor de R$...


Termos em que pede deferimento.
Local… Data…
Advogado… OAB n. …

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