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DIREITO CONSTITUCIONAL

Prof. GUSTAVO BRÍGIDO


FORMA DE INTERVENÇÃO TIPO
DESAPROPRIAÇAO SUPRESSIVA
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA RESTRITIVA

LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA RESTRITIVA

REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA RESTRITIVA

TOMBAMENTO RESTRITIVA
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA RESTRITIVA
Desapropriação Tipo Indenização
Art. 5º. XXIV, CRFB/88 Necessidade ou Justa, prévia e em
utilidade dinheiro
pública/Interesse Social

Art. 182, CRFB/88 Política Urbana Títulos da Dívida


Pública
Art. 184, CRFB/88 Reforma Agrária Títulos da Dívida
Agrária
Art. 243, CRFB/88 Expropriação Sem indenização
É constitucional o percentual de juros compensatórios de 6% (seis por cento) ao ano para a
remuneração do proprietário pela imissão provisória do ente público na posse do seu bem, na medida
em que consiste em ponderação legislativa proporcional entre o direito constitucional do proprietário
à justa indenização (art. 5º, XXIV, CF/88) e os princípios constitucionais da eficiência e da
economicidade (art. 37, caput, CF/88). Declaração da inconstitucionalidade do termo ‘até’ e
interpretação conforme a Constituição do caput do art. 15-A, de maneira a incidir juros
compensatórios sobre a diferença entre 80% do preço ofertado pelo ente público e o valor fixado na
sentença. Constitucionalidade dos §§ 1º, 2º e 4º, do art. 15-A, do Decreto-lei 3.365/1941, ao
determinarem a não incidência dos juros compensatórios nas hipóteses em que (i) não haja
comprovação de efetiva perda de renda pelo proprietário com a imissão provisória na posse (§ 1º), (ii)
o imóvel tenha ‘graus de utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero’ (§ 2º), e (iii)
sobre o período anterior ‘à aquisição da propriedade ou posse titulada pelo autor da ação’. Voto
reajustado para expressar o entendimento da maioria. É constitucional a estipulação de parâmetros
mínimo e máximo para a concessão de honorários advocatícios, previstos no § 1º, do art. 27, do
Decreto-lei 3.365/1941. Declaração da inconstitucionalidade da expressão ‘não podendo os
honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinquenta e um mil reais)’ por inobservância ao
princípio da proporcionalidade e por possibilitar violação reflexa ao justo preço na indenização do
expropriado (art. 5º, XXIV, CF/88).
[ADI 2.332, rel. min. Roberto Barroso, j. 17-5-2018, P, DJE de 16-4-2019.]
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior,
se houver dano;
Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CREFONO - 1ª Região Prova: Quadrix - 2020 -
CREFONO - 1ª Região - Profissional Administrativo
A Constituição Federal de 1988 traz, em seu Título II, denominado “Dos Direitos
e das Garantias Fundamentais”, disposições relacionadas aos direitos e aos
deveres individuais e coletivos, aos direitos sociais, à nacionalidade, à cidadania,
aos direitos políticos, entre outras. Com base no ordenamento constitucional,
julgue o item.
É garantido o direito de propriedade, porém a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular em caso de iminente perigo público, estando
assegurada indenização ulterior em caso de dano.
GABARITO: CERTO.
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios
de financiar o seu desenvolvimento;
O que é penhora de bens?
A penhora é um instrumento judicial que tem como objetivo segurar um bem
de um devedor para que o mesmo seja utilizado para pagar a dívida do sujeito
que está sendo executado judicialmente pelo valor devido.
É impenhorável a pequena propriedade rural familiar constituída de mais de 01
(um) terreno, desde que contínuos e com área total inferior a 04 (quatro)
módulos fiscais do município de localização.
[ARE 1.038.507, rel. min. Edson Fachin, j. 21-12-2020, P, DJE de 15-3-2021, Tema
961.]
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei
fixar;
O direito autoral é um conjunto de prerrogativas que são conferidas por lei à pessoa
física ou jurídica que cria alguma obra intelectual, dentre as quais se destaca o direito
exclusivo do autor à utilização, à publicação ou à reprodução de suas obras, como
corolário do direito de propriedade intelectual (art. 5º, XXII e XXVII, da Constituição
Federal). In casu, a Lei 92/2010 do Estado do Amazonas estabeleceu a gratuidade para
a execução pública de obras musicais e literomusicais e de fonogramas por
associações, fundações ou instituições filantrópicas e aquelas oficialmente declaradas
de utilidade pública estadual, sem fins lucrativos. Ao estipular hipóteses em que não
se aplica o recolhimento dos valores pertinentes aos direitos autorais, fora do rol da
Lei federal 9.610/1998, a lei estadual usurpou competência privativa da União e alijou
os autores das obras musicais de seu direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução das obras ou do reconhecimento por sua criação.
[ADI 5.800, rel. min. Luiz Fux, j. 8-5-2019, P, DJE de 22-5-2019.]
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução
da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;
A Lei 9.610/1998, com as alterações promovidas pela Lei 12.853/2013, impõe
a divulgação de informações concernentes à execução pública de obras
intelectuais, notadamente músicas, e à arrecadação dos respectivos direitos
(art. 68, §§ 6º e 8º, e art. 98-B, I, II e parágrafo único), além de vedar a
pactuação de cláusulas de confidencialidade nos contratos de licenciamento
(art. 98-B, VI), estabelecendo penalidades em caso de descumprimento (art.
109-A). (...) As entidades de gestão coletiva possuem a evidente natureza
instrumental de viabilizar trocas voluntárias envolvendo propriedade
intelectual, dadas as dificuldades operacionais que marcam o setor. Destarte,
tanto a produção de cultura (pelos autores) quanto o acesso à cultura (pelos
usuários) dependem do hígido funcionamento das associações arrecadadoras e
distribuidoras de direitos. Esse relevante papel econômico é traduzido
juridicamente como a função social das aludidas entidades, cuja importância
social justifica o interesse público na sua existência e escorreita atuação. [ADI
5.062 e ADI 5.065, rel. min. Luiz Fux, j. 27-10-2016, P, DJE de 21-6-2017.]
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos,
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico
do País;
A proteção à propriedade industrial, prevista como direito fundamental no art. 5º, inciso XXIX, da
Constituição de 1988, se dá de forma temporária e com fundamento no interesse social e no
desenvolvimento tecnológico e econômico. Trata-se, portanto, de instituto com finalidade
determinada pela Constituição e que não se circunscreve a um direito individual, pois diz respeito à
coletividade e ao desenvolvimento do País. Segundo o caput do art. 40 da Lei 9.279/1996, a vigência
da patente observará os prazos fixos de 20 (vinte) anos para invenções e de 15 (quinze) anos para
modelos de utilidade, contados da data de depósito. A Lei de Propriedade Intelectual (LPI) prevê,
ainda, uma regra adicional no parágrafo único do dispositivo: a contar da data de concessão da
patente, o prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete)
anos para a patente de modelo de utilidade. Portanto, extrai-se do art. 40 a relevância de dois marcos
temporais para a determinação do prazo de vigência da patente: a data do depósito e a data da
concessão do pedido. O parágrafo único do art. 40 estabelece um prazo variável de proteção, pois
esse depende do tempo de tramitação do respectivo processo administrativo no Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI). Assim, caso a autarquia leve mais de 10 (dez) anos, no caso da invenção,
ou mais de 8 (oito) anos, no caso do modelo de utilidade, para proferir uma decisão final, o período
total do privilégio ultrapassará o tempo de vigência previsto no caput do art. 40. O parágrafo único do
art. 40 da LPI teria sido instituído com o objetivo de compensar o acúmulo de pedidos de patentes
(backlog) no INPI.
[ADI 5.529, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-5-2021, P, DJE de 1º-9-2021.]
XXX - é garantido o direito de herança;
A Constituição garante o direito de herança, mas a forma como esse direito se
exerce é matéria regulada por normas de direito privado.
[ADI 1.715 MC, rel. min. Maurício Corrêa, j. 21-5-1998, P, DJ de 30-4-2004.]
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-SC Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2021 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto
A respeito dos direitos do consumidor e do Código de Defesa do Consumidor
(CDC), julgue o item a seguir.

A defesa do consumidor é um dos princípios traçados pela Constituição


Federal de 1988 para a ordem econômica.
CERTO. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
(...);
V - defesa do consumidor

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