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TRIBUNAL FEDERAL
I – DOS FATOS
IV – DO FORO COMPETENTE
A Constituição da Republica traz que podem ser impugnados por ação direta
de inconstitucionalidade, nos termos do art. 102, I, a, primeira parte,
da CRFB/88, “lei ou atos normativos federais ou estaduais”.
Nota-se que o dispositivo é bem claro ao definir que o primeiro turno das
eleições municipais para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores deve acontecer,
de quatro em quatro anos, sempre no primeiro domingo de outubro do ano
anterior ao término do mandato dos que devam suceder. Portanto, a Lei
Estadual nº 10.171/2020 viola também matéria regulada pela Constituição
Federal. Matéria essa que também já foi complementada por Lei Federal nº 9.
504 de 1997, que determina:
Mesmo, que Vossa Excelência entendesse de que não haveria violação aos
mencionados dispositivos da Constituição, a Lei Estadual não poderia ser
aplicada nas eleições de 2020, por desrespeitar também o art. 16 da Carta
Magna. O referido artigo determina que:
Vide RE 631.102 ED, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 14-12-2011, P, DJE de
XXXXX-5-2012, Tema 367)
Como se vê, a Suprema Corte é no sentido de que as modificações na
legislação processual eleitoral é de que não terão eficácia imediata.
Assim, a Lei Estadual 10.171/2020, não pode ser aplicada nas eleições de
2020, por violação ao princípio da anterioridade eleitoral e ao princípio da
segurança jurídica e o que faria por gerar sua inconstitucionalidade também
aqui.
A probabilidade do direito pode ser verificada nas violações, pela Lei Estadual,
aos dispositivos mencionados da Constituição Federal. Portanto, a relevância
dos fundamentos jurídicos, autoriza a concessão da medida liminar no presente
caso, a fim de proceder-se à interpretação conforme a Carta Magna.
Nesses termos,
pede deferimento.
Local..., data....
Advogado
OAB Nº...