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Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da

Auditoria Militar (CAOCRIM)

ENUNCIADOS CAOCRIM
ORDEM TEMÁTICA
1. Aplicação
1 da Pena
Ementa 87 (REVALIDADA EM 2017)
A ficção jurídica do crime continuado não se aplica ao criminoso habitual, já que a reiteração
criminosa é incompatível com a sequencialidade eventual exigida pelo instituto. (Simpósio VIII –
2013)

Ementa 93 (REVALIDADA EM 2017)


A agravante genérica da reincidência, por ser expressamente preponderante, tem primazia sobre a
atenuante genérica da confissão espontânea. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 95 (REVALIDADA EM 2017)


Penas restritivas de direitos em duas guias de execução distintas. Soma que ultrapassa o patamar de
04 anos, detraído o tempo cumprido. Conversão em pena privativa de liberdade. Possibilidade.
(Simpósio VIII – 2013)

Ementa 108 (REVALIDADA EM 2017)


Em caso de confissão qualificada é conveniente a sustentação da impossibilidade de reconhecimento
da atenuante genérica da confissão. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 124 (REVALIDADA EM 2017)


É possível a consideração da reincidência reconhecida em uma condenação posterior para todas as
outras condenações existentes após a soma ou unificação de penas. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 144 (APROVADA POR MAIORIA)


É recomendável ao membro do Ministério Público consignar em alegações finais a existência de
circunstâncias judiciais agravantes ou atenuantes (Simpósio X – 2017)

Ementa 150 (APROVADA POR MAIORIA)


O concurso cabível entre roubo/furto e corrupção de menores é o formal impróprio, haja vista se tratar
de desígnios autônomos, aplicando-se, destarte, o cúmulo material com a soma das penas. (Simpósio
X – 2017)

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Ementa 152 (APROVADA POR MAIORIA)


O regime inicial obrigatório decorrente de condenação de qualquer crime hediondo ou equiparado é
o fechado,
2 ainda que a pena fixada seja inferior a 8 (oito) anos. (Simpósio X – 2017)

Ementa 215 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O valor do salário mínimo relativo às prestações pecuniárias é o vigente ao tempo do pagamento, e
não ao tempo da condenação. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 255 (APROVADA POR MAIORIA)


O comportamento da vítima, que não contribui para o crime, deve ser sopesado para elevar a pena
base, nos termos do art. 59 do Código Penal. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 264 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Não há desistência voluntária quando o agente cessa a realização de atos executórios por confiar
serem os já praticados suficientes para a consumação do delito. (Simpósio XI – 2018)

2. Competência
Ementa 35 (REVALIDADA EM 2017)
Se o Juiz se convencer da existência de crime diverso dos referidos no art. 74, § 1º, remeterá, uma
vez preclusa a decisão, o feito ao Juiz competente, sendo que este, antes de proferir a decisão, abrirá
vista às partes para manifestação e requerimento de produção de provas, devendo o Ministério Público,
conforme a hipótese, oferecer aditamento à denúncia. (Simpósio III – 2008)

Ementa 82 (REVALIDADA EM 2017)


Havendo concurso de agentes com foro por prerrogativa de função para a prática de crime, a formação
da opinio delicti cabe ao órgão ministerial com atribuição perante o tribunal competente. (Simpósio
VIII – 2013)

Ementa 230 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A competência por prerrogativa de foro, prevista na Constituição Federal para agentes públicos dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e do Ministério Público, compreende exclusivamente os
crimes praticados no exercício e em razão do cargo ou da função pública. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 231 (APROVADA POR UNANIMIDADE)

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São inconstitucionais normas de Constituições Estaduais e da Lei Orgânica do Distrito Federal que
contemplem hipóteses de prerrogativa de foro não previstas expressamente na Constituição Federal,
vedada a invocação de simetria. (Simpósio XI – 2018)
Ementa 232 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas com prerrogativa de
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foro, a este caberá o julgamento, quando oposta e admitida a exceção da verdade, apenas e tão
somente em crime desta natureza praticado no exercício e em razão do cargo ou da função pública.
(Simpósio XI – 2018)

Ementa 233 (APROVADA POR MAIORIA)


A reforma da competência da Justiça Militar promovida pela Lei nº 13.491/2017 no Código Penal
Militar (CPM) é inconstitucional, eis que violadora dos artigos 124, caput, c/c 125, §4º (na hipótese
do art. 9º, II, CPM), 1º, caput, c/c 5º, caput e inciso XXXVIII, “d” (em relação ao art. 9º, §2º, CPM),
todos da Carta Magna Federal. (Simpósio XI – 2018)

3. Crimes Cibernéticos
Ementa 92 (REVALIDADA EM 2017)
O objeto de atuação da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos restringe-se ao
combate dos delitos telemáticos, entendidos como a conduta típica e ilícita, dolosa ou culposa,
comissiva ou omissiva, praticada por pessoa física ou jurídica, como o uso da informática, em
ambiente de rede e que ofenda direta ou indiretamente, a segurança informática, que tem por
elementos a integridade, a disponibilidade e a confidencialidade. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 139 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Em caso de crimes praticados por meio de páginas mantidas junto às mídias sociais Facebook ou
Instagram, é necessário que se proceda à imediata preservação das contas envolvidas por meio da
ferramenta Law Enforcement, para evitar perda do conteúdo a ser investigado. (Simpósio X – 2017)

Ementa 140 (APROVADO POR MAIORIA)


É recomendável a apresentação de documento que comprove o pagamento realizado, em casos de
crime de estelionato envolvendo a compra e venda de produtos em páginas da internet para o
ESTRITO fim de fixação da competência, nos termos do art. 70 do CPP. (Simpósio X – 2017)

Ementa 141 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Havendo necessidade de solicitação de auxílio à Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes
Cibernéticos, nos termos da Resolução PGJ n.º 28/2014, deverão ser encaminhados, além dos
documentos e informações elencados no artigo 4º, §1º da aludida Resolução, a URL da página ou

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perfil a ser investigado, se o caso, bem como os prints das publicações, conversas ou imagens
relacionadas ao fato a ser apurado. (Simpósio X – 2017)

Ementa 198 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O Ministério
4 Público ou a Autoridade Policial podem solicitar diretamente aos provedores de
aplicações estrangeiros Facebook, Instagram e Whatsapp via canal apropriado, os dados cadastrais de
usuários investigados pela prática de crimes cibernéticos no Brasil. Nos casos que envolvam ameaça
concreta de iminente de morte ou danos físicos graves a um indivíduo, os provedores de aplicação
com sede nos Estados Unidos são atorizados a fornecer o conteúdo das comunicações, devendo
igualmente ser utilizado canal apropriado fornecido para as autoridades de maneira a demandar a
divulgação imediata de informações. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 199 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A ata notarial é um dos meios de prova hábil a atestar ou documentar a existência e o modo de existir
do fato, em investigações envolvendo crimes cibernéticos e não substitui prova técnica para a
identificação do responsável pela conexão utilizada. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 200 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Nos casos em que a empresa presta serviços em território nacional, direcionados para brasileiros e
possui subsidiária, agência, filial ou sucursal no Brasil, aplica-se o Marco Civil da Internet e o Código
de Processo Civil (Artigo 21, parágrafo único), possuindo o Poder Judiciário Brasileiro jurisdição
para exigir não apenas o fornecimento dos dados, com ou sem conteúdo, mas também o correto
armazenamento e a preservação do sigilo e de outros direitos dos usuários, sem a necessidade de carta
rogatória ou Acordo de Cooperação Internacional (Mutual Legal Assistance Treaty – MLAT),
assegurando-se, assim, a soberania da República Federativa do Brasil, prevista no art. 1º, inciso I da
CR/88. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 201 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Considerando a existência de precedente jurisprudencial anulando provas obtidas através do acesso
de dados sem prévia autorização judicial ou consentimento do suposto autor, o membro do Ministério
Público, ao elaborar requerimentos de busca e apreensão ou manifestar-se em requerimentos
elaborados pela autoridade policial, deverá, por cautela e zelo, formular solicitação de prévia
autorização judicial para acesso e obtenção dos dados armazenados em celulares, smartphones,
computadores, tablets e outros dispositivos tecnológicos, a fim de se evitar eventual arguição de
nulidade da prova obtida durante o cumprimento dos mandados. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 202 (APROVADA POR UNANIMIDADE)

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Os provedores devem fornecer todos os registros que possibilitem a identificação do usuário quando
instados, tais como IP, logs , portas lógicas etc..., sendo que o rol do art.5º do Marco Civil da Internet
deve ter interpretação ampliada, face às constantes alterações tecnológicas do mundo virtual.
(Simpósio XI – 2018)

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4. Crimes Contra a Criança e o Adolescente
Ementa 51 (REVALIDADA EM 2017)
No caso de publicação de imagens de pornografia infantil (art. 241 e seguintes do ECA), a atribuição
para a persecução penal será do Promotor de Justiça da Comarca onde foram publicadas as referidas
imagens. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 145 (APROVADA POR MAIORIA)


Após a entrada em vigor da Lei Federal nº 13.106, em 17/3/2015, a conduta de vender, fornecer, servir,
ministrar ou entregar bebida alcoólica a menor de 18 (dezoito) anos configura o crime previsto no
artigo 243 da Lei Federal nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente. Se a data da infração
for anterior a 17/3/2015 a conduta de servir bebidas alcoólicas configura a contravenção penal
prevista no inciso I do artigo 63 do Decreto nº 3.688/41 – Lei das Contravenções Penais. (Simpósio
X – 2017)

5. Crimes Contra a Fé Pública


Ementa 88 (REVALIDADA EM 2017)
É desnecessária a comprovação pericial do falso material quando o documento se encontre nos autos
e a prova da falsidade seja possível por outros meios. (Simpósio VIII – 2013)

6. Crimes Contra as Relações de Consumo


Ementa 1 (REVALIDADA EM 2017)
Os delitos contra as relações de consumo tipificados no art. 7.º da Lei n.º 8.137/1990, em razão da
cominação alternativa da pena de multa, admitem proposta de suspensão condicional do processo,
observados os demais requisitos previstos no art. 89 da Lei n.º 9.099/1995 c/c art. 77 do Código Penal.
(Simpósio I – 2006)

Ementa 5 (REVALIDADA EM 2017)


A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, na proteção da tutela administrativa, em face de
sua especificidade constitucional de exequente das atividades de PROCON Estadual, nos autos de
processo administrativo, não estará obrigada à formalização de proposta de instrumento de ‘acordo’
com o fornecedor, posto não possuir natureza jurídica de um direito público subjetivo, não
recepcionado pelo ordenamento jurídico positivo. (Simpósio I – 2006)

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Ementa 6 (REVALIDADA EM 2017)


As Promotorias de Justiça com atribuição criminal, sempre que se depararem com feitos referentes a
crimes não afetos a área de atuação das promotorias do consumidor, mas com repercussão
metaindividual nas relações de consumo, deverão encaminhar cópia dos feitos à Promotoria de Justiça
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Especializada de Defesa do Consumidor, para adoção imediata das medidas administrativas e cíveis
cabíveis. (Simpósio I – 2006)

7. Crimes de Racismo
Ementa 143 (APROVADA POR MAIORIA)
O membro do Ministério Público com atribuição na Defesa dos Direitos Humanos é responsável pela
repressão criminal aos crimes de discriminação étnico-racial, xenofobia, intolerância religiosa, injúria
racial e demais figuras típicas relacionadas à prática de atos discriminatórios penalmente relevantes.
(Simpósio X – 2017)

8. Crimes de Tráfico
Ementa 19 (REVALIDADA EM 2017)
A dedicação à atividade criminosa, requisito impeditivo da causa de diminuição de pena prevista no
art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, consiste na caracterização do modo de viver do autor do fato,
voltado, ainda que não exclusivamente, para a prática de infrações penais. (Simpósio I – 2006)

Ementa 20 (REVALIDADA EM 2017)


Quem consente que outrem se utilize de local ou bem de qualquer natureza, de que tem a propriedade,
posse, administração, guarda ou vigilância, ainda que gratuitamente, para o uso indevido de drogas,
pratica o crime previsto no art. 33, §2o, da Lei nº 11.343/06, na modalidade “auxiliar”. (Simpósio II
– 2007)

Ementa 21 (REVALIDADA EM 2017)


A interpretação sistemática dos dispositivos concernentes ao financiamento/custeio do tráfico de
drogas (e respectivas associações), conduz às seguintes conclusões: A) quem financiar ou custear,
reiteradamente, o tráfico de drogas, incide nas penas do art. 36, da lei 11.343/06; B) quem financiar
ou custear, eventualmente, o tráfico de drogas, incide nas penas do tráfico, com a incidência da causa
de aumento de pena do art. 40, VII; C) quem, além de financiar ou custear (art. 36), participar da
associação para o financiamento (art. 35, parágrafo único), em contextos fáticos diversos, incide nas
sanções de ambos delitos, na modalidade do art. 69, do CP. (Simpósio II – 2007)

Ementa 43 (REVALIDADA EM 2017)

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Na hipótese de transação penal pela infração ao artigo 28 da Lei nº 11.343/06, deverá ser priorizado
o encaminhamento do autor do fato a programa, tratamento ou curso educativo. (Simpósio IV – 2010)

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Ementa 46 (REVALIDADA EM 2017)
Não pode haver aplicação da redução de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, em
caso de condenações por tráfico de drogas que tenham ocorrido nos termos e penas do artigo 12 da
Lei nº 6.368/76. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 52 (REVALIDADA EM 2017)


É desejável a atuação conjunta entre as Promotorias de Justiça com atribuição no Juizado Especial
Criminal e na Defesa da Saúde em relação à existência de políticas públicas para o combate ao uso
de drogas. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 53 (REVALIDADA EM 2017)


A primariedade e os bons antecedentes não autorizam por si só a redução máxima da pena prevista
no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06, devendo ser observadas as circunstancias do art. 42 do mesmo
diploma legal. (Simpósio V – 2010)

Ementa 54 (REVALIDADA EM 2017)


A prática anterior de ato infracional análogo ao tráfico de drogas é uma circunstância fática indicativa
da dedicação à atividade criminosa, o que é um impeditivo da concessão do benefício do art. 33, § 4º
da Lei nº 11.343/06. (Simpósio V – 2010)

Ementa 55 (REVALIDADA EM 2017)


É válida como prova a comunicação de serviço baseada em fonte sigilosa, que revela o envolvimento
do réu com o tráfico conforme prevê o art. 5º, XIV da CF. (Simpósio V – 2010)

Ementa 56 (REVALIDADA EM 2017)


O imputável que prática o tráfico de drogas utilizando-se de inimputáveis, exercendo a função de
informante na divisão de tarefas, incide no artigo 33 e não no artigo 37, da Lei de Tóxicos. (Simpósio
VI – 2011)

Ementa 57 (REVALIDADA EM 2017)


Aquele que colabora como informante do traficante de drogas solitário comete o crime do art. 33 da
Lei nº 11.343/06 na forma do art. 29 do Código Penal Brasileiro. (Simpósio VI – 2011)

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Ementa 58 (REVALIDADA EM 2017)


A causa de diminuição de pena do art. 33 § 4º da Lei nº 11.343/06 não se aplica àquele que comete o
delito do art. 34 da Lei nº 11. 343/06. (Simpósio VI – 2011)
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Ementa 59 (REVALIDADA EM 2017)
Quando o agente pratica as condutas proibitivas descritas no art. 33 e 34 da Lei nº 11.343/06 ocorre
concurso material. (Simpósio VI – 2011)

Ementa 60 (REVALIDADA EM 2017)


Durante o flagrante delito, o fato de o policial atender o celular do traficante de drogas para apurar se
a chamada recebida é para encomendar drogas caracteriza o encontro fortuito de provas. (Simpósio
VI – 2011)

Ementa 72 (REVALIDADA EM 2017)


É possível no curso do inquérito policial ou da ação penal decretar-se medidas assecuratórias sobre
direitos do investigado/réu, apesar da redação do caput do art. 60 da Lei nº. 11.343/06, que deve ser
interpretada de forma extensiva. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 73 (REVALIDADA EM 2017)


A inversão do ônus da prova prevista no art. 60, § 1º, da Lei nº 11.343/06 está em consonância com
a Constituição Federal já que diz respeito à análise do mérito da medida assecuratória. (Simpósio VIII
– 2013)

Ementa 74 (REVALIDADA EM 2017)


A utilização de drogas no adestramento de cães, em instituições policiais, para rastreamento de
substâncias entorpecentes deve ser precedida de autorização judicial. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 75 (REVALIDADA EM 2017)


A grande quantidade ou variedade da droga apreendida são circunstâncias que afastam o benefício do
§4º do art. 33 da Lei n.º 11.343/06 por indicar a dedicação à atividade criminosa ou a participação em
organização criminosa. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 96 (REVALIDADA EM 2017)


Condenação pela prática do crime previsto no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06. Reconhecimento
expresso na sentença do caráter hediondo do crime de tráfico privilegiado. Impossibilidade de
modificação pelo juízo da execução para crime comum. (Simpósio VIII – 2013)

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Ementa 97 (REVALIDADA EM 2017)


Condenação pela prática do crime previsto no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06. Omissão na sentença
acerca do caráter hediondo do crime de tráfico privilegiado. Impossibilidade de modificação pelo
Juízo da Execução para crime comum. A aplicação da minorante prevista no art. 33, §4º da Lei nº
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11.343/06 não afasta o caráter hediondo do delito de tráfico. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 100 (REVALIDADA EM 2017)


O delito de tráfico de drogas, ainda que com a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no
§ 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/06, constitui crime equiparado a hediondo e não admite indulto ou
comutação. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 113 (REVALIDADA EM 2017)


Não é cabível indulto ou comutação para os crimes dos artigos 33, caput e seus parágrafos, a 37 da
Lei nº 11.343/06. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 114 (REVALIDADA EM 2017) O artigo 44, parágrafo único, da Lei nº 11.343/06 é
constitucional e específico em relação à regra geral do Código Penal. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 120 (REVALIDADA EM 2017) Desnecessidade de consentimento ou de ordem judicial para


submeter a exame de raio-X, pessoa que não tenha restrição médica a tal procedimento, abordada em
virtude de existir fundada suspeita de que esteja carregando drogas no organismo. (Simpósio IX –
2014)

Ementa 121 (REVALIDADA EM 2017) A venda sem receita médica de medicamentos somente
caracteriza tráfico de drogas se tal substância for registrada na ANVISA e for elencada no rol que
menciona as drogas de uso proscrito no Brasil. As demais situações podem caracterizar o delito do
artigo 273, § 1º-B, do CPB. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 180 (APROVADA POR MAIORIA) A natureza e a quantidade de droga, moduladoras da


pena previstas no art. 42 da Lei 11.343/06, são circunstâncias autônomas, razão pela qual basta que
uma delas se revele desfavorável ao sentenciado para que a pena seja fixada acima do mínimo legal.
(Simpósio X – 2017).

Ementa 181 (APROVADA POR UNANIMIDADE) Por força do disposto no artigo 40, inciso I, da
Lei 8.325/93, é necessário o ajuste prévio da autoridade policial para o comparecimento do membro
do Ministério Público à incineração das drogas a que alude o artigo 50, §4º, da Lei 11.343/06.
(Simpósio X - 2017)

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Ementa 182 (APROVADA POR MAIORIA) São circunstâncias, dentre outras, que indicam a
necessidade da decretação da prisão preventiva, e sua manutenção, no caso do crime de tráfico de
drogas:
1. Apreensão de grande quantidade de drogas e/ou drogas de natureza diversa, em quantidade não
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desprezível.
2. Existência de mandado de prisão em aberto.
3. Existência de processos em andamento ou condenação sem trânsito em julgado por crime apenado
com reclusão na Lei de Drogas.
4. Existência de elementos indicativos de que o réu se dedique habitualmente a atividades criminosas,
consistentes na análise de anotações da CAI; REDs anteriores; processos criminais sem trânsito em
julgado por outros delitos; relatórios de inteligência da Polícia Civil ou Militar. (Simpósio X - 2017)

Ementa 182 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É desejável que o membro do Ministério Público analise o cabimento, ou não, da causa de diminuição
de pena prevista no §4º, do art. 33, da Lei 11.343/06, em sede de alegações finais. (Simpósio X –
2017)

Ementa 183 (APROVADA POR MAIORIA)


Nas alegações finais, sugere-se ao Ministério Público pleitear a fixação de pena base mais elevada,
nos termos do artigo 42 da Lei Federal 11.343/06, quando o crack estiver dentre as substâncias
apreendidas, tendo em vista seu alto poder viciante, bem como a epidemia de seu uso em todo Brasil.
(Simpósio X - 2017)

Ementa 184 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Para configurar causa especial de aumento de pena por tráfico de entorpecentes nas imediações de
local recreativo (art.40, III, da Lei 11.343/2006), basta que este seja reconhecido como ponto
importante de recreação para a população desse meio social e independe de estrutura complexa do
estabelecimento. (Simpósio X – 2017)

Ementa 185 (APROVADA POR MAIORIA)


Impedem a concessão da causa de diminuição de pena prevista no artigo 33, §4º, da Lei 11.343/06,
as seguintes circunstâncias:
1. Apreensão de grande quantidade de drogas e/ou drogas de natureza diversa, em quantidade não
desprezível.
2. Existência de processos em andamento ou condenação sem trânsito em julgado por tráfico de
drogas.

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3. Existência de condenação pelos crimes previstos nos artigos 34, 35, 36 ou 37 da Lei de Drogas.
4. Existência de mais de uma condenação por qualquer outro delito, indicando a dedicação do acusado
a atividades criminosas.
5. Existência de elementos nos autos (confissão, depoimentos de testemunhas, etc.) comprovando que
o réu exerce a traficância há algum tempo.
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6. Existência de elementos indicativos de que o réu se dedique habitualmente a atividades criminosas,
consistentes na análise da vida pregressa, anotações constantes na CAI e fatos constantes nos REDs
confeccionados anteriormente. (Simpósio X – 2017)

Ementa 265 (APROVADA POR MAIORIA)


O crime de tráfico, em sua modalidade adquirir, consuma-se no momento em que ocorre a avença
entre comprador e vendedor com o consenso sobre a coisa e o preço, que pode ocorrer por meio
telefônico e\ou telemático, ainda que não haja a tradição da droga adquirida em razão da apreensão
do material ilícito pela Polícia. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 266 (APROVADA POR MAIORIA)


A concessão de fiança na audiência de custódia, para o crime de tráfico de drogas, não possui
justificativa legal, sendo inclusive inconstitucional. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 267 (APROVADA POR MAIORIA)


Não cabe ao Juiz da Custódia antecipar o mérito sobre a ocorrência do tráfico privilegiado, como
justificativa para conceder a liberdade provisória.(Simpósio XI – 2018)

Ementa 268 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da convicção
de que o réu se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar causa de redução de pena do artigo
33, § 4º, da Lei 11.343/2006.(Simpósio XI – 2018)

Ementa 269 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Juntado aos autos laudo toxicológico encaminhado pela Autoridade Policial, ainda que não esteja nos
moldes estabelecidos pelo Memorando Circular 34 de 2017 do Delegado Geral de Polícia Civil, a
materialidade do crime de tóxico presume-se hígida, cabendo à Defesa, se houver questionamento,
requerer a contraprova. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 270 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O fato de o agente envolver um menor na prática do tráfico e, ainda, tê-lo retribuído com drogas,
justifica a aplicação da causa de aumento prevista no artigo 40, inciso VI, da Lei 11.343/06 em

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patamar superior ao mínimo, ainda que haja fixação de pena-base no mínimo legal. (Simpósio XI –
2018)

Ementa 271 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Não há
12 bis in idem na utilização da reincidência como agravante e de circunstância que afasta a causa
especial de diminuição da pena do crime de tráfico.(Simpósio XI – 2018)

Ementa 272 (APROVADA POR MAIORIA)


Não há qualquer tipo de ilegalidade ou crime de violação de domicílio na ação da Polícia em, após
fundada suspeita que no local há drogas, como informações prévias que o local é ponto de
venda\armazenamento de drogas, ou que o morador tem envolvimento com a traficância, ou presença
de forte odor de droga ou outro elemento que confirme a existência do crime de natureza permanente,
ingressar na residência sem a devida autorização. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 273 (APROVADA POR MAIORIA)


Os depoimentos prestados por policiais são presumivelmente verdadeiros, cabendo a Defesa em
momento próprio arguir e comprovar eventual elemento que desabone a citada prova, em razão da
dificuldade de conseguir testemunhas civis no caso de crimes contra a saúde pública. (Simpósio XI –
2018)

Ementa 274 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Incide a causa de aumento do artigo 40, inciso III da Lei 11.343, mesmo que o crime cometido nas
imediações de estabelecimentos de ensino e de unidade prisional não visem os frequentadores ou
reclusos do local. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 275 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Para a incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, inc. V, da Lei 11.343/2006 não se
exige a efetiva transposição da fronteira estadual, sendo suficiente a demonstração inequívoca da
intenção de realizar o tráfico interestadual. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 276 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A investigação policial com a finalidade de obtenção de informações mais concretas sobre a conduta
e paradeiro de determinado traficante, sem a pretensão de identificar outros suspeitos, não configura
a ação controlada do artigo 53, inciso II, da Lei 11.343/06, sendo dispensável a autorização judicial
para sua realização. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 277 (APROVADA POR MAIORIA)

12
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

A utilização do transporte público como meio para a prática do crime de tráfico de drogas é suficiente
para o reconhecimento da causa especial de aumento de pena prevista no art. 40, III, da Lei
11.343/2006, porque a referida causa é de natureza objetiva e aperfeiçoa-se com a constatação de ter
sido o crime cometido no lugar indicado, independentemente de qualquer indagação sobre o elemento
anímico do infrator. (Simpósio XI – 2018)
13
Ementa 278 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
Não há violação ao princípio do non bis idem a aplicação das causas de aumento previstas no artigo
40 da Lei 11.343/06, cumulativamente, aos crimes de associação para o tráfico e tráfico de drogas,
posto tratarem-se de delitos autônomos. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 279 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O delito de associação ao tráfico de drogas previsto no artigo 35 da Lei 11.343/06 constitui crime
equiparado a hediondo e não admite indulto ou comutação. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 280 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É recomendável que o Ministério Público busque a fixação do regime fechado, com o afastamento da
substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direito, em razão da quantidade e da
natureza do entorpecente apreendido. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 281 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É possível a imposição de regime inicial fechado em condenações por crime de tráfico de
entorpecentes, mesmo para o cumprimento da pena inferior a oito anos, desde que desfavoráveis as
circunstâncias judiciais elencadas no artigo 59 do Código Penal (Simpósio XI – 2018)

Ementa 282 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A produção da prova acerca da ocorrência tráfico privilegiado é ônus da defesa. (Simpósio XI – 2018)

9. Crimes de Trânsito
Ementa 24 (REVALIDADA EM 2017)
Somente o delito descrito no artigo 303, caput, da Lei nº 9.503/97 é da competência do Juizado
Especial Criminal. (Simpósio II – 2007)

Ementa 25 (REVALIDADA EM 2017)


No caso do artigo 303, caput, da Lei nº 9.503/97, somente se lavrará Termo Circunstanciado de
Ocorrência após representação da(s) suposta(s) vítima(s), quando a narrativa do REDS não permitir,
desde já, a identificação de quem seja o causador do acidente. (Simpósio II – 2007)

13
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

Ementa 26 (REVALIDADA EM 2017)


Ocorrendo o delito do art. 303 do CTB, e sendo o autor inabilitado, caso não haja representação da
vítima,
14 subsiste o crime do art. 309 do CTB a ser processado junto ao Juizado Especial Criminal.
(Simpósio II – 2007)

10. Crimes Dolosos Contra a Vida


Ementa 2 (REVALIDADA EM 2017)
A denúncia nos crimes dolosos contra a vida deverá especificar, em caso de tentativa, a circunstância
alheia à vontade do agente que impediu a consumação do crime. (Simpósio I – 2006)

Ementa 3 (REVALIDADA EM 2017)


O Código Penal Brasileiro equiparou as consequências jurídicas do dolo eventual às do dolo direto;
portanto, em tese, possível a existência de homicídio qualificado, consumado ou tentado, com dolo
eventual. (Simpósio I – 2006)

Ementa 129 (REVALIDADA EM 2017)


Não cabe instauração de inquérito policial militar para investigação de crime de homicídio doloso
praticado por militar contra civil. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 186 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Em casos de feminicídio, é recomendável o requerimento pelo Ministério Público de medidas
protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha para a vítima sobrevivente, testemunhas e
vítimas indiretas, inclusive perante o Tribunal do Júri. (Simpósio X – 2017)

Ementa 188 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Configura a qualificadora do feminicídio do art. 121, §2º-A, inciso II, do Código Penal o contexto de
tráfico de mulheres, exploração sexual, violência sexual, morte coletiva de mulheres, mutilação ou
desfiguração do corpo, exercício de profissão do sexo, entre outras. (Simpósio X – 2017)

Ementa 191 (APROVADA POR MAIORIA)


A qualificadora do feminicídio, na hipótese do art. 121, §2º-A, inciso II, do Código Penal, possui
natureza objetiva. (Simpósio X – 2017)

14
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

11. Denúncia
Ementa 90 (REVALIDADA EM 2017)
Não 15
se admite o arquivamento implícito do inquérito policial, devendo o Promotor oficiante se
manifestar, expressa e fundamentadamente, quanto a cada fato não incluído na denúncia e cada
indiciado não denunciado. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 126 (REVALIDADA EM 2017)


Constitui error in procedendo a rejeição da denúncia por atipicidade do fato, face a nova redação dos
artigos 395 e 397 do CPP. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 262 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A denúncia que atribui ao acusado a prática do delito com dolo direto ou eventual não se revela inepta
por não configurar imputação alternativa, vez que o legislador ordinário equiparou as condutas no
inciso II do art. 18 do Código Penal. (Simpósio XI – 2018)

12. Efeitos da Condenação


Ementa 91 (REVALIDADA EM 2017)
A suspensão dos direitos políticos decorrente da sentença condenatória penal, nos termos do art. 15,
inciso III da CF/1988, independe da natureza da pena imposta e da forma de sua execução. (Simpósio
VIII – 2013)

13. Estatuto do Desarmamento


Ementa 128 (REVALIDADA EM 2017)
É típica a conduta de possuir munição, ainda que desacompanhada de arma de fogo. (Simpósio IX –
2014)

14. Execução Penal


Ementa 10 (REVALIDADA EM 2017)
O Promotor de Justiça pode requerer a realização de exame criminológico ou de outro meio de
aferição, quando não houver elementos suficientes à formação da convicção acerca do merecimento
do condenado para fins de progressão de regime ou de livramento condicional (art. 8º, LEP e art. 83,
parágrafo único, CP). (Simpósio I – 2006)

15
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

Ementa 11 (REVALIDADA EM 2017)


É cabível a regressão cautelar do regime prisional no caso da prática de falta grave, com a imediata
transferência
16 do sentenciado para o regime mais severo, efetivando-se, na sequência, a sua oitiva, nos
termos do §2º, do artigo 118 da Lei de Execução Penal. (Simpósio I – 2006)

Ementa 12 (REVALIDADA EM 2017)


Havendo condenação por crime hediondo e por crime comum, é necessário o cumprimento de 2/3 da
pena do crime hediondo, além de 1/6 da pena do crime comum para a progressão de regime. Com
relação ao livramento condicional, o sentenciado deverá cumprir 2/3 da pena do crime hediondo,
além de 1/3, se primário ou 1/2, se reincidente, da pena do crime comum. (Simpósio I – 2006)

Ementa 13 (REVALIDADA EM 2017)


A execução da pena restritiva de direitos, em caso de prisão provisória pela prática de outro crime,
deve ser suspensa, aplicando-se, quanto à prescrição, o art. 116, parágrafo único, do CP. (Simpósio I
– 2006)

Ementa 14 (REVALIDADA EM 2017)


Na execução penal, a legitimidade do Ministério Público para a impetração de mandado de segurança,
visando a conferir efeito suspensivo a recurso, está lastreada nos artigos 5º, LXIX, e 129, I, da
Constituição Federal, artigo 32, I, da Lei nº 8.625/93, e da Súmula 701 do STF. (Simpósio I – 2006)

Ementa 28 (REVALIDADA EM 2017)


Ocorrendo a conversão da pena em medida de segurança, por doença mental ou perturbação da saúde
mental não transitórias, ocorridas no curso da execução, passam a vigorar as normas da medida de
segurança, inclusive no tocante ao tempo de duração da medida imposta. (Simpósio II – 2007)

Ementa 29 (REVALIDADA EM 2017)


Para fim de concessão de benefícios na execução penal, a prática de falta grave pelo preso no regime
fechado implicará a perda do estágio cumprido até então; para calcular o requisito temporal, levar-se-
á em consideração o restante da pena, a partir da falta grave. (Simpósio II – 2007)

Ementa 30 (REVALIDADA EM 2017)


Praticado crime durante o curso do livramento condicional, ainda que tal fato só venha a ser
descoberto após o período de prova, o Juiz não poderá declarar extinta a pena, caso já tenha sido

16
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

instaurada a respectiva ação penal, enquanto não passar em julgado a sentença referente ao novo
crime, face à prorrogação automática do livramento. (Simpósio II – 2007)

Ementa 31 (REVALIDADA EM 2017)


A decretação
17 da perda dos dias remidos, em caso de cometimento de falta grave, não acarreta ofensa
ao direito adquirido ou à coisa julgada, tendo em vista que o reconhecimento da remição não produz
coisa julgada material. (Simpósio II – 2007)

Ementa 32 (REVALIDADA EM 2017)


A execução provisória da pena, em havendo recurso da defesa, ainda que com efeito suspensivo, deve
ser admitida, desde que favorável ao sentenciado. (Simpósio II – 2007)

Ementa 33 (REVALIDADA EM 2017)


A soma e/ou unificação das penas deve ser realizada por decisão judicial fundamentada, da qual
conste a fixação do regime prisional e o do termo a quo para contagem de prazos de benefícios.
(Simpósio II – 2007)

Ementa 34 (REVALIDADA EM 2017)


No procedimento de conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade, na situação
preconizada pelo art. 44, § 5.º, do Código Penal, realizada a soma do restante da pena privativa com
a nova reprimenda, deverá ser observado o disposto no art. 111, parágrafo único, da Lei n.º 7.210/84,
visando à definição do regime prisional, podendo ocorrer a regressão. (Simpósio II – 2007)

Ementa 38 (REVALIDADA EM 2017)


O Ministério Público deverá zelar para que os benefícios de execução penal sejam concedidos tão
logo implementado o requisito objetivo, desde que preenchidos os requisitos subjetivos. No caso de
atraso no provimento jurisdicional, não ocasionado pelo apenado, o Ministério Público deve pedir
concessão de eficácia retroativa da decisão concessiva do benefício, de forma a constar do
levantamento de pena a data do implemento do requisito objetivo como se fosse a da efetiva concessão
do benefício. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 45 (REVALIDADA EM 2017)


A prisão domiciliar deve restringir-se aos casos em que preenchidos os requisitos do artigo 117 da
LEP, ainda que não haja vaga em estabelecimento adequado para abrigar o apenado. (Simpósio IV –
2010)

Ementa 68 (REVALIDADA EM 2017)

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Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

Em caso de transferência do preso em regime aberto domiciliar para local em que haja casa de
albergado, o Promotor da execução deverá propor a readequação do modo de cumprimento deste
regime. (Simpósio VII – 2012)

Ementa 69 (REVALIDADA EM 2017)


18
Não havendo casa de albergado em sua comarca, deverá o Promotor de Justiça, ao se manifestar sobre
a progressão para o regime aberto, ressalvar a hipótese de recolhimento àquele estabelecimento
prisional, caso haja transferência para Comarca onde ele exista. Caberá ao Promotor, ainda, velar para
que conste esta ressalva na decisão do Juiz.(Simpósio VII – 2012)

Ementa 76 (REVALIDADA EM 2017)


Condenações distintas por delito comum e hediondo reunidos numa mesma execução penal. Crime
hediondo cometido no curso da execução do crime comum. Impossibilidade de detração da pena
cumprida pelo crime comum da reprimenda pelo crime hediondo. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 77 (REVALIDADA EM 2017)


Extinção prematura da pena privativa de liberdade. Existência de outra condenação definitiva ou
provisória ainda não conhecida pelo juízo da execução. Necessidade de aferição de existência de
outras guias do apenado antes da referida decisão. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 78 (REVALIDADA EM 2017)


Condenação à pena restritiva de direitos posterior à condenação a pena privativa de liberdade.
Incompatibilidade do cumprimento simultâneo das reprimendas. Conversão da pena restritiva em
privativa de liberdade, com a consequente soma das penas, nos termos do artigo 69, §1º do Código
Penal Brasileiro. Possibilidade. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 98 (REVALIDADA EM 2017)


Por analogia ao art. 109, VI, do Código Penal, falta grave prevista na LEP prescreve em 03 anos, se
posterior a 05 de maio de 2010, e em 02 anos se anterior a esta data. No caso de fuga, o prazo deve
ser contado da data da recaptura. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 99 (REVALIDADA EM 2017)


Para a progressão ao regime aberto, o reeducando deve cumprir, além dos requisitos do artigo 112 da
LEP, também os requisitos do artigo 114. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 101 (REVALIDADA EM 2017)

18
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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Necessidade do cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena para o sentenciado primário e 1/4 (um quarto)
da pena para o sentenciado reincidente, ambos no regime inicial semiaberto, para a concessão das
saídas temporárias, bem como o cumprimento de 1/6 (um sexto) em ambos os casos para concessão
do trabalho externo. (Simpósio VIII – 2013)

19
Ementa 112 (REVALIDADA EM 2017)
O trabalho no regime semiaberto deve ser preferencialmente prestado, na forma do artigo 35 do CP,
diretamente ao Estado em colônia agrícola ou Industrial, ou mediante parcerias com empresas
públicas ou privadas. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 115 (REVALIDADA EM 2017)


Não é cabível indulto ou comutação se o reeducando estava foragido na data de publicação do Decreto.
(Simpósio IX – 2014)

Ementa 116 (REVALIDADA EM 2017)


O artigo 2º, §1º, da Lei nº 8.072/90 é constitucional. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 117 (REVALIDADA EM 2017)


Desrespeito constitui falta grave pelo reeducando no curso da execução penal, na forma dos artigos
39, II, e 50, VI, da LEP. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 118 (REVALIDADA EM 2017)


É inconstitucional a possibilidade de concessão de indulto ou comutação para medida de segurança,
por não ter natureza jurídica de pena. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 122 (REVALIDADA EM 2017)


A falta grave reconhecida judicialmente interrompe o prazo de 1/6 (um sexto) se primário ou 1/4 (um
quarto) se reincidente para a concessão do benefício da saída temporária. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 123 (REVALIDADA EM 2017)


É possível a soma das horas de trabalho interno para fins de remição quando a jornada diária do
estabelecimento prisional for inferior a seis horas. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 125 (REVALIDADA EM 2017)


A prática de falta grave no prazo de 12 (doze) meses antes da publicação do Decreto de indulto e
comutação deve obstar os benefícios até a sua apreciação pelo Juízo da Execução, dentro do prazo
prescricional. (Simpósio IX – 2014)

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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Ementa 131 (REVALIDADA EM 2017)


O caráter
20 hediondo do crime independe de declaração expressa na sentença, devendo o Promotor da
execução zelar pelo cumprimento das regras aplicáveis a crimes dessa natureza. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 156 (APROVADA POR MAIORIA)


Não viola o direito constitucional à intimidade a verificação do histórico de mensagens existentes em
aparelho celular apreendido durante a investigação de delitos e/ou apuração de faltas disciplinares
cometidas em estabelecimentos prisionais, independendo de autorização judicial a verificação e
transcrição de mensagens que tenham estrito interesse criminalístico e vinculação direta ou indireta
aos fatos sob investigação, incluindo-se a reprodução de fotos e transcrição de áudios e vídeos.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 165 Cômputo dos dias remidos (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Os dias remidos deverão ser subtraídos apenas do cômputo total da pena, sabendo-se que, ainda assim,
surtirão efeitos no alcance do requisito objetivo para todos os tipos de benefícios. (Simpósio X – 2017)

Ementa 166 Atribuições cíveis para as Promotorias de Justiça de Execução Penal (APROVADA POR
MAIORIA)
A Promotoria de execução penal também tem atribuição para medidas cíveis e coletivas referentes às
suas atribuições. (Simpósio X – 2017)

Ementa 167 Retificação do marco inicial de contagem de pena (APROVADA POR UNANIMIDADE)
Em respeito ao princípio da progressividade no cumprimento da pena, em caso de guia de execução
única e provisória, a data-marco para a contagem da progressão de regime há de ser a da publicação
da sentença penal condenatória, respeitando-se a detração referente ao tempo de prisão provisória.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 168 Consulta ao sistema REDS (APROVADA POR UNANIMIDADE) É desejável que o
membro do Ministério Público consulte a situação do reeducando no sistema REDS, antes de se
manifestar no seu processo de execução. (Simpósio X - 2017)
Ementa 169 MP e indulto/comutação especial às mulheres (Decreto nº 14454/17) (APROVADA POR
UNANIMIDADE)
Cabe aos membros do Ministério Público de Minas Gerais assegurar a efetivação do direito a indulto
especial e comutação de penas às mulheres que cumprirem os requisitos previstos no Decreto nº
14.454, de 12 de abril de 2017. (Simpósio X – 2017)

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Ementa 170 Regressão em salto – possibilidade (APROVADA POR MAIORIA)


Em caso
21 de prática de falta grave pelo executado, é possível a regressão de regime “em salto”, com a
sua transferência do regime aberto direto para o fechado, através de decisão fundamentada pelo juízo.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 171 Execução penal e reincidência (APROVADA POR MAIORIA)


A reincidência é um estado de fato e se configura com a ocorrência da situação prevista no artigo 63
do Código Penal (cometimento de novo crime após trânsito em julgado por crime anterior),
independendo, portanto, de declaração judicial para se constituir. (Simpósio X – 2017)

Ementa 172 Avaliação do bom comportamento carcerário (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O preenchimento do requisito subjetivo para progressão – bom comportamento carcerário – deve ser
avaliado não só em relação à inexistência de falta grave, mas também em relação a qualquer ato que
macule o comportamento no cárcere. (Simpósio X – 2017)

Ementa 173 Avaliação do requisito 114, II LEP – progressão para o regime aberto (APROVADA POR
UNANIMIDADE)
A inexistência de faltas disciplinares não é suficiente para comprovar o preenchimento do requisito
exigido pelo artigo 114, II, da LEP, podendo o Ministério Público opor-se ao benefício de maneira
fundamentada. (Simpósio X – 2017)

Ementa 174 (APROVADA POR UNANIMIDADE) Pode ser determinada a realização de exame
criminológico para aferição do comportamento adequado exigido pelo artigo 123, I, da LEP para o
gozo de saídas temporárias, caso as peculiaridades do caso assim o recomendem. (Simpósio X – 2017)

Ementa 175 Nova condenação e ind (APROVADA POR MAIORIA)


Na hipótese de execução provisória com trânsito em julgado para o Ministério Público, a partir da
publicação de sentença condenatória, havendo pluralidade de guias de execução, a nova pena deve
ser somada à remanescente para verificar se atendido o requisito objetivo para ter direito ao indulto.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 176 (APROVADA POR UNANIMIDADE)

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O tempo de prisão provisória que pode ser detraído nos termos do artigo 42 do Código Penal é aquele
que diz respeito à infração penal que deu origem à pena privativa de liberdade ou medida de segurança
aplicadas. (Simpósio X – 2017)

Ementa 178 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


22
O reconhecimento judicial da falta grave independe da instauração ou conclusão de procedimento
administrativo disciplinar pela unidade prisional, respeitado o contraditório. (Simpósio X – 2017)

Ementa 179 (APROVADA POR MAIORIA)


O descumprimento das condições estabelecidas para a suspensão condicional do processo (art. 89 da
Lei nº. 9.099/1995) é fato impeditivo à extinção da punibilidade do agente, ainda que a decisão
judicial que revoga o benefício seja prolatada após o transcurso do período de prova. (Simpósio X –
2017)

Ementa 207 (APROVADA POR MAIORIA)


A execução da pena após decisão em segunda instância não viola a presunção de inocência. (Simpósio
XI – 2018)

Ementa 216 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O órgão de execução com atuação no SEEU deverá ter acesso aos parâmetros utilizados pela VEP
para os cálculos de benefícios pelo sistema. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 217 (APROVADA POR MAIORIA)


As novas guias de execução devem ser implantadas no sequencial 01, permitindo a concentração e
pronta identificação de quais guias encontram-se em execução no feito. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 218 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


As saídas temporárias deverão ser lançadas na situação carcerária do SEEU, inclusive o período
concedido, permitindo a fiscalização e análise do requisito objetivo para fins de concessões futuras.
(Simpósio XI – 2018)

Ementa 219 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


No SEEU, as remições concedidas deverão ser lançadas na situação carcerária com registro da
modalidade (trabalho ou estudos). (Simpósio XI – 2018)

Ementa 220 (APROVADA POR MAIORIA)

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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Recomenda-se ao Promotor de Justiça que solicite seja certificado pelo oficial de justiça, de forma
periódica, se o preso está de fato realizando trabalho externo, nas hipóteses em que o deferimento do
benefício se deu sem o uso de tornozeleira eletrônica. (Simpósio XI – 2018)

23
Ementa 221 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
A transferência de apenado para o sistema APAC deve observar critérios objetivos e subjetivos. O
critério objetivo deverá consistir na elaboração de lista de antiguidade de interessados na transferência
pela Direção do Sistema Prisional Comum, privilegiando-se aqueles que há mais tempo encontram-
se em execução de pena no sistema comum. O critério subjetivo deverá consistir na presença de bom
comportamento carcerário e aptidão segundo o relatório multidisciplinar elaborado pela Comissão
Técnica de Classificação da unidade prisional. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 222 (APROVADA POR MAIORIA)


A APAC é estabelecimento diferenciado de cumprimento de pena, equiparando-se a benefício a
transferência do apenado para as suas dependências. Deve, assim, ser observada a progressividade da
execução da pena, vedando-se o início do cumprimento da pena em suas dependências. (Simpósio XI
– 2018)

Ementa 223 (APROVADA POR MAIORIA)


A competência para admitir presos na APAC é exclusivamente do Juiz da Comarca onde sediado o
respectivo Centro de Reintegração Social. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 224 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


As portarias do juízo que regulamentam as APACs não podem contrariar a Lei de Execução Penal,
devendo ser adotadas medidas pelo Promotor de Justiça da Comarca tanto para adequação das
portarias, quanto em cada um dos processos de execução. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 225 (APROVADA POR MAIORIA)


Quando a pena privativa de liberdade é convertida em penas restritivas de direitos, não é cabível a
declaração de extinção de cada uma das penas substitutivas de forma isolada, devendo ser considerada
uma única pena para tal fim, não sendo possível a sua fragmentação. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 226 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A ausência de estabelecimento próprio de cumprimento de pena na Comarca, ou a superlotação, por
si sós, não são motivos suficientes para a concessão do benefício da prisão domiciliar, no caso do
regime semiaberto. Devem ser observados os parâmetros fixados pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE 641.320/RS, conforme a Súmula Vinculante nº. 56 do STF. (Simpósio XI – 2018)

23
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

Ementa 227 (APROVADA POR MAIORIA)


O art. 283 do Código de Processo Penal não impede o início do cumprimento da pena privativa de
liberdade a partir de acórdão criminal condenatório proferido por tribunal de segundo grau, o que não
ofende a presunção de inocência, desde que esgotados todos os recursos cabíveis nesta instância,
24
salvo os embargos de declaração interpostos contra decisão proferida em anteriores embargos de
declaração. (Simpósio XI - 2018)

Ementa 228 (APROVADA POR MAIORIA)


O art. 147 da Lei de Execução Penal não impede o início do cumprimento da pena restritiva de direitos
a partir de acórdão criminal condenatório proferido por tribunal de segundo grau, o que não ofende a
presunção de inocência, desde que esgotados todos os recursos cabíveis nesta instância, salvo os
embargos de declaração interpostos contra decisão proferida em anteriores embargos de declaração.
(Simpósio XI - 2018)

Ementa 229 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A prisão domiciliar não constitui direito público subjetivo a mulheres presas preventivamente que
estejam grávidas, amamentando ou tenham filhos com até 12 anos ou com deficiência, cabendo ao
juiz competente, em cada caso concreto, analisar a imprescindibilidade da medida, os requisitos e as
provas, bem como decidir acerca da concessão deste benefício. (Simpósio XI – 2018)

15. Fiscalização da Atividade Policial


Ementa 148 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
Conforme dispõe a Resolução Conjunta PGJ/CGMP nº 03/2013, caberá ao Promotor de Justiça com
atribuição de fiscalizar a atividade policial, adotar as providências no âmbito cível quando houver
ilícito praticado no exercício das atividades tipicamente policiais. (Simpósio X – 2017)

16. Jogos de Azar


Ementa 39 (REVALIDADA EM 2017)
Havendo indício da existência de organizações criminosas atuantes junto aos contraventores do jogo
de azar (art. 50 da LCP), será encaminhada cópia do expediente à Promotoria Especializada de
Combate ao Crime Organizado em razão das atribuições, ficando ressalvado o processamento do
jogador/apostador/responsável perante o Juizado Especial Criminal. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 40 (REVALIDADA EM 2017)

24
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

Quando do recebimento do material apreendido em sede de jogo de azar, será requisitada à perícia
seja identificada a origem dos componentes eletrônicos a fim de perquirir infração penal mais grave,
ressalvando a apuração do crime de competência do Juizado Especial Criminal. (Simpósio IV – 2010)

25

Ementa 44 (REVALIDADA EM 2017)


É desejável a atuação conjunta entre as Promotorias de Justiça com atribuição no Juizado Especial
Criminal, na defesa do Patrimônio Público e no Urbanismo junto ao Poder Público para repressão
administrativa ao jogo de azar e jogo do bicho. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 61 (REVALIDADA EM 2017)


É recomendável que a proposta de transação penal, nas infrações dos arts. 50 da LCP e 58 do Decreto-
Lei nº 6.259/44 sejam, preferencialmente, de prestação de serviços à comunidade, considerando que
a experiência tem demonstrado que os donos dos estabelecimentos que exploram jogos de azar é que
arcam com as transações penais consistentes em prestação pecuniária, deixando, assim, o benefício
penal de atingir seu fim. (Simpósio VI – 2011)

17. Juizado Especial


Ementa 15 (REVALIDADA EM 2017)
No Juizado Especial Criminal, é possível propor transação penal e suspensão condicional do processo
em ação penal privada, devendo a proposta ser feita pelo Ministério Público. (Simpósio I – 2006)

Ementa 16 (REVALIDADA EM 2017)


Descumprida a transação penal proposta em Juizado Especial Criminal, não é possível a conversão
em pena privativa de liberdade, devendo o Ministério Público oferecer denúncia. (Simpósio I – 2006)

Ementa 17 (REVALIDADA EM 2017)


Por força do disposto no art. 88 da Lei nº 9.099/95, que exige representação para o crime de lesão
corporal leve ou culposa, a ação penal de todas as contravenções penais que possuam vítimas
individualizadas depende de representação, tendo havido a derrogação do art. 17 da LCP. A vítima
deve, no caso, ser cientificada para eventual exercício do direito de representação, no prazo do art.
103, do CP. (Simpósio I – 2006)

Ementa 18 (REVALIDADA EM 2017)

25
Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da
Auditoria Militar (CAOCRIM)

No curso da suspensão condicional do processo, não há impedimento legal objetivo para a concessão
de transação penal. (Simpósio I – 2006)

Ementa 23 (REVALIDADA EM 2017)


Em sede
26 de apreciação da transação penal (Lei nº 9099/95, art. 76, §3º) é vedado ao Juiz modificar a
proposta formulada pelo Ministério Público e aceita pelo autor do fato, ainda no que pertine à
destinação das medidas indicadas. (Simpósio II – 2007)

Ementa 27 (REVALIDADA EM 2017)


No âmbito de incidência das condições judiciais facultativas (artigo 89, §2º, da Lei nº 9099/95) é
cabível a fixação de pena restritiva de direitos. (Simpósio II – 2007)

Ementa 41 (REVALIDADA EM 2017)


Nas hipóteses de conexão ou continência entre delitos de menor potencial ofensivo e da Justiça
Comum, prevalece a competência desta, onde os processos devem ser reunidos. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 42 (REVALIDADA EM 2017)


Declinada a competência do Juizado Especial Criminal à Justiça Comum em virtude de se encontrar
o autor do fato em local incerto e não sabido, esta não se restabelecerá, ainda que posteriormente
encontrado. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 62 (REVALIDADA EM 2017)


É aconselhável que a transação penal contenha cláusula de perdimento/renúncia à propriedade dos
objetos e valores apreendidos ou relacionados à prática delituosa. (Simpósio VI – 2011)

Ementa 63 (REVALIDADA EM 2017)


A contravenção de vias de fato depende de representação, por interpretação extensiva do art. 88 da
Lei nº 9099/95. (Simpósio VI – 2011)

Ementa 64 (REVALIDADA EM 2017)


Recomenda-se a aplicação das medidas de proteção à vítima, com a incidência das medidas cautelares
previstas no art. 319 do CPP, aos crimes afetos ao Juizado Especial Criminal a que sejam cominadas
penas privativas de liberdade, fazendo-se inserir em manifestações ministeriais requerimento de
concessão de tais medidas à vítima que tiver interesse, conforme a gravidade do caso e
vulnerabilidade do ofendido, a serem aferidas pelo Promotor de Justiça. (Simpósio VI – 2011)

Ementa 65 (REVALIDADA EM 2017)

26
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Auditoria Militar (CAOCRIM)

É atribuição exclusiva do Ministério Público indicar a entidade a ser beneficiada pela prestação
pecuniária ou prestação de serviços na transação penal, devendo a escolha recair, preferencialmente,
sobre aquelas previamente cadastradas. (Simpósio VI – 2011)

Ementa 66 (REVALIDADA EM 2017)


27
A abordagem tematizada dos crimes de menor potencial ofensivo deve ser buscada pelo membro do
Ministério Público, atuante no âmbito do Juizado Especial Criminal, como forma de otimizar sua
atuação e tornar mais efetiva a resposta estatal aos delitos, promovendo uma melhor compreensão
dos crimes e facilitando a adoção de medidas que diminuam a reincidência e adequem as medidas
ofertadas.(Simpósio VI – 2011)

Ementa 67 (REVALIDADA EM 2017)


A Rede Judicial de Proteção pode e deve ser utilizada pelas Promotorias Criminais e do Cidadão,
atuantes no Juizado Especial Criminal da Capital e do interior, na condição de facilitador de projetos,
para promover a adequação das medidas transacionadas à natureza do delito e às condições pessoais
dos infratores. (Simpósio VI – 2011)

Ementa 241 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Comporta correição parcial em face das decisões que configurem error in procedendo ou abuso nos
feitos que tramitam no juizado especial criminal. (Simpósio XI – 2018)

18. Lei Maria da Penha


Ementa 22 (REVALIDADA EM 2017)
O artigo 16 da Lei n° 11.340/06 não traz hipótese de tentativa de conciliação entre as partes, somente
sendo exigida a realização de audiência quando a ofendida manifesta desinteresse no prosseguimento
do feito perante a Autoridade Policial (renúncia) ou quando manifesta interesse em retratar
representação anteriormente oferecida, desde que, no último caso, tal ocorra antes do oferecimento
da denúncia. (Simpósio II – 2007)

Ementa 193 (APROVADA POR MAIORIA)


A concessão de medida protetiva de urgência não está condicionada à existência de fato que configure,
em tese, ilícito penal, devendo o órgão de execução considerar a palavra da vítima, no contexto dos
fatos. (Simpósio X – 2017)

Ementa 194 (APROVADA POR MAIORIA)


Ao oferecer denúncia em delitos que envolvem violência doméstica deverá o órgão de execução
pleitear a fixação de valor mínimo a título de reparação dos danos sofridos, nos termos do art. 387,

27
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Auditoria Militar (CAOCRIM)

IV CPP, considerando que toda violência contra mulher configura violação de direitos humanos.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 195 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Quando
28 da audiência de custódia, em sendo concedida a liberdade provisória ao agressor, o Ministério
Público requererá o deferimento das medidas protetivas de urgência previstas na Lei 11.340/06. A
vítima deve ser notificada dos atos process uais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes
ao ingresso e à saída da prisão, por qualquer meio de comunicação, sem prejuízo da intimação do seu
advogado ou do defensor público, nos termos do art. 21 da Lei 11.340/06. (Simpósio X – 2017)
Ementa 196 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
Argumentos relacionados à defesa da honra em contexto de violência de gênero afrontam o princípio
da dignidade da pessoa humana, o disposto no art. 226, § 8º, da Constituição Federal e o disposto na
Convenção CEDAW da ONU e na Convenção de Belém do Pará. (Simpósio X – 2017)

Ementa 197 (APROVADA POR MAIORIA)


O art. 41 da Lei Maria da Penha aplica-se indistintamente aos crimes e contravenções penais, na
esteira do entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. (Simpósio
X – 2017)

Ementa 235 (APROVADA POR MAIORIA)


Não incide o regramento da Lei nº 9.099/1995 para o delito tipificado no art. 24-A da Lei nº
11.340/2016 (Lei Maria da Penha), com a redação dada pela Lei nº 13.641/2018. (Simpósio XI –
2018)

19. Organização Criminosa


Ementa 153 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
A eventual proibição da pessoa encarcerada de exercer o direito de oferecer colaboração premiada
viola o princípio da vulnerabilidade do preso e limita indevidamente o direito à ampla defesa.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 204 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Na celebração de colaboração premiada não há óbice para o oferecimento de benefícios no âmbito da
responsabilização civil nos termos da Lei nº 8.429/92, desde que subscrita pelo membro com
atribuição para propor a respectiva ação de improbidade administrativa e sejam observados os atos
internos do MPMG que regulam a composição civil envolvendo atos de improbidade administrativa.
(Simpósio XI – 2018)

Ementa 205 (APROVADA POR MAIORIA)

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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Mesmo não caracterizada organização criminosa, o emprego do instituto da colaboração premiada


exige a observância do rito procedimental previsto na lei 12.850/13. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 206 (APROVADA POR MAIORIA)


É recomendável
29 que o Ministério Público, como titular exclusivo do jus persequendi estatal, participe
de todas as etapas da celebração de acordos de Colaboração Premiada, ainda que estes tenham se
iniciado na fase inquisitiva e mediante solicitação do interessado à Autoridade Policial. (Simpósio XI
– 2018)
Ementa 211 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
A corroboração das declarações do agente colaborador não precisa incidir, necessariamente, sobre o
fato criminoso imputado na denúncia (thema probandum), podendo se referir a outros fatos da
narrativa do colaborador, desde que essenciais e vinculados ao thema probandum, de modo a conferir
a credibilidade extrínseca exigida pela lei. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 212 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O acordo de colaboração premiada, que possui natureza de meio de obtenção de prova (art. 3o, caput,
c/c inciso I, da Lei n° 12.850/13), não se confunde com as declarações do agente colaborador, que
detém a natureza de meio de prova, e podem fundamentar, desde que corroboradas, uma sentença
condenatória. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 213 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A corroboração das declarações do agente colaborador pode ser realizada por qualquer elemento de
prova, inclusive pela prova indireta. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 214 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O crime de embaraço às investigações (art. 2o, § 1º, da Lei n° 12.850/13) é comum, podendo ser
praticado por qualquer pessoa, ainda que não integrante da organização criminosa investigada, e
tampouco demanda concurso necessário de pessoas. (Simpósio XI – 2018)

20. Princípio da Insignificância


Ementa 94 (REVALIDADA EM 2017)
O princípio da insignificância, como causa supralegal de exclusão da tipicidade material, não se aplica
ao infrator habitual, já que a reiteração de condutas típicas representa maior reprovação jurídica e
social pelo comportamento desviante, sendo incompatível com a medida despenalizadora. (Simpósio
VIII – 2013)

21. Prisões

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Ementa 142 (APROVADA POR MAIORIA)


É cabível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão em delitos de menor potencial ofensivo,
e a eventual decretação da prisão preventiva em virtude de descumprimento de medidas cautelares
diversas da prisão (art. 319 do CPP), independentemente da natureza do delito. (Simpósio X – 2017)
30

Ementa 154 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É cabível pedido especial, de preferência em tópico apartado, ao relator do recurso em sentido estrito,
com base no novo CPC (art. 1019, inciso I, do CPC c/c art. 3º do CPP), para que conceda efeito
suspensivo da decisão que determinou a liberdade provisória do réu/investigado. (Simpósio X – 2017)

Ementa 246 (APROVADA POR MAIORIA)


É possível a decretação de prisão preventiva do agente, com fundamento na garantia da ordem pública,
tomando-se por base a existência de registros da prática de atos infracionais quando menor de idade,
em sua certidão de antecedentes, emitida pelo juízo da infância e juventude. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 251 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A decretação da prisão preventiva não se submete ao limite de pena do art. 313, I, do CPP, nas
hipóteses em que houve descumprimento das medidas cautelares anteriormente fixadas. (Simpósio
XI – 2018)

22. Procedimento Investigatório Criminal


Ementa 7 (REVALIDADA EM 2017)
O Ministério Público pode instaurar, de ofício ou mediante provocação, procedimento administrativo
criminal para apurar a ocorrência de infrações penais. (Simpósio I – 2006)

Ementa 8 (REVALIDADA EM 2017)


Os sinais exteriores de riqueza, quando incompatíveis com as condições de quem os ostenta,
constituem justa causa para a instauração de procedimento administrativo criminal. (Simpósio I –
2006)

23. Provas
Ementa 70 (REVALIDADA EM 2017)

30
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A transcrição das conversas não incriminadoras no bojo das medidas cautelares de interceptação
telefônica é um meio válido para se lograr identificar os interlocutores. (Simpósio VII – 2012)

Ementa 71 (REVALIDADA EM 2017)


Os policiais
31 militares, ao participarem das investigações do Ministério Público em que existam
interceptações telefônicas, atuam de forma auxiliar ao órgão ministerial. (Simpósio VII – 2012)

Ementa 89 (REVALIDADA EM 2017)


A antecipação da prova no caso de suspensão da marcha processual determinada pelo art. 366 do CPP
pode ser fundamentada na gravidade da infração e no maior interesse público. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 103 (REVALIDADA EM 2017)


Nos casos em que ocorra questionamento da legitimidade do conjunto probatório formado com
exclusividade na fase pré-processual, cabe ao Promotor de Justiça sustentar a viabilidade de
acolhimento de prova oral oriunda de depoimentos de testemunhas e corréus mortos ou desaparecidos,
porquanto tornada irrepetível. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 110 (REVALIDADA EM 2017)


Direito constitucional do réu ao silêncio. Hipótese que não impede o membro do Ministério Público
a formular perguntas no momento do interrogatório que deverão constar do respectivo termo.
(Simpósio IX – 2014)

Ementa 111 (REVALIDADA EM 2017)


Prova testemunhal no Juízo sumariante. Retirada do réu (art. 217, do CPP) como forma de impedir
constrangimento da testemunha. Zelar o Ministério Público pela consignação, no termo, do
mencionado incidente. Medida necessária à produção de efeitos em plenário de julgamento. Eventual
recusa do magistrado: indagação à testemunha dos motivos que motivaram referida postura.
(Simpósio IX – 2014)

Ementa 119 (REVALIDADA EM 2017)


Nos procedimentos preparatórios da ação penal em que haja representação ao magistrado pela
expedição de mandado de busca domiciliar, é obrigatória prévia oitiva e concordância do Ministério
Público, na condição de titular da ação penal. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 127 (REVALIDADA EM 2017)

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É necessária a regulamentação, no âmbito da Polícia Civil, do procedimento de diligências


preliminares, cabendo ao Ministério Público provocar e fiscalizar sua implementação. (Simpósio IX
– 2014)

Ementa 130 (REVALIDADA EM 2017)


32
Não configura usurpação de função pública o cumprimento de mandado de busca e apreensão pela
Polícia Militar. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 146 (APROVADA POR MAIORIA)


Os pedidos de busca e apreensão deverão indicar com precisão, sempre que possível, os elementos e
objetos alvos da pretensão. (Simpósio X – 2017)

Ementa 203 (APROVADA POR MAIORIA)


O uso de drones para acompanhamento de alvos em via pública é plenamente lícito e independe de
autorização judicial. Para a obtenção de imagens em propriedades particulares, lado outro, depende
de autorização judicial, por se tratar de busca virtual, ainda que sem apreensão, salvo situações de
flagrante delito. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 208 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A análise do lixo produzido pelos investigados, a partir do momento em que colocado para fora da
sua propriedade, é lícita e não viola a privacidade ou a intimidade. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 244 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É passível de correição parcial a decisão judicial que indeferiu a substituição de testemunha não
encontrada, com fundamento na nova redação do Art. 397 do CPP. É a aplicável à espécie o Art. 408,
II, do CPC, tendo em vista que a testemunha substituída não foi localizada em razão de mudança de
endereço. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 247 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É possível e justificável a determinação de produção antecipada de prova testemunhal, com
fundamento na previsão inserta no art. 366 do Código de Processo Penal, nas hipóteses em que as
testemunhas são policiais, sem que se configure violação ao princípio da ampla defesa e do
contraditório. Dada a constante participação de policias em registros e investigações referentes à
prática de delitos, e a similitude dos casos, o adiamento da produção da prova oral pode ensejar o
esquecimento das peculiaridades dos fatos pelos agentes públicos, o que justifica a antecipação da
colheita da prova. (Simpósio XI – 2018)

32
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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Ementa 249 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A não recepção do art. 260 do Código de Processo Penal quanto ao interrogatório do réu não impede
a condução coercitiva para outros meios de prova, notadamente o reconhecimento de pessoas, bem
como para fins de identificação criminal. (Simpósio XI – 2018)
33

24. Recursos
Ementa 9 (REVALIDADA EM 2017)
O Promotor de Justiça é legitimado para utilizar, como vias adequadas para a obtenção de efeito
suspensivo em recurso de agravo em execução penal, o mandado de segurança, a cautelar inominada
e o pedido de antecipação de tutela (art. 300, CPC/2015), sem prejuízo de outras vias legais.
(Simpósio I – 2006)

Ementa 234 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É cabível pedido de tutela cautelar para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo
Ministério Público, a qual deverá ser requerida quando da interposição e no bojo deste mesmo recurso.
(Simpósio XI – 2018)

Ementa 242 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Há recurso cabível em face a decisão que determina o arquivamento de termo circunstanciado de
ocorrência do juizado especial criminal, não sendo cabível, portanto, correição parcial. (Simpósio XI
– 2018)

Ementa 245 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A contagem do prazo recursal para impugnação de decisão judicial, para o Ministério Público, inicia-
se com a entrega dos autos com vista à instituição, na repartição administrativa do órgão,
independentemente de ter havido a intimação pessoal do membro em audiência, em cartório, ou por
mandado. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 248 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


É cabível recurso em sentido estrito contra decisão que revoga medida cautelar diversa da prisão.
(Simpósio XI – 2018)

Ementa 252 (APROVADA POR UNANIMIDADE)

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Auditoria Militar (CAOCRIM)

É recomendável que o promotor de justiça impugne capítulo da sentença condenatória que condicione
o início da execução da pena privativa de liberdade ao trânsito em julgado da condenação. (Simpósio
XI – 2018)

Ementa 260 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


34
O assistente de acusação possui legitimidade recursal supletiva, podendo interpor recurso de apelação
se o Órgão Ministerial deixar de recorrer, inclusive para pleitear aumento de pena. (Simpósio XI –
2018)

25. Relação Processual


Ementa 147 (APROVADA POR MAIORIA)
A observação do princípio da duração razoável do processo deve obedecer a três pilares: empenho
jurisdicional, complexidade do feito e comportamento das partes (Simpósio X – 2017)

Ementa 151 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O critério de contagem de prazos em dias úteis introduzido pelo novo Código de Processo Civil, em
seu artigo 219, não se aplica aos prazos previstos no Código de Processo Penal e nas demais
legislações que regulam a matéria. (Simpósio X – 2017)

Ementa 243 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Nos crimes de ação pública, condicionada à representação, esta independe de forma sacramental,
bastando que fique demonstrada a inequívoca intenção da vítima e/ou seu representante legal, nesta
extensão, em processar o ofensor. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 250 (APROVADA POR MAIORIA)


Admite-se a fixação de astreintes no Processo Penal, inclusive de ofício pelo juiz, por aplicação
analógica da sistemática do Código de Processo Penal (art. 3º CPP). (Simpósio XI – 2018)

26. Revisão Criminal


Ementa 236 (APROVADA POR UNANIMIDADE)
A revisão criminal não se presta a revisar decisão condenatória com base em jurisprudência.
(Simpósio XI – 2018)

Ementa 237 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A revisão criminal não se presta a reapreciação de teses já afastadas por ocasião da condenação
definitiva. (Simpósio XI – 2018)

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Ementa 238 (APROVADA POR MAIORIA)


O acolhimento da pretensão revisional, nos moldes do Art. 621, I, do CPP, é excepcional e limita-se
às hipóteses em que a contradição à evidência dos autos seja manifesta, dispensando a interpretação
ou análise subjetiva das provas produzidas. (Simpósio XI – 2018)
35

Ementa 239 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Na ação revisional há a inversão do ônus da prova. Isso porque, ao longo da ação penal, a acusação
satisfatoriamente se desincumbiu de seu ônus probandi. Portanto, com o trânsito em julgado, passa a
ser presumivelmente verdadeira e correta a decisão condenatória. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 240 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A revisão criminal não se presta a simples alteração do quantum aplicado segundo o entendimento
particular e subjetivo do magistrado, salvo em casos de erro técnico ou manifesta injustiça na
aplicação da lei penal. (Simpósio XI – 2018)

27. Tribunal do Júri


Ementa 4 (REVALIDADA EM 2017)
É possível o concurso material de crime doloso contra a vida com o crime de porte e posse ilegal de
arma de fogo em caso de desígnios autônomos, cabendo exclusivamente ao Tribunal do Júri apreciar
a questão, pois necessária aprofundada análise de provas. (Simpósio I – 2006)

Ementa 36 (REVALIDADA EM 2017)


Se o réu preso desejar não comparecer em plenário para acompanhar o julgamento, e seu defensor
discordar, deve prevalecer a vontade do denunciado, em face da observância do direito ao silêncio e
ao princípio da não autoincriminação. (Simpósio III – 2008)

Ementa 37 (REVALIDADA EM 2017)


Na hipótese de ser sustentada qualquer excludente de ilicitude, só se formulará o quesito referente ao
excesso culposo se a defesa o sustentar expressamente. (Simpósio III – 2008)

Ementa 47 (REVALIDADA EM 2017)

35
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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Conquanto o Código de Processo Penal não trate da possibilidade de reaforamento, este não encontra
vedação legal e tem respaldo no constitucional princípio do juiz natural, de modo a ser viável o seu
deferimento, desde que se constate, com absoluta segurança, a completa insubsistência das razões
que ditaram o desaforamento, após a imprescindível oitiva da parte contrária àquela que tenha
peticionado o novo deslocamento do julgamento da causa e a necessária colheita de informações do
Juízo36
da Comarca da qual aquele ato fora desaforado. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 48 (REVALIDADA EM 2017)


O princípio da plenitude de defesa não assegura a esta direitos absolutos ou irrestritos que vulnerem
princípios outros também providos de guarida constitucional, a exemplo do contraditório e da
paridade de armas entre as partes, razão pela qual é inadmissível a formulação de quesito ao Conselho
de Sentença a respeito de tese defensiva apenas sustentada em tréplica, sob pena de vicioso abuso de
direito gerador de nulidade para cuja oportuna arguição em apelação deve o órgão do Ministério
Público atuante em plenário do Tribunal do Júri, até o momento imediatamente posterior à leitura dos
quesitos, articular reclamação ao Juiz Presidente, bem como requerer e fiscalizar o formal registro
daquela na ata de julgamento. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 49 (REVALIDADA EM 2017)


A norma do artigo 155, caput, do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei nº
11.690/2008, somente adstringe o juiz togado, de modo a não se aplicar ao Conselho de Sentença,
cujos integrantes, em razão de decidirem orientados por sigilosa e íntima convicção, isto é, sem
necessidade de fundamentação das respostas conferidas, em votação, aos quesitos que lhes são
formulados, livremente deliberam acerca de todas as teses versadas pelas partes, podendo acatar
mesmo aquelas que encontrem lastro probatório apenas em inquérito policial e que, portanto, não
tenham sido produzidas em contraditório judicial. Como consequência, reforçada pelo texto do artigo
593, caput e inciso III, “d”, do Código de Processo Penal, que alude à “prova dos autos”, sem qualquer
diferenciação entre os momentos de formação daquela, não se pode reputar manifestamente contrário
ao conjunto probatório o veredicto popular acolhedor de tese amparada somente nos elementos
hauridos em investigação criminal. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 50 (REVALIDADA EM 2017)


Deve o quesito genérico referente ao Juízo absolutório ter sua explicação ao Conselho de Sentença
adstrita às consequências das respostas cabíveis, cumprindo ao órgão do Ministério Público atuante
no plenário do Tribunal do Júri, nas situações de explicação meritória ou excessiva, articular
reclamação ao Juiz Presidente, bem como requerer e fiscalizar a sua consignação na ata de julgamento,
para oportuna arguição de nulidade em apelação, se houver prejuízo. (Simpósio IV – 2010)

Ementa 102 (REVALIDADA EM 2017)

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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Independentemente do número de réus submetidos a julgamento, cabe ao Promotor de Justiça zelar


pelo cumprimento do disposto no art. 477, § 2º, do Código de Processo Penal, no sentido de não
admitir dilação temporal destinada à sustentação oral das partes. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 104 (REVALIDADA EM 2017)


37
O art. 472, parágrafo único, do Código de Processo Penal, não é restritivo, sendo permitido entregar
aos jurados cópias de outras peças dos autos. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 105 (REVALIDADA EM 2017)


Nas sessões de julgamento perante o Tribunal do Júri, o Promotor de Justiça deverá zelar pela
concessão de tempo aos jurados, destinado à leitura das peças a que alude o art. 472, parágrafo único,
do estatuto processual penal. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 106 (REVALIDADA EM 2017)


Em interpretação ao art. 483, § 1º, do Código de Processo Penal, deve o Promotor de Justiça solicitar
ao magistrado que, atingida a maioria de 04 (quatro) votos, considere encerrada a votação do
respectivo quesito, preservando, assim, o sigilo das votações. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 107 (REVALIDADA EM 2017)


Considerando a complexidade, relevância e especialização da matéria, a elevada exposição
institucional, a necessidade de sistematização e apoio das ações a serem desenvolvidas pelo
Ministério Público no combate aos crimes contra a vida, bem como a observância de metas
estipuladas pelos Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público, deve ser criada a
Coordenadoria do Tribunal do Júri no âmbito estadual. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 109 (REVALIDADA EM 2017)


Uso de algemas em plenário de julgamento. Vedação legal (art. 474, § 3º, do CPP). Excepcionalidade:
Características pessoais denotativas de periculosidade do réu. Recomendação resultante de prévia
oitiva dos agentes de segurança. Consignação em ata de impugnação eloquentemente sustentada,
quando houver defensivo pedido de supressão das algemas. Possibilidade. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 135 (REVALIDADA EM 2017)


Em havendo inovação na tréplica pela defesa convêm ao Ministério Público buscar a
contemporização dos princípios da plenitude de defesa e do contraditório / paridade de armas,

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Auditoria Militar (CAOCRIM)

mediante a sustentação de que aquela inovação enseja direito ao aparte, cuja vedação deverá constar
em ata. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 155 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Não é38atribuição do membro do Ministério Público com atuação na auditoria militar manifestar-se
em autos de pedido de liberdade provisória ou de qualquer ato relacionado aos casos de APFD (autos
de prisão em flagrante delito), lavrados em caso de homicídio ou tentativa de homicídio, cuja autoria
é atribuída ao policial militar contra civil, ainda que esteja no exercício de suas funções. Nestas
hipóteses, deverá ele manifestar-se pela imediata remessa dos autos ao Tribunal do Júri, nos termos
do artigo n.º 125, § 4º da Constituição da República Federativa do Brasil. (Simpósio X – 2017)

Ementa 187 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Se a defesa em plenário do júri alega somente a tese de negativa de autoria a absolvição no quesito
genérico, após o reconhecimento da autoria do crime, configura a nulidade da contradição – parágrafo
único do artigo 564 do Código de Processo Penal – que pode ser arguída por meio de apelação com
base na alínea ‘a' do inciso III do artigo 593 do Código de Processo Penal; sem prejuízo da apelação
pela alínea '‘d’' do inciso citado (decisão manifestamente contrária a prova dos autos), que entretanto
somente poderá ser alegado uma só vez (§3º do aludido artigo). (Simpósio X – 2017)

Ementa 189 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O art. 478 do CPP é inconstitucional, pois limita o direito da parte de argumentar sobre provas
existentes nos autos. Por outro lado, o dispositivo se choca com o contido no art. 563 do CPP. Fere,
outrossim, o princípio da igualdade entre as partes, já que a proibição, de forma implícita, é dirigida
apenas ao Órgão do Ministério Público, uma vez que em nada interessa à defesa fazer referências à
pronúncia, ou às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso
de algemas como argumento de autoridade. (Simpósio X – 2017)

Ementa 190 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


1 – Nas hipóteses de crime tentado em que a defesa sustenta teses excludentes de ilicitude
concomitantes com desclassificação, o quesito relativo à tentativa deverá ser o 3º a ser indagado, a
fim de que seja votado antes do 4º quesito (genérico: “O jurado absolve o réu?”), por se tratar de uma
questão de competência para o julgamento.
2 – Nas hipóteses de crime consumado em que a defesa sustenta teses excludentes de ilicitude
concomitantes com desclassificação, o quesito relativo à desclassificação deverá ser votado antes do
quesito genérico (“O jurado absolve o réu?”), por se tratar de uma questão de competência para o
julgamento. (Simpósio X – 2017)

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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Ementa 192 (APROVADA POR MAIORIA)


A causa especial de diminuição de participação de menor importância (art.29, §1º, CP) só poderá ser
objeto de quesito caso a pronúncia enquadre o acusado como partícipe no crime doloso contra a vida,
pelo que deverá o Promotor de Justiça protestar em ata se esta tese for acolhida de forma ampla pelo
juiz-presidente do Conselho de Sentença para formulação do quesito em caso de coautoria e,
39 o resultado, alegar o vício do julgamento (art.564, III, “k”, do CPP). (Simpósio X – 2017)
conforme

Ementa 253 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A perda do cargo – enquanto efeito da sentença condenatória (art. 92, do Código Penal) – é matéria
sujeita à análise do Juiz Presidente, exclusivamente, que não deverá, portanto, ser objeto de quesito
ao Conselho de Sentença. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 254 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A norma do art. 478, do Código de Processo Penal deve ser interpretada restritivamente, dela não se
inferindo, portanto, vedação à leitura de certidão de antecedentes ou à decisão que decreta a
segregação cautelar do acusado. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 256 (APROVADA POR MAIORIA)


A abertura dos outros votos, após atingida a maioria de 04 (quatro) votos, constitui mera
irregularidade, por não acarretar qualquer prejuízo as partes. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 257 (APROVADA POR MAIORIA)


Nas hipóteses de imputação por crime doloso contra a vida e por outro conexo atribuído somente ao
corréu, havendo desmembramento do feito e subsequente julgamento apenas do primeiro, não será
possível instalar uma sessão do Tribunal do Júri para apreciar exclusivamente o crime comum, que
deverá ser julgado pelo juiz singular. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 258 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


A regra do art. 479, do Código de Processo Penal, destinada à juntada de documentos com
antecedência mínima à data da sessão de julgamento, não se sujeita a prazo em dobro, em se tratando
de defesa promovida pela Defensoria Pública. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 259 (APROVADA POR MAIORIA)


A utilização da lista de jurados do ano anterior, sem a renovação anual prevista no art. 425 do CPP,
constitui mera irregularidade, por não acarretar qualquer prejuízo as partes. (Simpósio XI – 2018)

Ementa 261 (APROVADA POR UNANIMIDADE)

39
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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Nos casos de condenação pelo Tribunal do Júri, havendo mais de uma qualificadora reconhecida, a
primeira deverá ser considerada para constituir o tipo qualificado. As qualificadoras remanescentes
deverão ser utilizadas como circunstâncias judiciais negativas na primeira fase de dosimetria da pena.
Não pode o Juiz Presidente transformá-las em agravantes e na sequência compensá-las com
atenuantes, sob pena de incidir na hipótese do art. 593, III, “b”, do Código de Processo Penal.
40
(Simpósio XI – 2018)

Ementa 263 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Todos os elementos de prova deverão estar à disposição do Conselho de Sentença, à vista do que
dispõe a norma do art. 480, § 3º, do CPP, dispensando-se prévio requerimento ministerial na fase do
art. 422, do estatuto processual penal, na medida em que aludida norma destina-se a diligências ainda
não realizadas. (Simpósio XI – 2018)

28. Tutela do Patrimônio Público


Ementa 79 (REVALIDADA EM 2017)
Incumbe ao Promotor de Justiça com atribuição na defesa do Patrimônio Público promover a
responsabilização criminal e civil nas investigações que presidir, ressalvadas as hipóteses de foro por
prerrogativa de função. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 80 (REVALIDADA EM 2017)


A decisão pelo emprego de instrumentos de investigação criminais ou cíveis pelo Promotor de Justiça
na tutela do Patrimônio Público depende da estratégia de apuração do fato. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 81 (REVALIDADA EM 2017)


Nas hipóteses de competência criminal determinada pelo foro por prerrogativa de função, os membros
do Ministério Público com atuação na defesa do Patrimônio Público em primeira e segunda instâncias
deverão buscar a sinergia das investigações cíveis e criminais, em especial para o alinhamento das
estratégias na promoção de medidas cautelares, resguardada a independência funcional. (Simpósio
VIII – 2013)

Ementa 83 (REVALIDADA EM 2017)


A existência de dano ao erário não é requisito para a caracterização dos crimes previstos no art. 89 e
art. 90 da Lei n.º 8.666/1993. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 84 (REVALIDADA EM 2017)


É fato penalmente relevante a fraude conhecida como “Jogo de Planilha” nas licitações e execuções
de contratos de obras públicas. (Simpósio VIII – 2013)

40
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Auditoria Militar (CAOCRIM)

Ementa 85 (REVALIDADA EM 2017)


Constitui indício de desvio de recursos públicos a realização de pagamento periódico pelo
fornecimento de combustíveis ao poder público desacompanhado de cupons fiscais dos
abastecimentos devidamente preenchidos, com a identificação da placa do veículo abastecido e seu
hodômetro.(Simpósio VIII – 2013)
41

Ementa 86 (REVALIDADA EM 2017)


Dados informáticos, como senhas/logins/códigos de acesso, não consubstanciam a elementar “coisa”
constante dos tipos penais que tratam dos crimes contra o patrimônio. (Simpósio VIII – 2013)

Ementa 132 (REVALIDADA EM 2017)


O ordenador de despesas pode responder criminalmente pelo desvio de recursos públicos, com apoio
da teoria da cegueira deliberada (Wilfull Blindness) para afastar alegação de desconhecimento do
ilícito.(Simpósio IX – 2014)

Ementa 133 (REVALIDADA EM 2017)


Compete à Justiça Federal processar e julgar agentes públicos pela prática de crimes que envolvam
desvio de recursos provenientes de convênios celebrados entre órgãos federais e órgãos estaduais e
municipais, conforme Súmula 208 do Superior Tribunal de Justiça. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 134 (REVALIDADA EM 2017)


Compete à Justiça Estadual processar e julgar agentes públicos pela prática de crimes que envolvam
desvio de recursos provenientes de repasse regular e programado de fundo do governo federal para
fundos estaduais e municipais (transferência na modalidade fundo a fundo), conforme Súmula 209
do Superior Tribunal de Justiça. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 136 (REVALIDADA EM 2017)


O desvio de recursos públicos, mediante pagamento por bens não entregues ou serviços não prestados,
consuma-se com a transferência do recurso para o beneficiário. Na hipótese de pagamentos de trato
sucessivo, o autor incorre em tantos delitos quantas forem as transferências, nos termos do art. 69 ou
art. 71 do CP, conforme o caso. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 137 (REVALIDADA EM 2017)


É penalmente relevante a conduta comissiva ou omissiva de membro da comissão de licitação no
crime de peculato-desvio (art. 312 do CP ou art. 1º, inciso I, do DL 201/67) praticado mediante a

41
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realização de pagamentos com base em contrato celebrado após licitação que declarou vencedora
proposta com preços acima dos praticados no mercado. (Simpósio IX – 2014)

Ementa 138 (REVALIDADA EM 2017)


Caracteriza-se
42 o crime de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores a utilização de terceiro
intermediário para o recebimento de vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, emprego ou
função pública, com o objetivo de ocultar ou dissimular sua movimentação ou propriedade. (Simpósio
IX – 2014)

Ementa 149 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


As ações judiciais por improbidade administrativa não possuem natureza penal, pelo que não se aplica
o foro por prerrogativa de função (precedentes do STF e do STJ). Trata-se de direito administrativo
sancionador aplicável a infrações de natureza político-administrativa. (Simpósio X – 2017)
Ementa 157 (APROVADA POR MAIORIA)
A defesa prévia prevista no art. 514 do CPP ofende o Princípio Constitucional da Igualdade, na
medida em que admite um rito procedimental privilegiado e não extensível aos particulares e aos réus
que não mais exercem funções públicas. Ainda que não oportunizada tal defesa, o suposto vício se
configura como nulidade relativa, uma vez que todos os argumentos defensivos sustados na fase do
art. 514 poderão ser reiterados por ocasião da resposta à acusação prevista no art. 396 do CPP, em
redação dada pela lei 11.719/08.(Simpósio X – 2017)

Ementa 158 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Nas infrações penais que atentam contra a administração pública, caso seja necessário obter dados
bancários de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, o órgão ministerial poderá, primeiramente,
solicitar do investigado a assinatura de termo de declaração concordando com a quebra de seus dados
bancários. De posse de tal documento, caberá ao Promotor requisitar diretamente à instituição
bancária os dados bancários pretendidos. (Simpósio X – 2017)

Ementa 159 (APROVADA POR MAIORIA)


O requerimento de perda da função pública, previsto no art. 92, I, do CP deverá ser formulado pelo
MP, ainda que o crime perpetrado não tenha relação com o cargo ocupado pelo réu no momento da
condenação. Tal assertiva se justifica porque a intenção do legislador penal é proteger a administração
pública de maus gestores, condenados criminalmente por crimes contra a administração pública,
pouco importando se o crime que motivou a condenação tenha afetado diretamente o ente público no
qual o sentenciado atualmente se encontra lotado ou outra pessoa jurídica de direito público.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 160 (APROVADA POR UNANIMIDADE)

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Nas infrações penais que atentam contra a administração pública, caso seja necessário obter dados
bancários de pessoas jurídicas de direito público, o órgão ministerial deverá requisitar tais
informações diretamente do ente público, sendo desnecessária a formulação de requerimento ao órgão
jurisdicional para obtenção dos aludidos dados bancários. Salienta-se que o sigilo bancário é
desdobramento do Direito à Intimidade previsto na Constituição e que pessoas jurídicas de direito
43 não possuem tal direito, sendo pautadas pelo princípio da publicidade.(Simpósio X – 2017)
público

Ementa 161 (APROVADA POR MAIORIA)


Nas ações penais envolvendo crimes contra a administração pública o membro do Ministério Público
deverá formular requerimento certo e determinado, com base no art. 387, IV do CPP, para que o
magistrado fixe o valor mínimo da indenização devida pelo prejuízo causado ao erário, se existente.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 162 (APROVADA POR MAIORIA)


Admite-se o cometimento de peculato na modalidade omissiva imprópria quando o autor descumpre
os deveres de cuidado inerentes à condição de agente público previstos no art. 4º da lei 8429/92 de
forma a possibilitar que terceiro se enriqueça ilicitamente às custas do erário. (Simpósio X – 2017)

Ementa 163 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Nos crimes contra a administração pública, o membro do Ministério Público deverá formular pedido
expresso para que o magistrado decrete, de forma motivada, na sentença condenatória, a perda do
cargo público do denunciado, nos termos do art. 92 do CP. Tal providência se justifica em razão de
entendimento jurisprudencial que sustenta que a mera aplicação da sanção em tela – perda do cargo
– de forma imotivada é nula. Se necessário, o órgão ministerial deverá ainda apresentar embargos de
declaração para que a sentença que decreta a perda do cargo, nos termos do art. 92, seja fundamentada.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 164 Medidas assecuratórias nos crimes contra administração pública (APROVADA POR
UNANIMIDADE) O órgão de execução de defesa do patrimônio público, para maior efetividade da
proteção deste bem, deverá priorizar no curso da ação penal e ação civil de improbidade a adoção de
medidas assecuratórias ao ressarcimento do erário, notadamente com a promoção de execução
provisória do título executivo cível e de outras medidas que assegurem o resultado prático equivalente,
bem como requerer a execução provisória da condenação criminal proferida por órgão colegiado.
(Simpósio X – 2017)

Ementa 209 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


O delito tipificado no artigo 89 da Lei 8.666/93 é formal, dispensando-se a demonstração de dano
patrimonial suportado pelo Erário. (Simpósio XI – 2018)

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Ementa 210 (APROVADA POR UNANIMIDADE)


Configura o crime tipificado no art. 89 da Lei n. 8.666/93, a contratação direta de serviços técnico
especializados, com supedâneo no art. 25, inciso II, da Lei de Licitações, sem a observância de
quaisquer das balizas definidas pelo STF no Inq 3.074/SC, quais sejam: a) existência de procedimento
44
administrativo formal; b) notória especialização profissional; c) natureza singular do serviço; d)
demonstração da inadequação da prestação do serviço pelos integrantes do Poder Público; e e)
cobrança de preço compatível com o praticado pelo mercado. (Simpósio XI - 2018)

44

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