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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁ

Processo nº ____________

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES UNIDOS DE CAICÓ, já qualificada nos


autos da Ação Civil Pública em epígrafe que move em face da PREFEITURA
DO MUNICÍPIO DE CAICÓ e GUARARAPES ADM LTDA, vem à presença de
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado, conforme
procuração em anexo, com fundamentos do Art. 102, III, “a” da Constituição
Federal e 1029 seguinte do CPC, interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Contra o v. acórdão de fl s..... Dos autos, nos termos que seguem.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

DA TEMPESTIVIDADE.
Com fulcro no artigo 1003 do CPC, portanto o recurso é tempestivo.
DO PREPARO

Em anexo, segue o comprovante de recolhimento das custas recursais a fim de


garantir o preparo recursal, em observância ao art. 1007 do CPC.

Requer, para tanto, que o recurso seja recebido, processado e remedido e, que
seja determinada a sua remessa ao Egrégio Supremo Tribunal Federal, para
que dele conheça e profira nova decisão.

Termo em que, pede deferimento.

Local/Data

Advogado_____

OAB nº _______

EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCESSO Nº _______________
ORIGEM: _______________

RECORRENTE: ASSOCIAÇÃO DE MORADORES UNIDOS DE CAICÓ


RECORRIDA: PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CAICÓ e GUARARAPES
ADM LTDA.
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO

I-DOS FATOS

A Recorrente ajuizou AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM COMINAÇÃO DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA em face das
Recorridas tendo em vista a falta de manutenção desde setembro de 2017 nas
ruínas do “COLOSSEU”, famosa ruína da época do império português e
patrimônio histórico e cultural do município de Caicó. O juiz singular, sem julgar
o mérito da demanda, extinguiu o processo com fundamento na repartição de
responsabilidade entre o ente federado, nos termos do Art. 23, incisos III e IV
da Constituição Federal e que as partes que compunham o polo passivo não
possuíam legitimidade, aduzindo que a matéria é de competência comum da
União, Estado, Municípios e decorrente disso os três entes deveriam compor o
polo passivo.
A Associação dos Moradores Unidos de Caicó apelou fundamentada no Art. 30
da Constituição Federal que trata de competência do município, todavia, a
decisão judicial foi mantida. O acórdão do Egrégio Tribunal de Justiça do Ceará
foi publicado em 05/03/2018, onde se manteve o entendimento do juízo
singular de figurar no polo passivo todos os entes responsáveis pela proteção
do patrimônio histórico e cultural objeto do litígio, ato esse que fere o disposto
no Art. 30 da “Carta Magna”. Frente a negativa de vigência ao referido Art.
Constitucional, restou a
Associação recorrer ao Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição.
Tal decisão, todavia, merece reforma, pelas razões adiante expostas.

II DO DIREITO

DO CABIMENTO DO RECURSO
Com base no artigo 102, III “a” da Constituição Federal, que compete ao STF,
guarda a constituição, no caso em que as causas forem julgada na única e
última instancia quando parti do pressuposto da contrariedade da Constituição
Federal.

DAS RAZÃO PARA A REFORMA


Claramente, diante de todo o exposto, o r. Acórdão ao manter a decisão do juiz
singular, violou os Art. 23, III e IV e 30, IX da CF, é indubitável que a decisão
deva ser reformada.
Ocorre que a interpretação dada ao dispositivo constitucional, com a devida
vênia, não merece prosperar. Entendeu o tribunal de Justiça do Ceará que, de
acordo com a Constituição, como se trata de uma competência comum, deveria
figurar no polo passivo da Ação Civil Pública proposta pela apelante, a União, o
Estado do Ceará e o Município de Caicó. Incorre em erro a referida decisão.
Primeiro, porque o fato de ser uma competência comum, não quer dizer que há
a obrigatoriedade de todos os entes figurarem no polo passivo da ação.
Competência comum quer dizer que é possível que seja exercida por mais de
um ente federativo, sem que esse exercício exclua a competência dos demais
entes. Segundo, porque o objeto da Ação Civil Pública proposta pela apelante é
a proteção de patrimônio histórico cultural local, pertencente ao Município de
Caicó, como demonstrado na petição inicial.

Referido ao artigo 30 incisos IX, atribui ao ente municipal a competência para


promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local. Sendo assim, o que
se extrai do texto constitucional é que o exercício da competência de um ente
não exclui a competência de outro no que tange a proteção do patrimônio
histórico e cultural. Todavia, quando se tratar de um patrimônio local, a
competência do município merece destaque.

Ficando evidente que o preenchimento do polo passivo da demanda foi


corretamente observado, eis que como se trata de patrimônio histórico cultural
local do município, é evidente a sua competência para a proteção do bem, não
havendo nenhum fundamento que justifique a obrigatoriedade de incluir na
demanda os outros entes.

O acordão que manteve a sentença de 1º grau, possui sua grande violação


direta no artigo 23, incisos III, IV, e artigo 30 Constituição Federal, o que não
merece prosperar.

DO PREQUESTIONAMENTO

Em observância a Súmula 282, e 283 desse Egrégio Supremo Tribunal, toda


matéria discutida no presente recurso foi ventilada no acordão a atacar.

REPERCUSÃO GERAL

A decisão proferida e afeta toda a coletividade e não apenas as partes


envolvidas no processos, ser tratando por tanto de questão de grande
relevância social e econômica para a população do município de Caicó e para
um pais como todo, a demais do ponto de vista jurídico sua relevância ser da
pela matéria direito que ser seja revisada, referindo ser a repartição de
competência constitucional dos entes federativos ou seja questão de grande
relevância e que poderá afeta outros recursos e não apenas os presentes,
neste termos em razão de transcender os direitos subjetivos das partes nelas
envolvidas e por esta demostrada a razão geral do caso concreto o presente
recurso deve ser reconhecido.

DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO

Com fulcro no art. 1003, §5 do CPC, estabelece como regra geral o prazo de
15 dias para a interposição de recurso. Portanto o prazo para interposição do
presente recurso segue a regra geral. Como a decisão foi publicada no dia
05/03/2018. Como protocolado antes da data final, o presente recurso é
tempestivo

DOS REQUERIMENTOS E DOS PEDIDOS

Isto posto, requer a Vossas excelências que se dignem a conhecer o presente


recurso, eis que preenchido todos os requisitos, e ao final, pede-se que seja
dado provimento, para reformar o acordão, a fim de que fique reconhecida a
legitimidade passiva da Prefeitura Municipal de Caicó e Empresa Guararapes
Adm. Ltda., determinando que outra decisão seja proferida, com a apreciação
do mérito da causa.

III-DOS PEDIDOS

Diante do exposto requer que:

a) Se intime os Recorridos para se quiser, apresentar as suas


contrarrazões, nos termos do art. 1.030, do CPC/2015;

b) Requer o conhecimento do presente recurso, que seja dado provimento,


para reformar o v. acórdão, a fim de que fique reconhecida a
legitimidade passiva da Prefeitura Municipal de Caicó e GUARARAPES
ADM LTDA, determinando-se que outra decisão seja proferida, com a
apreciação do mérito da causa.
Termo em que,

Pede deferimento.

Local/Data

Advogado_____

OAB nº _______

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