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Em 1943, a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT – estabeleceu que “a todo trabalho

de mesmo valor, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade”.
Contudo, mesmo sendo garantido por lei no que tange a igualdade de gênero, percebe-se que
a mulher, hoje, litiga dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Isso porque, além
dos resquícios históricos, a disparidade salarial e outros tipos de discriminação são uma
realidade.

É indubitável que, a participação das mulheres no mercado de trabalho se deu a partir


de direitos no decorrer do tempo. Sabe-se que, devido a traços de uma sociedade patriarcal,
as mulheres sempre ficaram incumbidas dos afazeres domésticos, e de cuidar dos filhos. Com
isso, benefícios como licença maternidade, possibilitam que, mesmo em situações de
delicadeza não os impeçam de ficar empregada. Ademais, dados divulgados pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmam que, as mulheres possuem maior
escolaridade que homens, o que favorece melhor oportunidade de profissão. Entretanto,
apesar de tal evolução, a presença feminina nesta questão encontra-se desafios e
desigualdades no Brasil.

Ademais, a disparidade do salário é um problema recorrente. Mesmo sendo maioria


com o ensino superior, ainda o IBGE publicou que, esse gênero recebe 75% do salário de um
homem. Vale ressaltar que, é comum mulheres serem descartadas em entrevistas de
emprego, por serem consideradas o “sexo frágil” ou menos incapazes. Em meio a todos esses
fatos, a mobilização da sociedade ainda é insuficiente, principalmente pelos jovens que
buscarão se ingressar no mercado de trabalho. Dessa forma, esse cenário contribui para a
comprovação do livro “O Segundo Sexo”, da filósofa Simone de Beauvior, em que diz que tal
hierarquização dos sexos é uma construção dos seres e não biológica.

Diante de tudo isso, fica evidente que existem muitas dificuldades enfrentadas pelas
mulheres. Faz-se necessário que o Ministério do Trabalho aprimore a legislação vigente, por
meio da criação da licença paternidade, a fim de evitar a preterição por justificativa de
possíveis afastamentos materno. Além disso, é importante que o Ministério dos Direitos
Humanos em parceria com as escolas e universidades, promovam a conscientização de jovens
mulheres, mediantes discursões e campanhas midiáticas, com o objetivo de mobilizá-las a lutar
por maior igualdade salarial e pelo fim de paradigmas patriarcais.

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