Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Durante séculos, a mulher foi vista como escrava, e sua função era reproduzir, criar os filhos e cuidar
das tarefas domésticas. Desde o princípio é vista como submissa ao homem, tendo sido necessário
um pedaço da costela do homem para que passasse a existir.
Na infância esteve muitas vezes presa aos planos do pai ou da família, em casamentos arranjados,
quando casada, se tornar submissa ao marido, e sua função passa a ser genitora e cuidadora dos
filhos e da casa.
O papel da mulher na sociedade passou por mudanças significativas no decorrer da história, porém,
ainda está longe de ser semelhante ao dos homens. O homem tinha a função de trazer o alimento,
providenciar a segurança e prever situações de risco àquele que está sob sua proteção. O homem
desempenha o papel de controlador e representante dentro do lar, em uma família dita tradicional.
Feminismo
As revoluções ao redor do mundo fizeram com que eclodissem o desejo de independência das
mulheres, caladas pelo sistema político e religioso da organização geopolítica mundial.
O movimento feminista luta pela igualdade de gênero, seja cultural, financeira ou politicamente, ao
redor do qual se formou os movimentos sociais, centralizado na história pela França.
Em 1971, Olímpia Gouges, compôs uma declaração dos direitos da mulher, anunciando que as
mulheres possuíam os mesmos direitos que os homens. A declaração não foi aceita, contudo é um
dos movimentos que representa o feminismo.
As mulheres quando relacionadas ao mercado de trabalho, geralmente são vistas como frágeis, que
se encaixam mais nas funções administrativas ao invés de mão de obra mais pesada, quando muitas
mulheres têm o conhecimento na área muitas das vezes mais amplo do que os próprios homens que
fazem o serviço. Sabe-se que trabalhos braçais detém em sua maioria, se não totalidade, do corpo
de trabalhadores. É compreendido pela ciência que a anatomia feminina possui fragilidades em
relação à masculina, porém, a mulher exerce suas funções adaptando-se as situações mais diversas.
Durante uma entrevista de emprego é raro não surgir o questionamento sobre a mulher ser mãe,
subentendendo que a disponibilidade da mulher é menor do que a do candidato masculino, já para o
homem muitas vezes e desejável que ele tenha filhos, subentendendo que o homem tem a
responsabilidade de manter a família, sendo um impulsionador da desigualdade durante a situação.
Há também a comparação de idades, em relação aos homens, por exemplo: se um homem em idade
adulta tem a busca por seu primeiro emprego com 25 anos compreende-se que ele teve outras
prioridades em sua vida, foi mantido por seus pais ou optou por intensificar seus estudos; a mulher
nesta situação, com filho é vista pela sociedade como desprendida de valores individuais, buscando
tardiamente sua "independência" financeira ou buscando complemento para a renda principal, que
não é sua.
Mulheres com filhos são colocadas em última opção, pois a possibilidade de se ausentar da jornada
de trabalho é maior. Neste mesmo cenário vemos que os homens com filhos, são priorizados por
serem os “provedores” do lar, sendo que muitas vezes sua renda é complementada pela mulher. As
mulheres acabam desempenhando múltiplas funções, emplacadas pela cultura, como manter a
residência limpa, prover alimentos, cuidar dos filhos, apoiar e muitas vezes priorizar aquilo que não
se trata de si mesma.
Diferença salarial
O fator salário é significativo quando citamos diferenças entre os gêneros, no mercado de trabalho.
Conforme dados do (PNAD) de 2019, a diferença salarial entre homens e mulheres exercendo a
mesma função em cargos de direção e gerência é evidente. Enquanto as mulheres recebem o
salário médio de R$ 4,666.00 os homens recebem R$ 7,542.00.
I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento
relativo à esterilização ou a estado de gravidez;
Recentemente houve aprovação do projeto de lei 1.085/2023 que estabelece que a igualdade
salarial é obrigatória e deverá ser garantida por meio de mecanismos de transparência salarial e de
remuneração a serem seguidos pelas empresas, pelo aumento da fiscalização e pela aplicação de
multas, levando a batalha por igualdade de gênero a outro patamar, sendo uma vitória histórica para
a categoria feminina.
A população LGBT enfrenta desafios igualmente severos, tendo como escapatória a omissão de sua
sexualidade durante a seleção de vagas dentro de empresas, cientes do quão preconceituoso é o
mercado de trabalho.
• 33% das empresas do Brasil não contratariam para cargos de chefia pessoas LGBTQIA+;
• 41% das pessoas LGBTQIA+ afirmam terem sofrido algum tipo de discriminação em razão da sua
orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho;
• 90% de travestis se prostituem por não terem conseguido nenhum outro emprego, até mesmo
aqueles que têm boas qualificações.
https://www.corecomp.gov.br
https://www.scielo.br
https://portal.fgv.br/artigos/diferencas-genero-mercado-trabalho
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9029.HTM
https://pt.wikipedia.org/wiki/Olympe_de_Gouges
https://www.tst.jus.br/-/desigualdade-salarial-entre-homens-e-mulheres-evidencia-
discrimina%C3%A7%C3%A3o-de-g%C3%AAnero-no-mercado-de-trabalho