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DIFERENÇAS DE GENÊRO NO MERCADODE TRABALHO

O papel da mulher na sociedade

Introdução
Durante séculos, a mulher foi vista como escrava, e sua função era reproduzir, criar os filhos e cuidar
das tarefas domésticas. Desde o princípio é vista como submissa ao homem, tendo sido necessário
um pedaço da costela do homem para que passasse a existir.

Na infância esteve muitas vezes presa aos planos do pai ou da família, em casamentos arranjados,
quando casada, se tornar submissa ao marido, e sua função passa a ser genitora e cuidadora dos
filhos e da casa.

O papel da mulher na sociedade passou por mudanças significativas no decorrer da história, porém,
ainda está longe de ser semelhante ao dos homens. O homem tinha a função de trazer o alimento,
providenciar a segurança e prever situações de risco àquele que está sob sua proteção. O homem
desempenha o papel de controlador e representante dentro do lar, em uma família dita tradicional.

A população LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Travestis,Transsexuais, Queer,


Interssexuais, Assexuais) fortemente denegrida desde os tempos antigos é igualmente massacrada
pela normatividade existente e tida como normal. As relações entre religião, política e sociedade são
extremamente entrelaçadas nesse âmbito, sendo que a religião prega determinados padrões,
estabelecendo o que deve ser aceito ou não como certo. Possuir qualquer característica que fuja do
que é estabelecido como regra é assumir pape de risco nessa jornada de conquistar seu trabalho,
mesmo que em períodos sazonais as empresas busquem pessoas do meio para “representar”
momentaneamente a instituição para atrair o público consumidor, a posteriori são expulsos ou
mantidos em espera. A discussão se torna ainda pior levando em conta as demais pessoas que
pertencem a sigla como as travestis que desde sempre lutaram por representatividade e até hoje são
as mais violentadas em todos os aspectos civis.

Feminismo
As revoluções ao redor do mundo fizeram com que eclodissem o desejo de independência das
mulheres, caladas pelo sistema político e religioso da organização geopolítica mundial.

O movimento feminista luta pela igualdade de gênero, seja cultural, financeira ou politicamente, ao
redor do qual se formou os movimentos sociais, centralizado na história pela França.

Em 1971, Olímpia Gouges, compôs uma declaração dos direitos da mulher, anunciando que as
mulheres possuíam os mesmos direitos que os homens. A declaração não foi aceita, contudo é um
dos movimentos que representa o feminismo.

Atualmente vemos uma tentativa de abrandar ou enfraquecer os laços sufocantes do machismo


estabelecidos na sociedade, atingindo não somente as mulheres, mas qualquer figura que fuja do
modelo onde o homem é o representante e detentor do poder executor dentro dos núcleos familiares.
As figuras LGBTs, os negros e as figuras não-cristãs tendem a perder o que se entende configuração
de sociedade, por respeito.
DIFERENÇAS DE GENEROS NO MERCADO DE TRABALHO
Mesmo sendo muito vasto em oportunidades, o mercado de trabalho tem sua maior parte de vagas
sendo cedidas para profissionais cujo sexo é masculino, como um ciclo vicioso, muito se fala sobre a
inclusão das mulheres nas áreas onde somente homens atuam, o que acontece de forma lenta e
dificultosa, devido a preconceitos e tabus há muito enraizados por uma cultura predominante
machista. é sabido também que mulheres negras, pardas ou de qualquer etnia diversa da branca,
enfrentam ainda maior dificuldade na inserção nos campos vagos do mercado de trabalho.

As mulheres quando relacionadas ao mercado de trabalho, geralmente são vistas como frágeis, que
se encaixam mais nas funções administrativas ao invés de mão de obra mais pesada, quando muitas
mulheres têm o conhecimento na área muitas das vezes mais amplo do que os próprios homens que
fazem o serviço. Sabe-se que trabalhos braçais detém em sua maioria, se não totalidade, do corpo
de trabalhadores. É compreendido pela ciência que a anatomia feminina possui fragilidades em
relação à masculina, porém, a mulher exerce suas funções adaptando-se as situações mais diversas.

Durante uma entrevista de emprego é raro não surgir o questionamento sobre a mulher ser mãe,
subentendendo que a disponibilidade da mulher é menor do que a do candidato masculino, já para o
homem muitas vezes e desejável que ele tenha filhos, subentendendo que o homem tem a
responsabilidade de manter a família, sendo um impulsionador da desigualdade durante a situação.
Há também a comparação de idades, em relação aos homens, por exemplo: se um homem em idade
adulta tem a busca por seu primeiro emprego com 25 anos compreende-se que ele teve outras
prioridades em sua vida, foi mantido por seus pais ou optou por intensificar seus estudos; a mulher
nesta situação, com filho é vista pela sociedade como desprendida de valores individuais, buscando
tardiamente sua "independência" financeira ou buscando complemento para a renda principal, que
não é sua.

Mulheres com filhos são colocadas em última opção, pois a possibilidade de se ausentar da jornada
de trabalho é maior. Neste mesmo cenário vemos que os homens com filhos, são priorizados por
serem os “provedores” do lar, sendo que muitas vezes sua renda é complementada pela mulher. As
mulheres acabam desempenhando múltiplas funções, emplacadas pela cultura, como manter a
residência limpa, prover alimentos, cuidar dos filhos, apoiar e muitas vezes priorizar aquilo que não
se trata de si mesma.

Diferença salarial
O fator salário é significativo quando citamos diferenças entre os gêneros, no mercado de trabalho.
Conforme dados do (PNAD) de 2019, a diferença salarial entre homens e mulheres exercendo a
mesma função em cargos de direção e gerência é evidente. Enquanto as mulheres recebem o
salário médio de R$ 4,666.00 os homens recebem R$ 7,542.00.

Lei 9.029 de 13 de Abril de 1995


Art. 1o  É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de
trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar,
deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à
criança e ao adolescente previstas no     

Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias:

I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento
relativo à esterilização ou a estado de gravidez;

II - a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem;

a) indução ou instigamento à esterilização genética;

b) promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços e de


aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de instituições públicas ou privadas,
submetidas às normas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Pena: detenção de um a dois anos e multa.

Recentemente houve aprovação do projeto de lei 1.085/2023 que estabelece que a igualdade
salarial é obrigatória e deverá ser garantida por meio de mecanismos de transparência salarial e de
remuneração a serem seguidos pelas empresas, pelo aumento da fiscalização e pela aplicação de
multas, levando a batalha por igualdade de gênero a outro patamar, sendo uma vitória histórica para
a categoria feminina.

A POPULAÇÃO LGBT NO MERCADO DE TRABALHO

A população LGBT enfrenta desafios igualmente severos, tendo como escapatória a omissão de sua
sexualidade durante a seleção de vagas dentro de empresas, cientes do quão preconceituoso é o
mercado de trabalho.

Segundo o FUNDO BRASIL, instituição filantrópica de pesquisa, os dados sobre o mercado de


trabalho para essa população são alarmantes:

• 33% das empresas do Brasil não contratariam para cargos de chefia pessoas LGBTQIA+;

• 41% das pessoas LGBTQIA+ afirmam terem sofrido algum tipo de discriminação em razão da sua
orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho;

• 90% de travestis se prostituem por não terem conseguido nenhum outro emprego, até mesmo
aqueles que têm boas qualificações.

Portanto, o mercado de trabalho é moldado pela sociedade de maneira exclusiva, onde os


priorizados são sempre os mesmos que apresentam padrões históricos e machistas e tudo que foge
à regra é descartado.
As figuras mostram de forma ilustrada os dados expostos anteriormente:
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.TST.jus.br

https://www.corecomp.gov.br

https://www.scielo.br

https://portal.fgv.br/artigos/diferencas-genero-mercado-trabalho

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9029.HTM

https://pt.wikipedia.org/wiki/Olympe_de_Gouges

https://www.tst.jus.br/-/desigualdade-salarial-entre-homens-e-mulheres-evidencia-
discrimina%C3%A7%C3%A3o-de-g%C3%AAnero-no-mercado-de-trabalho

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