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Escola SESI João Ubaldo Ribeiro

Alunos: Pablo Medeiros e Rebecca Julia

jovens que não estudam nem trabalham

Luís Eduardo Magalhães


2023
Aumento de Jovens que não estudam e nem trabalham em 2018

Em 2018, 23% dos jovens de 15 a 29 anos - 10,9 milhões - não estudavam, nem
trabalhavam, os chamados nem-nem. Foi o maior índice da série histórica. Os dados
foram divulgados hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na
pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, que analisa as condições de vida da
população brasileira.

Entre os jovens de 18 e 24 anos, a incidência chega a 27,9% e nos jovens adultos, de 25


a 29 anos, a taxa de nem-nem é de 25,9%. Segundo o IBGE, o fenômeno é fortemente
influenciado pela interrupção dos estudos. Os dados mostram que dos jovens de18 a 24
anos nessa condição, 46,6% não tinham concluído o ensino fundamental e 27,7%
terminaram apenas essa etapa. Na faixa entre 25 e 29 anos, a proporção é de 44,1% e
31,2%, respectivamente. Dos jovens que concluíram o ensino médio, há mais nem-nem
entre quem fez ensino regular do que entre os que concluíram o ensino técnico.

O gerente da pesquisa, André Simões, explica que o fenômeno dos jovens que não
estudam e não estão ocupados é estrutural. “É um segmento estrutural, porque tem
fatores que dependem de políticas específicas para que haja redução. Por exemplo, há
um percentual elevado de mulheres, mulheres com filhos e também mulheres que
realizam afazeres e cuidados domésticos que impedem que elas possam ir para o
mercado de trabalho”.

Se entre os homens de 25 a 29 anos nessa condição 51,5% estavam desocupados, ou


seja, buscavam trabalho, entre as mulheres na mesma idade a maior proporção está fora
da força de trabalho, com 67,7% delas sem procurar trabalho. Segundo o IBGE, entre as
justificativas apresentadas para não procurar ocupação remunerada estão os
afazeres domésticos e o cuidado de filhos ou parentes.

Os dados do IBGE revelam que 2,4 milhões de jovens estão na situação de não estudar,
não estar ocupado e não procurar trabalho. Entre esses, 57,4% estavam em desalento,
provocado principalmente por falta de trabalho na localidade (39,6%), não conseguir
emprego considerado adequado (10,7%) ou não ter experiência ou qualificação
profissional (6,1%).
O recorte por rendimento demonstra a desigualdade social também nesse quesito. Entre
os jovens que integram os 20% da população com menores rendimentos
domiciliares per capita, 42,3% estavam na situação nem-nem em 2018; de 20% a 40%
eram 29,2%; entre 40% e 60% somavam 18,3%; com rendimento de 60% a 80%, 10,1%
dos jovens estavam nessa situação; e entre os 20% com os maiores rendimento a
proporção é de 7%.

A taxa de desocupação geral no país em 2018 estava em 12%, mas no grupo de 14 a 29


anos chegou a 22,6% em 2017 e fechou 2018 em 22,3%.
Gráficos de 2018
Como a pandemia aumentou a porcentagem dos jovens que não estudam e nem
trabalham 20202022.

A pandemia teve um efeito devastador sobre a educação e a empregabilidade dos jovens


brasileiros. E o impacto no Brasil foi maior do que na média global. Os chamados 'nem-
nem' – que não estudam nem trabalham – chegaram a 34,1% da população entre 18 e 24
anos em 2020, no auge da Covid.

Para 31,1%, ainda assim acima do registrado pré-pandemia e no maior nível desde
2016. Os números fazem parte da Síntese dos Indicadores Sociais, pesquisa divulgada
pelo IBGE nesta sexta-feira. Também entre os jovens de 25 a 29 anos, a parcela dos que
não estudam nem trabalham é alta: 29,4%.
O IBGE considera os jovens fora da escola que estão desempregados (ou seja, em busca
de uma ocupação) e também os que estão fora da força de trabalho (ou seja, nem estão à
procura de uma vaga).
para 31,1%, ainda assim acima do registrado pré-pandemia e no maior nível desde 2016.
E destaca que o indicador de nem-nem é um retrato melhor da vulnerabilidade juvenil
do que simplesmente a taxa de desemprego entre jovens, “pois abrange aqueles que não
estavam ganhando nem experiência laboral nem qualificação, possivelmente
comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras”.
Os números do IBGE mostram também que o impacto da Covid sobre a educação e a
ocupação dos jovens foi maior no Brasil do que na média dos países da OCDE, grupo
que reúne economias desenvolvidas e em desenvolvimento. Entre os brasileiros, a
parcela dos nem-nem de 18 a 24 anos subiu de 29,3% para 34,1% de 2019 para 2020.
Na média da OCDE, a alta foi bem menor, de 14,4% para 16,1.
“Nesses casos, os jovens conseguiram aproveitar o primeiro ano da pandemia para
estudar”, destaca o IBGE. Além disso, em relação aos demais 19 países membros ou
parceiros da OCDE, apenas África do Sul e Colômbia tinham em 2020 parcela de
jovens nem-nem superior à brasileira, respectivamente de 45% e 34,5%.
Na avaliação de João Hallak Neto, pesquisador do IBGE, a recuperação lenta do
mercado de trabalho ao longo de 2021 dificultou a absorção de jovens:
— O mercado de trabalho deixou muito a desejar em 2021, com taxas ainda muito
elevadas de desocupação e subutilização. Tudo isso afeta as ocupações de forma geral e,
naturalmente, essa parcela da população jovem.
Gráficos
Fonte da pesquisa
Sites
oticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/11/29/um-em-cada-cinco-jovens-
de-15-a-29-anos-nao-estuda-nem-trabalha-diz-ibge.ht

https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2022/12/no-brasil-31percent-dos-jovens-
entre-18-e-24-anos-nao-estudam-nem-trabalham-mostra-ibge.ghtml

https://www.infomoney.com.br/carreira/15-de-jovens-entre-15-e-29-anos-sao-nem-
nem-nem-aponta-dieese/

genciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-11/aumentou-numero-de-jovens-
que-nao-estudam-nem-trabalham

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