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SESI JOÃO UBALDO RIBEIRO - ESJUR

Maria Eduarda Leandro Vogado


Nariem Zut Possatto Borges

JOVENS NEM-NEM

LUIS EDUARDO MAGALHÃES


BA/2023
INTRODUÇÃO;
A economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Joana Costa – uma
das autoras do capítulo brasileiro da pesquisa internacional Millennials na América Latina e no
Caribe: trabalhar ou estudar? – explica que o termo “nemnem” é a variação da sigla Neet (Not in
Education, Employment, or Training), que surgiu na Inglaterra, nos anos 1990, durante as
primeiras discussões sobre os jovens que não trabalhavam e nem estudavam.
“O termo tanto em português (nem-nem), quanto em espanhol (nini) são ruins porque dão
a ideia de que o problema é do jovem, como se ele não quisesse trabalhar ou estudar. É como se
você estivesse culpando o jovem pela situação, sem olhar para as barreiras que ele está
encontrando”, destaca a economista.
O indicador do IBGE inclui simultaneamente os jovens que não estudavam e estavam
desocupados (que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar) e aqueles que
não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para
conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis. Esse indicador é, portanto, uma
medida mais rigorosa de vulnerabilidade juvenil do que a taxa de desocupação, pois abrange
aqueles que não estavam ganhando experiência laboral nem qualificação, possivelmente
comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras.
Vale ressaltar que o módulo anual de educação da PNAD Contínua não foi à campo em
2020 e 2021. Nesse sentido, a condição de estudante que compõe o indicador dessa divulgação
não incluiu alguns aspectos da qualificação juvenil, como frequência em curso técnico de nível
médio, curso normal (magistério), curso pré-vestibular e curso de qualificação profissional
(cursos de formação para determinada ocupação).
Nos estados do Norte e Nordeste (exceto Rondônia), os percentuais de jovens de 15 a 29
anos que não estudavam nem estavam ocupados ficaram acima da média nacional (25,8%). Já os
estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (exceto Rio de Janeiro) ficaram abaixo da
média.
Os maiores percentuais de jovens que não estudavam nem estavam ocupados estavam no
Maranhão (37,7%) e Alagoas (36,6%) e os menores, em Santa Catarina (12,2%) e Paraná
(17,9%).
RESULTADO E ANÁLISE;
Dados de 2018
No Brasil, cerca de 11 milhões de jovens não estudam nem trabalham. No Brasil, quase
11 milhões de jovens de 15 a 29 anos não estavam ocupados no mercado de trabalho e nem
estudando ou se qualificando, de acordo com a Pnad Contínua, suplemento Educação, realizada
pelo IBGE em 2018. Esse grupo, que representa 23% da população do país nessa faixa etária,
ficou conhecido como “nem-nem”, um termo que se tornou controverso e, por isso, seu uso vem
sendo evitado.

Dados de 2021
Em 2021, o país tinha 12,7 milhões de jovens que não estudavam nem estavam ocupados.
Apesar da queda frente a 2020, primeiro ano da pandemia, o número de jovens que não
estudavam nem estavam ocupados foi de 12,7 milhões em 2021, o que corresponde a 25,8% das
pessoas de 15 a 29 anos de idade. Deste montante, 41,9% eram de mulheres pretas ou pardas,
24,3% de homens pretos ou pardos, 20,5% de mulheres brancas e 12,5% de homens brancos. Os
dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje (02) pelo IBGE.
“No primeiro ano de pandemia houve queda no grupo de jovens que estavam ocupados e
essa queda não foi compensada pelo aumento no percentual dos jovens que só estudavam.
Portanto, houve um aumento no número de jovens que não estudam e nem estão ocupados.
Apesar da leve recuperação observada em 2021, essa condição continua afetando mais de 1 ⁄ 4
dos jovens de 15 a 29 anos”, explica Betina Fresneda, analista do IBGE.
JOVENS NEM-NEM CLASSIFICADOS POR COR E RAÇA
FEMININO MASCULINO
2021 % 2021 %
Brancos 2.614.000 20,5 1.590.000 12,5
Pardos e Pretos 5.343.000 41,9 3.094.000 24,3
TOTAL 7.957.000 62,3 4.684.000 36,8

Porcentagens de jovens:
 O número de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados chegou a
12,7 milhões em 2021, o equivalente a 25,8% deste grupo etário.
 Entre países membros e parceiros da OCDE, Brasil foi o terceiro maior percentual de
jovens adultos que não estudavam nem estavam ocupados em 2020
 Nível de ocupação sobe de 51,0% em 2020 para 52,1% em 2021, mas ainda está bem
abaixo de 2019 (56,4%).
 Taxa de composta de subutilização se mantem elevada entre 2020 e 2021 e atinge o
maior valor da série: 28,5%.
 Já a desocupação entre os jovens recuou de 24,1% para 23,9% entre 2020 e 2021, porém,
seguiu sendo a mais elevada entre os grupos de idade.
COMPARAÇÃO;
Com base nos dados obtidos, durante a pandemia houve um aumento de 1,7 milhões de
jovens que não estudavam e nem estavam ocupados. De 2018 a 2021 teve 12,7 milhões em 2021,
o que corresponde a 25,8% das pessoas de 15 a 29 anos de idade. Deste montante, 41,9% eram
de mulheres pretas ou pardas, 24,3% de homens pretos ou pardos, 20,5% de mulheres brancas e
12,5% de homens brancos.
BIBLIOGRAFIA;
. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/25801-
nem-nem
. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/35686-
em-2021-pais-tinha-12-7-milhoes-de-jovens-que-nao-estudavam-nem-estavam-ocupados

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