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1- Analise o comportamento da taxa de desemprego nos últimos 15 anos, por sexo, por faixa
etária e por região (consultar INE e Pordata). –Gráficos retirados do Pordata
Em Portugal, a taxa de desemprego nos últimos 15 anos variou bastante, tendo momentos
mais positivos e outros menos positivos.
Em relação aos grupos etários, podemos distinguir os indivíduos com menos de 25 anos, os
com 25 aos 54 anos, e os com 55 aos 64 anos.
A taxa de desemprego nos indivíduos com menos de 25 anos em 2001 foi de 9.5% (valor
baixo), mas subiu muito acentuadamente até 2009 (para 20.3%). Continuou a subir
gradualmente até 2010 (22.8%), aumentando exponencialmente de 2010 a 2011 (para 30.3%),
valor que em 2012 havia passado para 38.1%. Este valor aumentou lentamente durante 2013
(38.3%) e diminuiu em 2014 (34.3%). Esta subida (principalmente a partir de 2008) deveu-se,
entre outros fatores, à crise económica de 2008. A partir de 2014 a taxa de desemprego
diminuiu de forma constante: 2015 e 2016 foi de 28,0%, 2017 de 23,9%, 2018 de 20,3% e 2019
de 18,3%. Em 2020, devido à pandemia, ouve um aumento do desemprego, sendo que esta foi
de 22,4% em 2020, em 2021 de 23,5% e em 2022 19,1% (recuperação da economia).
Este grupo etário é o que regista valores de desemprego mais elevados, por razões como as
qualificações limitadas e a falta de experiência.
Nas faixas etárias dos 25 aos 54 anos e dos 55 aos 64 anos as oscilações da taxa de
desemprego foram quase idênticas em relação à altura em que aconteceram, no entanto, a
A taxa de desemprego dos últimos 15 anos, em relação ao sexo, revela uma diferenciação
menor desde 2009. O sexo com maior taxa de desemprego foi sempre o sexo feminino, à
exceção de 2013, em que os valores foram iguais (17,1%), e 2012, em que o desemprego nos
homens foi de 16,6% e nas mulheres de 16,4%. Atualmente (2023) a taxa de desemprego nas
mulheres é de 6,9% e nos homens é de 6,2%.
Atendendo ás regiões, a minha análise irá excluir as regiões do centro, Oeste e Vale do Tejo,
Grande Lisboa, Península de Setúbal e Alentejo, porque estas não têm valores disponíveis.
No Norte, de 2009 para 2010, foi de 15,5%, para 2011 foi de 2,8%, para 2012 foi de 22,2%,
para 2013 foi de 4,0%, para 2014 foi de -14,8% (descida elevada), para 2015 foi de -8,4%
(continuação da descida), para 2016 foi de -12,4%, para 2017 foi de -18,1%, para 2018 foi de -
25,2%, para 2019 foi de -8,5%, para 2020 foi de 2,5% (fim de descida acentuada), para 2021 foi
de -2,9%, para 2022 foi de -10,3% e para 2023 foi de 20,1%. O comportamento da taxa de
variação da população desempregada nos Algarve foi quase idêntico, tendo um valor mais
acentuado em 2011 (15,9% VS 14,0%) e menos acentuado em 2016 (9,4% VS 12,5%). Na RAA e
na RAM os valores também foram muito parecidos, à exceção dos anteriores a 2011 (eram
mais baixos).
As medidas que escolhi encaixam-se muito bem na situação de Portugal, que apesar
de ser ótimo em certos aspetos, em outros, como o desemprego jovem, não é assim
tão bom. Em Portugal, “Os jovens enfrentam dificuldades na transição para o
mercado de trabalho, quer em termos de oportunidades de emprego, quer
de qualidade do emprego”, vaticina o recém-publicado ‘Livro Branco “Mais e
Melhores Empregos para os Jovens”’ (https://expresso.pt/sociedade/2022-12-20-A-
geracao-mais-qualificada-faltam-oportunidades-e-qualidade-de-emprego--quatro-
respostas-sobre-o-desemprego-e-inatividade-jovens--2211397f). Muitos jovens tem
dificuldade em adaptarem-se os meio de trabalho, por não terem tido nenhuma
experiência parecida. Apenas os que foram para cursos profissionais podem ter tido
um aviso do que será trabalhar realmente. Mas infelizmente muitos jovens evitam
cursos profissionais devido ao estigma que existe (sobre serem apenas para pessoas
com pouca ambição), e como consequência têm cursos que não gostam (ou não
começam um curso porque a área que escolheram não coincidia com o que queriam).
Uma medida focada neste problema é expandir e fortalecer programas de
educação profissional e técnica para jovens, conseguindo assim alinhar os
currículos com as necessidades do mercado de trabalho e proporcionando aos
jovens habilidades diretamente aplicáveis, longe da teoria de uma escola não
profissional. Assim muitos jovens não ficariam desmotivados, e encontrariam
um emprego de que realmente gostassem e com capacidades privilegiadas em
relação aos que não têm experiencia nenhuma (melhor transição para o
mercado de trabalho). Os EUA, por exemplo, tem uma cultura ótima neste
aspeto, em que os jovens são incentivados a ter trabalhos part-time desde
pequenos, a complementar a escola. – fontes:
https://business.yougov.com/content/48505-for-american-teens-future-job-
prospects-are-largely-about-the-money-and-fun e
https://money.cnn.com/2015/07/03/news/economy/america-teenage-
economy-jobs/ .
A outra medida que escolhi é uma resposta mais direta à falta de emprego após o
curso: o aumento de programas de estágio remunerado. Como vários estudos indicam,
a implementação de programas de estágio remunerado em parceria com
empresas permite que os jovens tenham mais chances de emprego no fim da
conclusão do estágio, diminuindo assim a taxa de desemprego.