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RELATÓRIO PARCIAL IV

André Luiz Casagrande


RA 2019302925

Síntese

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a


cidade de Pau D´Arco, no inteiro do Pará, tem indicadores gerais muito
discrepantes ao de diversas outras cidades do nordeste brasileiro. O
levantamento do Instituto mostra que, com uma população de 6.033, PIB per
capita: R$ 15.950,19., Indice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM):
0,574, Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade: 95,5%, Matrículas no
ensino fundamental: 1.248, Matrículas no ensino médio: 283, Docentes no
ensino fundamental: 59, Docentes no ensino médio: 10, Número de
estabelecimentos de ensino fundamental: 9 escolas, Número de
estabelecimentos de ensino médio: 1 escola.

Objetivos

O projeto tem, como objetivo principal, a melhoria da educação do ensino


médio na cidade de Pau D’ Arco, região destacada entre um dos piores IDHs
do Brasil. Para isso é preciso não só de um projeto educacional, mas também
de obras de infraestrutura e promover um elo cooperativo entre entidades
municipais e iniciativa privada. Dentre os objetivos secundários está o aumento
da auto estima dos alunos da região e a possibilidade de vislumbrar condições
melhores no futuro, haja visto que, com acesso à educação aumentam as
chances de conseguir melhores condições de trabalho e uma expansão no
horizonte de oportunidades. Além disso, investir em capacitação de
professores e projetos de implantação do Ensino à Distância (EAD).

Hipóteses

Numa avaliação da situação em que se encontra o ensino médio na no


município supracitado, a hipótese levantada sugere que, para sanar os
problemas recorrentes dos baixos índices de escolaridade e,
consequentemente, de educação, que podem beneficiar e contribuir na
implementação de condições melhores de estudo, traz como proposta
desenvolver um projeto entre órgãos municipais e da União para a capacitação
de professores do ensino médio, haja visto que, na referida cidade, são apenas
10 profissionais no quadro de docentes. Outra proposta do estudo é referente à
parceria e incentivo de empresas do terceiro setor e também outras privadas,
com o objetivo de construir, pelo menos, mais duas escolas no município, já
que a falta desse espaço físico também têm sido um limitador do
desenvolvimento educacional na região

Justificativa

Considerado um dos maiores gargalos para o desenvolvimento do País, a


educação, quando e se levada à sério tem o poder de transformar não só o
cidadão, mas também a sociedade como um todo.

Podemos destacar alguns pontos em que uma boa educação pode mudar o
rumo das coisas. Ela pode ajudar no combate à pobreza, auxiliar no
crescimento da economia, promover melhorias na saúde, diminuição da
violência, a garantia de acesso a outros direitos, a proteção do meio ambiente,
o fortalecimento da democracia e da cidadania e a compreensão do mundo que
nos faz cidadãos globais.

Considerada uma das áreas que promovem avanços na frente social e


econômica ao mesmo tempo, os investimentos em educação contribuem não
só para a evolução da cidadania e desenvolvimento social e econômico de uma
nação, mas também tem um papel fundamental na busca pela redução das
desigualdades em diversos sentidos.

Além de contribuir para a moldagem o indivíduo desde a infância, com um


direcionamento educacional mais amplo, a escola promove um olhar macro
para as questões da desigualdade social, trazendo uma consciência menos
individualista e mais voltada para ações e comportamentos que beneficiem o
todo, com intuito de gerar mais inclusão e menos e exclusão, principalmente
nas periferias, onde a desigualdade se mostra de forma mais latente.

Nesse viés, as escolas podem ser os norteadores de uma consciência mais


harmônica e inclusiva em todas as esferas, formando indivíduos conscientes da
importância de se viver em uma sociedade que promove a igualdade de
condições a todos as pessoas que dela participam.

Resumo

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a


cidade de Pau D´Arco, no inteiro do Pará, tem indicadores gerais muito
discrepantes ao de diversas outras cidades do nordeste brasileiro. O
levantamento do Instituto mostra que, com uma população de 6.033, PIB per
capita: R$ 15.950,19., Indice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM):
0,574, Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade: 95,5%, Matrículas no
ensino fundamental: 1.248, Matrículas no ensino médio: 283, Docentes no
ensino fundamental: 59, Docentes no ensino médio: 10, Número de
estabelecimentos de ensino fundamental: 9 escolas, Número de
estabelecimentos de ensino médio: 1 escola

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação do município não se


manifestou. Mas a cidade, que conta com duas escolas na sede do município e
cinco na zona rural, para atender a 1.190 alunos, recebeu, em 2018, uma
ampla reforma na escola estadual de ensino médio da cidade, chamada Paul
Hannemann. As obras custaram R$ 3 milhões e foram financiadas com
recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Introdução

Conforme divulgado no Jornal da USP, relatório recente sobre educação da


Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que
tem sede em Paris e reúne em geral países mais avançados, mostra que o
gasto por aluno no Brasil é o terceiro pior entre 42 países, pouco mais de um
terço da realidade da média dos países ricos. O Brasil investe algo em torno de
quase US$ 3 mil por aluno, isso levando em conta todos os investimentos
públicos na educação, divididos pelo número de matrículas do ensino
fundamental até o médio.

Na base, a média dos países da OCDE é de mais de US$ 10 mil, nós estamos
em US$ 3 mil. E o Brasil, exatamente por isso, só supera o México e a África
do Sul. É claro, se a gente olhar os gastos totais do Brasil em educação básica
com relação ao PIB, tudo aquilo que é produzido no País, nós temos um
indicador parecido com os países avançados. No entanto, quando a gente vai
olhar os gastos por aluno, como a OCDE fez, isso se revela um cenário mais
preciso e também mais assustador para nós. Países como Argentina,
Colômbia , Chile e Costa Rica investem valores maiores do que o nosso – lá
na ponta de cima estão Suíça, com US$ 18 mil por aluno, Noruega, com US$
16 mil por aluno.

Os dados se referem só ao ano de 2020 e mostram claramente que, após o


início da pandemia da covid, o Brasil fez um movimento inverso ao adotado
pelos países ricos com relação aos gastos com a educação. O País reduziu o
investimento em educação entre 2019 e 2020, que é uma barbaridade para
nós. A OCDE já havia publicado algo parecido em 2021, mas agora, de forma
muito precisa, ela mostra que mais de 70% de todos os países elevaram o
orçamento durante a própria pandemia. No entanto, nós vimos, durante o
governo passado, os investimentos em educação caírem, o que é um desastre
para o Brasil, que precisa, mais do que nunca, da educação, esses valores de
investimento revelam exatamente a distância que nos separa dos países que
têm melhores resultados educacionais, onde as pessoas vivem melhor, têm
uma qualidade de vida melhor do que a nossa.

O relatório da OCDE traz ainda dados sobre os jovens brasileiros em


comparação com outros – o Brasil tem o sexto pior índice dos jovens de 18 a
24 anos que nem estudam nem trabalham, os chamados nem-nem. Enquanto
a média desses países da OCDE é de 15% de jovens sem trabalhar e estudar,
no Brasil são 25%, é muito grande, e as mulheres brasileiras são as mais
atingidas pelo desemprego e pela exclusão escolar. As taxas desse nem-nem –
nem trabalha nem estuda – entre a população de 18 a 24 anos são muito altas
entre as mulheres: de 30% entre as mulheres de 18 a 24 anos.

O ensino profissionalizante vai mostrar uma realidade parecida. O Brasil


precisa formar gente com ensino profissionalizante, que possa ter acesso ao
mercado de trabalho de forma qualificada; no entanto, o número de alunos
continua sendo baixo, algo em torno de 15% dos jovens com idade entre 25 e
34 anos. É preciso mudar esse quadro, senão realmente vai ficar difícil, ou
melhor, mais difícil.

Desenvolvimento

Considerado um dos maiores gargalos para o desenvolvimento do País, a


educação, quando e se levada à sério tem o poder de transformar não só o
cidadão, mas também a sociedade como um todo.

Podemos destacar alguns pontos em que uma boa educação pode mudar o
rumo das coisas. Ela pode ajudar no combate à pobreza, auxiliar no
crescimento da economia, promover melhorias na saúde, diminuição da
violência, a garantia de acesso a outros direitos, a proteção do meio ambiente,
o fortalecimento da democracia e da cidadania e a compreensão do mundo que
nos faz cidadãos globais.

Considerada uma das áreas que promovem avanços na frente social e


econômica ao mesmo tempo, os investimentos em educação contribuem não
só para a evolução da cidadania e desenvolvimento social e econômico de uma
nação, mas também tem um papel fundamental na busca pela redução das
desigualdades em diversos sentidos.

Além de contribuir para a moldagem o indivíduo desde a infância, com um


direcionamento educacional mais amplo, a escola promove um olhar macro
para as questões da desigualdade social, trazendo uma consciência menos
individualista e mais voltada para ações e comportamentos que beneficiem o
todo, com intuito de gerar mais inclusão e menos e exclusão, principalmente
nas periferias, onde a desigualdade se mostra de forma mais latente.

Nesse viés, as escolas podem ser os norteadores de uma consciência mais


harmônica e inclusiva em todas as esferas, formando indivíduos conscientes da
importância de se viver em uma sociedade que promove a igualdade de
condições a todos as pessoas que dela participam.

Tanto o Estado quanto a Família tem formas de contribuir de forma sinérgica


com as instituições escolares, através de conceitos, ações, projetos e leis que
reforcem a consciência em diminuir a desigualdade social.
Uma das formas de promover essa evolução é aproximar os pais dos
professores e vice-versa, pois ao criar essa ambiência, onde o professor tenha
conhecimento do convívio desse aluno, permite aos docentes identificar
algumas influências negativas e positivas, e trabalhar no sentido de melhorar
essa relação. Ações como essas ajudariam a influenciar diretamente com
comportamento deste aluno.

Outra ações, essas mais no âmbito governamental, seriam a der criar


campanhas voltadas ao incentivo da cidadania, como na conscientização dos
prejuízos relacionados às drogas, criminalidade, e combate a intolerâncias,
sejam religiosas, racismo e qualquer outra forma de preconceito
institucionalizado pela sociedade.

Dessa forma, o Estado seria o agente possibilitador dessas ações, com


projetos, leis de incentivo ao ensino, as ações pensadas pelas instituições
educacionais, com aporte financeiro para execução das ações e
implementação de melhorias no ambiente escolar, melhorando a infraestrutura
e acesso a informação nas comunidades carentes e com menos recursos
financeiros.

Existem ainda outras formas de promover essas melhorias, mas essa já seriam
algumas maneiras de direcionar a sociedade através da educação para um
convívio menos desigual e mais equilibrado.

A tecnologia em prol da educação

Os impactos dos aportes tecnológicos e suas ferramentas estão presentes na


vida das pessoas em todos os segmentos, desde os mais corriqueiros, como
nas atividades do dia a dia até os mais complexos, como desvendar quais os
enigmas do universo, por exemplo.

Em relação à educação, os avanços da tecnologia proporcionaram uma


evolução muito grande em todo sistema educacional, pois além de permitirem
acesso às informações de forma mais ágil, democrática e assertiva, também
criaram formas de adquirir conhecimento e evolução de carreira, por meio de
instituições de ensino que dispõe de plataformas online para formação de
profissionais para o mercado de trabalho. Inclusive, estamos nos falando por
uma dessas plataformas, a de EAD (Ensino à Distância).

Porém, apenas um adendo em relação a essa questão. Assim como há muita


disponibilidade de informação boa através das redes proporcionadas pela
tecnologia, também a aquelas que são difundidas de forma inadequada ou
política e socialmente incorretas. Sendo assim, é preciso saber filtrar e
diferenciar o que é bom do que é nocivo nessa mundo aberto da internet.

Já em relação ao meio ambiente e às questões de sustentabilidade, como


exemplo, pode-se citar a diminuição do uso de papéis no âmbito educacional,
já que nessas plataformas, com as bibliotecas online, e-books e outros
recursos, fazem com que essa forma de estudo já seja, por si só, mais
sustentável e menos agressiva ao meio ambiente, por dispensarem a
necessidade do papel.

Há também as informações disponíveis nas redes sobre a necessidade em se


preservar o planeta e seus recursos naturais. Cada vez mais isso está presente
do dia a dia das pessoas, que têm mudado seus hábitos de consumo, seja em
relação aos alimentos ou outros produtos, sempre optando por um que tenha
em sua cadeia produtiva uma relação mais amena nessa questão com o meio
ambiente.

Proposta

Além dos aspectos já destacados anteriormente, há, por parte da Secretaria


Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Pau D´Arco, diversas
competências a serem otimizadas com o objetivo de melhorar as condições de
ensino na cidade, como uma equipe técnica e pedagógica preparada,
implementação e monitoria de programas do governo federal, como PACTO
(Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), PAR (Programa de Ações
Articuladas), Mais Educação, PDE-escola, PDE interativo, Escola Ativa,
FUNDEB e CME (Conselho Municipal Educação), EJA, Pró letramento, Escola
Aberta, Pró conselho, entre outros.

Outras ações como a formação com gestores, coordenadores e secretários da


rede para monitorar o processo ensino aprendizagem dos alunos, coordenação
e acompanhamento da revisão do PPP e a elaboração dos Planos de Ação dos
coordenadores e dos gestores escolares, além de promover e incentivar a
realização de formação dos educadores, com palestrante a convidar, levando
em consideração temas relevantes à ação cotidiana.

Ainda neste sentido, a ideia é realizar encontros de gestores para discutir


assuntos pertinentes à educação, observar o processo pedagógico dos gestões
nas escolas municipais, bem como o desenvolvimento do processo pedagógico
e educativo.

Na questão do desenvolvimento do ensino médio após a construção de outras


escolas físicas, analisar com coordenadores escolares a ficha bimestral de
rendimento escolar dos alunos, discutir sobre a Proposta de Avaliação
Diagnóstica e sua intencionalidade no processo autoaprendizagem em todo
início de ano letivo.

Ainda neste sentido, realizar formação continuada para os professores que


atuam nos anos/séries iniciais do ensino fundamental, inclusive na
assegurando as condições necessárias para que possam fazer a sua formação
em serviço e incentivar as equipes pedagógicas a participarem de cursos de
formação continuada assegurando as condições necessárias para que possam
fazer a sua formação em serviço.

Hipótese

Estudo proposto pela Universidade de Uberaba (Uniube) - “Formação


colaborativa de professores do Ensino Médio de Pau D´Arco - Pará para
atuação no ensino híbrido: uma proposta em construção”, de 2021, aponta para
um projeto em evolução onde objetiva-se propor uma formação colaborativa
com os professores do Ensino Médio local, utilizando-se das Tecnologias
Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), no contexto do ensino híbrido,
na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural.

O mesmo estudo traz ainda, num segundo momento, que, o problema, além da
formação dos professores, está em organizar o ensino-aprendizagem de forma
de motive os jovens a buscar novas formas de pensar, de procurar e de
selecionar informações, de construir seu jeito próprio de trabalhar com o
conhecimento e de reconstruí-los continuamente, atribuindo-lhe novos
significados, ditados por seus interesses e necessidades.

Como despertar o prazer e as habilidades de exercitar a curiosidade para


buscar dados, trocar informações, atiçar o desejo de enriquecer seu diálogo
com o conhecimento sobre outras culturas e pessoas, de construir peças
gráficas, de visitar, de olhar o mundo além das paredes de sua escola, de seu
bairro ou de seu país por meio das TDCs. Segundo Bacich (2019, p.62).

Se as mudanças da educação dependessem somente de currículos mais


flexíveis, metodologias ativas e tecnologias híbridas, seria mais fácil conseguir
realizá-las. Porém, essas alterações dependem de pessoas que foram
educadas de forma incompleta, com competências desiguais, valores
contraditórios e práticas incoerentes com a teoria. A dificuldade de uma parte
dos gestores e educadores em saber conviver e trabalhar juntos dificulta muito
que os avanços necessários no ensino híbrido sejam implementados
rapidamente. Precisamos mudar a educação para poder mudar o mundo,
começando por nós mesmos.

Ou seja, não se trata também de ensinar os velhos conteúdos de forma


eletrônica, por meio de telas iluminadas, animadas e coloridas. Claro que os
conteúdos das ciências, o raciocínio matemático e os códigos das linguagens,
não podem ser substituídos por uma busca frenética de dados
descontextualizados, estáticos, frios e gráficos coloridos ou relações virtuais
que se estabelecem por meio de uma tela que pode falsear os problemas que
devemos olhar de frente.

Enfrentar essa nova realidade significa ter como perspectiva cidadãos abertos
e conscientes, que saibam tomar decisões e trabalhar em equipe e que tenham
a capacidade de aprender a prender, a utilizar a tecnologia para a busca, a
seleção, a análise e a articulação entre informações e, dessa forma, construir e
reconstruir, continuamente os conhecimentos, utilizando-se de todos os meios
disponíveis, em especial dos recursos das tecnologias, enfim, pessoas que
atuem em sua realidade em vista a construção de uma sociedade mais
humana e menos desigual.
Conclusão

O projeto, através das hipóteses levantadas e objetivos propostos, mostrou


que, para acelerar o desenvolvimento do ensino médio e, consequentemente, o
aumento do IDH da cidade de Pau D´Arco, serão necessários investimentos na
implementação de uma estrutura de ensino mais acessível e, no caso em
questão, promover capacitação de docentes com expertise em plataformas de
Ensino à Distância (EAD), o que permitiria um processo mais ágil para tentar
resolver essa questão, enquanto as estruturas físicas (construção de outras
escolas) seria um processo mais demorado, porém, não descartado.

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