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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG

PEDAGOGIA EAD - UAB

DISCIPLINA: Atividades de Iniciação à Docência II

Renata Randazzo dos Reis - Matrícula: 160269 - Polo SAP

Texto reflexivo sobre as políticas públicas para a Educação Infantil

A partir da leitura dos textos disponibilizados pela professora Gabriela, viu-se


que a Educação Infantil no Brasil vem sendo vista, cada dia mais, com real
importância devido às demandas e necessidades da nossa população. Nos seus
diversos aspectos, as Políticas para a Educação Infantil têm avanços e retrocessos
relevantes que são importantes destacar.
O primeiro aspecto positivo a ser citado é a Criação do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos
Profissionais de Educação (FUNDEB), que incorporou todas as etapas da educação
básica, que anteriormente só favorecia o Ensino Fundamental. Mas para tanto, o
Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB) foi determinante nesse
ganho e reafirmou sua posição de “garantia de maior financiamento para a
Educação Infantil… de 0 a 3 anos e 4 e 5 anos” pelo XII Encontro Regional Sul do
MIEIB 2023.
Outro ponto importante a destacar são as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil (DCNEI) que garantem que as crianças possam aprender e
ser cuidadas não somente como mentes vazias, mas como seres pensantes que
são, brincando e vivendo experiências únicas. O Encontro Regional Sul do MIEIB
também vem reafirmar essas DCNEI como base do que é necessário compor esta
etapa da educação.
Por outro lado, um retrocesso acontece ao incluir a Educação Infantil no
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) pela Portaria MEC nº
826, de 07 de julho de 2017. Nele fala sobre “o alcance do direito da criança de
escrever, ler com fluência…”, mas na EI? Precisamos lembrar que a Educação
Infantil ajuda a criança a desenvolver habilidades sociais e emocionais primordiais,
como empatia, colaboração, autocontrole e resolução de conflitos. Ela não tem
como finalidade alfabetizar nenhuma criança.
Ainda negativamente, um aspecto a ser discutido é, com o Ensino
Fundamental de 9 anos, a matrícula obrigatória aos 6 anos de idade, assim
aumentando um ano no ensino fundamental com a referente redução de um ano na
educação infantil. O governo tinha seus motivos, que não tiveram real motivação
para tal. Já a ideia dos educadores era, ao receber crianças menores, assumirem o
lúdico como método de trabalho, até os 10 anos de idade pelo menos. Mas, não se
efetivou. E o que ficou foram crianças sendo matriculadas no ensino fundamental
deixando de ser crianças na educação infantil, infelizmente.
Diante de todos esses pontos, negativos e positivos, avanços e retrocessos,
entendemos que a Educação Infantil ainda é um direito que precisa de muita luta
para ser completamente contemplada. Essa fase é essencial no desenvolvimento
das crianças, pois é nesse âmbito educacional que ela vai desenvolver suas
habilidades para que vá mais preparada para as séries iniciais no Ensino
Fundamental. Os direitos para as crianças na educação infantil estão aí, mas
lamentavelmente nem todos são atendidos. E, portanto, isso tudo poderá influenciar
negativamente no processo de aprendizagem dos nossos pequenos.

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