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DISCIPLINA TAREFA E CONTEÚDO ABORDADO

Sistema Educacional Brasileiro Política e organização da Educação


Aluno: Ana Carolina Cassiano

A postura de quem não quer mais problemas

Por Ana Carolina Cassiano.

Mudar geralmente não é a tarefa mais simples que existe, por menor ou
mais insignificante seja o tipo da mudança, seja desarrumar uma casa para
morar em outra, seja mudar de cidade, país, mudar de trabalho, ou
simplesmente organizar a disposição de um quarto. Tudo isso exige
planejamento, recursos, mão de obra e o mais importante, engajamento no
processo.
Segundo os dados apresentados do Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes, no ano de 2016, o Brasil ocupa amargas posições em leitura,
matemática e ciências. O nosso país tem 2,5 milhões de crianças e jovens,
com idades entre 4 e 17 anos, fora da escola. Em Foz do Iguaçu temos 6 mil
crianças e adolescentes em situação de evasão escolar, são levantamentos
como esses, da Rádio Cultura Foz em 2018, que se fundem a tantas outras
justificativas do fato da nossa Educação está correndo lentamente para o
progresso.

O país avançou na universalização do ensino fundamental promovendo


ações para a redução da reprovação nesses anos, mas ainda há grandes
desafios na educação infantil e na manutenção das crianças e jovens nos
últimos anos do fundamental e no ensino médio, o que nos faz pensar que
também cabe ainda aos governos implantar programas para encontrar as
crianças que estão fora da escola e trazê-las para o ambiente de ensino. Na
educação infantil, é necessário aumentar a oferta de creches e pré-escolas,
como está acontecendo na nossa cidade, por exemplo, no último governo
foram inaugurados 11 centros municipais de Educação e 2 escolas, o que
nos permite afirmar que mais crianças poderão ingressar à vida escolar.
Mas não é apenas isso.

O ensino bilíngue é grande aliado à evolução de um estudante, pois não se


trata apenas de aprender uma língua a mais, o estudo bilíngue traz riqueza
cultural de outros países, nações, e até mesmo de todo um continente, e
aliado à tecnologia da informação, inserção de elementos tecnológicos em
sala, o ensino híbrido, a aproximação do falante nativo com o próprio aluno,
muda muitas vezes a perspectiva de futuro dessa criança, desse
adolescente, desse jovem. Por que? Quando você insere uma língua no
processo de aprendizado desde criança, principalmente por ter facilidade em
aprender tudo mais rápido, o processo cognitivo dessa criança tende a ser
mais benéfico, amplo, ágil.

Precisamos também inserir a arte de maneira mais lúdica e eficaz, pois isso
traz brilho aos olhos de quem está aprendendo algo novo. A arte nos dá
liberdade, a música nos dá criatividade, a aula interdisciplinar tem muito a
contribuir não só com o aspecto artístico, linguístico ou literal de um assunto,
contribui principalmente na maneira de pensar, como pensar e por quê
pensar. Segundo Howard Gardner, que é o desenvolvedor da teoria das
inteligências múltiplas, é necessário para o processo cognitivo de todos
entender que todo ser humano demonstra suas capacidades cognitivas de
maneira única e a inteligência humana é um potencial biopsicológico, por
isso, para que ela se desenvolva, outros fatores devem ser levados em
conta, como a genética e o contexto social em que a pessoa vive. Ou seja,
precisamos ir a fundo sobre como desenvolver melhor nossa mente, desde
pequenos.

A questão de como melhorar a educação vai além de um governo que


investe bilhões nos estados para que esses estados repassem para seus
prefeitos investirem em seu sistema educacional. Países como China,
Cingapura, Estônia, Finlândia investem em jovens que queiram crescer na
área educacional, fazendo magistério, trabalhando desde cedo, a base de
valor nesses países é o estudo, é o conhecimento, por isso vemos grandes
empresas, grandes feitos, negócios astronômicos e de países distintos,
jovens que conhecem as atividades comerciais e culturais dos países, o
professor é bem remunerado, é considerado patrimônio nesses países, pois
ele é ponte para o que é o mais importante em uma sociedade, que é o
conhecimento, e infelizmente vemos o contrário aqui no Brasil.

Sabemos que boa parte desses problemas é como um efeito dominó, o que
é abalado numa área, com certeza vai ser afetado nas demais, porém,
temos responsabilidade enquanto professores, pedagogos, alunos,
coordenadores, em desejar conhecimento e ser criativos no que nos
propomos ser: eternos aprendizes e facilitadores do conhecimento. E tornar
isso geracional. Não é como arrumar uma casa, ou mudar de cidade ou até
mesmo organizar um quarto, mas é um processo parecido: exige,
planejamento, recursos, mão de obra e o mais importante, engajamento de
todos.

Fontes:

Educação brasileira está em último lugar em ranking de competitividade |


CNN Brasil
https://www.radioculturafoz.com.br/2018/07/04/foz-do-iguacu-tem-6-mil-
criancas-e-adolescentes-fora-da-escola/

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