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NOTAS DO CAF SOBRE A GREVE

É uma forma de deixar todos vocês a par das movimentações que estão acontecendo dentro da universidade e
abrir um espaço, informal, para o debate de tais questões.

COMO FUNCIONA A ATUAÇÃO DO CAF

Durante a mobilização desta última semana, houve questionamentos quanto a posição do CAF frente a tudo isso.

Viemos destacar o Capítulo IV, Art.9, §3º:

“A Assembleia Geral poderá ser convocada em casos de urgência com antecedência mínima de 2 (dois) dias
letivos, através de Edital de Convocação e através dos meios oficiais.”

Essa ação tem o objetivo de preparar o corpo discente, levando-os a se inteirar sobre a pauta e a se organizar
para o comparecimento na assembleia.

É de suma importância que toda a comunidade possa participar de uma assembleia extraordinária, e que todes
tenham tempo de se inteirar e desenvolver uma opinião sobre o assunto. Assim, assegurando que a opinião de
todes es estudantes esteja sendo considerada na deliberação final.

Por fim, queremos ressaltar a importância de agirmos com calma e organização em um momento como este, para
que todas as vozes sejam ouvidas e nossa luta seja legítima e democrática.

Aproveitamos para chamar todes a comparecer na assembleia geral do IFGW, quinta-feira às 18hrs. Venham
discutir as pautas e colocar em discussão suas opiniões sobre o tema.

SEGUE O LINK PARA O ESTATUTO DO CAF:

https://t.co/4W9jHmv11s

COMO FUNCIONA UMA GREVE?

Mas afinal, o que é uma greve?

Teoricamente uma greve só é possível em situações que envolvam categorias profissionais, o que existe neste
caso é uma tentativa de oposição ao sistema, e a expressão ‘greve’ é usada para ampliar essa insurgência.
Historicamente uma “greve” traz consigo uma forma de oposição a determinado sistema, essa expressão acaba
sendo usada como uma conotação social ampliada. Além do mais, uma greve busca sempre uma adesão popular,
que pode ser uma forma de tentar ganhar esse apoio popular e buscar reconhecimento social.

O que acontece em uma greve?

Todas ações dentro da mobilização precisam ser discutidas e acordadas entre os estudantes, em assembleias
gerais de cada instituto.
Mas as medidas mais comuns são:
Ocupações: Ocupação é tomar posse de algo ou preencher determinado espaço.
Piquetes: O piquete de greve consiste no bloqueio, por um grupo de pessoas, dos acessos ao seu local de aula.
Manifestações: Manifestação é um ato coletivo em que os cidadãos se reúnem publicamente para expressar uma
opinião pública.
Assembleias: Reunião de pessoas que têm algum interesse comum, com a finalidade de discutir e deliberar
sobre temas determinados.
Atividades Culturais: Saraus, shows, rodas de conversa, apresentações, etc.

Quais as consequências de uma greve?

A greve vem para levar os estudantes a se mobilizarem e colocarem em pauta suas reivindicações. A ideia
central é que ela acarrete em mudanças, e se acaso seja uma greve vitoriosa, no cumprimento das
reivindicações apresentadas.
Existe sim, todo um preconceito da sociedade para absolutamente qualquer regime de greve, mas é necessário
que levemos em conta a necessidade do cumprimento de nossas reivindicações para a melhoria das nossas
condições como estudantes.

PAUTAS DA GREVE INDICADAS PELO DCE

Nós do CAF viemos apresentar para os membro do IFGW as pautas que estão sendo reivindicadas pela greve,
aprovada na assembleia geral do DCE nesta última terça-feira (03/10);
Vale ressaltar que é imprescindível que todo o corpo discente participe das plenárias e assembleias, para a
discussão ativa das pautas aqui apresentadas, além de estabelecer quais são as demandas que o IFGW irá
reivindicar nesta manifestação.

● Cotas Trans e PcD’s:


Pela implementação de cotas TRANS e cotas PCDs nos vestibulares e nas pós-graduações da Unicamp, com o
objetivo de incluir grupos minoritários dentro dos espaços da universidade.
De 1,2 milhão de universitários brasileiros, apenas 3.379 pessoas trans estão nas federais brasileiras, o que
equivale a 0,2%, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes) de 2018.
Além disso, de todas as universidades e institutos do Brasil, apenas seis ofertam cotas para trans:
Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e Universidade Estadual de
Feira de Santana (UEFS); Universidade Federal do ABC Paulista (UFABC) e a Universidade Estadual do Amapá
(UEAP). Enquanto, de acordo com dados do IBGE, o percentual de PcD nas universidades não
chega a 1%.

● Medidas administrativas contra o professor que agrediu um aluno:


Exigência de um processo administrativo para a punição do professor em questão, em decorrência de seu
posicionamento violento frente a paralisação dos estudantes. No último dia 03/10 um professor da UNICAMP
agrediu os estudantes, que estavam na paralisação, munido de um spray de pimenta e uma faca.
O boletim de ocorrência colocou o professor como vítima e até então só houve o afastamento do professor
durante este semestre.

● Contratação de novos professores mediante concurso público:


Abertura de concursos públicos para a contratação de novos professores, evitando assim que cursos sejam
fechados pelos seus institutos.
De 112 para apenas 78 professores compondo o quadro docente do IFGW em 20 anos, o IFGW deveria contar com
um total de 107 docentes, número próximo ao patamar de 2004. O número de alunos por professor foi dobrado
nos últimos anos, 76 alunos/professor em 2002 para 127 alunos/professor em 2021.
Isso significa uma sobrecarga de trabalho aos docentes bem como entrave administrativo para o
oferecimento das disciplinas. De modo geral, o desmonte apresentado pela negligência do legislativo afeta
diretamente os próprios discentes, desde a graduação até a pós, com o aumento de carga de trabalho de
monitores.

● Fim do ponto eletrônico:


Desde o dia 31 de agosto, os servidores da Unicamp estão em greve em protesto contra a implementação do
ponto eletrônico como meio para controle da presença do corpo técnico-administrativo da universidade. A
medida, além de ter sido imposta de maneira autoritária pela reitoria, com pouca ou nenhuma interlocução com
os representantes legais dos trabalhadores, afeta na prática a autonomia universitária.
link de acesso à “Carta à sociedade em repúdio a implementação do ponto eletrônico na Unicamp e em apoio à
autonomia universitária e à greve dos servidores”:
https://www.comciencia.br/carta-a-sociedade-em-repudio-a-implementacao-do-ponto-eletron
ico-na-unicamp-e-em-apoio-a-autonomia-universitaria-e-a-greve-dos-servidores/

● Permanência estudantil (bolsa, saúde mental):


A ampliação da moradia para comportar todos os estudantes que necessitam deste auxílio. A adesão dos
bandejões aos finais de semana para que os estudantes mais vulneráveis financeiramente possam se manter,
sem sofrer com o custo exorbitante de Barão Geraldo.
Aumento de verba para o SAPPE, para que possam ocorrer contratações de novos profissionais, levando a
diminuição das filas intermináveis de espera. Alteração das horas de serviços exigidas pelos bolsistas do SAE,
além de melhorias no sistema de validação de horas e correção do valor da bolsa de acordo com a demanda
existente em Barão Geraldo.
● Melhorias na infraestrutura (paviartes, etc):
Pela construção do pavilhão das artes, obra que vem sendo adiada a 38 anos e leva alunos dos cursos de artes
a se espalhar pelo campus e a terem suas aulas em lugares inapropriados para a prática de sua atividades, e
sendo constantemente atacados por “atrapalharem” as aulas de outros cursos. Pela reforma da moradia, que
se encontra em situação precária, com pessoas sem luz, água, fechaduras e trancas. Pela construção do
espaço destinado a Biblioteca das Engenharias, que atualmente se mantém de forma provisória e inapropriada
no prédio da BCCL. Por reformas em geral que garantam aos estudantes condições mínimas de habitação, como
não ocorre com a falta de água no prédio da pós do IMECC.

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