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Repasse do DCE sobre o Confisco do Orçamento a partir do Conselho

Universitário 06/10

A Reitora e a Pró-reitor de Planejamento trouxeram alguns informes:


- Tivemos um corte em maio, definitivo, no valor de R$16 Milhões somente para a
UFMG. O Congresso já aprovou o orçamento desse ano há mais tempo, o confisco
agora vem direto do Ministério da Economia.
- O Decreto é de 30 de Setembro, sem detalhamento com os números do MEC, só
essa semana se soube o real impacto. O valor bloqueado na UFMG é de 5,8%,
equivalente a mais de R$12 milhões. Pode haver a possibilidade de ser
desbloqueado em dezembro, o que foi informado em reunião do MEC e Andifes. O
impacto também ocorre na CAPES.
- Em nenhum momento o Governo Federal justificou o motivo real desse bloqueio.
- Por lei a UFMG é obrigada a empenhar todas as despesas até o fim do ano. O que
significa que os 12 milhões bloqueados já foram empenhados pela universidade e,
portanto, estão destinados a inúmeras atividades de ensino, pesquisa, extensão e
também para a Assistência Estudantil. O impacto será enorme. Há universidades
que desde setembro já não têm recursos para pagar nada.
- O que o bloqueio impacta? praticamente tudo: atividades curriculares, impedindo
novas viagens de campo, capacitação dos servidores, custeio das atividades da
universidade, obras na estrutura da universidade, dentre outras coisas. O real
impacto ainda está sendo contabilizado, mas a insuficiência do recurso é clara, uma
vez que a universidade já está em déficit de orçamento.
- Desde 2015, a UFMG viveu aproximadamente 40% de cortes orçamentários. No
caso dos recursos de capital, como as construções nos campus, o corte chega a
80%. Nosso orçamento em 2022 é inferior ao de 2009!
- Foi reafirmado que a prioridade são as políticas de assistência estudantil, as bolsas
de ensino, pesquisa e extensão.

Foi proposta elaboração de Nota do Conselho Universitário, que será redigida e


publicada amplamente!
Diversos professores/diretores de unidade expressaram sua preocupação com o
funcionamento das atividades nos seus prédios, que há alguns anos já estão sofrendo com
os cortes, e com isso reforçaram a necessidade de ampla mobilização da comunidade
universitária contra os cortes. O SINDIFEs, que representa os técnicos administrativos da
UFMG também expressou preocupação com mais um corte imposto pelo MEC e reiterou a
necessidade e compromisso com a mobilização da luta contra os cortes.
O DCE propôs que a pauta da regularização do voto discente nos órgãos colegiados
fosse adiantada, por ser a mais urgente para os estudantes. A pauta não foi adiantada e o
tempo da reunião não foi suficiente para iniciar a discussão do ponto. Reforçamos que
nossa pauta tem que ser a primeira do próximo Conselho Universitário, sem voto dos
estudantes nos espaços, a democracia da UFMG é mais fraca.
O DCE reforçou que os estudantes farão assembleia na próxima segunda-feira,
dia 10/09, às 17h, no Gramado da Reitoria. Vamos mobilizar um calendário de lutas para
derrotar esse bloqueio e para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas! Convidamos todo
mundo pra colar e se somar na luta em defesa da nossa universidade e da nossa
democracia!

Diretório Central dos Estudantes da UFMG


Gestão Esperançar a UFMG, Transformar o Futuro!
06 de Outubro de 2022

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