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Mobilizar, organizar e deflagrar a greve de ocupação

para defender o ensino público gratuito


Muito pode se pensar quando se fala de greve de ocupação e por isso é preciso esclarecer do que estamos
tratando exatamente. Em primeiro lugar, a greve no seu sentido mais genérico é entendida como a paralisação
voluntária dos trabalhadores das atividades laborais, que no caso do ambiente fabril paralisa a produção e gera
prejuízos, ou no transporte coletivo afetando a circulação da população, impedindo ou dificultado o acesso ao
local de trabalho, provocando prejuízos em diversos setores, como método para pressionar a patronal a atender
suas reivindicações. Quando se trata do contexto das universidades e escolas, a greve não atinge a produção
de mercadorias ou não gera prejuízos diretos para o Estado, a greve é um instrumento político para pressionar
os governos a atenderem uma pauta de reivindicações. As greves de professores, infelizmente, na maioria das
vezes, pela direção sindical oportunista se resumem à interrupção das aulas, fechamento das escolas e
universidades, provocando esvaziamento destes ambientes que poderiam ser transformados em palco de
crescente mobilização. Com a paralisação de todas atividades acadêmicas e escolares a mobilização vai
esvaziando ou arrefecendo aos poucos, favorecendo então os governos de turno, que passam a contar com a
desmobilização natural ocorrida durante o tempo para não atenderem as reivindicações nas negociações,
colocando a mesa apenas a questão do pagamento da greve por parte dos professores e funcionários, muitas
vezes obrigados a assinar acordos que trazem pouquíssimas conquistas.

As greves nas instituições públicas de ensino, que paralisam completamente as atividades e desmobilizam a
maioria da comunidade escolar ou universitária, acaba tendo convergência com o intuito do Estado em reduzir
custos, cortar verbas, pois com a instituição fechada, não há diversos gastos, contribuindo de forma
involuntária no objetivo do velho Estado de sucatear para logo privatizar o ensino público. Todos sabemos dos
objetivos do Estado a nível nacional e estadual quanto à educação: há décadas, sem tréguas, sofremos cortes
nas instituições públicas e investimentos milionários nas instituições privadas, seguindo à risca, de uma forma
ou de outra, a linha do sucatear para privatizar, ditada pelo Banco Mundial (BM) e pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI).

Nesse sentido, é interessante e atrativo ao Estado que sejam interrompidas as atividades presenciais na
universidade, pois é do seu interesse que cesse o investimento para essas instituições. Um exemplo desse
interesse foi justamente o período que tivemos de aulas à distância na UEM, que serviu de pretexto e propiciou
o corte de 75% no orçamento. Com a universidade fechada é menor o custo de energia, de água, de manutenção,
etc. Ademais, há tempos que para os professores essa se tornou quase que exclusivamente a única forma de
luta, que vem sendo reutilizada diversas vezes de forma que hoje há um desgaste palpável desta tática de luta.
Tal é o grau de desgaste que se tornou até piada o tempo adicional para se formar que um estudante de
universidade pública leva por conta das greves deste tipo. Não por acaso, esse modelo de greve também entra
em contradição com os estudantes que estão no final do curso, querendo se formar logo.

Também há que se ressaltar que nestas greves, via de regra não há quase nenhuma mobilização. É uma ou
outra manifestação que ocorre no início e logo se exaurem as forças e impera o silêncio e o imobilismo. Mais
que isso, são greves que em grande parte desmobilizam, pois esvaziam a universidade e o potencial de
atividades que poderiam fortalecer a greve. Estudantes de outras cidades viajam e os que moram na cidade
ficam em suas casas, bem como os professores. Por isso, chamamos essas greves pejorativamente de “greves
de pijama”, pois no essencial se resumem a ficar em casa e esperar. Na prática, verificamos seu fracasso e sua
ineficácia, pois via de regra seu desfecho é sempre a derrota das reivindicações dos professores ou um acordo
péssimo para estes, o que satisfaz o velho Estado.

Já as greves dos estudantes têm trilhado na história recente do nosso país outro caminho. Desde o início da
década passada, ganhou força a prática de ocupar os espaços onde se estuda (inclusive pernoitando neles) e
permanecer instalados durante o tempo de greve. Essa forma, ao contrário, tem dado repetidas mostras de
sucesso e vitória. Vejamos alguns exemplos:

A greve de ocupação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), em 2011, através desta tática foi a primeira
universidade federal a derrubar um Reitor e a conquistar a construção do RU. A greve de ocupação do
“bandejão” de 2017 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conquistou a reabertura do RU, na
qual os estudantes tomaram o bandejão em suas mãos e o colocaram para funcionar por mais de 40 dias,
mobilizando centenas de estudantes, professores e a comunidade externa, conquistando a reversão do seu
fechamento e dando uma verdadeira lição de organização e luta combativa. Outro exemplo, são as greves mais
recentes da UFPR (2021, 2022). Em 2021, em meio à pandemia de COVID-19, os estudantes ocuparam o
Restaurante Universitário para garantir sua reabertura, uma vez que a Reitoria o havia fechado,
impossibilitando a alimentação dos alunos e substituindo o direito ao RU por uma mísera bolsa de 200,00 para
aqueles estudantes que comprovassem não terem condições de se alimentar. 3 dias após a ocupação foi
anunciada a data de retorno do restaurante para o mês seguinte, comprovando a eficácia da ocupação, que
mesmo em meio à pandemia pode se desenvolver e conquistar as reivindicações estudantis sem ter um único
caso de covid-19 entre os ocupantes, que adotaram protocolos rígidos de higiene. Em 2022, após sucessivos
cortes orçamentários que ameaçavam a continuidade das aulas de campo dos cursos de Geologia, Geografia,
Biologia e Agronomia da UFPR, estudantes ocuparam o Edifício João José Bigarella, no campus Politécnico
e lá resistiram durante 9 dias contra a burocracia universitária, garantindo a continuidade das aulas, a
possibilidade de aumentar seu orçamento no ano de 2023 através de uma comissão paritária e o fim definitivo
das aulas à distância na UFPR toda.

Na UFGD, a qual os estudantes da FAIND ocuparam a reitoria e garantiram a manutenção do transporte escolar,
além de ter logo depois proporcionado a substituição do reitor interventor por um do grupo mais votado na
eleição.

Atualmente no estado de São Paulo a USP de Ribeirão Preto e o IFSP se encontram ocupados contra os
cortes de verbas, a falta de professores e o aumento no preço do RU.

Mas o exemplo mais latente na nossa memória recente são as históricas e inigualáveis ocupações das escolas
e universidades de 2016 no Paraná, na luta contra a “reforma do ensino médio” e a PEC 241/2016 e em São
Paulo contra o fechado de dezenas de escolas em 2015. Estas ocupações, cujo epicentro ocorreu no nosso
estado, são históricas pois sacudiram o Brasil, mobilizando centenas de milhares de estudantes e professores,
ocupando mais de mil escolas e são inigualáveis pois foi o maior movimento de ocupações de escolas e
universidades do mundo!

Essa onda massiva de ocupações foi muito importante por dois motivos. Em primeiro lugar, ao invés de
simplesmente fechar a escola, os estudantes ocuparam seu espaço e passaram a realizar diversas atividades em
seu interior, como debates, oficinas, pintura e manutenção das escolas e, é claro, de mobilização política dentro
e fora dela com panfletagens, manifestações, atividades culturais etc. Isso demonstrou o compromisso
verdadeiro dos estudantes para com a educação e o direito de ensinar e aprender, pois se dedicaram e se jogaram
para organizar todas as demandas da organização de uma ocupação, que não são poucas e exigem muita
disposição!

Quanto a isso, é preciso destacar que nas escolas ocupadas existia uma luta por realizar atividades no seu
interior e por fazer a escola não se esvaziar. Isto também está relacionado com a longuíssima duração que
muitas ocupações tiveram, que desgastaram muito os estudantes que estavam a frente e não conseguiram evitar
o esvaziamento, que quanto mais tempo passa a greve, mais corre o risco de se esvaziar.

Em segundo lugar, em consequência do colocado acima, angariaram apoio massivo de professores, familiares
e do povo em geral, que compreendeu o interesse legítimo e verdadeiro das mobilizações estudantis. O clima
de solidariedade com as ocupações era palpável, o povo se mobilizava para levar colchões, sacos de dormir,
micro-ondas e principalmente toneladas e mais toneladas de alimentos para sustentar as ocupações por meses!

Por muitas vezes, com o passar do tempo, por mais que alguns poucos estudantes dormissem nas ocupações,
o apoio continuou muito grande. Essa grande onda de mobilização estudantil, chamada por alguns de
“primavera estudantil” foi um dos movimentos políticos mais importantes da última década e serviu
literalmente de escola de luta e organização para centenas de milhares de estudantes, mobilizando e politizando
grandes camadas da juventude do nosso povo. Não cabe analisar aqui a fundo o porquê das ocupações não
terem conseguido barrar a “reforma do ensino médio” e a PEC 241/2016, o que demandaria que a mobilização
se alastrasse por todo o país. Mas é preciso ressaltar que sua derrota não ocorreu devido à tática de luta, senão
à ação combinada do oportunismo (UNE/UBES) com as desocupações violentas e truculentas da polícia militar,
que deixaram um saldo de mais de 200 feridos. Vale a pena lembrar também que o movimento de 2016 foi
precedido do movimento de ocupações “não feche minha escola” em 2015, que conseguiu reverter o
fechamento de diversas escolas, principalmente em São Paulo.

As ocupações de 2016 nos legaram uma mobilização e politização muito grandes de toda uma geração, que
não pode ser esquecida e ignorada, e muitos jovens que eram secundaristas na época hoje estão na universidade
e guardam consigo essa experiência de organização. Além disso, elas representaram a popularização da forma
de luta da greve de ocupação, como tática de luta que as massas estudantis encontraram para defender seus
direitos e que chacoalhou e o Brasil.

O exemplo mais recente que temos da aplicação vitoriosa da greve de ocupação ocorreu em junho deste ano,
no Mato Grosso do Sul, na Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD), Faculdade Intercultural
Indígena (FAIND). Frente ao bloqueio de verbas de R$ 7 milhões sofrido pela UFGD, os estudantes ocuparam
a Reitoria, organizaram comissões de limpeza, organização, segurança e alimentação. Dentro da ocupação, não
foram interrompidas as atividades, mas foram transformadas e potencializadas pela ocupação, sendo realizadas
uma série de atividades diferentes, dentre elas: apresentação pública de TCC com banca examinadora, aulas
públicas sobre a questão orçamentária e outras questões -- todas contando com a passagem de listas de presença
pelos professores, demonstrando solidariedade à luta estudantil --, apresentações musicais com canções e
composições regionais indígenas, danças juninas etc.

Além disso, é claro, foram realizadas manifestações e passeatas para divulgar e denunciar os ataques contra a
universidade. No segundo dia de ocupação, a Reitoria da UFGD – que era dirigida por uma interventora do
governo de Bolsonaro e generais, ferindo a autonomia e democracia universitárias – modificou o trajeto do
ônibus que levaria os estudantes do alojamento para o prédio ocupado, de forma a evitar que os estudantes se
reunissem na ocupação. Em resposta a isso, os discentes que estavam no ônibus, em coordenação com os da
ocupação, interceptaram o ônibus com faixas na rodovia e forçaram a sua parada próxima a ocupação e saíram
em passeata até a instituição ocupada.

Os estudantes permaneceram 3 dias ocupados e pernoitando na universidade até a emissão da reintegração de


posse. Foi realizada assembleia e os estudantes decidiram se retirar. Entretanto, o fizeram com o ânimo elevado,
deixando uma faixa escrita “voltaremos mais fortes e preparados”, deixando claro que, se houver necessidade,
ocorrerá nova ocupação.

Todas essas experiências nos dão importantes lições sobre o que é uma greve de ocupação e de como devemos
conduzi-la. Em síntese, é uma greve, uma mobilização estudantil que toma conta de determinado espaço físico
da universidade e nela, ao invés de cessar as atividades acadêmicas, muda a forma dessas atividades,
transformando-as em atividades de mobilização, politização e protesto pelas pautas reivindicadas. Essa é a sua
essência, que se contrapõe à greve de pijamas que acaba com as aulas, esvazia a universidade e impossibilita
a mobilização e o protesto. Ao invés de fazer a universidade parar, ela muda o caráter e a forma de suas
atividades, que agora tem um foco único comum: a luta pelas nossas reivindicações e também buscando
defender e ampliar a democracia e autonomia na universidade instalando a Assembleia Popular da
comunidade acadêmica que passará a definir os rumos da universidade durante todo o processo de
mobilização.

Ao nosso entender ela potencializa mais ainda o ambiente acadêmico com mais vida e atividade, e suas
perspectivas são animadoras e estimulantes. Por exemplo: podem ser realizadas aulas ministradas por
professores e estudantes sobre como os cortes estão afetando especificamente seus respectivos cursos e
demonstrando a necessidade da mobilização; podem ser apresentadas a todos pesquisas que estão sendo
realizadas na universidade e como os cortes as afetam; apresentações de trabalhos e pesquisas de estudantes
para cursos diferentes; apresentações culturais, etc. Não é possível antecipar todo tipo de atividade que pode
ser realizada e, de forma geral, está em nossas mãos e em nossa criatividade as atividades que podemos propor
para impulsionar o movimento.

Deve ficar bem claro também que são necessários atos e mobilizações para fora da universidade, para
denunciar os cortes e mostrar nossas pautas para o povo, para ganhar à opinião pública favorável a nós e
minar e pressionar o governo para atender nossas reivindicações. Não podemos nos isolar, tanto dos outros
estudantes que não participariam do movimento de imediato, quanto da população em geral, cujo apoio é
indispensável.
Isso nos leva a outros pontos e a outras considerações:

1 - Sobre a questão de pernoitar na ocupação. A maioria dos exemplos acima utilizaram essa prática. Todavia
é preciso considerar que o número de pessoas que dorme numa ocupação é sempre muito reduzido, comparado
ao número de pessoas no prédio durante o dia e acontece com bastante desgaste para quem o faz. Na prática,
as atividades relevantes ocorrem durante o dia, a ocupação propriamente dita ocorre durante o dia, nas
atividades, no qual participam um número maior de estudantes. Também, como dito acima, a condição para a
continuidade da ocupação é o apoio que ela recebe, tanto dos estudantes em geral, como da população em geral.

Esse apoio é um apoio logístico geral, como expresso nas ocupações de 2016, com as doações de alimentos e
todo material necessário para realizar uma ocupação, impossível de ser adquirido apenas pelos estudantes que
irão pernoitar no prédio. E também é o apoio político, de opinião pública favorável à ocupação, descrito acima,
que vai ditar o sucesso ou fracasso da ocupação, pois a ele está relacionado a pressão maior ou menor ao
governo e à universidade. Desta forma, concluímos que é mais importante para a ocupação essa opinião pública
favorável do que pernoitar no prédio. Da sorte da ocupação depende mais esta opinião do que a pernoite, porém
em alguns casos a ocupação pernoitando é importante para garantir a continuidade da mobilização e ao mesmo
tempo interromper o funcionamento regular do ambiente ocupado, assim sendo podemos ocupar centros de
ensino, prédios da universidade, reitoria, interromper seus funcionamentos regulares e colocá-los a serviço da
mobilização, instaurando uma “boa desordem”, ou seja a desordem do Velho Estado e seu burocratismo e a
ordem das massas estudantis em luta, exercendo uma verdadeira democracia universitária, que garanta a
limpeza adequada dos ambientes, a preservação dos patrimônios e ao mesmo tempo de intensa mobilização e
agitação política.

Quer dizer então que devemos rejeitar pernoitar no prédio da instituição? De forma alguma. É impossível ter
uma fórmula única para agir em todas as situações. Cada caso deve ser avaliado. Devemos concluir que a
pernoite, contudo, não é imprescindível para a realização da ocupação, até porque ela “acontece de verdade”
durante o dia. Mas não podemos dispensá-la como ferramenta e arma a ser utilizada a nosso favor.

2 – Sobre a duração das ocupações e o objetivo de nossa luta. Devemos nos atentar que os exemplos de
ocupações que observamos variam em relação ao tempo de duração. Enquanto algumas podem durar meses a
fio, outras duram poucos dias. Qual delas devemos escolher? Novamente a resposta não está dada na teoria,
senão que devemos avaliar cada caso de acordo com nossa pauta de reivindicações, do grau de mobilização e
também da situação política dos governantes. A duração da ocupação está relacionada ao objetivo e à condução
de nossa luta em geral. Não podemos entender a ocupação como um fim, mas como um meio para nossos
objetivos. Por isso não devemos necessariamente depositar todas nossas fichas e nossas energias na greve de
ocupação de antemão ou por princípio.

Ela é sim, a tática mais efetiva, mais adequada, mais avançada, como comprova a história das nossas lutas
mais recentes, mas ela deve estar subordinada aos nossos objetivos gerais, que são a conquista das nossas
reivindicações. Não podemos inverter essa ordem: A ocupação é uma tática e esta e as demais táticas estão
subordinadas aos nossos interesses, às nossas reivindicações. Ou seja, jamais podemos colocar uma tática
como princípio, mas utilizar de todas conforme melhor nos servem na luta pelos nossos direitos, pelas
nossas reivindicações. Se não entendemos isso, corremos o risco de travar a todo custo uma grande batalha
decisiva pela ocupação e exaurir nossas forças e extinguir o movimento de forma prematura. Até porquê, nada
impede de ser realizada uma reocupação no futuro, como vimos no caso da FAIND, que deixou claro:
“voltaremos mais fortes e preparados!”, ou seja, a ocupação é um meio e não um fim.

Portanto devemos saber qual a melhor conduta para cada momento, sempre avaliando politicamente essa
questão dentro da própria ocupação, tomando em conta o máximo de fatores possíveis (como o calendário
acadêmico, por exemplo), flexíveis em nossas táticas, mas rígidos em nossos princípios de comprometimento
com a defesa do ensino público e gratuito. Por isso não devemos descartar também ocupações rápidas,
relâmpago, por assim dizer, que podem se repetir, até mesmo para driblar as reintegrações de posse e se
aproveitar da lerdeza da burocracia do estado quanto a isso. Vale afirmar também, que quanto maior o tempo
de ocupação, maior a energia necessária a ser dispensada e quanto mais tempo passa, maior a tendência ao
esvaziamento, por isso ao deflagrar a greve devemos jogar toda energia na mais ampla mobilização, pois nossa
força está na mobilização e organização, a partir dela definimos os rumos da luta e quanto mais forte for, mais
chances de conquistar nossas reivindicações.

Por isso, conclamamos os estudantes a pensar e principalmente agir para concretizar grandes mobilizações e
uma poderosa greve de ocupação, como ferramenta robusta de mobilização e politização e a rechaçar a surrada
e podre greve de pijama. Devemos propagandear a necessidade desta greve e da mobilização estudantil em
toda universidade. Que todos os estudantes e professores pensem sobre o assunto, discutam e estejam inteirados
para tomar uma decisão justa e acertada quanto às nossas táticas de luta pela educação. Da generalização desta
discussão depende o sucesso da nossa greve de ocupação, nosso movimento e a conquista de nossas
reivindicações!

Levantemos alto a bandeira de luta e da greve de ocupação e não duvidemos nem um só momento da nossa
força e poder de mobilização! Temos total condição de sacudir nossa universidade, nossa cidade,
conjuntamente com outras universidades todo o Paraná e também todo o país. Nossa história nos prova e
demonstra, até aos mais pessimistas, que isso é possível. Depende em primeiro lugar de nós. Nos alcemos à
luta com grande otimismo, vontade e decisão, pois nossa sorte depende disso!

Avante juventude, a luta é o que muda, o resto só ilude! Se levantam em todo país estudantes lutando contra o
corte de verbas! Estejamos certos, otimistas e convictos, nenhuma luta é ganha sem a crença na vitória!

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