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MANUAL DE
CALOURES
MEP ETEC FERNANDO PRESTES
POR
UMA
“A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto!”
Darcy Ribeiro
O governo de Bolsonaro combinou uma política econômica ultraliberal com utilização de métodos
fascistas, como a disseminação de propaganda falsa baseada na intolerância política e ideológica. A
finalidade disso é ocultar a onda ainda mais brutal de expropriação das riquezas nacionais,
privatizações e ataques aos direitos da classe trabalhadora, sob interesses das elites e do
imperialismo.
Nesse contexto, a educação se tornou um dos principais alvos dos ataques desse governo. A
constante ameaça do fim das bolsas e das cotas, os cortes de investimentos em pesquisas, a
perseguição aos professores, dentre outras medidas, se intensificaram. No entanto, não é correto
dizer que Bolsonaro quis acabar com a educação. Na verdade, a classe dominante se interessa
justamente por impor um projeto específico de educação, que se opõe ao projeto de uma Escola
Popular. Já na conjuntura atual, com o governo Lula, mesmo com alguns tímidos avanços, a lógica
continua a mesma. Por meio de medidas que não visam a quebra com o sistema capitalista, Lula não
tem se preocupado em chamar os movimentos populares para as ruas em sua defesa e prioriza os
acordos com o dito “centrão”.
Em sua história, o movimento estudantil cumpriu o importante papel de ser ferramenta de luta da
juventude para a defesa de seus interesses. Acreditamos que esse é um momento de juntos
fortalecermos, construirmos e massificarmos nossas entidades representativas, para resistirmos às
ofensivas do governo e conquistar avanços rumo ao ensino popular.
Nesse sentido, apresentamos aqui o Manual de Caloures do Movimento por uma Escola Popular que
se divide em 4 partes:
. ENTIDADES REPRESENTATIVAS
2
GRÊMIOS, CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMA (CRT), UNE, & UBES
TESES DO MEP PARA A UBES
Entendemos que o modelo de ensino em vigor têm servido para legitimar os interesses das
classes dominantes no Brasil. O fato da Etec ser pública e gratuita disfarça a real disputa de
interesses que ocorre na instituição. A Etec que temos tem, sim, ampliado o acesso, formado
mais profissionais, feito mais pesquisas, desenvolvido tecnologia e ciência e, nos marcos do
desmonte do Estado, tem feito isso com eficácia. Por outro lado, a insuficiente verba dos fundos
públicos faz com que sua sustentação seja completada pelos mecanismos privatistas (diretos ou
indiretos) das Fundações, Instituições de Fomento ou de financiamento direto das empresas
privadas — e algumas ditas públicas. Dessa forma, seu currículo e seus trabalhos de pesquisa
ficam sempre sujeitos ao interesse do mercado.
Se entendemos a Etec como aparelho privado dos grandes empresários, local de reprodução do
saber, da formação profissional e da ideologia dominantes é um instrumento da classe burguesa,
qual o papel de um movimento em luta por uma Escola Popular? Não pode ser a pretensão de
que se altere esse caráter no âmbito escolar sem que se alterem seus fundamentos, ou seja, as
relações sociais de produção capitalistas. Nesse sentido, o Movimento por uma Escola Popular
é um movimento contra-hegemônico, anticapitalista e socialista.
Não podemos impedir, hoje, que as classes dominantes expressem seus interesses no fazer
diário da Escola, mas temos o dever de apresentar ali os interesses dos trabalhadores. Devemos
afirmar, parodiando Brecht, que ali onde a burguesia fale, os trabalhadores falarão, ali onde os
exploradores afirmem seus interesses, os explorados gritarão seus direitos, ali onde os
dominadores tentarem mascarar sua dominação sob o véu ideológico da universalidade, os
dominados mostrarão as marcas e cicatrizes de sua exploração.
Na prática, isso significa uma defesa intransigente do caráter público da escola contra suas
deformações mercantilizantes e privatistas em curso; não uma convivência formal entre ensino
e pesquisa, mas sua efetiva integração; a recusa em aceitar uma formação profissional
rebaixada convivendo com as ilhas de excelência, mas tomar de assalto o templo do saber e
dotar de toda a complexidade e riqueza do conhecimento como condição de execução das
diferentes frentes de ação profissional; romper os muros universitários não para levar
conhecimento aos “menos favorecidos”, mas para constituir uma unidade real com a classe
trabalhadora e suas reais demandas, em busca pelo conhecimento que garanta a saúde e a vida
dos nossos, e não o acúmulo do capital.
O MEP
Nesse sentido, nós estudantes, junto de professores, técnicos e terceirizados de diversas
escolas do país, que levantamos essas bandeiras na luta por uma escola verdadeiramente
popular, construímos o Movimento por uma Escola Popular (MEP), com o papel de disputar o
ambiente escolar, representando os interesses dos e das trabalhadoras, pautando a
integração do colégio com estes e organizando o meio escolar nas lutas contra o capital.
É necessário intensificar essas ações, por isso convidamos todos estudantes a se somarem
nas mobilizações por uma Etec e por uma escola pública, gratuita, inclusiva, de qualidade e
socialmente referenciada - uma ESCOLA POPULAR!
@mep.nacional
@mep_nacional
@mep.nacionalbr
2 - ENTIDADES REPRESENTATIVAS
O Movimento Estudantil (ME) tem como papel representar os estudantes e junto a eles lutar
pelos direitos e garantia da permanência e assistência no meio acadêmico. O ME se divide
em graus de representações:
GRÊMIOS ESTUDANTIS
Os Grêmios estudantis representam os estudantes em cada escola. São as primeiras
instâncias dos estudantes frente ao colégio, responsáveis por deliberar questões do dia a
dia dos estudantes e do ambiente escolar. Além disso, os grêmios também têm o papel de
construção da resistência em espaços extra-institucionais, como construção de atos e
eventos políticos. Apesar de sua importância na representação discente.
CRT - CONSELHO DOS REPRESENTANTES DE TURMA
O Conselho de Representantes de Turmas (CRT) é a instância intermediária de deliberação
do Grêmio, é o órgão de representação exclusiva dos estudantes, é constituído somente
pelos representantes de turmas, eleitos anualmente pelos estudantes de cada turma.
UNE
Fundada em 1937, a UNE é a entidade máxima de representação
estudantil no Brasil. Historicamente cumpriu o papel de organizar
os estudantes para resistência, como fez durante a ditadura do
Estado Novo e durante a Ditadura Empresarial-Militar. Refundada
em 1979, contribuiu no processo de abertura democrática e nas
lutas contra as ondas neo-liberalizantes dos anos 90, mas hoje
encontra-se aquém do grau de mobilização que precisamos nesta
grave conjuntura.
O Movimento por uma Escola Popular luta por uma UNE mais presente no dia a dia dos e
das estudantes, e por uma construção de uma forte resistência que represente o interesse
da juventude trabalhadora, sem acordões feitos por “cima”, desmobilizando nossa luta nas
bases estudantis.
UBES
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) representa
os estudantes de instituições de ensino fundamental, ensino médio,
ensino técnico e ensino pré-vestibular do Brasil. Foi fundada em 25
de julho de 1948 na praia do Flamengo, no Rio de Janeiro.
O Movimento por uma Escola Popular luta por uma UBES combativa
e de volta às bases, as teses apresentadas pelo MEP no 44°
CONUBES estão dispostas na próxima página.
O MEP compreende que não é possível ter uma faceta combativa da União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas sem antes criar uma independência política da entidade, sem que
a mesma precise se escorar em governos ou juventudes para funcionar, mas sim que
represente as necessidades materiais dos estudantes.
Concebemos que a luta estudantil deve ser vista com seriedade e deve ser regrada de uma
forma popular, fazendo assim com que a entidade reflita fidedignamente o cotidiano
estudantil.
"É preciso endurecer, mas sem jamais perder a ternura." - Che Guevara
TESES DO MEP PARA A UBES:
Fazer essa experiência ser mais palatável é também função do MEP, tendo em vista que já
se tem uma ofensiva ostensiva do capital em cima do estudante e do trabalhador brasileiro.
Direção – e016dir@cps.sp.gov.br
Diretoria Acadêmica – e016acad@cps.sp.gov.br
Secretaria – secretaria.fernandoprestes@etec.sp.gov.br
Coordenação Pedagógica – acidalia.moretti@etec.sp.gov.br
Orientação Educacional – orientacao.fernandoprested@etec.sp.gov.br
Associação de Pais e Mestres – apm.fernandoprestes@etec.sp.gov.br
OS MASCOTES
Os mascotes são titulados por SALA, ou seja, um EM sempre terá 3 mascotes por ano,
exceto em situações excepcionais como fechamento ou fundação de EM por parte do Centro
Paula Souza.
Normalmente os EMs buscam seguir um padrão de mascote ou buscar fixar um período por
mascotes que sigam a mesma linha de raciocínio. Um exemplo é o EM3 que agora (2020 -
2023) fecha um ciclo de mascotes místicos. Portanto é interessante perceber a
dinamicidade dessas escolhas e conceber que elas devem ser espontâneas e em grupo, de
forma democrática e inclusiva.
CARTERINHA ESTUDANTIL
Antes de tudo é necessário dizer que, caso o estudante não disponha de meios financeiros
para adquirir a carterinha de estudante (que custa R$ 15,00) ou simplismente não queira a
carterinha, ele pode solicitar a declaração de matrícula, que é valida por 30 dias a partir da
data de expedição.
Mas, caso deseje obter uma carteirinha plástica, do tipo, mande um e-mail para
e016.apm@etec.sp.gov.br, com os seguintes dados e providências:
Dados:
1 - Nome Completo
2 - Curso (identificação completa)
3 - Data do início e do fim do curso
4 - No. R.M.
5 - Data de Nascimento
6 - Numero do R.G.
Providencias:
1 - anexar no e-mail:
BANCO DO BRASIL
AGENCIA: 6962-0
CONTA CORRENTE: 40.932-4
APM da Escola Técnica Estadual Fernando Prestes
PIX: 50338391000127
Prazo de entrega: as carteirinhas solicitadas até 5ª. Feira da semana serão entregues na
semana seguinte (desde que tenha, no mínimo, três pedidos), pelo Setor de Reprografia
(xerox).
NOME SOCIAL
Desde 2014 o Centro Paula Souza dá os devidos suportes para quem quer utilizar do nome
social nas vias oficiais, no entanto, se torna necessária a assinatura e ciência dos
responsáveis do estudante. Por outro lado, pelo menos na Etec Fernando Prestes, caso o
estudante queira utilizar de nome social é possível conversar com os professores e explicar
a eles a situação, caso haja relutância por parte do profissional o estudante é incentivado a
falar sobre o caso aos militantes do MEP FP, as medidas cabíveis serão tomadas.
VAGAS DE EMPREGO
No site da Etec Fernando Pestes tem uma aba com vagas de emprego para os estudantes
que deseja trabalhar na área do seu técnico como aprendizes, estagiários ou efetivos. A
página é constantemente atualizada e é uma ótima pedida para aqueles que querem se
inserir no mercado de trabalho.