Você está na página 1de 4

Entrevista Gabriela Moreschi

Nascida em 1994 em Maringá, Paraná, Gabriela Dias Moreschi, saiu de sua cidade
natal aos 16 ano em São Paulo no time de Jundiaí, se tornando a mais nova goleira da
região, com uma temporada no time, Gabi já foi ao time norueguês
Flint Tønsberg Håndbal, aonde ganhou sua primeira Copa Norueguesa em 2016, no
ano seguinte, mesmo com o título, a brasileira passou a atuar pelo Larvik HK, também
da Noruega, sendo campeã da liga novamente e vice no ano seguinte, nesse mesmo
ano (2018) Gabriela junto com as meninas da seleção conquistaram o Campeonato
das Américas Sul e Central, campeonato sediado no Brasil, e os jogos Sul Americanos
na Cochamba na Bolívia, em 2019 atuou pelo Măgura Cisnădie, aonde atuou uma
temporada, porém na temporada seguinte, se transferiu para aventuras na França pelo
Fleury Loiret HB, nesse time, concorreu ao premio de melhor goleira da França, a qual
ganhou nos votos populares, competindo com nomes como Sakura Hauge e Sandra
Toft. Agora, vamos as peguntas.

Redação: Como você descobriu o handebol e de onde veio essa paixão pelo
esporte?
Gabriela M.: Eu descobri o handebol, por que aonde eu nasci, em Maringá no
Paraná, esse esporte é muito forte nas escolas e tem até um clube de Handebol, e um
dia, um professor chegou em mim e perguntou se eu tinha interesse nessas aulas,
comecei como uma brincadeira e fui me apaixonando
Redação: Quando que você decidiu que iria se tornar profissional e que iria
viver disso, você imaginava que teria a carreira que você tem hoje mesmo sendo tão
jovem?
Gabriela M.: Eu decidi que iria me tornar profissional com 16 anos, foi quando
eu aceitei um convite de um time de São Paulo e ficar longe dos meus pais, eu já
gostava muito do esporte, a partir desse momento eu decidi que iria levar a sério o
esporte levando ele como prioridade. Eu nunca imaginei que as coisas seriam tão
rápidas quanto foram, de repente eu já estava na Seleção, fui crescendo no meio, fui
em países estrangeiros e não imaginei que isso iria tomar essa proporção.

Redação: Com essa sua decisão de se tornar profissional, e de ser a Gabi


Moreschi que conhecemos, como foi o apoio da sua família com isso?
Gabriela M.: O apoio da família foi fundamental nessa decisão, minha mãe
apoiou muito minha decisão, até fiquei surpresa, por causa que eu tinha 16, mas a
família em si sempre foi muito apoiadora, sempre torceu, sempre me acompanharam,
não importa aonde eu esteja, o apoio da família é fundamental, e eu tive sorte de ter
uma que me apoia tanto assim
Redação: Agora uma pergunta bem interessante, qual foi sua melhor
experiencia com o handebol? Um jogo, um campeonato, uma jogada, uma viagem,
uma amizade.
Gabriela M.: Eu tive muitas experiencias que esse esporte me proporcionou,
como você disse, hoje eu tenho muitas amigas que vieram por causa do handebol, por
mais que eu ainda tenha as amigas do Colégio e tudo mais, só que o handebol me
trouxe pessoas que eu já morei junto, joguei junto e que eu tenho uma confiança
extrema, também, já conheci o mundo inteiro, vivi muitos lugares, culturas totalmente
diferentes, hoje eu sei que ganhei muitas responsabilidades devido ao handebol, muita
organização, muito foco, isso é impagável, o handebol é tudo na minha vida.

Redação: Eu também queria saber, como foi sua primeira convocação, o que
você sentiu durante aquele momento?
Gabriela M.: Eu me lembro muito bem daquele momento, eu já tinha ido em
algumas seleções de base, até meus 21 anos, mas meu sonho sempre foi a seleção
principal, quando chegou o e-mail, eu fiquei muito feliz, eu estava realizando um sonho
mesmo, é uma sensação de gratidão que eu tenho até hoje, contei pra toda família,
chorei bastante e tudo mais, fiquei um pouco nervosa mas eu sabia que era só por em
pratica o que eu aprendi e jogar o meu jogo que tudo daria certo, mas mesmo assim,
toda convocação eu tenho aquele frio na barriga e o nervosismo de atuar pela seleção,
muitas vezes pelos jogos importante e as minhas amigas que estão lá

Redação: Com tudo isso que você conquistou, o que você promete pro futuro,
quais são as suas metas na sua carreira?
Gabriela M.: Minha primeira meta pro futuro é jogar as olimpíadas, sempre foi o
meu sonho desde que eu comecei no handebol, e agora que foi adiado, por causa
desse problema todo, ano que vem essa é a minha meta, eu estou muito focada,
atualmente eu estou tentando ser a melhor goleira da França e ser campeã pelo meu
time, principalmente agora que a gente vai participar da Liga Europa, a cada
temporada é uma meta diferente, eu acho que isso é a chave pra conquistar o que
você quer, uma coisa de cada vez

Redação: Agora eu queria saber, três pessoas que te inspiram.


Gabriela M.: eu admiro muitas jogadoras, eu tento tirar um pouco de cada uma
para colocar no meu caminho, na minha carreira, mas atualmente eu tento olhar
bastante as atletas brasileiras, elas passam tudo que eu passo, mesmo sendo muito
diferentes a gente passa por muita coisa parecida, admiro muito as veteranas da
seleção, as da minha idade mesmo, que lutam todo dia pra estar lá, já que o handebol
não é muito difundido no Brasil, muitas tentam jogar fora do país, eu admiro muita
gente, mas em principal eu estou tentado seguir minhas parceiras de seleção que
jogam nos maiores times do mundo, a Barbara, que divide o gol comigo, Deunise,
pessoas que estão a muito tempo no handebol e passaram por muita coisa.
Redação: Uma coisa que eu queria saber é se a alegria brasileira contaminou o
vestiário do Fleury Loiret com aquele esquadrão verde amarelo com você, Bruna de
Paula e Patricia Diane
Gabriela M.: Com certeza, toda nossa empolgação e alegria dentro do
vestiário, nossa animação é sempre contagiante, as meninas francesas adoram
nossas musicas e danças, eu nunca fui uma boa dançarina mas a energia contaminou
sim o vestiário, a gente tentava trazer isso pro vestiário, para dar uma motivada no
time, e a gente sempre escutou que a nossa energia é única e muito alegre.

Você também pode gostar