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INTRODUÇÃO
Algum momento de nossa vida, uma relação próxima com crianças pequenas.
Essa relação ocorre por motivos diversos e proporciona-nos diferentes níveis
de conhecimento do mundo infantil. De toda maneira, provavelmente
estaremos de acordo que, no decorrer do período que vai desde o nascimento
até os seis anos, ocorrem mudanças evidentes, espetaculares, bastante visíveis,
que nos permitem considerar que as crianças pequenas cada vez mais formam
parte de nossa cultura e de nossa comunidade e que, a cada dia, vão-se
tomando mais parecidas com as pessoas adultas.
O que provavelmente se tornaria mais difícil para a maioria das pessoas seria
explicar por que e como ocorrem tais mudanças nas crianças pequenas; qual é
o papel e a influência das pessoas adultas que as rodeiam; ou qual é o papel da
herança nas capacidades que uma criança de seis anos manifesta. Essas são
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Mas ainda não se nota um consenso geral de que se deve exigir a mesma
qualidade na educação infantil quanto de qualquer outro nível de ensino. A
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Estas, como era de se esperar, tiveram mais sucesso na escola até o início da
vida adulta. Com isso, os pesquisadores forneceram provas científicas de que a
educação infantil favorece as conquistas educacionais. Resta convencer as
autoridades a investirem nessa modalidade, para que não se desperdice a
oportunidade de desenvolvimento oferecida pelos primeiros anos, ou meses de
vida.
Levando em conta que é nas creches e pré-escolas que muitas crianças passam
a maior parte do dia, é essencial que sejam atendidas por profissionais que
lidem bem com todas as nuances da educação infantil, que saibam o que (e
como) estimular numa criança em determinada idade. É preciso, sobretudo,
chamar os pais à escola, fazê-los participar do processo, para que eduquem
seus filhos com maior segurança e sintam sua responsabilidade dividida com
gente que entende do riscado.
Sabe-se, por exemplo, que, aos três anos, a criança já tenta comer e se vestir
sem ajuda, coopera em algumas tarefas e apreende o sentido de palavras
estrangeiras. Aos quatro, espontaneamente se socializa. Aos cinco, assume
responsabilidades, auxilia na arrumação da casa ou sala de aula e se torna
curiosa pelo mundo à sua volta. Aos seis, toma conta de crianças menores,
canta e conta histórias.
Parece uma tarefa sem maiores segredos, mas nem todos os professores, por
culpa de sua formação precária, sabem como fazer. Além disso, não são poucas
as creches e pré-escolas de bairros pobres ou municípios distantes que
sobrevivem como podem, às custas da boa vontade de pessoas cuja função se
resume a olhar as crianças enquanto a mãe trabalha. Até que elas são jogadas
na primeira série do ensino fundamental onde, muitas vezes, ficam retidas, por
terem faltado os primeiros estímulos necessários à aprendizagem. Mas isso se
tornará coisa do passado assim que governo e sociedade se conscientizarem de
que crianças não nascem aos sete anos de idade, e reconhecerem a educação
infantil como a primeira, e fundamental, etapa da educação básica.
Quando uma criança nasce, recebe de seu pai e de sua mãe uma informação
genética que lhe permite fazer parte da espécie humana: traços morfológicos,
um sexo definido, algumas capacidades de desenvolvimento que estão inscritas
em determinada constituição do cérebro e um calendário de maturação. Todos
os recém-nascidos têm duas pernas, dois braços, traços faciais de seres
humanos e um sexo determinado. Esses são os traços característicos que
externamente o identificam como um ser humano.
fortemente moduladas pela parte fechada do código genético. Por outro lado,
é difícil que todas as crianças consigam um desenvolvimento da linguagem em
toda a sua amplitude sem estimulação do meio que permite a sua utilização em
todas as suas funções e usos, já que a linguagem está regulada pela parte
aberta do código genético.
Assim, por exemplo, um menino de um ano pode colocar uma peça em cima da
outra e fazer uma torre somente se a pessoa mais capaz do que ela
acompanhar sua mão. Ou, então, uma menina de dois anos poderá contar os
dois pedaços de carne que tem para comer, se a pessoa mais capaz ajudar-lhe.
contando com ela. Ou, ainda, um menino de três anos poderá pôr a mesa, na
escola, se sua professora disser como deve proceder.
A partir desses exemplos, podemos dizer que tudo o que a criança pequena
sabe fazer com a ajuda, a orientação e a colaboração de pessoas mais capazes
é o que Vygotsky denomina nível de desenvolvimento potencial. Aquilo que a
criança pequena já é capaz de fazer sozinha no mesmo momento pode ser
considerado o nível de desenvolvimento efetivo. Aquilo que a criança pequena
sabe trazer com a ajuda de outras pessoas mais capazes e não sozinha,
Vygotsky destaca que acontece porque algumas funções não estão totalmente
desenvolvidas, mas estão em desenvolvimento; portanto, a aprendizagem que
a criança pequena faz, praticando esses aspectos juntamente com uma pessoa
mais capaz, é o que lhe permitirá chegar a desenvolver algumas capacidades
pessoais que poderá exercer sozinha mais adiante.
A descoberta de si mesma.
A intercomunicação e as linguagens.
É preciso destacar que essa é uma terminologia muito útil para o ensino
fundamental e também interessante para a educação infantil . Às vezes,
porém. apresenta algumas dificuldades nos conteúdos trabalhados na creche e
na pré-escola. Em termos gerais, para todo o sistema educativo, tem a
vantagem de permitir ir mais além na polêmica de “se a escola deve ensinar
conceitos ou incidir nos processos de aprendizagem”.
BIBLIOGRAFIA
FARIA, A.L. et all. Educação Infantil Pós-LDB: rumos e desafios. São Paulo:
Autores Associados, 1999.
Sujeito epistêmico
Esse conceito reúne saberes da Biologia, da Psicologia e da Filosofia para
explicar como todos podem aprender e como a inteligência se desenvolve
Esquemas de ação
São as formas como o ser humano interage com o mundo. Nesse processo, ele
organiza mentalmente a realidade para entendê-la, desenvolvendo a
inteligência.
Conhecimento prévio
A expressão designa os saberes que os alunos possuem e que são essenciais
para o aprendizado. Não pode ser confundido com pré-requisito
Adaptação e equilibração
Os termos se referem ao processo de ampliação de conhecimentos, resultado de
duas etapas indissociáveis: a assimilação e a acomodação
1. RESUMO
Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a
criança pode reproduzir o seu cotidiano.O ato de brincar possibilita o processo
de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia
e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e
aprendizagem.
Segundo Oliveira (2000) o brincar não significa apenas recrear, é muito mais,
caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de
comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento
acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua
vida.Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades
importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda
propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como
afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
Zanluchi (2005, p. 89) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se a vida,
pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo
físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as
coisas.” Assim, destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura,
pois entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se
abre para que ela lide com as diversas situações.
não somente o que foi produzido por seu desenvolvimento, mas também o que
se produzira durante o processo de maturação.
Para Vygotsky, citado por Baquero (1998), a brincadeira, o jogo são atividades
específicas da infância, na quais a criança recria a realidade usando sistemas
simbólicos. É uma atividade com contexto cultural e social. O autor relata sobre
a zona de desenvolvimento proximal que é a distância entre o nível atual de
desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver, independentemente,
um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da
resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um
companheiro mais capaz.
Santos (2002, p. 90) relata que “(...) os jogos simbólicos, também chamados
brincadeira simbólica ou faz-de-conta, são jogos através dos quais a criança
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Segundo Craidy & Kaercher (2001) Vygotsky relata novamente que quando
uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem,
percebe-se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo
importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, a
criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio,
contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a
alcançarem níveis de desenvolvimento que só as ações por motivações
essenciais conseguem. Elas passam a agir e esforça-se sem sentir cansaço, não
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Segundo Vygotsky, Luria & Leontiev (1998, p. 125) O brinquedo “(...) surge a
partir de sua necessidade de agir em relação não apenas ao mundo mais amplo
dos adultos.”, entretanto, a ação passa a ser guiada pela maneira como a criança
observa os outros agirem ou de como lhe disseram, e assim por diante. À medida
que cresce, sustentada pelas imagens mentais que já se formou, a criança utiliza-
se do jogo simbólico para criar significados para objetos e espaços.
Dessa forma, a brincadeira já não deve ser mais atividade utilizada pelo
professor apenas para recrear as crianças, mas como atividade em si mesma, que
faça parte do plano de aula da escola. Pois, de acordo com Vygotsky (1998) é no
brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Porque ela
transfere para o mesmo sua imaginação e, além disso, cria seu imaginário do
mundo de faz de conta.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS