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Material Confeccionado pela Psicopedagoga Anarleth Aguiar em Teresina-PI junho/2020.

FACULDADE SEVEN –FAEME


PROFESSORA: Espec. Anarleth Aguiar
DISCIPLINA: Psicomotricidade e Aprendizagem

PSICOMOTRICIDADE E APRENDIZAGEM

Junho/2020
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Material Confeccionado pela Psicopedagoga Anarleth Aguiar em Teresina-PI junho/2020.
PARA INICIAR ...

O estudo da Psicomotricidade vem sendo considerado um dos mais importantes


instrumentos para facilitar o processo ensino-aprendizagem. Encontra posição de destaque nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (pcn,1998), por entender que o corpo funciona como veículo
de resposta aos processos emocionais, físicos e afetivos do sujeito.
Considerado o Pai da Psicomotricidade, Dupré, neuropsiquiatra francês, em 1909 foi uma
figura de grande importância para o âmbito psicomotor, já que afirmou a independência da
debilidade motora com um possível correlato neurológico.
A Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu
corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo
de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas
O Psicomotricista é o profissional que age na interface saúde, educação e cultura,
avaliando, prevenindo, cuidando e pesquisando o indivíduo na relação com o ambiente e processos
de desenvolvimento, tendo por objetivo atuar nas dimensões do esquema e da imagem corporal
em conformidade com o movimento, a afetividade.
O estuda do homem pelo seu corpo em movimento, em relação com seu mundo externo e
interno e com suas possibilidades de percepção, atuação e ação com o outro, com os objetos ao
seu redor e consigo mesmo (Sociedade Brasileira de Psicomotricidade).É nesta linha de expressão
que a Psicomotricidade tem sido aplicada em inúmeros campos de intervenções terapêuticos e de
reintegração social, contribui de forma significativa nas intervenções psicopedagógica, tendo
como base teórica: Freud, Wallon, Piaget...
Neste material você encontrará subsídios teóricos adaptados e produzidos com a intenção
de explorar o estudo da Psicomotricidade no Campo da Psicopedagogia, facilitando a compreensão
desta área no campo da expressão corporal.
Assim, iniciamos uma disciplina da Especialização em Psicopedagogia, conciliando a teoria
com a prática no contexto educacional, promovendo condições para o desenvolvimento do mundo
interno do sujeito, tendo como explorar seus manifestos de movimentos expressos no ato de
aprender, crescer e integrar-se ao mundo das relações por meio de atividades corporais livre.

Que nossos estudos seja um processo de aprendizagem significativo!

Anarleth Aguiar
anaaguiar29@hotmail.com

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A Psicomotricidade em seu movimento dinâmico


Viviane Cristina

Através da história do corpo, que é construído a partir da história da humanidade.


O corpo foi marcado por várias significações voltadas para a parte cultural e social,
foram questionamentos entre os povos orientais e ocidentais através de pensamentos filosóficos.
A crença de que o corpo e a mente eram unidades distintas no próprio homem, fundamentou–se
numa visão cartesiana, que deu sustentação teórica aos princípios sociopolítico-educacionais.
O corpo despertava interesse nos estudos, dos segmentos da ciência. A Neuropsicologia
e a Neurologia possibilitaram estudar de forma sistemática o funcionamento cerebral. Com os
estudos realizados através da ciência do corpo, foi descoberto que a psicomotricidade tem como
objetivo trabalhar no processo de desenvolvimento do homem.
A psicomotricidade significa a relação entre o movimento, o pensamento e a afetividade, ou seja, as
perturbações psicológicas têm estreitas relações com as perturbações motoras.
Existem vários fatores que envolvem e explicam a realização do movimento corporal
do sujeito, tais como: fatores neurológicos, psicológicos e sociais.
A evolução psicomotora no homem se dá de forma natural e precisa apenas de estímulos, um
exemplo claro é o homem primitivo em suas atividades básicas, como na caça, na pesca, e na
colheita. Essas atividades estão ligadas ao desenvolvimento psicomotor. Já o homem moderno por
sua vez precisa de habilidades psicomotoras, mais elaboradas para adaptar-se as exigências do seu
meio.
A psicomotricidade deixa de ser estudada isoladamente, hoje, encontra-se enriquecida
pelos estudos das emoções, da linguagem, e da imagem do corpo.
Os primeiros trabalhos da psicomotricidade foram impulsionados pela proposta
reeducativa, que é uma forma de estimular na criança suas funções psicomotoras, de acordo com o
seu desenvolvimento. Essa educação deve ser estimulada na Educação Infantil, tendo como função
estimular a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, do espaço e do domínio do
tempo, desta forma o infante irá adquirir habilidades de coordenação, de gestos e movimentos.
A Educação Psicomotora é básica, e o corpo deve ser instrumento mediador entre o meio
e o objeto, numa relação vivencial adequada, dando a ela seu livre arbítrio.
Sistema Nervoso
A partir de nossos estudos, percebemos que o Sistema Nervoso é de extrema importância
para o organismo do indivíduo, pois é ele que coordena e controla todas as atividades do corpo,
desde as contrações musculares, o funcionamento de órgãos e até mesmo a velocidade de secreção
das glândulas endócrinas.

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Uma das funções desse Sistema é selecionar e processar as informações canalizá-las
para as regiões motoras correspondentes do cérebro, para depois emitir respostas adequadas, de
acordo com a vivência e experiência de cada indivíduo.
As células do Sistema Nervoso são chamadas de Neurônios. Um indivíduo adulto possui
aproximadamente Cem Bilhões de neurônios. O Neurônio é uma célula diferenciada, e tem como
função receber e conduzir os estímulos.
As crianças aprendem através de estímulos, e no Sistema Nervoso é preciso que ele se desenvolva
obedecendo sequências, para que as crianças sejam capazes de realizar atividades levando em
consideração o seu processo de maturação.
A maturação desempenha um papel muito importante no desenvolvimento mental,
embora não fundamental, pois tem que levar em conta outros fatores como a transmissão social, a
interação, do indivíduo com o meio através de exercícios e de experimentação em um processo de
autorregularão.
Para que haja um maior desenvolvimento social, cognitivo e afetivo no aprendizado das
crianças, é de extrema importância que elas pratiquem movimentos e que elas tenham controle de
si.
Os movimentos também fazem parte do Sistema Nervoso que temos como principais:
O Movimento Voluntário, que é aquele que depende da vontade do indivíduo.
O Movimento Reflexo, que é aquele que ocorre independente da vontade do indivíduo
e só é executado depois que o homem tenha conhecimento sobre ele.
E o Movimento Automático, é aquele que ocorre a partir das histórias de vida e
experiências de cada cidadão.
Porém, percebemos que o Sistema Nervoso, tem como finalidade controlar todas as
ações de um indivíduo, e é ele quem vai gerenciar os pensamentos, as ideias, as ações e os
movimentos que todo indivíduo possui, pois é a partir dele que iremos adquirir conhecimentos para
adaptar e interagir com a sociedade.
Tônus Muscular
Como ponto de partida é interessante lembrar que os movimentos (Voluntários,
Reflexos e Automáticos), são controlados pelo Sistema Nervoso, a partir de contrações musculares.
Toda musculatura do corpo tem um grau de tensão chamada de Tônus Muscular, ela auxilia na
manutenção da postura, nos movimentos e está presente até no repouso. Tem uma relação direta
com as emoções, podendo perceber que quando estamos tensos, o Tônus aumenta, e quando estamos
relaxados os tônus diminui.
O nosso estado interior pode ser traduzido através da linguagem corporal.

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Uma criança muito tensa pode tornar-se hipertônica, escrevendo com força de mais, ou
caminhando de forma muito rígida, o contrário acontece com a criança Hipotônica.
Quando não se trata de um caso muito sério, o educador pode auxiliar o infante a
desenvolver ou refrear seus tônus, através de exercícios adaptados.
Ademais percebemos que o Tônus Muscular, depende muito das estimulações, do meio
em que o indivíduo está inserido, e das emoções.
Desenvolvimento da Psicomotricidade
A coordenação global é a capacidade de equilíbrio postural do indivíduo que envolve
todas as atividades desenvolvidas por todos os músculos, sendo ele a procura do seu eixo corporal.
Através da coordenação global e da experimentação, a criança vai adquirir a dissociação
de movimentos, ou seja, a criança terá condições de realizar diversos movimentos ao mesmo tempo,
sendo que cada membro realizará atividades diferentes.
Crianças que geralmente têm dificuldade em se movimentar e de coordenar
motoramente, devem ter atenção total do professor.
Coordenação fina e Óculo - Manual
A coordenação fina é a habilidade e a destreza manual, e constitui um aspecto particular
da coordenação global. É responsável por desenvolver formas diversas quanto ao manuseio de
diferentes objetos.
Através do ato de preensão, a criança vai descobrindo os objetos de seu meio, tendo assim uma
coordenação mais elaborada nos dedos da mão, e assim adquire novos conhecimentos.
Coordenação Óculo-Manual ou Viso - Motora
Essa coordenação é essencial para o processo de desenvolvimento da escrita.
Para que ocorra um bom desenvolvimento da escrita, é importante haver maturação
geral do sistema nervoso, incluindo o desenvolvimento psicomotor e a coordenação dos
movimentos.
Um dos fatores decisivos da coordenação viso - motora, é a experimentação do corpo
todo que favorece a independência do braço em relação ao ombro, e as mãos e dedos. Essas ações
de lançar, pegar são importantes para o ato da escrita.
Ao sentar a criança necessita adquirir uma postura correta, para a realização de
movimentos gráficos. O controle da pressão gráfica exercida sobre o lápis e o papel, serve para
desenvolver o controle dos movimentos e da destreza.
O desenho e o grafismo ajudam no desempenho de habilidades no ato da escrita e da
leitura, pois ao desenvolver essas habilidades corretamente, como por exemplo, o manuseio do lápis,
as crianças estarão desempenhando melhores seus movimentos e sua postura ao escrever.
Desenvolvimento da preensão
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Para a criança consegui atingir a fase de coordenar seus movimentos finos com precisão
e rapidez, é necessária muita exercitação, e é com o desenvolvimento do cotidiano e com o que lhe
é oferecido que ela atingirá a precisão e rapidez que ela necessita.
A criança passa a agir voluntariamente, após adquirir um certo amadurecimento de
ações, como por exemplo segurar objetos, soltar – lós, olhar para os lados e, fazer movimentos,
partindo daí ela passa a escolher o padrão de preensão que deseja.
Brandão afirma que só a partir dos doze meses a preensão se adapta à forma e ao uso de objetos,
aquisição esta desenvolvida ou por imitação, ou por experimentação ativa.

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O CÉREBRO NA APRENDIZAGEM

A atenção é fundamental na aprendizagem. O


cérebro se modifica em contato com o meio durante toda
a vida. A formação da memória é mais efetiva quando a
nova informação é associada a um conhecimento prévio.
... A Neurociência e a Psicologia Cognitiva se ocupam de
entender a aprendizagem, mas têm diferentes focos.

BASES NEUROPSICOLÓGICAS

Ao aprender o cérebro entra em atividades e ocorrem uma série de mudanças físicas e


químicas. Para compreender eu funcionamento é importante conhecer sua estrutura e alguns
fatores ambientais que influenciam o seu desenvolvimento. Os neurocientistas estudam a
anatomia, a fisiologia, a química e a biologia molecular do sistema nervoso enfocando seu
interesse na atividade cerebral relacionada com o comportamento e a aprendizagem. O sistema
nervoso é dividido em duas partes.

SISTEMA NERVOSO
 SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
Córtex cerebral: formado pelo cérebro, cerebelo e a medula espinhal.
Hemisférios: duas metades do cérebro humano, de aparência
semelhante
Corpo caloso: estão conectadas entre si, por um feixe de filamentos
nervosos
Ventrículo: São quatro ventrículos encefálicos: ventrículo lateral direito,
ventrículo lateral esquerdo, ventrículo e ventrículo.
Caixa Óssea: protege o encéfalo.SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO:Autônomo: Simpático, Parassimpático.Somático.

 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO:

AUTÔNOMO: Encarregado das partes do corpo que nos mantêm


vivos, sem que sejamos conscientes disso: o coração, os vasos
sanguíneos, os pulmões e outros órgãos de funcionamento
involuntário.

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Simpático: Prepara o corpo para reagir diante de uma situação de
tensão ou alarme.
Parassimpático: Absorve a energia produzida pelo simpático; faz
trabalhar o sistema digestivo e produz a calma.

SOMÁTICO: Está encarregado de controlar todos os movimentos


voluntários.

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O CÉREBRO E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

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CONTRIBUIÇÕES DE FREUD, WALON, PIAGET NA PSICOMOTRICIDADE

Dentro do campo psicomotor, as contribuições freudianas são indicadoras das mais


preciosas referências teóricas e práticas, a saber: a importância das fases da sexualidade infantil e
seu papel na inscrição psíquica, a descoberta do prazer no movimento, o processo de interação
entre o corpo e a linguagem, a gênese da fantasia/fantasmas, as origens da agressividade, o papel
essencial do brincar e da arte para a compreensão do real e a importância do outro na constituição
do Eu.
Em 1925, Henri Wallon, médico psicólogo, trouxe suas contribuições para a
psicomotricidade, através da sua análise sobre os estágios e os transtornos do desenvolvimento
mental e motor da criança, sendo assim mostra em seus estudos uma diferença que nos permite
relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente ...
Contribuições de Piaget sobre a Psicomotricidade no Processo de Alfabetização
Foi um célebre biólogo suíço nascido em 1896 e que veio a falecer em 1980. Inicialmente dedicou
seus estudos a área da biologia, mas interessava-se também por estudos nas áreas de filosofia,
religião sociologia e psicologia, e mais tarde dedicou-se a Epistemologia Genética (do
desenvolvimento e conhecimento do ser humano). Piaget é reconhecido pelo seu trabalho de
organizar o desenvolvimento cognitivo em estágios; seu estudo fora feito por meio da observação
de crianças, dentre elas seus 3 filhos.
Sua teoria era de que o conhecimento é construído por cada sujeito na interação com seu ambiente.
Dessa forma, procurou identificar como o homem constrói seu conhecimento, como ele o procura,
organiza e assimila a seu estado anterior de conhecimento, ou seja, a gênese do conhecimento,
defendendo então que as pessoas passariam por estágios de desenvolvimento.
Isso aconteceria por meio da equilibração que se configura entre a assimilação e a acomodação,
resultando em uma adaptação ao mundo exterior. A assimilação aconteceria vinda do mundo
exterior e na acomodação o processo é inverso, acontecendo de dentro da criança para fora. Pulaski
(1986) coloca a assimilação como um processo de entrada, tanto de sensações como de
experiências e a acomodação um processo de saída, de dirigir-se ao meio.
Segundo Piaget, a inteligência seria o resultado dessa adaptação, nesse sentido seria por meio da
experiência como ação que as pessoas passariam a transformar o mundo e a incorporá-lo, portanto
pode-se afirmar que por meio da motricidade o indivíduo integra-se ao mundo exterior e o
modifica, assim como a si próprio (FONSECA, 2008).
A adaptação para Piaget não era um processo passivo, “é um processo dinâmico e contínuo
no qual a estrutura hereditária do organismo interage com o meio externo de modo a reconstituir-
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se, com vistas a uma melhor sobrevivência” (PULASKI, 1986, p.22). Neste mesmo sentido
Fonseca (2008, p.76) aponta que:
Piaget possui uma visão da inteligência ou da cognição humana como uma adaptação
biológica especifica de um organismo complexo a um envolvimento igualmente complexo, um
sistema cognitivo extremamente ativo, que seleciona e interpreta a informação do envolvimento à
medida que constrói o seu conhecimento.
Essa adaptação biológica é formada, como já dito anteriormente, pela assimilação e pela
acomodação, que muito embora sejam componentes distintos estão intimamente ligados. Ainda
para Fonseca (2008, p.77):
[...] a assimilação sugere, portanto, um processo de adaptação dos
estímulos externos às estruturas mentais internas do sujeito, enquanto a
acomodação sugere um processo complementar de adaptar essas
estruturas mentais a estruturas dos mesmos estímulos. Trata-se de dois
aspectos extremamente interdependentes, inseparáveis e de igual
importância, mas integrantes de um mesmo processo cognitivo,
sugerindo uma constante e vital interação e colaboração entre o interno-
cognitivo e o externo-ambiental, ambos mutuamente contribuinte para a
construção do conhecimento.

É um processo no qual o funcionamento desses componentes ocorre simultaneamente e


que possibilitam tanto o desenvolvimento mental como o físico. Na assimilação ocorre à
incorporação das experiências novas aos esquemas de ação e conhecimentos já existentes e na
acomodação a pessoa precisa modificar seus esquemas preexistentes ou criar novos para poder
assimilar novos acontecimentos. Os novos esquemas, ou os preexistentes, assim que se adaptam a
uma nova realidade proporcionam uma nova forma de organização. Essa nova organização é a
resultante das alterações sofridas pelas antigas e que proporcionam esquemas mais abrangentes
aos dados exteriores. É um processo de reorganizações internas em série, a chamada equilibração
majorante. (MONTOYA, 2004).
Nesse processo de reorganizações sucessivas e de forma gradual que se caracteriza o
pensamento da criança desde o período sensório motor até chegar ao pensamento formal. A
aprendizagem que é caracterizada pela relação perpétua entre a assimilação que utiliza as funções
sensoriais e a acomodação que se vale do uso motor, preferencialmente. Portanto a questão da
motricidade está claramente explícita na obra de Piaget, conforme explica Fonseca (2008, p.78):

A criança estabelece, assim, a relação com o mundo exterior através


da circularidade entre as percepções (assimilação) e as ações
(acomodação), e é o conjunto de adaptações que, na sua circulação

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corporalizada pela motricidade, irá transformar a inteligência prática e
sensório-motora em inteligência reflexiva e gnósica.

A motricidade na obra de Piaget tem papel de extrema importância na construção da


imagem mental, ou seja, na questão da representação. Para a formação dessa representação é
preciso que tenha acontecido a experiência vivida com o objeto, a ação direta com ele, ou seja, o
movimento que se pratica transformando esse objeto por meio de processos sensório-motores. É
um período que Piaget denomina como “inteligência prática”, no qual a criança passa a imitar e
representar as situações as quais vivencia e que são interiorizadas como imagens mentais
(PULASKI, 1986). Consequentemente,
[...] as atividades sensório-motoras passam, com a integração da
experiência, a atividades perceptivo-motoras, tornando possível a
interiorização das imagens mentais que, por sua vez, constituirão, como
primeiras estruturas operacionais, o suporte da linguagem e da reflexão
(DANTAS, 1992, apud FONSECA, 2008, p.81).

Esse período perceptivo-motor, o chamado pré-operatório, é uma fase marcada pela


representação simbólica, na qual a criança passa a praticar o jogo do “faz-de-conta”, e ao imitar a
fala, o comportamento e as ações dos adultos aprendem a se ajustar as novas situações do seu
mundo (PULASKI, 1986).
Seguido a esse período, as ações das crianças passam a ser compreendidas por elas, por
meio de esquemas operacionais. A representação passa a ter uma perspectiva mais elaborada, pois
agora o objeto só terá sentido para a criança se ele for utilizado de forma significativa e essa função
de utilização é sinônima de conhecimento e “são consequências das ações que a criança pode
realizar e produzir o objeto” (FONSECA, 2008, p. 83). Fonseca (2008) coloca ainda que seja
seguindo este raciocínio que Piaget usa o termo esquema de ação “O objeto virá a ser conhecido
como objeto permanente na razão direta da variedade e complexidade dos esquemas de ação que
a criança tiver adquirido e assimilado à sua estrutura mental”.
Portanto quando um objeto passa a incorporar um esquema de ação, essa ação passa a ter
uma estrutura cognitiva. Com isso é imprescindível apontar que:

Efetivamente, ao dar-se uma estrutura cognitiva à ação e a


motricidade, a inteligência tem de coordenar a ação, de forma a
acomodar-se ao objeto ou ao real. A criança, acomodando-se ao real e aos
objetos, conhece-os, simboliza-os e pode representá-los. Mais uma vez, a
motricidade é a estrutura de troca e de relação que permitirá à criança
assimilar e acomodar-se ao real e aos objetos. O pensamento da criança é
inteligente quando se apoia no real ou nos objetos, pois só pela ação e
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pela motricidade poderá assimilá-los e acomodá-los (FONSECA, 2008,
p.84).

Seguindo esse pensamento, e, mais uma vez colocando em primeiro plano a importância
da motricidade na construção da inteligência, haja vista, há justiça em afirmar, que é pela
motricidade, que as representações se criam, se estruturam e reestruturam.
Piaget revolucionou a área da educação, mesmo nunca tendo atuado como pedagogo e
muito menos criado um método de ensino. Mesmo assim, suas contribuições foram fundamentais
para que profissionais da área pudessem tomar conhecimento do processo de desenvolvimento e
aquisição do conhecimento da criança e dessa forma, pudessem auxiliá-las, atuando nesse processo
de maneira mais objetiva e satisfatória.

AS BASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR


De acordo com De Meur e Staes (1989), definem-se como elementos da psicomotricidade,
também chamados de fatores psicomotores, o esquema corporal, a lateralidade, a tonicidade, a
orientação espacial e temporal, o equilíbrio e a coordenação motora.

Coordenação Motora Global:


Essa habilidade está associada ao controle e à organização da musculatura ampla voltada
em sua totalidade para os movimentos complexos realizados pela criança. O estímulo se dá através
de atividades que lidam com a força, tal como pular, correr, saltar, dançar. Brincadeiras como
amarelinha, pular corda, entre outras costumam ser excelentes para essa finalidade.

Coordenação Motora Fina:


A coordenação motora fina, por sua vez, está ligada ao domínio e à organização dos
pequenos músculos. O trabalho desenvolvido por meio dessa musculatura requer atividades mais
detalhistas ou refinadas. É importante que a criança seja treinada adequadamente a fim de obter o
controle necessário para práticas que dependam dessa mobilidade.
Atividades escolares (ou realizadas até mesmo em casa) como: recortar figuras, imagens;
colagens; brincadeiras de encaixe e até mesmo a prática da escrita são essenciais para o progresso
deste aspecto ao pequeno.
Organização Temporal:
Essa capacidade significa saber avaliar o tempo dentro da ação; em outras palavras, é a
habilidade que a criança adquire para se organizar a partir do ritmo empregado em seu próprio
ritmo. Além disso, tal organização está associada ao fato de saber diferenciar o que é rápido do
que é lento.

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Os pequenos passam a conceber o momento do tempo em relação a outras situações
vivenciadas por eles. Importante ressaltar que o ritmo determina esse aspecto. A partir dele, as
crianças começam a ter uma noção do tempo em que alguma atividade será realizada.
Sugestões de atividades:

 Correr em determinado ritmo,


 Bater palmas,
 Lançar bolas a um determinado ponto, etc.
Organização Espacial:
Esse quesito diz respeito à orientação e à estruturação do mundo exterior da criança. Em
outras palavras, a organização espacial pode ser definida como a consciência da relação do corpo
com o meio em que está inserido. As atividades que ajudam a desenvolver essa habilidade são as
seguintes: amarelinha, boliche, cirandas, entre outras.

Lateralidade:
Responsável pela conscientização simbólica dos dois hemisférios do corpo (direito e
esquerdo), a lateralidade estabelece na criança a noção dos lados da estrutura corporal e espacial.
A partir desse conhecimento, o pequeno começa a desenvolver uma dessas partes com mais força,
coordenação, preferência e domínio. Tudo isso está ligado à dominância cerebral.
Para a obtenção desse domínio, as atividades mais apropriadas são aquelas em que um dos
lados sejam trabalhados, são elas: pular de um pé só, pular em círculos, entre outras.

AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE PARA A PSICOPEDAGOGIA...


A psicomotricidade é uma formação de base indispensável a toda criança, pois pode ajudá-
la a organizar o seu próprio esquema corporal, percebendo a si mesma e o meio

No início de XX, o neurologista Ernest Dupré destacou as relações entre anormalidades


neurológicas e psíquicas com anormalidades motoras. Esse médico foi o primeiro a usar o termo
"psicomotricidade" e a descrever distúrbios do desenvolvimento psicomotor como fraqueza
motora.

É, justamente, a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos
fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, a palavra PSICOMOTRICIDADE, no ano
de 1870. As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque
eminentemente neurológico.

Henry Wallon (1879-1962), médico, psicólogo e pedagogo, é provavelmente, o grande


pioneiro da psicomotricidade, vista como campo científico. Segundo Fonseca (1988), forneceu
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observações definitivas acerca de desenvolvimento neurológico do recém-nascido e da evolução
psicomotora da criança.

PSICOMOTRICIDADE X EDUCAÇÃO

Um estudo definiu muito bem qual o valor de todo esse processo, no qual diz que “a
motricidade é a faculdade de realizar movimentos e a psicomotricidade é a educação de
movimentos que procura melhor utilização das capacidades psíquicas”. Ou seja, o ato de
movimentar-se está diretamente ligado ao aspecto mental.

Benefícios da Psicomotricidade na Educação Infantil. A Psicomotricidade é uma prática de


mediação corporal que permite à criança reencontrar o prazer sensório-motor através do
movimento e da regulação tónica, possibilitando depois a apropriação dos processos simbólicos,
com forte acentuação da componente lúdica.

OS ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE
Esquema corporal

É a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio. O


esquema corporal é um elemento básico indispensável para a formação da personalidade da
criança. É a representação relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem de seu
próprio corpo (WALLON, 1981).

OS TIPOS DE PSICOMOTRICIDADE
As Áreas da Psicomotricidade
•Coordenação Fina e Óculo-Manual.
•Esquema Corporal.
•Lateralidade.
•Estruturação Espacial.

OS FATORES DA PSICOMOTRICIDADE

São 7 os fatores psicomotores (tonicidade, equilíbrio, lateralidade, noção de corpo,


estruturação espaço-temporal, motricidade grossa e fina) que vão surgindo e cujo o seu
desenvolvimento global é fundamental para uma aprendizagem e ritmo de desenvolvimento típico.

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OS PILARES DA PSICOMOTRICIDADE

Trabalhar a Psicomotricidade da criança é trabalhar os elementos básicos que são


frequentemente utilizados no cotidiano. São eles: esquema corporal, organização espacial,
lateralidade, coordenação viso motora e a percepção.

A DIFERENÇA ENTRE PSICOPEDAGOGIA E PSICOMOTRICIDADE

A Psicomotricidade nos enriquece com a ideia do fazer e do conhecer com o corpo. mostrar
ou não mostrar a ação. É a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo
em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo.
E a Psicopedagogia nos direciona para o mostrar ou não mostrar o conhecimento, estuda
os processos de aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos. Ele identifica as dificuldades e
os transtornos que interferem na assimilação do conteúdo, fazendo uso de conhecimentos da
psicologia e da antropologia para analisar o comportamento do aluno.

OS PROBLEMAS PSICOMOTORES

A criança com imperícia apresenta: - dificuldade na coordenação motora fina; - quebra


constantemente objetos; - letra irregular; - movimentos rígidos; - alto indício de fadiga. ... A
educação psicomotora abrange todas as aprendizagens da criança, dirige-se a todas as crianças,
individual ou coletivamente.

POR QUE É IMPORTANTE TRABALHAR A PSICOMOTRICIDADE

Por que a psicomotricidade é importante? A sua importância se justifica, por ser uma
ciência ligada ao desenvolvimento global do indivíduo em todas as suas fases, principalmente por
estar articulada com outros campos científicos como a Neurologia, a Psicologia e Pedagogia.

Como a psicomotricidade ajuda a parte motora?

Os objetivos da psicomotricidade são melhorar os movimentos do corpo, a noção do espaço


onde se está, a coordenação motora, equilíbrio e também o ritmo. Estes objetivos são alcançados
através de brincadeiras como correr, brincar com bolas, bonecas e jogos, por exemplo.

PRÁTICAS PSICOMOTORAS
Práticas Psicomotoras é a ciência que estuda o homem pelo seu corpo em movimento, em
relação com seu mundo externo e interno e com suas possibilidades de percepção, atuação e ação
com o outro, com os objetos ao seu redor e consigo mesmo (Sociedade Brasileira de
Psicomotricidade).
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Atividades Lúdicas que Auxiliam na Psicomotricidade
Saltar a corda: Coordenação motora ampla: ...
Cobrinha: Coordenação motora ampla: ...
Lançar: Coordenação motora ampla: ...
Deslocamento: Coordenação motora ampla. ...
Deslocamento: Coordenação motora ampla: ...
Abraçados: Coordenação motora ampla: ...
Corrida das bolinhas: Coordenação motora ampla. ...

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VAMOS TIRAR ALGUMAS DÚVUDAS?
1)Qual a importância do movimento para o desenvolvimento humano?

R: Os movimentos são de grande importância biológica, psicológica e


social, sendo fundamentais para a aprendizagem e para o desenvolvimento
humano. ... O movimento é fundamental para a construção da autonomia, já
que contribui para o domínio das habilidades motoras que a criança desenvolve ao longo da
primeira infância.

2)O que é o desenvolvimento psicomotor?

R: Desenvolvimento psicomotor é o aumento da capacidade do bebê de realizar funções cognitivas


e motoras progressivamente mais complexas. Está envolvido nesse processo tanto a capacidade
física, intelectual e social da criança.19 de nov. de 2014

3º) Qual a diferença de motricidade e psicomotricidade?

R: Um estudo definiu muito bem qual o valor de todo esse processo, no qual diz que “a motricidade
é a faculdade de realizar movimentos e a psicomotricidade é a educação de movimentos que
procura melhor utilização das capacidades psíquicas”. Ou seja, o ato de movimentar-se está
diretamente ligado ao aspecto mental.

4º).Qual país é conhecido como o berço da psicomotricidade onde surgiram os primeiros e


principais estudiosos sobre o tema?

R: Psicomotricidade é a manifestação corporal do invisível de maneira visível. É uma ciência


terapêutica adotada na Europa há mais de 60 anos, principalmente na França, que instituiu o
primeiro curso universitário de Psicomotricidade em 1963 (ISPE-GAE, 2007).

5º).Qual o objetivo da coordenação motora?

R: A capacidade que o corpo tem de desenvolver um movimento é chamada de coordenação


motora. Pular, correr, andar, saltar ou realizar tarefas que exijam maior habilidade, como segurar
um lápis, bordar, desenhar, recortar, tudo isso exige de nós coordenação motora.

6º). Quais são os benefícios da psicomotricidade?

R: Benefícios da Psicomotricidade na Educação Infantil. A Psicomotricidade é uma prática de


mediação corporal que permite à criança reencontrar o prazer sensório-motor através do
movimento e da regulação tónica, possibilitando depois a apropriação dos processos simbólicos,
com forte acentuação da componente lúdica.10 de mar. de 2011

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7º).Como desenvolver a psicomotricidade?

R: A importância de desenvolver a psicomotricidade na infância. O corpo é considerado a primeira


forma de linguagem para a criança, já que com ele, a criança introduz sua comunicação com o
meio. A psicomotricidade através do movimento desenvolve no indivíduo capacidades afetivas,
cognitivas e motoras.

8º).Qual a diferença entre a coordenação motora fina e grossa?

R:A coordenação motora grossa permite que a criança rasteje, ande, corra, salte, pule, suba e desça
escadas. Já a fina dá a capacidade de usar os pequenos músculos em movimentos delicados, como
escrever, pintar, desenhar, recortar, encaixar, montar e desmontar, abotoar e desabotoar.

9º).Qual a diferença entre a coordenação motora ampla e a coordenação motora fina?

R:Ao contrário da motricidade ampla, a motricidade fina exige o uso de músculos menores do
corpo. Por exemplo, exige a coordenação de mãos e olhos na hora de escrever, recortar ou pintar.
Mover os lábios para mandar beijo, sugar e sorrir também faz parte desse conjunto de habilidades.

10º).O que fazer para desenvolver a coordenação motora fina?

R: Trabalha a percepção, coordenação motora, motricidade fina. Você pode estabelecer uma
sequência de cores e trabalhar observação e memória também. Os pompons podem ser feitos a
mão... ou substituídos por outro material pequeno. Podem deixar o prendedor de lado e usar os
dedos também, trabalhando o movimento de pinça.

11º)O que é coordenação motora grossa na educação infantil?

R: Coordenação Motora Grossa ou Ampla

A coordenação motora grossa também é conhecida como coordenação motora ampla. Na Educação
Infantil podemos realizar atividades recreativas, como pular corda, correr, pular amarelinha e
outras diversas brincadeiras ao ar livre e atividades recreativas externas à sala de aula.

12º).O que é coordenação motora grossa na educação infantil?

R:Coordenação Motora Grossa ou Ampla.A coordenação motora grossa também é conhecida


como coordenação motora ampla. Na Educação Infantil podemos realizar atividades recreativas,
como pular corda, correr, pular amarelinha e outras diversas brincadeiras ao ar livre e atividades
recreativas externas à sala de aula.

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13º).Qual a importância da coordenação motora na infância?

R:A importância em estimular a coordenação motora da criança. A coordenação motora diz


respeito à capacidade do cérebro de equilibrar os movimentos do corpo, mais especificamente dos
músculos e das articulações. ... O desenvolvimento da coordenação permite dominar o ambiente,
propiciando manuseio dos objetos.

14º).Como desenvolver a coordenação motora na educação infantil?

R:Para ativar a coordenação motora grossa das crianças nada melhor que promover tarefas
divertidas, como correr, brincar de pega-pega, pular, brincar de amarelinha e tudo aquilo que fez
parte da nossa infância também. Essas atividades são muito importantes para enriquecer tais
funções musculares nas crianças.

15º).Qual o objetivo de trabalhar com recorte e colagem?

R:O trabalho com recorte e colagem explorado de forma criadora teve por objetivo também
influenciar o educando a construir e a elaborar o espaço, desenvolvendo a coordenação motora
fina, e possibilitando que ele articulasse movimentos corporais e construísse maior consciência
desses movimentos.

16º).O que fazer para melhorar a coordenação motora?

R: Atividades de coordenação motora:

Caminhar em diferentes direções. Se você gosta de se exercitar ao ar livre, não pode deixar essa
atividade de fora. ...

Caminhar em linha reta. ...

Equilibrar-se em um pé só ...

Nadar. ...

Pular corda.

17°) O que é coordenação motora e quais os tipos?

R: Coordenação motora é a capacidade de usar de forma mais eficiente os músculos esqueléticos


(grandes músculos), resultando em uma ação global mais eficiente, prática e econômica. Este tipo
de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os
movimentos mais rudes.

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18º)Qual a importância do movimento para o desenvolvimento humano?

R: Os movimentos são de grande importância biológica, psicológica e social, sendo fundamentais


para a aprendizagem e para o desenvolvimento humano. ... O movimento é fundamental para a
construção da autonomia, já que contribui para o domínio das habilidades motoras que a criança
desenvolve ao longo da primeira infância.

19º).O que é inibição motora?

R: Inibição psicomotora- falta ou inibição de movimentos. Movimentos comprometidos. Está


ligada a ansiedade também. Imperícia é a falta ou o desconhecimento técnico do profissional.

20º).Quais são os três pilares da psicomotricidade?

R:Elementos da psicomotricidade:

Esquema Corporal. ...

Imagem Corporal. ...


Tônus. ...
Coordenação Global ou Motricidade Ampla. ...

Motricidade Fina. ...


Organização espaço-temporal. ...
Ritmo. ...

Lateralidade.

21º).O que são dificuldades motoras?

R: Popularmente conhecida como "síndrome do desastrado" a dispraxia é uma disfunção motora


neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente. É também
conhecida por outros nomes como: disfunção motora, distúrbio do desenvolvimento da
coordenação motora ou como dificuldade de percepção.

22º).Como são classificadas as habilidades motoras?

R:As habilidades motoras são classificadas em: A. afetiva, cognitivas e psicomotoras.

23º).Qual a importância do desenvolvimento das habilidades motoras?

As habilidades motoras fundamentais são compostas de habilidades de controle de objetos e


habilidades locomotora. Por exemplo, Payne e Isaacs (2007) sugerem que uma aquisição adequada
das habilidades motoras contribui para o desenvolvimento físico, cognitivo e social de crianças.

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24º)O que é a coordenação motora fina?

R:A coordenação motora é a capacidade de sincronizar os movimentos usando cérebro, músculos


e articulações. ... já a fina dá a capacidade de usar os pequenos músculos em movimentos
delicados, como escrever, pintar, desenhar, recortar, encaixar, montar e desmontar, abotoar e
desabotoar

25º)O que é a motricidade fina?

R:Motricidade fina. A motricidade fina refere-se aos movimentos precisos das mãos e dos dedos.

26º)O que são habilidades motoras grossas e finas?

R: Habilidades motoras grossas são habilidades físicas que envolvem músculos grandes.
Habilidades motoras finas são habilidades físicas que envolvem músculos pequenos e coordenação
olhos-mão

27º).Qual a diferença entre coordenação motora ampla e fina?

R:A coordenação motora é a capacidade de sincronizar os movimentos usando cérebro, músculos


e articulações. ... já a fina dá a capacidade de usar os pequenos músculos em movimentos
delicados, como escrever, pintar, desenhar, recortar, encaixar, montar e desmontar, abotoar e
desabotoar.

28°).Porque desenvolver a coordenação motora fina?

R:Na coordenação motora fina, verificamos o uso de músculos pequenos, como os das mãos e dos
pés. Ao desenhar, pintar ou manusear pequenos objetos, a criança realiza movimentos mais
precisos, delicados, e desenvolve habilidades que a acompanharão por toda a vida.

29º).O que é a motricidade ampla e fina?

R:Ao contrário da motricidade ampla, a motricidade fina exige o uso de músculos menores do
corpo. Por exemplo, exige a coordenação de mãos e olhos na hora de escrever, recortar ou pintar.
Mover os lábios para mandar beijo, sugar e sorrir também faz parte desse conjunto de habilidades.

30º)Como desenvolver a coordenação motora fina em adultos?

R:Uma simples caminhada, feita todo dia, traz muitos benefícios para o desenvolvimento da
coordenação motora. Ao caminhar, mantenha um ritmo regular com a coluna sempre ereta e não
deixe de movimentar os braços para trabalhar todo o corpo de forma harmonizada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUENO, Jocian Machado. Psicomotricidade: Teoria e Prática. Estimulação, Educação e


Reeducação psicomotora com atividades aquáticas. São Paulo.Ed. Lavoise,1998.
FONSECA, Vitor da. Aprender a Aprender: A Educabilidade Cognitiva. Porto Alegre:
Artmed, 1998.
______. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008.
MAHONEY, Abigail Alvarenga. A constituição da pessoa na proposta de Henri Wallon. São
Paulo, Edições Loyola: 2004.
PIAGET, Jean. A Equilibração das Estruturas Cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
PULASKI, Mary Ann Spencer. Compreendendo Piaget: uma introdução ao desenvolvimento
cognitivo da criança. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1986.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: Uma Perspectiva Histórico-Cultural da Educação.


Petrópolis: Editora Vozes, 2002. 14ª Edição.

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