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PSICOMOTRICIDADE NA INFÂNCIA E SEUS IMPACTOS NA

APRENDIZAGEM
Anne Caroline Carvalho Pereira– anne24antonio@hotmail.com
Pós-Graduação em Neuropsicopedagogia
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
São Luís – MA, 06 de Maio de 2022

Resumo

O presente estudo aborda como tema “psicomotricidade na educação infantil: Uma ação
educativa no processo de aprendizagem”. Objetiva compreender as relações entre o corpo e
movimento no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança. O estudo
desenvolve-se pelos tipos de pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva com abordagem
qualitativa. Os pressupostos teóricos que fundamentaram o estudo são decorrentes de autores
como: Oliveira (2013), Tubino (2011), Fonseca (2012), Vitor da Fonseca (2018), Ferreira
(2018). Dentre outros que contribuíram de forma expressiva sobre o tema em questão.
Conforme os resultados do estudo constataram-se que a psicomotricidade contribui para o
ensino e aprendizagem das crianças por meio da corporeidade nessa etapa da educação básica.
Palavras-chave: Psicomotricidade. Criança. Educação Infantil. Aprendizagem.

1INTRODUÇÃO

A psicomotricidade é considerada uma ciência que, por ter o homem em movimento


como objeto de estudo, envolve o desenvolvimento global e harmônico do indivíduo desde o
nascimento. Por se tratar de uma ligação entre psiquismo e motricidade, passa a inserir na
área educacional, atingindo o indivíduo em sua totalidade. O fato é que a ciência do
movimento constitui-se uma importante ferramenta para desenvolver a capacidade postural,
uma imagem mental do corpo e, por conseguinte, trabalhar o intelectual da criança, uma vez
que corpo e mente são intimamente ligados no ser humano.
A importância do trabalho psicomotor no processo de ensino aprendizagem condiciona
todos os aprendizados nos anos iniciais, levando a criança a tomar consciência do seu corpo
no espaço e no tempo, adquirindo habilidades de coordenar seus gestos e movimentos. Por
isso, a abordagem da psicomotricidade na aprendizagem é fundamental, pois ela explica
como a criança busca experiências com seu próprio corpo, seja para movimentar-se, ou seja,
para se expressar.
Salienta-se que a prática psicomotora deve ser entendida como um processo de ajuda
que acompanha a criança em seu próprio percurso maturativo, que vai desde a expressividade
motora e do movimento, até o acesso a capacidade de descentração. Esse processo permite
que a criança faça uma análise cognitiva das qualidades dos objetos, dos parâmetros espaciais
e temporais, realizando associações, comparações e agrupamentos, ordenando os objetos
segundo diferentes critérios. Dessa forma, a prática psicomotora se institui num meio
adequado, que favorece o processo de ensino-aprendizagem respeitando o processo
maturativo de cada criança.
O principal objetivo desse trabalho foi compreender as relações entre o corpo e
movimento no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança.
Na tentativa de concretizar o estudo, a metodologia utilizada na pesquisa foi realizada
por meio de uma revisão bibliográfica caracterizando-se como exploratória e descritiva com
abordagem qualitativa.
Os pressupostos teóricos que fundamentaram o estudo são decorrentes de autores
como: Oliveira (2013), Tubino (2010), Fonseca (2010), Vitor da Fonseca (2008), Ferreira
(2008), dentre outros que também proporcionaram contribuições expressivas para a pesquisa.
O interesse pela temática surgiu pela necessidade de aprofundar o conhecimento a
respeito da psicomotricidade e os elementos psicomotores, tendo em vista ser considerada
uma área de conhecimento que cuida do ser humano, de forma integral, não somente no
aspecto físico, psíquico e emocional como também o cultural e o social.
Ressalta-se que o tema em estudo visa propiciar material para pesquisas futuras, assim
como esclarecer aos profissionais de áreas afins, sobre a importância da psicomotricidade no
desenvolvimento das crianças na educação infantil.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceito de Psicomotricidade

Etimologicamente, psicomotricidade tem sua origem no termo grego, Psyché, que


significa “alma”, e da palavra latina Motorius, que significa “mover frequentemente”, ou
seja, movimento.
Salienta-se que seu estudo está ligado a três premissas principais: o movimento, o
intelecto e o afeto. É através do corpo que o ser humano interage e conhece o mundo em que
vive, é por meio do seu corpo que ele irá ter a capacidade de adquirir conhecimento e ter
opinião para poder classificar o que aprendeu destas experiências.

Segundo a Associação Brasileira de Psicomotricidade (2012):

Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem por


meio do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e
externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro,
com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de
maturação, onde o corpo é origem das aquisições cognitivas, afetivas e
orgânicas.
Assim observa-se que a psicomotricidade, é um termo aplicado para uma concepção
de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja
ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. Conforme Ferreira
(2008) a psicomotricidade:
Estuda a relação existente na formação psico (mente) e motriz (movimento)
da criança e está relacionada ao processo de maturidade, onde o corpo é a
origem das aquisições cognitivas e tem como objeto de estudo, o corpo
humano, analisado através de sua dinâmica em relação ao mundo interno
(corpo e mente) e externo (sociedade e ambiente) e também sua atuação,
percepção, ação consigo, com os objetos e com a sociedade (FERREIRA
apud VITAL, 2008, p. 1).

Nesse sentido, observa-se que a psicomotricidade é uma ciência que vem cada vez
mais se desenvolvendo conjuntamente as áreas da psicologia, pedagogia e da educação
física, e muito tem colaborado para o processo de ensino- aprendizagem por meio do
desenvolvimento psicomotor.
Após inúmeros estudos sobre este tema pelos demais investigadores, pode- se afirmar
que a “psicomotricidade é a ciência que estuda o homem observando o seu corpo em
movimento, interpretando a sua ação em contexto físico e humano e estudando o dinamismo
dialético evolutivo, nas dimensões filogenéticas, ontogenéticas e sócias genéticas, intrínsecas
e extrínsecas, entre o homem e os contextos dentro de sucessivos fragmentos temporais”
(Almeida, 2013).
Assim, a psicomotricidade, como ciência, corresponde e apresenta um objetivo que
determina sua área de estudo, que é o corpo e sua expressão da ação das forças que produzem
e modificam esses movimentos. Em suma, a psicomotricidade procura aprofundar a interação
de dois componentes importantes do comportamento humano: por um lado, a motricidade,
entendida como um sistema dinâmico que subentende a organização de um equipamento
neurobiológico, sujeito ao desenvolvimento e à maturação e por outro, o psiquismo, entendido
como funcionamento de uma atividade mental, composta de dimensões sócia afetiva e
cognitiva.
Compreende-se que a motricidade do ser humano e a capacidade de pensar e agir de
acordo com seus desejos desenvolvidos no intelecto é o que nos diferencia dos outros animais.
Assim, desse modo os outros animais possuem apenas a motricidade.
Do ato ao pensamento e do gesto a palavra, o ser humano dotado de novos
processos psíquicos de informação entre o corpo e o cérebro adquiriu a
postura bípede, libertou as mãos para fabricar ferramentas, emancipou a
boca e a face para comunicar sentimentos e pensamentos com os seus
semelhantes e finalmente, inventou o símbolo para fazer história, transmitir
cultura e produzir arte e ciência. (FONSECA, 2010, p. 8).

Á vista disso, o movimento humano é cheio de intencionalidade, pois é um movimento


inteligente, por isso, que existe movimento que só os seres humanos são capazes de fazer,
tendo em vista que a psicomotricidade é uma ciência holística, que consegue ver o ser
humano em seus aspectos emocionais, cognitivo e motor.

1.1 Elementos básicos da psicomotricidade

A psicomotricidade, como ciência multidisciplinar, que estuda o movimento humano


na sua ação relacional, ocupa-se com o sujeito, levando em conta os aspectos motores,
cognitivos e sócios afetivos (emocionais) que compõem o seu desenvolvimento físico e
psíquico e que impulsionam a realização deste movimento, não fragmentando o indivíduo na
sua intenção de desenvolver-se (GONÇALVES, 2010).
Ainda para o mesmo autor, a educação psicomotora concerne uma formação de base
indispensável a toda criança que seja normal ou com problemas; respondendo a uma dupla
finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional tendo em conta possibilidades da criança e
ajudar sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente
humano (p. 13).
Dentro desse desenvolvimento funcional encontram-se os elementos psicomotores que
caracterizam basicamente a psicomotricidade, e que de acordo com Goretti (2013). Estes são
compreendidos como: tônus muscular, equilíbrio, coordenação motora global, coordenação
motora fina, coordenação óculo-manual, esquema corporal, imagem corporal, conceito
corporal, lateralidade, estruturação espacial, estruturação temporal, percepção visual e
percepção auditiva, que serão brevemente descritos, a seguir:
Tônus: é a tensão fisiológica dos músculos que garante equilíbrio estático e dinâmico,
coordenação e postura em qualquer posição adotada pelo corpo, esteja ele parado ou em
movimento.

O tônus surge como uma função que assegura a preparação da musculatura


para as múltiplas e variadas formas de atividade motora, desde a postura, as
diversas formas de locomoção e de atividade até as práxis mais complexas; e
está ligado aos aspectos neurofisiológico, hereditários e de maturação
(PAILLARD, 1996 apud FONSECA, 2008, p. 184).

Percebe-se que o tônus muscular é uma tensão ligeira e permanente do músculo


esquelético no seu estado de repouso, estando presente em todas as funções motrizes do
organismo, tais como equilíbrio, coordenação e movimento.
Equilíbrio: é o principal segmento da motricidade, tendo em vista que quando a
criança não possui um bom equilíbrio, o movimento se torna mais lento, com maior consumo
de energia que resulta em uma fadiga muscular, mental e espiritual, assim surgindo com
maior rapidez o cansaço, aumentando o nível de estresse, ansiedade e angustia do indivíduo.

“Equilíbrio é a capacidade do organismo de manter postura, posições e


atitudes, compensando e anulando todas as forças que agem sobre o corpo,
sendo assim estático ou dinâmico, em si o equilíbrio luta contra a gravidade,
mantendo a sustentação do indivíduo. (MACENA, 2007, p. 15) ”.

Entende-se que ao nos locomovermos necessitamos do equilíbrio, pois devido à


atuação da força gravitacional precisamos está em constante equilíbrio, portanto para se
chegar a um bom equilíbrio é necessário estabelecer muscularmente, por esforço, a luta contra
a gravidade.
Segundo Tubino (2003, p. 190) é ―a colocação perfeita do centro de gravidade e a
combinação perfeita de ações musculares com o propósito de sustentar o corpo sobre uma
base.
De acordo com o autor citado, o equilíbrio pode se classificar em três tipos:
Equilíbrio estático – que são movimentos não locomotores como, por exemplo, ficar
de pé, apenas com a ponta dos pés tocando o solo, com elevação dos calcanhares e os pés
unidos.
Equilíbrio dinâmico – são movimentos locomotores como, por exemplo, o andar em
marcha normal sobre uma linha pré-delimitada.
Equilíbrio recuperado – é a qualidade física que explica a recuperação do equilíbrio
numa posição qualquer.
Portanto, o equilíbrio é à base de sustentação de toda coordenação entre os
movimentos dos vários seguimentos corporais entre si e no seu todo, pois, não pode existir
movimento sem atitude, como também, não pode haver coordenação de movimento sem um
bom equilíbrio, pois isso que possibilita o ajustamento do homem ao meio.
Coordenação motora global: é à atividade dos grandes músculos, e dependem da
capacidade de equilíbrio postural, subordinado às sensações proprioceptivas cenestésicas e
labirínticas.
Vieira (2009) diz em sua obra, que a coordenação motora global recruta a participação
de grandes grupos musculares, por compreender tarefas motoras sequenciais e globais. Tem
como principal atributo a organização da atividade consciente e sua regulação, programação e
verificação.
Oliveira (2011, p.41) refere que:

A coordenação global diz respeito à atividade dos grandes músculos.


Depende da capacidade de equilíbrio postural do indivíduo. Este equilíbrio
está subordinado às sensações proprioceptivas cenestésicas e labirínticas.
Através da movimentação e da experimentação, o indivíduo procura seu eixo
corporal, vai se adaptando e buscando um equilíbrio cada vez melhor.
Consequentemente, vai coordenando seu movimento vai se conscientizando
do seu corpo e das posturas. Quanto maior o equilíbrio, mais econômica será
a atividade do sujeito e mais coordenadas serão as suas ações.

Nota-se que a coordenação motora global e a experimentação levam a criança a


adquirir a dissociação de movimentos, possibilitando a realização de múltiplas práxis ao
mesmo tempo, com cada membro realizando uma atividade diferente, havendo uma
conservação de unidade do gesto.
Diversas atividades levam à conscientização global do corpo, como andar, que é
um ato neuromuscular que requer equilíbrio e coordenação; correr, que requer, além destes,
resistência e força muscular; e outras como saltar, rolar, pular, arrastar-se, nadar, lançar-pegar,
sentar (OLIVEIRA, 2011). Verifica-se que para a realização de grandes movimentos com
todo o corpo, envolvem-se grandes massas musculares, pois deve haver harmonia nos
deslocamentos. Não precisa haver precisão nos movimentos, embora seja importante a
coordenação perfeita dos mesmos.
Coordenação motora fina: é à habilidade manual e destreza manual e constitui um
aspecto particular da coordenação global. É a capacidade de realizar movimentos coordenados
utilizando pequenos grupos musculares das extremidades. Sendo assim é a capacidade para
realizar movimentos específicos, usando os pequenos músculos, a fim de atingir a execução
bem-sucedida da habilidade.
Requer um ato de grande precisão no movimento. Movimentos manuais em que
coordenação e a precisão são essenciais.

“Para Rosa Neto 2002 p. 15 O movimento de agarrar começa com


predisposição dos dedos, a partir do início do movimento. Os dedos separam
em função do tamanho do objeto a ser apanhado e começam a fechar-se
quando o movimento de aproximação se faz lento tendo em vista a forma do
objeto”.

Assim, observa-se que é fato afirmar que é por meio das mãos que as crianças passam
a conhecer tudo que está instigando sua curiosidade, pois utilizam as mãos para pegar, lançar
e transportar objetos.
Coordenação óculo-manual: é a habilidade de coordenar o movimento ocular com os
movimentos do corpo, acompanhando os gestos das mãos de forma coordenada para se
realizar determinada atividade. Considera-se que os fatores decisivos de precisão da
coordenação óculo-manual necessários para o desenvolvimento da escrita dependem da
maturação geral do sistema nervoso, desenvolvimento psicomotor geral em relação à
tonicidade, coordenação dos movimentos e desenvolvimento da motricidade fina dos dedos e
da mão.
É necessário que haja também um controle ocular, isto é, a visão acompanhando os
gestos da mão, para que se efetue com precisão sobre a base do domínio visual previamente
estabelecido ligado aos gestos executados, facilitando, assim, uma maior harmonia do
movimento.
Esquema Corporal: a criança percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio
corpo. Portanto, o desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação de seu corpo
com os objetos de seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo onde
estabelece ligações afetivas e emocionais. O corpo deve ser entendido não somente como algo
biológico e orgânico que possibilita a visão, a audição, o movimento, mas é também, um lugar
que permite expressar emoções.
Compreende-se que o esquema corporal resulta das experiências vividas, provenientes
do corpo e das sensações que se pode experimentar. Não é um conceito aprendido e que
depende de treinamento. Ele se organiza pela experienciação do corpo da criança. É uma
construção mental que a criança realiza gradualmente, de acordo com o uso que faz de seu
corpo. Um esquema corporal organizado permite a uma criança se sentir bem, na medida
em que seu corpo lhe
obedece, em que tem domínio sobre ele, em que o conhece bem, e, em que pode utilizá-lo
para alcançar um maior poder cognitivo. A criança deve ter o domínio do gesto e do
instrumento que implica em equilíbrio entre as forças musculares, domínio de coordenação
global, boa coordenação óculo-manual. A descoberta pela criança de sua imagem no espelho
se dá por volta de seis meses de idade. Inicialmente a criança sente-se surpresa com a imagem
que vê e às vezes tenta pegar seu reflexo, sorri para ele sem reconhecer que é sua própria
imagem refletida. Desse modo, usa o espelho como fator de conhecimento de si, raciocina,
descobre seu eu, desenvolve seu esquema corporal. Segundo Le Boulch (1981, p. 74), o
esquema corporal é dividido em etapas.
 1ª etapa: corpo vivido (até 3 anos de idade).
Corresponde à fase de inteligência sensória motora de Piaget. O bebê sente o meio
ambiente como fazendo parte dele mesma. À medida que cresce, com um maior
amadurecimento de seu sistema nervoso, vai ampliando suas experiências e passa, pouco a
pouco a diferenciar de seu meio ambiente. Nesse período a criança tem uma necessidade
muito grande de movimentação e através desta vai enriquecendo a experiência subjetiva de
seu corpo e ampliando a sua experiência motora. Suas atividades iniciais são espontâneas.

 2ª Etapa: corpo percebido ou descoberto (3 a 7 anos de idade).


Corresponde à organização do esquema corporal devido à maturação da “função de
interiorização” que é definida como a possibilidade de deslocar sua atenção do meio ambiente
para seu próprio corpo a fim de levar à tomada de consciência.
A função de interiorização permite a passagem do ajustamento espontâneo, a um
ajustamento controlado que, propicia um maior domínio do corpo, culminando em uma
maior dissociação dos movimentos voluntários. A criança com isso passa a aperfeiçoar e
refinar seus movimentos adquirindo uma maior coordenação dentro de um espaço e tempo
determinado. (OLIVEIRA, 2011).
Nota-se que neste período a criança passa a um trabalho sensorial mais elaborado e à
associação dos componentes corporais aos diversos objetos da vida quotidiana, nesta fase a
criança descobre sua dominância e com ela seu eixo corporal.
Dessa forma o corpo passa a ser um ponto de referência para se situar e inserir os
objetos em seu espaço e tempo. Neste momento assimila conceitos como embaixo, acima,
direita, esquerda e adquire também noções temporais como a duração dos intervalos de tempo
e de ordem e sucessão, isto é, primeiro e ultimo.
No final dessa fase, a criança pode ser caracterizada como pré-operatória, porque está
submetida à percepção num espaço em parte representado, mas ainda centralizado sobre o
próprio corpo.
 3ª Etapa: corpo representado (7 a 12 anos de idade).
Nesta etapa observa-se a estruturação do esquema corporal, assim como a ampliação e
a organização do mesmo. De Meur e Staes (1991) declaram que “é a etapa em que a criança
poderá exercitar todas as suas possibilidades corporais”. “Conhece a partes do corpo, a
disposição, as posições”, o que pode ser notado corretamente pelo ambiente com um controle
e domínio corporal. A verbalização e o desenho da figura humana demonstram o domínio da
criança sobre seus movimentos.
Movimento com a introdução do fator temporal – entre dez e doze anos Oliveira (2005)
observa que “no início desta fase a representação mental da imagem do corpo consiste numa
simples imagem reprodutora”. “É uma imagem de corpo estática e é feita da associação estreita
entre os dados visuais e cinestésicos”. Le Boulch (apud Oliveira, 2005 menciona “uma
representação mental de uma sucessão motora”, referindo-se ao período em que a criança
adquire uma imagem mental do corpo em Outra característica desta etapa é a imagem de corpo
antecipatória, não mais somente reprodutora, o que revela um verdadeiro trabalho mental
relacionado à maturação e progresso das funções, período ao qual Piaget (apud OLIVEIRA,
2005) chamou de “estágio das operações concretas”.
Outro fator que Le Boulch apresenta como correspondente ao estágio das operações
concretas é a passagem da centralização do corpo, isto é, da percepção de um espaço
orientado em torno do corpo próprio à descentralização, à representação mental de um espaço
orientado “no qual o corpo está situado como objeto”.
Com isto pode-se afirmar que os pontos de referência não mais estão baseados no
próprio corpo, e sim no exterior, podendo o sujeito criar os pontos de referência que servirão
para orientá-lo.
Imagem corporal: é a representação mental inconsciente que se faz do próprio corpo,
formada a partir do momento em que este corpo começa a ser desejado e, consequentemente
a desejar e a ser marcado por uma história singular e pelas inscrições materna e paterna. A
imagem corporal não é estática, ou seja, passa por várias fases ou períodos de maturação para
que a criança possa a vir constituir-se como um ser que atua sozinha. A imagem do corpo é
função da organização das emoções, o que naturalmente implica e exige a relação com o
outro, isto é, implica um determinado tempo e momento. Portanto, a criança deve ser
estimulada nas suas relações, tanto consigo mesma como também na relação com o outro,
para que possa reunir a sua imagem corporal. Ao final já será capaz de apontar e nomear as
diferentes partes do corpo e localizar uma percepção tátil.
Conceito corporal: envolve um conhecimento intelectual e consciente do corpo e
também da função de seus órgãos. Para Alves (2012, p. 56):
(...) a criança aprende os conceitos e as palavras correspondentes aos diferentes
segmentos e às diferentes regiões do corpo bem como suas funções, através de diversas
modalidades e levando em consideração:
 Identificação da cabeça, das partes do rosto, do pescoço, do tronco, dos membros
inferiores e dos superiores em si, nos outros, em objetos, em gravuras;
 Representação mental e repetição verbal e mental, que seria a introjeção;
 Transposição nos outros, em objetos, em gravuras;
 Transcrição: o introjetado é projetado através de habilidades manuais e
representações gráficas;
 Conhecimento e consciência dos órgãos dos sentidos, com suas respectivas funções;
 Conhecimento, consciência e educação da respiração.
Assim, o conceito corporal é o conhecimento intelectual consciente que uma pessoa
tem de seu corpo.
Lateralidade: é a capacidade de se vivenciar as noções de direita e esquerda sobre o
mundo exterior independentemente de sua própria situação física. Segundo Oliveira (2007),
lateralidade é a disposição do ser humano utilizar mais um lado do
corpo do que o outro em três níveis: mão, olho e pé. De acordo com a autora o lado mais
utilizado possui maior força muscular, mais precisão e mais rapidez, sendo ele quem inicia e
executa o movimento, o outro lado só auxilia. Os dois lados funcionam de forma
complementar. Ainda de acordo com a autora se o ser humano tiver mesma dominância
da mão, do olho e do pé do lado direito chama-se destra homogênea; se for do lado esquerdo,
chama-se canhota ou sinistra homogênea. Se possuir dominância espontânea nos dois lados
do corpo, o que não é comum chama-se ambidestra. Pode ocorrer também de se usar a mão e
olho direito e o pé esquerdo ou qualquer outra combinação, o que significa lateralidade
cruzada.
De acordo com Alves (2012) é partir dos sete anos, que a criança será capaz de
perceber que direita e esquerda não dependem somente uma da outra, mas também da posição
de outras pessoas em relação a ela e de seus deslocamentos acontecendo, então, uma
descentralização de seus pontos de referência.

“A lateralidade se indica como forma assimétrica em nosso corpo, sendo em


partes do nosso corpo mão, olho, ouvido, perna, assim nosso cérebro recebe
informações do controle de certas funções que ele deve receber. Quando a
lateralidade não está bem definida, a criança tem dificuldade de assimilar os
conceitos de direita e esquerda, pois não distingue o lado dominante do outro
lado, pode possuir, também, falta de direção gráfica. (CARMO, 2007, p. 21.)
”.

Dessa forma quando uma criança estiver desenvolvendo seus movimentos, com mais
precisão, com certeza estará preparada para enfrentar novas etapas, onde se encontra mais
segura para desenvolver sua conduta ou coordenação motora.
Estruturação espacial: não nasce com o ser humano, sendo uma elaboração e uma
construção mental que se opera através do corpo em movimento em relação aos objetos que
estão ao seu redor. A criança, primeiro percebe a posição de seu próprio corpo no espaço,
depois, a posição dos objetos em relação a si mesma e, por fim, aprende a perceber as
relações das posições dos objetos entre si.
A criança passa ter conhecimento básico do seu corpo, tanto dele por inteiro como das
suas partes, sabendo onde se localiza e a nomenclatura de cada parte do seu corpo. A criança
com boa noção de estrutura espacial tem consciência do lugar ocupado por ela, por outras
pessoas e coisas e a maneira de colocar o seu corpo ou
parte dele e desloca-se com movimentos que apresentam o padrão normal de
desenvolvimento, com maior controle e domínio corporal.
A estruturação espacial pode ser definida como:

A tomada de consciência da situação de seu próprio corpo em relação ao


meio ambiente, isto é, do lugar e da orientação que pode ter em relação às
pessoas e coisas; a tomada de consciência da situação das coisas entre si; a
possibilidade, para o sujeito, de organizar-se perante o mundo que o cerca,
de organizar as coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de movimentá-las.
(DE MEUR e STAES, 1984 apud OLIVEIRA, 2007, p. 75).

Pode-se observar que a criança, primeiro percebe a posição de seu próprio corpo no
espaço, depois, a posição dos objetos em relação a si mesma e, por fim, aprende a perceber as
relações das posições dos objetos entre si.
Estruturação temporal: o tempo é um conceito abstrato que deve ser construído na
criança ao longo da vida. A palavra tempo é utilizada para designar os momentos de
mudança. O homem se insere no tempo, nasce, cresce e morre, sendo sua atividade uma
sequência de mudanças.
Portanto, organização temporal é a capacidade que se pode adquirir para tomar
conhecimento dos acontecimentos através do tempo. Rosa Neto (2002, p. 22), afirma que:
Percebemos o transcurso do tempo a partir das mudanças que se produzem
durante um período estabelecido e da sua sucessão que transforma
progressivamente o futuro em presente e, depois, em passado. O tempo é,
antes de tudo, memória: à medida que leio, o tempo passa. Assim, aparecem
os dois grandes componentes da organização temporal: a ordem e a duração
que o ritmo reúne. A primeira define a sucessão que existe entre os
acontecimentos que se produzem, uns sendo a continuação de outros, em
uma ordem física irreversível; a segunda permite a variação do intervalo que
separa dois pontos, ou seja, o princípio e o fim de um acontecimento. Essa
medida possui diferentes unidades cronométricas como o dia e suas divisões,
as horas, os minutos e os segundos. A ordem ou a distribuição cronológica
das mudanças ou dos acontecimentos sucessivos representa o aspecto
qualitativo do tempo e a duração seu aspecto quantitativo.

Nesse sentindo a consciência do tempo se estrutura sobre as mudanças percebidas –


independentemente de ser sucessão ou duração, sua retenção está vinculada à memória e à
codificação da informação contida nos acontecimentos.
A criança apresenta maior dificuldade para assimilar o conceito de tempo.
Inicialmente, ela sente a passagem do tempo, pelos seus próprios ritmos e necessidades
biológicas (fome e sede que obedecem a uma organização rítmica, sincronizada pela
alternância vigília-sono). Desta maneira, desde o nascimento, devem-se ajustar os ritmos
corporais de uma criança às condições temporais impostas pelo ambiente (hora de se
alimentar, tomar banho, dormir, acordar etc.), para que haja uma organização da ritmicidade
da mesma, que será o primeiro ponto referencial da informação temporal no decorrer do seu
desenvolvimento, fazendo com que a mesma adquira a percepção do tempo (ALVES, 2012).
O ritmo, considerado um dos conceitos mais importante da orientação temporal, não
envolve apenas a noção de tempo, mas de espaço, ordem, sucessão, duração e alternância. A
combinação de tempo e espaço dá origem ao movimento.
Ele traduz o intervalo de tempo a partir de três níveis: o ritmo motor, que é ligado ao
movimento do organismo, como andar, correr, etc; o ritmo auditivo, que é trabalhado com
algum movimento, sendo que muitas crianças não o percebem, e por último, o ritmo visual
que exige uma transferência espaço-temporal.
Assim, de início a criança vivência seu corpo, tentando conseguir harmonia em
seus movimentos. Mas este corpo não existe isolado no espaço e tempo e a criança vai, pouco
a pouco, captando essas noções.
Percepção visual: de acordo com Fonseca (2010) ver é muito mais do que olhar, é
essencialmente, compreender através dos olhos. Desta maneira, a visão torna-se o processo
pelo qual o espaço (e tudo que nele está situado) é percebido como um todo, isto é, a visão
surge como um receptor e analisador de estímulos espaciais, proximais e distais, e só depois
a interpretação da imagem visual pode ser operada.
Ainda de acordo com o autor acima citado, aprende-se a ver com todos os sentidos
integrados (paladar, olfato, audição, visão, tato-cenestésico, etc.), também postural e
comportamental situado e sustentados. Só a partir dessa dimensão comportamental se pode
falar de percepção visual.
Sem percepção, o ser humano não pode receber qualquer mensagem do ambiente ou
responder a ele de forma adequada. Sendo assim, a percepção visual, junto com a audição e
com o sentido tátil-cenestésico, é um componente essencial e complementar do
comportamento e da aprendizagem.
Para Oliveira (2007) uma boa percepção visual possibilita à criança a retenção dos
símbolos visuais apresentados, tais como letras, palavras, sinais de pontuação, desenvolvendo
assim uma boa memória visual. Esta memória visual por sua vez desempenha papel importante
para que a criança tenha condições de formar uma imagem visual das palavras, o que facilita o
reconhecimento rápido e instantâneo dos símbolos impressos durante a leitura. Desse modo,
no momento em que a criança tiver condições de discriminar as diversas letras, integrar os
símbolos, desenvolver a memória visual, ela atingiu a organização visual, componente tão
importante ao processo de leitura.
Percepção auditiva: é o resultado da integração das experiências com a organização
neurológica, possibilitando o ser humano de responder aos estímulos auditivos. Os nossos
receptores auditivos devem ser capazes de mandar as estimulações sonoras para o cérebro que
processará, selecionará e armazenará as informações na memória. A discriminação auditiva
está muito ligada à atividade motora, mais precisamente com a escrita. (OLIVEIRA, 2007).
Para o autor a memória auditiva é de fundamental importância durante o processo de
aprendizagem da leitura, pois favorece a retenção, recordação das palavras captadas
auditivamente. Neste período as crianças terão que associar o som percebido a uma grafia,
sendo assim deverá ter uma boa discriminação auditiva, além da capacidade de simbolização,
decodificação e memorização.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tem-se discutido sobre a necessidade de uma educação mais significativa,


contextualizada, e voltada para a vivencia dos alunos. Logo, inserida nesse contexto,
acredita-se que a Psicomotricidade vem crescendo e se tornando importante a cada dia que
passa, tendo em vista ter como objetivo auxiliar no processo de desenvolvimento da criança,
reunindo e articulando as áreas intelectual, motora, psicológica e afetiva. Por meio dos estudos
realizados pela Psicomotricidade pode-se compreender que corpo e mente, estão
extremamente relacionados, pois se um não funciona bem o outro pode apresentar problemas.
Por tanto, torna-se necessário trabalhar com atividades lúdicas que utilizam o corpo e os
movimentos como forma de expressão e desenvolvimento de funções cognitivas e emocionais.

Notou-se através das análises bibliográficas que é possível evidenciar a linguagem


corporal como uma forma significativa e complexa de interação, pois envolve os mais diversos
estados emocionais: amor, medo, hostilidade, ódio. Nesta perspectiva entende-se que o
professor de educação infantil deverá contemplar a expressão corporal como princípio
norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando que o movimento tenha
significado na prática psicomotora presente na relação que a criança mantém com o mundo.
Dessa maneira, considera-se que a Psicomotricidade é de grande importância no trabalho com
a Educação Infantil, pois, a partir do estudo do próprio corpo, a criança se situa em relação ao
mundo em que vive, orienta-se e, aos poucos, vai conhecendo-se para desenvolver sua própria
personalidade.
Diante do exposto, pode-se ressaltar que a presente pesquisa destinou-se a compreender
um pouco mais sobre a importância da Psicomotricidade na vida cognitiva, efetiva e social da
criança, com o intuito de colaborar com a reflexão para uma educação infantil mais integral do
aluno.

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