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IVAIPORÃ
2021
1. INTRODUÇÃO
Muito se ouve falar sobre a psicomotricidade, contudo uma imensa parte dela
permanece desconhecida, mal compreendida, e erroneamente explorada. A sua
importância ultrapassa os muros da escola e se faz presente em cada movimento, em
cada ação desde os primórdios da mais tenra idade. O desenvolvimento psicomotor
está diretamente associado ao processo maturacional existente desde a concepção,
no qual o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
A psicomotricidade é uma neurociência que transforma o pensamento em ato
motor harmônico. É o campo transdisciplinar que estuda as relações entre a atividade
psíquica e a atividade motora, sendo o ponto de partida para a aprendizagem infantil.
Por esse fato deve ser considerada como a base para qualquer processo de
aprendizagem. É por meio dela que a criança toma consciência de seu corpo, o que
contribui na aquisição da autonomia para a aprendizagem.
Partindo dessas considerações, o presente trabalho tem por finalidade refletir
sobre a importância da psicomotricidade na educação infantil. Pretende-se também
analisar o desenvolvimento de uma criança por meio de atividades psicomotoras.
A pesquisa estrutura-se em dois tópicos. No primeiro, “O referencial teórico”,
procurou-se enfatizar a definição de psicomotricidade por diferentes autores. No
segundo tópico, “Intervenção prática” foi realizado uma análise de três atividades
psicomotoras desenvolvidas por uma criança, evidenciando a importância desse
trabalho para a aprendizagem.
2. OBJETIVO
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Essa valorização fazia parte da cultura grega, pois diziam que o corpo
expressava a beleza da alma e que a saúde do corpo era uma virtude. Nesta época
focava-se o dualismo corpo-alma e estudava-se o movimento ligado às emoções, que
não mais podiam ser negadas, sendo que a força do homem estava no controle de
suas emoções (FONTANA, 2012).
Segundo Mello “a origem da psicomotricidade remonta à Antiguidade e, nestes
termos, confunde-se com a História da Educação Física”. Ele faz referências à
concepção de Aristóteles sobre o dualismo corpo-alma, “uma certa quantidade de
matéria (seu corpo), moldada numa forma (sua alma)”. (1989, p.17).
“O dualismo corpo-alma foi estudado por Aristóteles. Ele possuía uma
concepção de que o corpo apresentava certa quantidade de matéria (corpo físico),
moldado numa forma característica (alma)” (FONTANA, 2012, p 12).
Já para Campos (1992) o termo Psicomotricidade surgiu com Dupré em 1920,
significando o entrelaçamento entre o movimento e o pensamento. Ele já tinha uma
visão sobre o desequilíbrio motor denominando o quadro de “debilidade motriz” desde
1909 ao chamar a atenção de seus alunos para tal assunto. Verificou que havia uma
estreita relação entre anomalias psicológicas e as anomalias motrizes, o que o levou
a formular o termo psicomotricidade.
Segundo a Associação Brasileira de Psicomotricidade (1980) foi no início do
século XIX que surgiu o termo psicomotricidade:
O surgimento do termo psicomotricidade veio no início do século XIX, nomear
as zonas do córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras. Com o
desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a constatar-se
que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja lesionado ou
sem que a lesão esteja claramente localizada. São descobertos distúrbios da
atividade gestual, da atividade prática. Portanto, o "esquema anátomo-
clínico" que determinava para cada sintoma sua correspondente lesão focal
já não podia explicar alguns fenômenos patológicos. É, justamente, a partir
da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos
fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, a palavra
PSICOMOTRICIDADE, no ano de 1870.
4. INTERVENÇÃO PRÁTICA
Com base nos estudos e na análise das atividades realizadas, ficou claro que
a psicomotricidade é primordial para o desenvolvimento integral da criança, ela auxilia
na aprendizagem, beneficia no controle da motricidade, auxilia no autoconhecimento,
além de que fornece à criança a oportunidade de descobrir-se, de compreender seus
sentimentos e o mundo à sua volta, aguçar sua criatividade e desenvolver relações
lógicas.
Perante os três encontros observou-se que a psicomotricidade deve ser
trabalhada não só na escola, mas também em casa, a criança que participou das
atividades demonstrou dificuldades, as quais poderiam ter sido sanadas por meio de
estímulos durante brincadeiras.
A pesquisa corroborou quanto a necessidade do trabalho realizado na
educação infantil no que tange a psicomotricidade, mostrando que é essencial para
um desempenho significativo. Comprovando que a psicomotricidade auxilia na
construção do conhecimento.
As pesquisas referentes a este tema não se esgotam aqui, há muito para ser
explorado e trabalhado, para oportunizar um ensino em que a criança possa ser
protagonista de seu processo de aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Fernanda Cristina da Silva; MORAES, Lucia Gomes de. Estimulação psicomotora
com ação preventiva em crianças de 3 anos de idade. Revista Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium Curso de Pedagogia– Lins- SP, 2015. p. 264. Disponível em:
https://unisalesiano.com.br/aracatuba/wp-content/uploads/2018/05/universitas_7_edicao.pdf
>. Acesso em: 04 out.2021.
MELLO, A.M. de. Psicomotricidade, educação física e jogos infantis. 2. ed. São Paulo:
IBRASA, 1989. 95 p.