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SEGURANÇA DO TRABALHO
RESUMO
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Graduado em Engenharia Mecânica pela UCSAL
1. INTRODUÇÃO
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2. METODOLOGIA
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3. DISCUSSÃO
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treinamento, procedimentos, ergonomia e interface homem-máquina e a aptidão
para a tarefa.
O nível de estresse está definido pelos autores como nível de condições e
circunstâncias indesejadas que impedem o operador de realizar facilmente uma
tarefa. Apesar de essa ser uma definição bem aceita no meio acadêmico, o
Handbook de Swain & Guttmann (1985) relaciona o estresse com o desempenho
humano de uma forma curvilínea da seguinte forma: tanto pouco estresse quanto
estresse muito elevado geram no operador um desempenho baixo. Um pequeno
grau de estresse é necessário no operador para que ele tenha um nível suficiente de
excitação para desempenhar a tarefa com um grau ótimo de confiabilidade.
Ainda para Swain & Guttmann (1985), o estresse é gerado por algum
estímulo ou evento que conduz ao estresse, ou seja, um estressor. Os autores
classificam os estressores como sendo psicológicos ou fisiológicos. Os estressores
psicológicos incluem velocidade que as tarefas precisam ser feitas, distrações,
trabalho monótono, ameaças de supervisores, situações de emergências, etc. Já os
estressores fisiológicos incluem fadiga, dor ou desconforto, fome ou sede, restrição
de movimentos, temperaturas extremas, vibrações, etc.
Para ajudar a melhorar a análise, os autores Swain & Guttmann (1985)
apresentaram quatro níveis de estresse: muito baixo (insuficiente para causar
excitação para manter alerta), ótimo (o nível onde o operador pode manter alerta e
desempenhar a sua função com melhor desempenho), e dois níveis de estresse
elevado: moderadamente elevado (moderadamente perturbador) e muito elevado
(extremamente perturbador). O interessante é que os primeiros três níveis são
considerados estresse da tarefa, ou seja, que são resultados de uma tarefa com
pouca carga, uma tarefa com carga ótima e uma tarefa com carga elevada. O quarto
nível, no entanto, representa estresse ameaçador e implica em reações emocionais
às situações ou contexto das tarefas.
A complexidade está relacionada com a dificuldade que a tarefa tem de ser
desempenhada naquele determinado contexto (BLACKMAN; GERTMAN; BORING,
2008). Já pela definição de Swain & Guttmann (1985), a complexidade do trabalho é
função da quantidade de informação que o trabalhador precisa processar e a
quantidade de raciocínio abstrato ou visualização é requerida, ou seja, quanto maior
a carga de informação mais complexo é o trabalho.
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O tempo disponível é definido como a quantidade de tempo que um
operador tem para diagnosticar e agir sobre um determinado evento anormal. De
acordo com os autores Blackma, Gertman & Boring (2008), a falta de tempo afeta a
habilidade de pensar claramente e encontrar alternativas e também a habilidade do
operador de desempenhar a função.
O processo de trabalho tem relação com a desempenho do trabalho em si,
ou seja, cultura de segurança, planejamento do trabalho, comunicação e o suporte
que a pessoa tem da gestão e da política da empresa. Ou seja, como o trabalho é
planejado, comunicado e executado pode afetar a performance do indivíduo ou do
grupo (BLACKMAN; GERTMAN; BORING, 2008)
A experiência e o treinamento são fatores que se referem tanto ao
treinamento que a pessoa recebeu em aulas ou a quantidade de anos que a pessoa
trabalha realizando a tarefa, mas vai mais além, até na quantidade de tempo que
passou depois que ele passou pelo treinamento e os sistemas que foram utilizados
nas tarefas e/ou cenário (BLACKMAN; GERTMAN; BORING, 2008). Os autores
Swain & Guttmann (1985) fazem uma ótima análise com relação ao treinamento
para situações de emergências indicando a importância de treinamentos frequentes.
A figura 1 apresenta essa relação.
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Nessa figura podemos ver a importância que tem os treinamentos para
manter alta a eficácia da ação em meio a emergências.
Os procedimentos fazem parte dos fatores modeladores de desempenho e
está relacionado com a existência e o uso de procedimentos operacionais formais
para a determinada tarefa (BLACKMAN; GERTMAN; BORING, 2008).
Já ergonomia e interface homem-máquina se refere ao equipamento, tela,
controles, layouts, qualidade, quantidade de informações disponíveis pela
documentação e interação do operador com o equipamento para desenvolver as
tarefas (BLACKMAN; GERTMAN; BORING, 2008). Complementando essa
abordagem, o estudo de Figueroa & Souza (2011), mostra a importância da gestão
visual nos procedimentos de manutenção. Nesse artigo, os autores mostram que a
linguagem visual tem uma importância muito grande quando se trata de
procedimentos e padrões de manutenção porque facilita o entendimento do
operador já que a linguagem que são escritos os manuais é uma linguagem de
fabricante (muitas vezes engenheiros) e não de operadores (os que realmente irão
utilizar o equipamento), deixando os manuais difíceis de serem compreendidos pelos
operadores (FIGUEROA; SOUZA, 2011).
E sobre a aptidão para o trabalho, o que é analisado é se o operador da
tarefa está fisicamente e mentalmente apto para desenvolver aquela tarefa. Coisas
que podem afetar a aptidão dele são fadiga, doença, uso de drogas (legais ou
ilegais), confiança exagerada, problemas pessoais e distrações (BLACKMAN;
GERTMAN; BORING, 2008).
Existem vários métodos para avaliar a probabilidade de erro humano (HEP).
Apesar desses métodos serem básica e estruturalmente parecidos o mais conhecido
e mais analisado em literaturas, de acordo com Terra et al. (2020), é o THERP
(Técnica de Predição para a Taxa do Erro Humano, do inglês Technique for Human
Error Rate Prediction). Esse método faz uma análise de tarefas que as divide em
subtarefas e gera, dessa forma, uma matriz fazendo uma montagem de subtarefas
de HRA (Human Reliability Analysis) discretas, formando uma árvore de eventos de
HRA (Terra et al., 2020). De acordo ainda com Terra et al. (2020), é necessário
selecionar probabilidades de erro humano apropriadas correspondentes a cada
subtarefa. Essa identificação é feita em uma tabela prévia de consulta onde contem
a descrição da subtarefa. Depois de gerar a árvore de eventos o cálculo de
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probabilidade é feito levando em consideração todas as probabilidades de erro
humano documentada para cada subtarefa (TERRA et al., 2020).
A partir desse modelo vários outros foram sendo desenvolvidos para a
análise de probabilidade de erro humano. Alguns deles foram desenvolvidos
baseados nos fatores modeladores de desempenho (PSF do inglês Performance
Shaping Factors) que mencionamos anteriormente como é o caso do método
ATHEANA, SLIM-MAUD e SPAR-H os quais não detalharemos, mas terminam
sendo mais precisos já que levam em consideração as interações que o operador
tem com o ambiente de trabalho dele e com fatores psicológicos e fisiológicos
(TERRA et al, 2020).
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Interação da Confiabilidade Humana com a Engenharia de Segurança do
Trabalho
Para abordar essa questão de forma mais eficaz, é fundamental adotar uma
abordagem integrada que considere tanto os aspectos técnicos e estruturais quanto
os aspectos humanos da segurança no trabalho (International Organization for
Standardization, 2018). Isso envolve a implementação de programas de treinamento
e conscientização que visam aumentar a competência dos trabalhadores, melhorar a
comunicação e promover uma cultura de segurança positiva (AKYUZ, et al. 2015)
Além disso, a análise de falhas humanas pode ser usada para identificar
padrões de comportamento e fatores que contribuem para a falha humana,
permitindo que medidas preventivas sejam implementadas (WIEGMANN &
SHAPPELL, 2003). A aplicação de princípios ergonômicos também desempenha um
papel fundamental na promoção da confiabilidade humana, garantindo que as
tarefas, ferramentas e ambientes de trabalho sejam projetados de forma a minimizar
o potencial de erro humano e maximizar o desempenho humano.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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trabalho ergonomicamente adequados pode minimizar o potencial de erro humano e
maximizar o desempenho dos trabalhadores.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Janeiro 2024
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