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RESUMO

O presente estudo vai demonstrar a importância da implantação de um sistema de gestão


a segurança do trabalho. O objetivo do estudo é analisar a viabilidade do programa nas
atividades de analise, reconhecimento, a avaliação e o controle dos fatores ou riscos
ambientais para prevenir escoriações, lesões e problemas de saúde relacionado as
condições de trabalho para os colaboradores, em toda empresa de qualquer segmento,
tanto de pequeno, médio ou grande porte.

Palavras-chave: Gestão a segurança do trabalho aplicado às práticas e tomada de


decisões no local de trabalho.
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ABSTRACT

This study will demonstrate the importance of implementing a work safety management
system. The objective of the study is to analyze the feasibility of the program in the
activities of analysis, recognition, evaluation and control of environmental factors or
risks to prevent abrasions, injuries and health problems related to the working
conditions for employees, in any company of any company. segment, whether small,
medium or large.

Keywords: Workplace safety management applied to workplace practices and decision


making.
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INTRODUÇÃO

O mercado tem aumentado consideravelmente a competitividade, o que impõe às


organizações a contínua busca por novas ferramentas de gestão que possam auxiliar na
melhoria de seus processos.
Com a implantação de sistemas de gestão específicos (qualidade, meio ambiente,
segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social, etc.), as organizações objetivam
o aumento da qualidade de produtos e serviços, o desenvolvimento sustentável, melhor
relacionamento com a sociedade e, consequentemente, o aumento da lucratividade,
podendo, assim, transformar as pressões de mercado em vantagens competitivas.
Neste contexto, o bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é
decisivo para as empresas, uma vez que este sistema reduz os riscos de acidentes,
promove a saúde e a satisfação dos trabalhadores, melhora os resultados operacionais e
a imagem da organização, criando novas oportunidades de crescimento.
A questão de pesquisa que norteou o desenvolvimento deste trabalho foi a forma
de gerenciar, com práticas básicas para se alcançar o objetivo de minimizar os riscos e a
ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, tais práticas podem ser adotadas pelas
empresas de pequeno, médio e grande porte, utilizando da integração para o prestador
de serviços terceirizados para manter sua rotina de trabalho sem interrupções,
adaptando a inovações, sem preenchimento de inúmeros documentos e sem burocracia
sendo a ferramenta ideal para aprimorar capacidade de planejamento e execução das
atividades de muitos projetos atendendo cronograma que permite comunicação direta
entre as partes, resolução de ações em equipe de trabalho, integração de blocos para
fazer as amarrações necessárias e definição do projeto por meio de um fluxo de
trabalho.
O método de trabalho da higiene ocupacional compreende três passos
fundamentais: o reconhecimento, a avaliação e o controle dos fatores ou riscos
ambientais.
O objetivo geral é sugerir as empresas e setores de segurança do trabalho que a
partir da gestão em segurança do trabalho para novos colaboradores e prestadores de
serviço, facilite a tomada de decisões e de que esclareça o processo de trabalho, com
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mais praticidade e exatidão das atividades, projetos e elaboração de documentações,


assim como em treinamentos específicos as funções laborais de cada diferente
seguimento de mercado.

1. OBJETIVO

Desenvolver metodologia e condições seguras do trabalho à todos colaboradores


da empresa e contratadas prestadoras de serviço nas dependências da contratante, com
os conjuntos de medidas que serão adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho,
doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade do trabalhador,
definida por normas e leis, com esse objetivo deve-se mostrar a contratante, como os
documentos devem ser organizados entregues para os setores de departamento pessoal,
administrativo, produtivo e comercial, evitando ruídos na comunicação entre a
segurança do trabalho e as demais áreas relacionadas.
A segurança do trabalho estuda diversas disciplinas como introdução à
segurança, higiene e medicina do trabalho, prevenção e controle de riscos em máquinas,
equipamentos, instalações, psicologia na engenharia de segurança, comunicação,
treinamentos e administração.
Utiliza-se de metodologia de pesquisa, legislação e normas técnicas,
respondendo por responsabilidade civil e criminal, através de perícias, proteção do meio
ambiente, ergonomia, proteção contra incêndios e gerenciamento de riscos no local de
trabalho.
De acordo SENAI/CST

“Daí, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos,


investir em treinamento, em equipamentos e em métodos de trabalho para
incutir em seu pessoal o Espírito Prevencionista e, através de técnicas e de
sensibilização, combater em seu meio o Acidentes do Trabalho que, conforme
tem sido demonstrado, atinge forte e danosamente a Qualidade, a Produção e o
Custo” (1996, p.5).
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2. JUSTIFICATIVA
2.1. Justificativa da implantação de gestão em segurança do trabalho
O principal foco é definir requisitos e diretrizes para implantação do sistema de
gestão em segurança do trabalho para que as empresas possam executar suas atividades
de forma segura, visando a preservação da saúde e integridade física dos seus
funcionários e do meio ambiente, sem interferir na continuidade de seus trabalhos, nas
seguintes condições descritas abaixo;

 Acidente do trabalho
São assim considerados acidentes do trabalho aquele que ocorre a serviço da
empresa, em todas as situações que possam, por uma razão qualquer, de modo
descontrolado, entrar em contato direto com o trabalhador, gerando lesões.
Segundo SENAI/CST (1996, pg. 8), é fundamental que se entenda que a busca
da causa de um acidente não tem, absolutamente, o objetivo de punição, mas, sim, o de
encontrar a partir das causas, as medidas que possibilitem impedir ocorrências
semelhantes.
Caracterizam-se pela presença e/ou contato do homem com máquinas, objetos
escoriantes, cortantes, abrasivos e perfuro-cortantes, explosivos, inflamáveis, choques
elétricos e outros capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Estão incluídos:
arranjo físico (lay-out) inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção,
ferramentas defeituosas e/ou impróprias, instalações elétricas inadequadas (aterramentos
e painéis de energia), sinalização (ausência de indicações de risco), edificações (pisos
inadequados, escadas impróprias, etc.), probabilidade de incêndio e explosão (riscos
com produtos inflamáveis, sobrecarga elétrica, etc.), ventilação deficiente, etc,
ocasionando perturbação funcional ou lesão corporal, temporária, permanente ou que
cause morte, perda, redução da capacidade para desenvolver suas atividades para o
trabalho, sendo eles;
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Acidente grave: causa afastamento do trabalhador de seu posto superior a um


turno de trabalho, dias, meses, anos ou óbito. O acidente grave também é aquele que
impossibilita o trabalhador a exercer suas atividades normais dentro de seu setor.
Acidente leve: causa afastamento do trabalhador de seu posto não superior a um
turno de trabalho e não o afasta de suas atividades normais.
Acidente comum ou simples ocorrência: este tipo de acidente é aquele em que
existe apenas um atendimento que o trabalhador retorna imediatamente ao seu posto e
atividades normais de trabalho.
Acidente com perdas materiais: ocorre, quando há danos à instalações e a
equipamentos, produtos ou matérias primas, porém não causa vítimas.
Acidente de trajeto: ocorre sempre no deslocamento da residência do
funcionário para a empresa e vice-versa, desde que não haja desvio voluntário do
trajeto.

 Doenças ocupacionais
O acidente do trabalho também se compreende por doença profissional, quando
ligada ao trabalho, haja ocorrida proveniente de contaminação ou exposição aos riscos
ambientais, sendo eles;
Agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes, radiações não-ionizantes, frio e umidade.
Agentes químicos: que possam penetrar no organismo pela via respiratória em
forma de poeira, fumos, neblinas, névoas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo (via
dérmica) ou por ingestão.
Agentes biológicos: animais, plantas e outros seres vivos, vírus, bactérias,
protozoários, fungos, parasitas ou bacilos, que podem penetrar no organismo dos
trabalhadores, por meio do aparelho respiratório, contato com a pele, trato digestivo ou
outros meios inerentes ao processo de trabalho, atividade produtiva ou prestação de
serviços, e que potencialmente podem causar danos à saúde (doenças ou lesões), em
graus variados, aos seres humanos ou a outros organismos.

 Custo da lesão ou doença profissional


- Multa contratual pelo não cumprimento e elaboração das documentações necessária
apresentada à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego;
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- Perda de bônus na renovação do seguro patrimonial;


- Despesas decorrentes da substituição ou manutenção de peça danificada;
- Prejuízos decorrentes de danos causados ao produto no processo;
- Gastos de contratação e capacitação de um substituto;
- Pagamento de horas-extras para cobrir o prejuízo causado à produção;
- Gastos de energia elétrica e demais facilidades das instalações (horas-extras);
- Pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras pessoas e ou
empresas;
- Na investigação das causas do acidente;
- Na assistência médica para os socorros de urgência;
- No transporte do acidentado;
- Em providências necessárias para regularizar o local do acidente;
- Em assistência jurídica
- Em propaganda para recuperar a imagem da empresa
- Em caso de acidente com morte ou invalidez permanente ainda devemos considerar o
custo da indenização que deve ser pago mensalmente até que o empregado atinja a idade
de 65 anos.
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3. ESTUDO DE CASO

Aplicar programa de gestão da segurança do trabalho e acompanhamento de


empresas prestadoras de serviço nas dependências da contratante DAEMO
AMBIENTAL, assim como em relação à elaboração de PPRA – Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, O.S – Ordens de Serviço, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes e treinamentos para qualificação e capacitação do colaborador, bem como
justificar sua exigibilidade legal. Utilizando-se de uma ferramenta conhecida no meio
coorporativo o project model canvas é bastante intuitivo, com uma nomenclatura
simples e autoexplicativa. Ela divide-se em cinco questões fundamentais: por quê, o
quê, quem, como, quando e quanto.
Apresentado o projeto em uma folha grande dividida em blocos que representam
os diversos conceitos que integram um plano de gestão de segurança do trabalho.
Segundo Adriana Behar;

“ Eu acredito que o Project Model Canvas possa ajudar muito, inclusive no caso
dos profissionais menos familiarizados com gerenciamento de projetos. E se
tiverem como ferramenta um Mirror Canvas bem trabalhado, poderão conceber
seus projetos de forma fundamentada, sem deixar de fora o frescor da
criatividade” diz Adriana Behar, gerente de programa de desenvolvimento de
atletas (2013, pag. 218).
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Uma empresa que se destina a serviço de abastecimento público de água


(captação, adução, tratamento, reserva e distribuição de água potável) e coleta,
afastamento e tratamento dos esgotos domésticos do município e seus distritos pode
estar sujeita a riscos significativos, que precisam ser investigados, para que se tenha um
controle sobre os mesmos, ficando somente um risco residual administrável.
É partindo desta premissa, que a autarquia DAEMO – Departamento de Água e
Esgoto do Município de Olímpia está implantando este estudo de avaliação de
exposição ocupacional aos agentes físicos, químicos e biológicos, a fim de possibilitar a
implantação de gestão à segurança do trabalho.

Apresentado o projeto de gestão nas seguintes seções de informações estão


delimitadas no espaço visual dos 13 pequenos blocos que compõem a tela, como
demostra a imagem abaixo;

Figura 1: Apresentação do projeto


Fonte: elaborada pelo próprio autor

3.1. A empresa:
O DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia) trata-se
de uma autarquia pública responsável pelo serviço de abastecimento público de água
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(captação, adução, tratamento, reserva e distribuição de água potável) e coleta,


afastamento e tratamento dos esgotos domésticos do município e seus distritos.

Figura 2: Fachada do estabelecimento


Fonte: elaborada pelo próprio autor

3.2. Empresa (identificação e caracterização)


Razão social: SUPERITENDÊNCIA DE ÁGUA, ESGOTO E MEIO AMBIENTE DE
OLIMPIA – DAEMO AMBIENTAL
Nome fantasia: DAEMO Ambiental
Responsável: Maria Justina Boitar Riscali
Contato: Viviane de Carvalho Montagnane
Endereço: Av. Harry Gianecchini, nº 350 – Bairro Jardim Toledo – Olímpia/SP
Telefones: (17) 3279-2250 – ramal 229
Endereço eletrônico: pessoal@daemo.sp.gov.br
CNPJ: 46.933.016/0001-58
Inscrição Estadual: isento
Inscrição Municipal: 12.274
Número de funcionários: 96 (noventa e seis), sendo 64 do sexo masculino e 32 do sexo
feminino.
Turnos de trabalho: diurno e noturno
Atividade principal: administração pública em geral
CNAE principal: 8411-6-00
Grau de risco: 1 (um), pelo Anexo I, da NR 4

3.3. Este trabalho consistiu de algumas etapas de acordo com as premissas da


integração de segurança do trabalho.
 Reuniões com os representantes da contratante;
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 Inspeções “in loco” nos setores da empresa;


 Diagnóstico das condições de trabalho e apresentação de propostas de serviços;
 Análise de todos os cargos e postos de trabalho;
 Qualificação e quantificação dos agentes;
 Elaboração de relatórios e análise de riscos;
 Elaboração do programa, incluindo as medidas de controle que se fizeram
necessárias;
 Integração e treinamentos de segurança do trabalho;
 Analise de documentações necessárias para integração de novos colaboradores e
empresas terceirizadas;
 Conferência de documentos
 Acompanhamento das atividades comercial da empresa

3.4. Objetivo SMART


A sigla S.M.A.R.T, com seu significado Especifico, Mensurável, Alcançável,
Realista e Delimitado no Tempo, vai tratar de estabelecer, implementar e assegurar o
cumprimento das atividades do projeto como atividade permanente da empresa,
identificando e avaliando os riscos do processo de trabalho. Deve-se propor medidas
para evitar a ocorrência de acidentes e doenças no ambiente de trabalho. Deve-se
realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho, assim
como divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.

3.4.1 Antecipação e reconhecimento de acordo com os objetivos SMART


A antecipação envolveu a análise das instalações e métodos e processos de
trabalho, identificando os riscos potenciais. O processo de reconhecimento avaliou
qualitativa e quantitativamente os riscos ambientais encontrados.
Foram realizadas as avaliações qualitativas e quantitativas dos riscos
ocupacionais identificados, com o intuito de dimensionar a exposição do trabalhador.
Essa etapa serviu como subsídio para a indicação de medidas de controle como
demostra a imagem a seguir;
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Figura 3: Análise de segurança dos processos de trabalho


Fonte: elaborada pelo próprio autor

Foram sugeridas medidas a serem implantadas conforme o cronograma, que


visam eliminar ou reduzir agentes prejudiciais à saúde dos trabalhadores conforme a
tabela abaixo:
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Tabela 1: Cronograma de ações do plano de gestão em segurança do trabalho


Fonte: elaborada pelo próprio autor

Após a adoção de cada medida, ela deve ser avaliada quanto à eficácia. Deve ser
realizada uma avaliação sistemática da exposição dos trabalhadores a cada risco
determinado.

3.5. Benefícios da Segurança e Saúde do Trabalho (SST)


Qualquer empresa pode obter benefícios consideráveis do investimento em
Segurança e Saúde do Trabalho (SST). Melhorias simples podem aumentar a
competitividade, a rentabilidade e a motivação dos trabalhadores. A aplicação de um
sistema de gestão da SST garante um enquadramento eficaz para prevenir ou minimizar
acidentes e problemas de saúde.

 A segurança e a saúde no trabalho contribuem para demonstrar que uma empresa é


socialmente responsável;
 Protege e reforça a imagem de marca e o valor da marca;
 Ajuda a aumentar a produtividade dos trabalhadores, reforça o compromisso dos
trabalhadores para com a empresa;
 Cria mão-de-obra mais competente e mais saudável;
 Reduz os custos para a empresa e as quebras de produção;
 Permite que as empresas correspondam às expectativas dos clientes em matéria de
SST;
 Incentiva os trabalhadores a permanecerem na vida ativa durante mais tempo.
 Melhoria da motivação, da cooperação e do moral dos trabalhadores;
 Trabalhadores mais produtivos e métodos de trabalho mais eficazes;
 Minimização de custos não previstos, através de uma programação eficaz e
planejamento contínuo;
 Melhoria da qualidade do recrutamento e manutenção de trabalhadores;
 Redução dos prêmios de seguro;
 Redução da exposição potencial a ações penais ou cíveis.
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 Métodos de trabalho mais seguros, que permitem igualmente que o trabalho seja
executado mais rapidamente;
 Taxas de acidentes, incidentes e problemas de saúde reduzidas, havendo casos em
que as ausências por doença caíram para metade;
 Aumento dos níveis de recrutamento, motivação e manutenção de pessoal
qualificado.

3.6. Produto
O projeto é elaborado com o objetivo de estabelecer metas, realizar
treinamentos, acompanhamento técnico, elaborar documentos, promover realização de
campanhas de educação e aplicar novos projetos, tomando-se como base a execução de
plano de gestão de serviço especializado em segurança do trabalho.

3.7. Requisitos
O desenvolvimento deste programa é baseado nos procedimentos prescritos nas
legislações vigentes, devendo-se registrar a situação atual da empresa identificando
pontos fortes como meios de segurança já existentes e ameaças de riscos ambientais,
sendo eles os pontos fracos e apresentar recomendações de melhoria contínua ao local
de trabalho, estabelecendo prioridades de ações, reuniões com a equipe, selecionando e
especificando as proteções coletivas e individuais tecnicamente adequadas. As medidas
de controle a serem adotadas deverão ser avaliadas considerando os dados obtidos na
avaliação ambiental e no controle médico previsto no programa de controle médico.

3.8. Stakeholders

Stakeholders são os profissionais que de forma direta ou indireta associado ao


plano de gestão, neste caso terá a parceria com a empresa (representante, gerente ou
proprietário), SESMT e laboratórios clínicos para efetividade das ações previstas pelo
programa de prevenção de riscos ambientais e o programa de controle médico, para
prevenção dos danos à saúde sendo avaliada de exames, tais como;
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 Exame periódico: O exame periódico deve ser anual aos colaboradores quando
menores de dezoito anos e maiores de quarenta e cinco anos de idade, dependendo
do risco que estiverem expostos no que tange a avaliação clinica, abrangendo
exame físico e mental.

 Exame de mudança de função: Deve ser realizado obrigatoriamente antes da data


da mudança, sempre que ocorrer qualquer alteração de atividade, posto de trabalho
ou de setor, que implique na exposição do trabalhador a risco(s) diferente(s) a que
estava exposto, antes da mudança.
A realização de exames complementares será definida pelos riscos presentes
na nova atividade / funções listadas no admissional e pelos achados da avaliação
clínica.

 Exame de retorno ao trabalho: Deve ser realizado obrigatoriamente no primeiro


dia de retorno ao trabalho, em todo colaborador que tenha se ausentado por um
período igual ou superior a 30 (trinta) dias, motivado por doenças ou acidente, de
natureza ocupacional, exceto férias ou não, ou parto. Não é permitido o
desenvolvimento da atividade laboral sem a realização do mesmo.

 Exame Demissional: Deve ser realizado obrigatoriamente, caso o último exame


médico ocupacional tenha sido realizado anterior à 180 (cento e oitenta dias)
dependendo do risco que antecedem o desligamento definitivo do trabalhador. O
exame demissional deve constar de uma avaliação clínica, abrangendo exame físico
e mental.

3.9. Equipe de trabalho que desenvolvera tais funções


 Do SESMT: elaborar os programas, sendo engenheiro de segurança do trabalho,
técnico de segurança do trabalho, médico do trabalho e enfermeiro do trabalho
devidamente qualificado.
 Do empregador (diretor, gerente, etc): estabelecer, implementar e assegurar o
cumprimento das atividades do projeto, como atividade permanente da empresa
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 Dos funcionários: colaborar e participar na implantação e execução do projeto,


seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do projeto,
informar ao seu superior imediato, ocorrências que, a seu julgamento, possam
implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
 Dos responsáveis de cada setor/departamento RH: são responsáveis diretos pelo
estabelecimento dos prazos de execução para correção das irregularidades, bem
como da solução das mesmas, devem garantir a manutenção das normas de
segurança do trabalho aplicáveis em seus respectivos setores.

3.10. Premissas para implementação da integração de segurança do trabalho


 A segurança do trabalho se constitui de algumas etapas para sua implantação,
reuniões com os representantes da contratante, inspeções “in loco” nos setores de
empresas é realizado para identificar os riscos existentes nas instalações e métodos
de processos atuais, visando o diagnóstico das condições de trabalho e apresentação
de propostas e medidas de eliminação, minimização ou controle dos mesmos.
 Análise de todos os cargos e postos de trabalho, qualificação e quantificação dos
agentes, compilação dos dados e trabalhos de pesquisa;
 Elaboração dos programas, incluindo as medidas de controle que se fizeram
necessárias.

3.11. Grupo de entrega dos programas de segurança do trabalho


 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA: elaboração e entrega
deste documento será de responsabilidade do técnico e segurança do trabalho e
engenheiro de segurança do trabalho com a colaboração da empresa que tem como
objetivo específico a preservação da saúde e da integridade física e mental dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento e avaliação dos riscos
ambientais, pelo menos uma vez por ano, e o controle das ocorrências dos riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, levando
também em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O
desenvolvimento do programa e o seu sucesso dependerão da integração harmônica
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de todos os setores da empresa, desde seus proprietários até dos próprios


trabalhadores. O caráter do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais é
essencialmente prevencionista, pois rastreia de forma permanente os riscos
ambientais, bem como suas necessidades de controle. Para efeito do PPRA
consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes
no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração, intensidade
ou tempo de exposição são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO: elaboração e


entrega deste documento será de responsabilidade do médico coordenador de
segurança e medicina do trabalho que foi estabelecido pela lei nº 6514 de 22 de
dezembro de 1977, e aprovado pela Portaria 3214 de 08 de junho de 1978, e está
contido em sua Norma Regulamentadora nº 7 – NR 7, que estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
PCMSO, com o objetivo de preservar e promover a saúde do conjunto dos seus
trabalhadores, estabelecendo parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem
observados na execução do PCMSO.

 Ordens de Serviço (OS): elaboração e entrega deste documento será de


responsabilidade do técnico de segurança do trabalho, evitando assim problemas
trabalhistas, principalmente no caso de desvio de função. A ordem de serviço é um
documento que tem a função de emitir comunicações internas em uma empresa a
respeito de um trabalho que precisa ser efetuado.

 Equipamentos de Proteção Individual – EPI: deve-se promover treinamento de


responsabilidade do técnico de segurança do trabalho para colaboradores, com
orientação técnica da prática de segurança e uso correto de equipamentos de
proteção no trabalho e atividades afins para todos os colaboradores, incluindo
documentação fotográfica digital e lista de presença.
Este treinamento terá como conteúdo programático:
- Identificação dos riscos profissionais nas atividades;
- Guarda, conservação, higienização e uso correto dos EPIs;
- Práticas coletivas de segurança do trabalho.
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 CIPA: elaboração e treinamento para capacitação será de responsabilidade do


técnico de segurança e engenheiro de segurança do trabalho que tem como objetivo,
desenvolver atividades voltadas para a prevenção de doenças, acidentes do trabalho
e qualidade de vida dos trabalhadores, é composta por representantes do
empregador (indicados) e dos empregados (eleitos), em igual número, sendo
composta de titulares e suplentes e sua quantidade é definida pelo grau de risco de
sua atividade que é definido pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades
Econômicas) e pelo número de funcionários da empresa. Haverá também um
secretário e seu substituto

 Treinamentos: elaboração e capacitação de funcionários para diversas atividades


como máquinas e equipamentos, trabalho em altura, brigada de incêndio, etc.
Segundo as normas regulamentadoras exigidas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego que será de responsabilidade do técnico de segurança do trabalho,
engenheiro de segurança do trabalho e recursos humanos a propiciar aos
participantes o conhecimento básico necessário para desenvolver as atividades
desempenhadas da empresa.

3.12. Requisitos
A metodologia utilizada no desenvolvimento deste programa é baseada nos
procedimentos prescritos nas legislações vigentes. Os procedimentos “in loco” estão
divididos em três etapas: reconhecimento, avaliação qualitativa e quantitativa e medidas
de segurança existentes e propostas.

3.13. Restrições
Dificuldade em encontrar profissionais competentes com atribuições para
exercer as atividades envolvidas no projeto de implantação de segurança do trabalho,
fazendo com que a empresa não se organize, desgastando as relações humanas no
trabalho e ainda descumprindo as normas regulamentadoras vigentes.
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3.14. Riscos para implantação de integração de segurança do trabalho


 Evidencias e sombras de trabalhos mal sucedidos,
 Falta de seriedade e entendimento da equipe,
 Falha de comunicação entre as partes envolvidas,
 Atrasos no desenvolvimento das atividades;
 Falta de softwares ou planilhas para controle de dados estatísticos de melhorias
impossibilita que o trabalho atenda as expectativas que se espera;

3.15. Linha do tempo


 Prazo de execução dos programas de segurança do trabalho: até 60 dias a partir
de um cronograma de atividades e prioridades, estabelecido de acordo com as
necessidades da empresa.
 As prioridades e metas de avaliação assim como o controle de riscos para melhoria
contínua, serão definidos para serem desenvolvidas ao longo do período de 12
meses de vigência desse projeto.
 As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos
trabalhadores e controle médico. Todos os dados serão mantidos arquivados
durante no mínimo 20 (vinte) anos, mantendo-se uma avaliação sistemática
periódica da exposição, com reavaliação anual.

CONCLUSÃO
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Durante os últimos dez anos, a abordagem sistémica de um SST popularizou-se


consideravelmente, em países industrializados como em países em desenvolvimento, a
aplicação se reveste e variam entre as normas regulamentares.
Os resultados deste estudo de caso, implicam em parecer essencialmente técnico
das condições de higiene ocupacional do trabalho, existentes nos locais de trabalho.
As recomendações contidas neste programa devem ser priorizadas pela direção
da superintendência de água, esgoto e meio ambiente de Olímpia – DAEMO ambiental,
no sentido de sanar algumas questões pendentes e proporcionar aos seus colaboradores
um ambiente laboral sem riscos à saúde e integridade física. Com este procedimento, e
em vista das avaliações qualitativas realizadas, podemos concluir que os agentes
ambientais existentes na empresa, não possuem capacidade de causar danos à saúde dos
trabalhadores, desde que observadas as normas vigentes e as medidas de prevenção e
proteção propostas.
A experiência mostra que o sistema de gestão aplicado a nível organizacional
para a promoção de melhoria continua, não somente na implantação do SESMT, mas
também a vários processos dos locais de trabalho, planilhas e documentações.
O project model canvas abordou elementos chaves para implantação do sistema
de gestão, assegurando um compromisso com a direção da organização e a participação
dos funcionários ao sistema de gestão de segurança do trabalho.
Espera-se que este estudo possa servir como base ou fonte de pesquisa para
futuros engenheiros se identificar com a gestão em segurança do trabalho,
familiarizando com treinamentos, avaliações quantitativas e qualitativas das atividades
desenvolvidas pelos colaboradores, visando a melhoria continua organizacional e
crescimento da empresa.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FINOCCHIO Jr., José. Project Model Canvas – Gerenciamento de Projetos sem


Burocracia. Editora Elsevier Campus, 2013.

Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão)


Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Mecânica © SENAI - ES, 1996.

PM Canvas APP - Gerenciamento de projetos sem burocracia. Disponível em


www.projectmodelcanvas.com. Acesso em 05/dezembro/2020

NORMAS REGULAMENTADORAS - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO.


Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nrs.htm. Acesso em:
05/dezembro/2020

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