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LEGISLAÇÃO
Este guia tem como funções esclarecimentos e orientações, não se prestando como manual de
referências trabalhistas. Para isto deve-se basear na legislação vigente, que é completa e
detalhada.
Este guia foi elaborado pelos engenheiros agrônomos e engenheiros de segurança do trabalho
Omar Eduardo de Nadai (CREA/SP 0601505528) e Roberto Munhoz Blanco (CREA/SP
5061122405), em cortesia à Secretaria de Agricultura do Município de Olímpia – SP.
INTRODUÇÃO
1. DIFICULDADES DA AGROPECUÁRIA
Pode-se dizer que o agropecuarista brasileiro é um herói, pois consegue produzir
com qualidade e produtividade no meio de um cenário totalmente adverso à sua atividade. Em
uma rápida análise podemos constatar que os produtores têm, contra si:
- Alto custo de produção
- Alto custo das máquinas e equipamentos
- Preços de comercialização de seus produtos que muitas vezes não cobrem os custos de
produção
- Abusivos encargos previdenciários e trabalhistas
- Monopólios e oligopólios de vários segmentos industriais
- Pragas e doenças
- Dificuldade de acesso às linhas de crédito
- Legislação ambiental incoerente com a realidade rural
- E obviamente, dentre outras dificuldades, temos as AÇÕES TRABALHISTAS.
Se fizermos uma “fria” análise desta preocupação, de modo geral podemos verificar
que o empregador está preocupado em não levar multas por não cumprir as exigências legais
e também com o afastamento do empregado, por motivo de doença ou acidente, que fará
falta na lida diária, e não com sua saúde. O INSS não quer mais empregados afastados ou
aposentados por motivos de doença ou acidente, devido ao custo que isto acarreta, e não
diretamente com a saúde do trabalhador. Quanto ao próprio empregado, este sim deveria se
preocupar com sua saúde, mas infelizmente verifica-se na prática a resistência destes em
utilizar os EPI – Equipamentos de Proteção Individual ou mesmo em participar de
treinamentos visando prevenção de acidentes e proteção de sua saúde. No final, quem se
preocupa com a saúde do empregador é apenas o Ministério do Trabalho e Emprego, que
exige dos empregadores a aplicação das normas e exigências, através de seus fiscais, que são
em número insuficiente para promoverem uma fiscalização efetiva.
Enfim, na prática poucos se preocupam realmente com a saúde do empregado,
preocupando-se, quase todos, apenas com suas atividades e atribuições. Com este guia
esperamos dar um melhor esclarecimento sobre o assunto.
Além disto, esta norma também regulamenta inúmeros outros fatores, dentre eles
- Utilização segura de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins (obrigatoriedade de
treinamento)
- Meio ambiente e resíduo
- Ergonomia
- Ferramentas manuais
- Máquinas, equipamentos e implementos
- Secadores
- Silos
- Acessos e vias de circulação
- Transporte de trabalhadores
- Transporte de cargas
- Trabalho com animais
- EPI
- Edificações rurais
- Instalações elétricas
- Áreas de vivência
- Instalações sanitárias
- Peso máximo que trabalhador pode carregar
- Moradias
- Etc.
“UM TRABALHO EXECUTADO POR PROFISSIONAL NÃO HABILITADO NÃO TEM VALIDADE EM
UMA AÇÃO JUDICIAL”