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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

PROJETO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

PATRICIA DE OLIVEIRA AZEVEDO

(Técgª Hidráulica e Saneamento Ambiental)

São Paulo
2019

www.fmu.br
Rua Vergueiro, 107 – Liberdade – São Paulo – SP
CEP01504-001 – Tel.: (11) 3132-3000
PROJETO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

PATRICIA AZEVEDO DE OLIVEIRA 3423753

Relatório apresentado ao Centro


Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas – Pós
Graduação FMU, como parte dos
requisitos para obtenção de
aprovação na disciplina de
Tratamento de Águas e Esgotos.

São Paulo
2019

www.fmu.br
Rua Vergueiro, 107 – Liberdade – São Paulo – SP
CEP01504-001 – Tel.: (11) 3132-3000
SUMÁRIO

1. OBJETIVO ................................................................................................... 9
1.1. Vazões de Projeto ................................................................................................................. 10
1.2. Condução Da Água Bruta Até a ETA ................................................................................... 10
1.2.1. Dimensionamento da captação do manancial superficial, caixa de areia ............................. 10
1.2.2. CAIXA DE AREIA ............................................................................................................. 11
2. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO ............................................................ 12
3. DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA ....................................... 15
4. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) ............................................. 16
4.3.1. Cálculo da Largura do Canal (B) ......................................................................................... 23
4.3.2. Cálculo Área do Canal (A) .................................................................................................. 24
4.3.3. Cálculo do Raio Hidráulico do Canal (Rh) .......................................................................... 24
4.3.4. Cálculo da Perda de Carga Unitária (j) ................................................................................ 24
4.3.5. Cálculo do Gradiente de Velocidade (G) ............................................................................. 24
4.4.1. Cálculo do Volume do Floculador (Vf)................................................................................ 25
4.4.2. Cálculo da Área superficial do Floculador (As) ................................................................... 25
4.4.3. Cálculo da Largura do Floculador (Bf) ................................................................................ 25
4.4.4. Cálculo das Áreas total e individual (As individual) .................................................................. 26
4.4.5. Cálculo do Volume de cada câmara de floculação (V) ........................................................ 26
4.4.6. Cálculo da Potência a ser introduzida no volume de líquido (P) ......................................... 26
4.4.7. Dimensionamento do Sistema de Agitação.......................................................................... 26
4.4.8. Dimensionamento do Sistema de Agitação.......................................................................... 27
4.5.1. Dimensionamento dos decantadores convencionais de fluxo horizontal ............................. 28
4.5.2. Cálculo da área superficial do decantador (As) .................................................................... 28
4.5.3. Cálculo da velocidade superficial do decantador (Vs) ......................................................... 28
4.5.4. Verificação do tempo de detenção hidráulico (θ h) ............................................................... 29
4.5.5. Definição da Geometria do decantador ................................................................................ 29
4.5.6. Cálculo da taxa de escoamento superficial (q) ..................................................................... 29
4.5.7. Cálculo da Velocidade Horizontal (Vh) ............................................................................... 29
4.5.8. Cálculo do Raio Hidráulico (Rh) .......................................................................................... 30
4.5.9. Cálculo do Número de Reynolds (Re) ................................................................................. 30
4.5.10. Dimensionamento das calhas de coleta de água decantada .................................................. 30
4.5.11. Vazão estimada (ql) ............................................................................................................. 30
4.5.12. Cálculo do Comprimento Total do Vertedor (L v) ................................................................ 30
4.5.13. Cálculo do número de Calhas (N calha) .................................................................................. 31
4.5.14. Cálculo do espaçamento entre as calhas (Esp) ..................................................................... 31
4.5.15. Dimensionamento da cortina difusora de passagem do sistema de floculação para o
decantador .......................................................................................................................................... 31
4.5.16. Cálculo da área dos furos (A furos) ........................................................................................ 31
4.5.17. Cálculo do número de orifícios (N orfícios)............................................................................. 31
4.5.18. Disposição das passagens na cortina difusora ...................................................................... 32
4.6.1. Cálculo da área total de filtração (Atf) ................................................................................. 34
4.6.2. Cálculo aproximado do número de filtros (N) ..................................................................... 35
4.6.3. Cálculo da área de cada filtro (Af) ....................................................................................... 35
4.6.4. Definição das dimensões básicas de cada filtro ................................................................... 35
4.6.5. Características dos materiais filtrantes ................................................................................. 36
4.6.6. Verificação da grandeza L/def. ............................................................................................ 36
4.6.7. Definição da camada suporte ............................................................................................... 37
4.6.8. Cálculo da expansão do meio filtrante ................................................................................. 38
4.6.9. Cálculo do volume de água de lavagem (Qal) ..................................................................... 39
4.6.10. Dimensionamento da tubulação de água de lavagem ........................................................... 40
4.7.1. Dimensionamento do sistema de desinfecção (Vol) ............................................................ 40
4.7.2. Definição da geometria do tanque de contato ...................................................................... 41
4.7.3. Verificação da velocidade nas passagens e canal principal (Vh) ......................................... 41
4.7.4. Cálculo do consumo diário de cloro .................................................................................... 42
4.7.5. Dimensionamento do sistema de reservação - Cloro ........................................................... 42
4.7.6. Dimensionamento do sistema de fluoretação ....................................................................... 43
4.7.7. Cálculo da massa diária ....................................................................................................... 43
4.7.8. Cálculo da massa de ácido fluossílico .................................................................................. 43
4.7.9. Dimensionamento do sistema de reservação – ácido fluossílico ......................................... 43
Determinação do Desnível Geométrico Δg entre Reservatórios ........................................................ 47
DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA ............................................. 47
CASA DE BOMBAS ......................................................................................................................... 47
Dimensionamento do Barrilete de Sucção ......................................................................................... 47
Determinação do diâmetro ................................................................................................................. 47
Determinação da velocidade final ...................................................................................................... 47
Determinação da perda de carga distribuída ...................................................................................... 48
Escolha do Diâmetro Econômico da Adutora .................................................................................... 48
Arranjos Estudados Para Estação Elevatória ..................................................................................... 49
4.8.1. CÁLCULOS PARA ADUTORA Ø 700 MM ..................................................................... 49
Cálculo da velocidade ........................................................................................................................ 49
Cálculo da altura total da bomba ........................................................................................................ 49
Arranjos 51
Ponto de operação .............................................................................................................................. 52
Curva característica da bomba ........................................................................................................... 52
4.8.2. CÁLCULOS PARA ADUTORA Ø 800 MM ..................................................................... 53
Cálculo da altura total da bomba ........................................................................................................ 54
Arranjos 55
Ponto de Operação ............................................................................................................................. 56
Curva característica da bomba ........................................................................................................... 56
4.8.3. CÁLCULOS PARA ADUTORA Ø 900 MM ..................................................................... 57
Cálculo da velocidade ........................................................................................................................ 57
Cálculo da altura total da bomba ........................................................................................................ 58
Arranjos 59
Curva característica da bomba ........................................................................................................... 60
Ponto de operação .............................................................................................................................. 61
Análise econômica ............................................................................................................................. 61
Sistema tarifário ................................................................................................................................. 61
Dispositivos de proteção das adutoras ............................................................................................... 63
Blocos de ancoragem e pilaretes ........................................................................................................ 63
Órgãos acessórios............................................................................................................................... 64
4.9.1. Dimensionamento De Entrada No Reservatório .................................................................. 65
4.9.2. Dimensionamento do reservatório ....................................................................................... 65
4.9.3. Determinação do volume útil ............................................................................................... 65
4.9.4. Volume de reservação .......................................................................................................... 65
4.9.5. Determinação Da Geometria Do Reservatório .................................................................... 66
4.9.6. Área do reservatório ............................................................................................................. 66
4.9.7. Diâmetro do reservatório ..................................................................................................... 67
4.9.8. Dimensionamento da tubulação de saída ............................................................................. 67
4.9.9. Dimensionamento do respiro ............................................................................................... 67
4.9.10. Chapéu chinês ...................................................................................................................... 67
4.9.11. Extravasor ............................................................................................................................ 68
5. CONCLUSÃO ............................................................................................. 69
INTRODUÇÃO
As estações de tratamento de água, comumente chamadas de ETA, são locais
que realizam procedimentos de tratamentos necessários para que água, vinda das
fontes naturais, se torne consumível e acessível. A água consumida diariamente pela
população passa por três grandes estágios antes de chegar até as residências: a
captação, o tratamento e a distribuição.

Figura 1. Representação esquemática dos processos realizados no tratamento de tratamento de


água. Fonte: Sabesp 2010

Após o processo de captação da água para a estação de tratamento por meio


de adutoras em mananciais superficiais ou subterrâneos, é adicionada a água um
agente químico, geralmente sulfato de alumínio ou sulfato férrico para aglutinar as
partículas maiores de sujeira por meio do processo de coagulação. Os sólidos maiores
como, galhos e madeira, são removidos por gradeamento que impedem a passagem.
Depois a água prossegue para um tanque de concreto que a mantém em movimento
lento na etapa de floculação, onde as partículas presentes se aglutinam em flocos
maiores, e são removidos quando se encaminham para o fundo, por ação da
gravidade, nos tanques de decantação ou sedimentação, formando o lodo. Já as
partículas menores são retidas no processo de filtração, passando por filtros de
carvão, areia e pedaços de rocha.
Para remover micro-organismos que possam causar doenças na população, é
adicionado cloro a água no processo de desinfecção. Depois destinada a fluoretação,
e ao final do processo, a correção do Ph da água com cal hidratada reduzindo sua
corrosividade nas tubulações de distribuição.
Depois de um longo caminho e de análises laboratoriais para testar a
qualidade da água, ela é levada até os pontos de uso pela rede de distribuição.
As primeiras obras visando o abastecimento de água foram construídas para atender
as necessidades da população e para irrigação de suas culturas agrícolas.
As primeiras construções para controlar o fluxo de água foram criadas na
Mesopotâmia e no Egito. A cidade de Knossos, na ilha de Creta estava em seu apogeu,
por volta de 1700-1450 a.C., e desenvolveu um sistema de transporte de água que
utilizava condutos circulares e distribuíam para toda cidade e para o palácio em
tubulações sob pressão, enquanto outras civilizações utilizavam apenas canais
superficiais. Mas foi em 100 d.C. que os romanos começaram a buscar água de
melhor qualidade para abastecimento da população, vinda de fontes e não de rios,
que poderia ser transportada com ajuda da gravidade através de aquedutos. Existiam
aquedutos construídos acima do terreno, com escoamento livre em canais, e
condutos enterrados que transportava água para reservatórios e distribuído
principalmente às fontes e casas de banho. A distribuição era feita com tubos de
chumbo ou cerâmica, colocados sob as principais ruas da cidade.
No Brasil, em 1723, foi construído o primeiro aqueduto no Rio de Janeiro,
levando por adução águas do Rio Carioca através dos arcos velhos até o chafariz
público. Em 1876 foi contratado o projeto para o primeiro sistema de abastecimento
de água encanada do Rio de Janeiro; e, em São Paulo, o primeiro chafariz público foi
construído em 1744 e em 1746 foram construídas linhas de adução para abastecer
dois conventos, de Santa Tereza e da Luz. O primeiro projeto de adução e distribuição
de água para São Paulo servida por chafarizes públicos foi elaborado em 1842.
Atualmente, no Brasil existem cerca de 7500 estações de tratamento de água, e
em sua grande maioria com ciclo completo de processo – coagulação, floculação,
decantação e filtração.
1. OBJETIVO

Uma cidade com 800 m de altitude, terá um sistema de abastecimento de


água, sua população futura para fins de projeto, foi estimada em 120.000 habitantes.
Determinação das vazões para dimensionamento, expressas em litros por
segundo, dos diferentes trechos de canalização, admitindo os seguintes dados:

Dados de interesse para o projeto:

• P = população futura para fins de projeto


• Qespecial = vazão específica, grandes consumidores = indústrias, comércio,
escolas, hospitais etc.
• qpercapta = OMS = 150 l/hab. dia mínimo
• CETA lavagem dos filtros (consumo da ETA)
• K1 = coeficiente do dia de maior consumo
• K2 = coeficiente da hora de maior consumo

Dados Valores
População 120.000
Consumo percapta 200 l/hab.dia
Coeficiente do dia de maior consumo (K1) 1,25
Coeficiente da hora de maior consumo (K2) 1,50
Consumo Especial 70,00 l/s
Consumo da ETA 4%
Tabela 1: Dados para o projeto.
1.1. Vazões de Projeto
Para dimensionar as vazões necessárias ao projeto, é preciso calcular as
vazões da captação, estação elevatória, adutora e ETA.

1.1.1. Vazão da Captação até a ETA


K1 Pq
Q1 = ( + Qespecial ) CETA
86400
1,25 .120000 . 200
Q1 = ( + 70) 1,04
86400
𝑸𝟏 = 𝟒𝟑𝟑, 𝟗𝟏 𝒍/𝒔

1.1.2. Vazão da ETA até o Reservatório

K1 Pq
Q2 = + Qespecial
86400
1,25 .120000 . 200
Q2 = + 70
86400
𝑸𝟐 = 𝟒𝟏𝟕, 𝟐𝟐 𝒍/𝒔

1.1.3. Vazão do Reservatório até a Rede

K1 K 2 Pq
Q3 = + Qespecial
86400
1,25 . 1,50 . 120000 . 200
Q3 = + 70
86400
𝑸𝟑 = 𝟓𝟗𝟎, 𝟖𝟑 𝒍/𝒔

1.2. Condução Da Água Bruta Até a ETA

1.2.1. Dimensionamento da captação do manancial superficial, caixa de areia


A partir de uma curva no rio, estabeleceu-se a construção do canal de
captação com 100 metros de comprimento, com a caixa de areia com duas divisões
visando a limpeza e adutora por gravidade até o poço de sucção da estação
elevatória.
1.2.2. CAIXA DE AREIA
Sendo:
QVAZÃO NECESSÁRIA = 0,43391 m3/s
VESCOAMENTO = 0,3 m/s
VSEDIMENTAÇÃO = 0,021 m/s
Diâmetro médio das partículas ≥ 0,2 mm
Autonomia min = 1 semana
Coef. Segurança = 1,5
BL = 0,20 m

• Cálculo da área da caixa de areia


𝑄 0,43391
𝐴= = = 20,66𝑚²
𝑉𝑆 0,021

• Dimensões da caixa de areia


Adotando-se a largura da caixa de areia b = 3,00 m, o comprimento L resulta:
𝐴 20,66
𝐿= = = 6,887𝑚
𝑏 3,00
Para compensar a turbulência na entrada e saída da caixa de areia, aplica-se
um coeficiente de segurança de 50% no comprimento da caixa, resultando:
𝑳 = 𝟔, 𝟖𝟖𝟕𝒙𝟏, 𝟓𝟎 = 𝟏𝟎, 𝟑𝟑𝒎 → 𝟏𝟏, 𝟎𝟎 𝒎
Assim as dimensões da caixa de areia serão de:
- Largura: 3,00m
- Comprimento: 11,00m

• Profundidade da caixa de areia


𝑄 0,43391
𝑄 = 𝑉. 𝐴 → 𝐴 = = = 1,446𝑚²
𝑉 0,30
Sendo A=b.h, obtém-se h:
𝐴 1,446
ℎ= = = 0,482𝑚 → ℎ = 0,50𝑚
𝑏 3,00
2. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

2.1. Diâmetro da Tubulação de Captação


O Diâmetro é calculado a partir da equação da continuidade:

π ∗ D2 V 4 Q
Q= V∗A → = → D = √( ) ∗ ( )
4 Q π V

4 0,43391
D = √( ) ∗ ( ) = D = 0,526 m ou 526 mm
π 2

𝑫 = 𝟎, 𝟔𝟎𝟎 𝒎 𝒐𝒖 𝟔𝟎𝟎 𝒎𝒎

O diâmetro comercial que mais se aproxima corresponde ao de 600 mm,


portanto será adotado esse diâmetro.
Tubo flangeado, montado por dilatação térmica, interferência e roscado, é
destinado para transporte de água bruta ou tratada, podendo ser com ou sem aba
de vedação. Tubo de ferro fundido dúctil fabricado conforme norma NBR 7675.

Tabela 2: Diâmetros Tubulação Ferro Fundido. Fonte. Saint-Gobain.


2.2. Velocidade no Trecho
Para o cálculo da velocidade da água na tubulação usou-se a equação:
(4 ∗ Q)
V=
(π ∗ D2 )
Onde:
Q = Vazão na tubulação, em m³/s
D = Diâmetro interno de recalque, em m
V = Velocidade do fluxo na tubulação, em m/s
(𝟒 ∗ 𝟎, 𝟒𝟑𝟑𝟗𝟏)
𝐕= → 𝟏, 𝟒𝟏𝟒𝐦/𝐬
(𝛑 ∗ 𝟎, 𝟔𝟐𝟓𝟏𝟐 )

2.3. Perdas de Carga

Perda de Carga Distribuída


Pela Fórmula Universal, obtém-se a perda de carga distribuída na tubulação,
conforme equações a seguir:

2.4. Rugosidade Relativa:


ε: Rugosidade da Tubulação de Ferro Fundido Oxidado
ε 0,0015
=
D 0,6251
𝛆
= 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟑𝟗𝟗𝟔
𝐃

2.5. Número de Reynolds


𝜈: Viscosidade Cinemática da Água
V∗D
Re =
ν
1,26 ∗ 0,6251
Re =
10−6
𝑹𝒆 = 𝟕𝟖𝟕𝟔𝟐𝟔
2.6. Coeficiente de Atrito

0,125

8
64 9,5
f= ( ) + 16
787626 0,0039 5,74 2500 6
(ln ( + ) − (
[ 3,7 ∗ 6251 (477805,40,9 ) 787626) ) ]
𝒇 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟑𝟐

2.7. Perda de Carga Distribuída


L V2
ΔH = f ∗
D 2g
Onde:
ΔH = Perda de Carga Distribuída
f = Coeficiente de Atrito
L = Comprimento da Tubulação
D = Diâmetro no tubo
V = Velocidade
g = Aceleração da Gravidade

Portanto:
1500 1,4142
ΔH = 0,0132 ∗
0,6251 2 ∗ 9,81
𝜟𝑯 = 𝟑𝟐, 𝟐𝟖 𝒎
3. DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

3.1. Altura Manométrica

Para o cálculo da altura manométrica total da(s) bomba(s), somou-se ao


desnível geométrico o valor da perda de carga distribuída ao longo da tubulação de
recalque e a perda de carga localizada total.
O desnível geométrico é dado pela diferença entre a cota mais alta do ponto
de recalque e a cota mínima do líquido no poço de sucção. Ver a equação a seguir:

𝐻𝑔 = 𝐶𝑀𝐴𝑋 , 𝑟𝑒𝑐 − 𝐶𝑀𝐼𝑁 , 𝑠𝑢𝑐

Onde:
Cmáx,rec = Cota do ponto mais alto da linha de recalque
Cmín,suc = Cota do nível mínimo no poço de sucção
Desta forma obtém-se o seguinte desnível geométrico
Hg = Desnível Geométrico

𝐻𝑔 = 800 − 764
𝑯𝒈 = 𝟑𝟔 𝒎

A altura manométrica total (AMT) será dada pela equação a seguir:


𝐴𝑀𝑇 = 𝐻𝑔 + 𝛥𝐻𝑡
Onde:
Hg* = Desnível Geométrico
ΔHt = Perda de carga total
AMT = Altura Manométrica Total
𝐴𝑀𝑇 = 𝐻𝑔 + 𝛥𝐻𝑡
𝑨𝑴𝑻 = 𝟑𝟔 + 𝟑𝟐, 𝟐𝟖 = 𝟔𝟖, 𝟐𝟖 𝒎
4. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA)

As ETAs foram criadas para remover os riscos presentes nas águas das fontes
de abastecimento, por meio de uma combinação de processos e de operações de
tratamento. A seleção da técnica deve satisfazer três conceitos fundamentais:
múltiplas barreiras, tratamento integrado e tratamento por objetivos.
No sistema de abastecimento de água, o conceito de múltiplas barreiras
sugere a necessidade de haver mais de uma etapa de tratamento para alcançar
condições de baixo risco; juntas devem, progressivamente, remover os
contaminantes para produzir água com qualidade satisfatória e promover máxima
proteção contra agentes de veiculação hídrica. O conceito integrado, por sua vez,
sugere que as barreiras devem ser combinadas de forma a produzirem o efeito
esperado. A estratégia de tratamento por objetivos considera que cada fase de
tratamento possui uma meta específica de remoção relacionada a algum tipo de
risco.
Serão dimensionadas as seguintes unidades constituintes da ETA: mistura
rápida e lenta, sedimentação, filtração, desinfecção e fluoretação.
Este dimensionamento garantirá que a água anteriormente captada receba o
tratamento necessário para que o abastecimento esteja garantido dentro dos
padrões dos órgãos responsáveis.

4.1. Funções de cada parte constitutiva

4.1.1. Calha Parshall


A calha Parshall é um dispositivo de medição de vazão na forma de um
canal aberto com dimensões padronizadas. A água é forçada por uma garganta
relativamente estreita, sendo que o nível da água à montante da garganta é o
indicativo da vazão a ser medida, independendo do nível da água à jusante de tal
garganta.
A calha Parshall possui diversas vantagens, tais como: facilidade de
construção (podendo ser local ou pré-fabricada), baixo custo, simplicidade na
medição de vazão e pequena perda de carga.

4.1.2. Coagulação e Floculação


O processo de coagulação/floculação/sedimentação se inicia na câmara de
mistura rápida. A finalidade desta câmara é criar condições para que em poucos
segundos, o coagulante seja uniformemente distribuído por toda a massa d’água.
Os coagulantes mais utilizados são: Alumínio; Sulfato de Alumínio; Ferro;
Alcalinizantes; Polímeros sintéticos etc.
O fundamento da mistura lenta, também chamada de floculação é a formação
de flocos sedimentáveis de suspensões finas através do emprego de coagulantes. A
floculação tem por finalidade aumentar as oportunidades de contato entre as
impurezas das águas e os flocos que se formam pela reação do coagulante, pois os
flocos até então formados bem como as impurezas ainda dispersas não têm peso
suficiente para se sedimentarem por peso próprio.

4.1.3. Decantador
A decantação é o fenômeno físico em que, devido à ação da gravidade, as
partículas suspensas apresentam movimento descendente em meio líquido de
menor massa específica.
Os decantadores consistem em grandes tanques retangulares longos com
escoamento horizontal, nos quais a água entra em uma extremidade, move-se na
direção longitudinal e sai pelo extremo oposto.

4.1.4. Filtração
A filtração consiste na remoção de partículas suspensas e coloidais presentes
na água que escoa através de um meio poroso. Nas ETA’S, a filtração é o processo
final de remoção de impurezas, portanto, principal responsável pela produção de
água com qualidade condizente com o padrão de potabilidade.
4.1.5. Desinfeção e fluoretação

Depois de filtrada, a água deve receber a adição de cal para correção do pH,
a desinfecção por cloro e a fluoretação. Nesta fase a desinfecção por cloro é
frequentemente chamado de pós-cloração. Só então ela está própria para o
consumo, garantindo a inexistência de bactérias e partículas nocivas à saúde
humana, que poderiam provocar surtos de epidemias, como de cólera ou de tifo. É
essencial o monitoramento da qualidade das águas em seus laboratórios, durante
todo o processo de produção e distribuição. A desinfecção é o processo de
tratamento para a eliminação dos micro-organismos patogênicos eventualmente
presentes na água. Quase todas as águas de abastecimento são desinfetadas para
melhoria da qualidade bacteriológica e segurança sanitária.
O objetivo da fluoretação é proporcionar aos dentes, enquanto se processa o
seu desenvolvimento, um esmalte mais resistente e de qualidade superior, reduzindo
na proporção de 65% a incidência de cárie dentária.
É o processo pelo qual se adicionam compostos de flúor às águas de
abastecimento público, a fim de que tenham teor adequado de íons fluoreto. Este
teor varia de um local para o outro, de acordo com a temperatura média das máximas
anuais.

4.2. Dimensionamento das Unidades de Mistura Rápida e Lenta

Dados do projeto:
𝑸𝟏 = 𝟒𝟑𝟑, 𝟗𝟏 𝒍/𝒔 𝒐𝒖 𝟎, 𝟒𝟑𝟑𝟗𝟏 𝒎𝟑 /𝒔
Mistura Rápida: Calha Parshall
Mistura Lenta: Sistema de floculação mecanizado
4.2.1. Dimensionamento da Calha Parshall

4.2.2. Seleção da Calha Parshall


Para dimensionamento da Calha Parshall serão utilizadas as tabelas extraídas
do Manual de Hidráulica de Azevedo Netto, conforme abaixo:
Tabela 3: Seleção do tamanho: medidores Parshall
Limites de aplicação: medidores Parshall com escoamento livre
W Capacidade (l/s)
Pol. cm Mínima Máxima
3" 7.6 0,85 53,3
6" 15.2 1,42 110,4
9" 22.9 2,55 251,9
1' 30.5 3,11 455,6
1 ½' 45.7 4,25 696,2
2' 61 11,89 936,7
3' 91.5 17,26 1426,3
4' 122 36,79 1921,5
5' 152.5 45,30 2422
6' 183 73,60 2929
7' 213.5 84,95 3440
8' 244 99,10 3950
10' 305 200 5660
Fonte: Manual de Hidráulica – Azevedo Netto

Tabela 4: Dimensões padronizadas


Vazão com
W W Escoamento
W A B C D E F G K N X Y Livre (L/s) k n
(cm) (m)
MIN MÁX
1'' 2,5 - 36,3 35,6 9,3 16,8 22,9 7,6 20,3 1,9 2,9 - - 0,30 5,10 - -
3'' 7,6 0,075 46,6 45,7 17,8 25,9 45,7 15,2 30,5 2,5 5,7 2,5 3,8 0,80 53,90 3,704 0,646
6'' 15,2 0,150 61,0 61,0 39,4 40,3 61,0 30,5 61,0 7,6 11,4 5,1 7,6 1,40 110,50 1,842 0,636
9'' 22,9 0,229 88,0 86,4 38,0 57,5 76,3 30,5 45,7 7,6 11,4 5,1 7,6 2,50 252,10 1,486 0,633
1' 30,5 0,305 137,2 134,4 61,0 84,5 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 3,10 455,10 1,276 0,657
1
45,7 0,460 144,9 142,0 76,2 102,6 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 4,20 696,70 0,966 0,650
1/2'
2' 61,0 0,610 152,5 149,6 91,5 120,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 11,90 937,40 0,795 0,645
3' 91,5 0,915 167,7 164,5 122,0 157,2 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 17,30 1427,30 0,608 0,639

4' 122,0 1,220 183,0 179,5 152,5 193,8 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 36,80 1922,80 0,505 0,634

5' 152,5 1,525 198,3 194,1 183,0 230,3 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 45,30 2423,10 0,436 0,630
6' 183,0 1,830 213,5 209,0 213,5 266,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 73,60 2930,90 0,389 0,627
7' 213,5 - 228,8 224,0 244,0 303,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 85,00 3437,80 - -
8' 244,0 2,440 244,0 239,2 274,5 349,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 99,10 3950,30 0,324 0,623
10' 305,0 - 274,5 427,0 366,0 475,9 122,0 91,5 183,0 15,3 34,3 - - 200,00 5660,10 - -
Fonte: Manual de Hidráulica – Azevedo Netto
Para a vazão de 0,43391 m³/s será adotada uma Calha Parshall com garganta de 4”.
4.2.3. Equação de Descarga da Calha parshall
Em consulta à tabela, a qual foi retirada do Manual de Hidráulica de Azevedo
Neto, foi obtida a seguinte equação para a Calha escolhida:

𝐻 = 𝑘 ∗ 𝑄𝑛
Então:
𝐻0 = 0,505 ∗ 0,433910,634
𝐻0 = 0,297 𝑚

4.2.4. Cálculo da Largura na Secção de Medida (D’)


Para o cálculo da Largura na Secção de Medida é utilizada a seguinte fórmula:
2
𝐷′ = ∗ (𝐷 − 𝑊) + 𝑊
3
Da tabela, foram obtidos os valores de D=193,8 e W=122,00, portanto:
2
𝐷′ = ∗ (193,8 − 122,0) + 122,0 = 169,87 𝑐𝑚 − 1,698 𝑚
3

4.2.5. Cálculo da Velocidade na Secção de Medida (Va’)


Para o cálculo da Velocidade na Secção de Medida é utilizada a seguinte fórmula:

𝑄 𝑄
𝑉𝑎′ = = ′
𝐴 𝐷 ∗ 𝐻𝑎

0,43391
𝑉𝑎′ = = 0,859 𝑚/𝑠
1,6987 ∗ 0,297

4.2.6. Cálculo da Energia Total Disponível (Ea)


Para calcular a Energia Total disponível utiliza-se a fórmula:

𝑉𝑎2
𝐸𝑎 = 𝐻𝑎 + +𝑁
2∗𝑔
Da tabela foi obtido o valor de N=0,229, sendo:

0,859²
𝐸𝑎 = 0,297 + + 0,229 = 0,564 𝑚
2 ∗ 9,81
4.2.7. Cálculo do Ângulo Fictício (θ)
É dado pela equação:

g∗Q
cos(Ɵ) = − 3
W + (0,67 ∗ g ∗ Ea)2
9,81 ∗ 0,43391
cos(Ɵ) = − 3
0,229 + (0,67 ∗ 9,81 ∗ 0,564)2
cos(Ɵ) = −0,492
Ɵ = 𝟏𝟏𝟗, 𝟓𝟎°

4.2.8. Cálculo da Velocidade da água no início do ressalto (V1)


É calculada a velocidade a partir da seguinte equação:
1
Ɵ 2 + g ∗ Ea 2
V1 = 2 ∗ cos ( ) ∗ [ ]
3 3
1
Ɵ 2 + 9,81 ∗ 0,564 2
V1 = 2 ∗ cos ( ) ∗ [ ]
3 3
𝑽𝟏 = 𝟐, 𝟗𝟓 𝒎/𝒔

4.2.9. Cálculo da Altura de água no início do Ressalto (y1)


É obtida pela equação:
q
y1 =
V1
Q 0,43391
onde q = = = 0,356 m³/s/m
W 1,220
𝟎, 𝟑𝟓𝟔
∴ 𝒚𝟏 = = 𝟎, 𝟏𝟐𝟏 𝒎
𝟐, 𝟗𝟓

4.2.10. Cálculo do Número de Froude (Fr1)


V1
Fr1 =
√g ∗ y1
2,95
Fr1 =
√9,81 ∗ 0,121
𝑭𝒓𝟏 = 𝟐, 𝟕𝟏𝟐 → 𝑶𝑺𝑪𝑰𝑳𝑨𝑵𝑻𝑬 "𝑰𝑫𝑬𝑨𝑳"
4.2.11. Cálculo da altura conjugada do ressalto (y3)
É obtida pela equação:
y1
y3 = ∗ [√1 + 8 ∗ Fr12 − 1]
2
0,121
y3 = ∗ [√1 + 8 ∗ 2,7122 − 1]
2
𝒚𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟎𝟔 𝒎

4.2.12. Cálculo da profundidade no Final do Trecho divergente (y2)


A profundidade no final do Trecho divergente é calcula a partir da equação:
y2 = (y3 − N + K)

Da tabela foi obtido N=0,229 e K=0,076 e, portanto:


y2 = (0,406 − 0,229 + 0,076)
𝒚𝟐 = 𝟎, 𝟐𝟓𝟑 𝒎

4.2.13. Cálculo da Velocidade na saída do Trecho divergente (V2)

É calculada a velocidade a partir da seguinte equação:


𝑄 𝑄
𝑉2 = =
𝐴 𝑦2 ∗ 𝐶
Da tabela foi obtido C=1,525, sendo:
𝑄 0,43391
𝑉2 = =
𝐴 0,253 ∗ 1,525
𝑉2 = 1,124 𝑚/𝑠

4.2.14. Cálculo da Perda de Carga no Ressalto Hidráulico (ΔH)


𝛥𝐻 = (𝐻𝑎 + 𝑁) − 𝑦2
𝛥𝐻 = (0,297 + 0,229) − 0,253
𝛥𝐻 = 0,273 𝑚
4.2.15. Cálculo do tempo de residência médio no trecho divergente (θ h)
O tempo pode ser calculado segundo a equação:
𝐺𝑃𝑎𝑟𝑟𝑠ℎ𝑎𝑙𝑙
𝜃ℎ =
𝑉1 + 𝑉2
2
Da tabela 5 foi obtido G=0,915, de modo que:
0,915
𝜃ℎ =
0,876 + 1,124
2
𝜃ℎ = 0,915 𝑠

4.2.16. Cálculo do Gradiente de Velocidade (G)


Foram adotados os seguintes valores:
Massa especifica(ρ) = 998,23Kgf/m³ ou 9792,636 N/m³
Viscosidade Cinemática = 0,000001m/s
Viscosidade Dinâmica (µ) = 0,001002 N.s/m³
Substituindo na equação abaixo, temos:

𝜌 ∗ 𝛥𝐻
𝐺= √
µ ∗ 𝜃ℎ

9792,636 ∗ 0,1188
𝐺= √ = 882 𝑠 −1
0,001002 ∗ 0,915

4.3. DIMENSIONAMENTO DO CANAL DE ÁGUA COAGULADA


Foram adotadas as seguintes hipóteses iniciais:
Velocidade = 1,77 m/s
Profundidade da lâmina liquida = 0,5 m

4.3.1. Cálculo da Largura do Canal (B)


Calculada pela equação:
𝑄
𝐵=
𝑉𝑐 ∗ ℎ
0,4339
𝐵=
1,77 ∗ 0,5
𝐵 = 0,49 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 0,50 𝑚

4.3.2. Cálculo Área do Canal (A)


𝐴=𝐵∗ℎ
𝐴 = 0,49 ∗ 0,5 = 0,245 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 0,25 𝑚²

4.3.3. Cálculo do Raio Hidráulico do Canal (Rh)


𝐵∗ℎ
𝑅ℎ =
𝐵 + 2ℎ
0,4959 ∗ 0,50
𝑅ℎ =
0,4959 + 2 ∗ 0,50
𝑅ℎ = 0,16621 𝑚
4.3.4. Cálculo da Perda de Carga Unitária (j)
2
𝑄∗𝑛
𝑗=( 2)
𝐴∗ 𝑅ℎ3
Adotando-se uma rugosidade do concreto igual a 0,013, temos:
2
0,4339 ∗ 0,013
𝑗=( 2)
0,25 ∗ 0,166213
𝑗 = 0,0058234 𝑚/𝑚

4.3.5. Cálculo do Gradiente de Velocidade (G)

𝜆∗Q∗j
𝐺= √
µ∗T

2∗𝐵
𝑇=
𝑉1 +𝑉2
2 ∗ 0,4959
𝑇=
2,95 + 0,876

9792,636 ∗ 0,4339 ∗ 0,0058234


𝐺= √
0,001002 ∗ T

𝐺 = 102 𝑠 −1
O valor obtido está acima de 100, obedecendo ao parâmetro.
4.4. Dimensionamento dos Floculadores Mecânicos de Eixo Vertical
Foram adotados os parâmetros de projeto a seguir listados:
Tempo de detenção hidráulico - 30min
Gradientes de Velocidade Escalonados – 70s-1, 50s-1 e 20s-1
Profundidade da lâmina liquida – 3 m
Vazão - Q = 0,43391 ∗ 60 = 26,04 m3 /min
26,04 𝑚3
Vazão individual - 𝑄𝑖𝑛𝑑 = = 8,6782 𝑚𝑖𝑛 − 0,145𝑚3 /𝑠
3

Número de câmaras – 3
Largura dos decantadores – 8,0 m (adotada)

4.4.1. Cálculo do Volume do Floculador (Vf)


𝑉𝑓 = 𝑄 ∗ Ɵℎ
0,4339
𝑉𝑓 = ∗ 30 = 260,35 𝑚3
3

4.4.2. Cálculo da Área superficial do Floculador (As)


𝑉𝑓
𝐴𝑠 =

260,35
𝐴𝑠 =
3
𝑨𝒔 = 𝟖𝟔, 𝟕𝟖 𝒎𝟐 = 𝟖𝟕, 𝟎𝒎²

4.4.3. Cálculo da Largura do Floculador (Bf)


𝐴𝑠
𝐵𝑓 =

87
𝐵𝑓 =
8
𝐵𝑓 = 10,88 𝑚 − 𝒂𝒅𝒐𝒕𝒂𝒅𝒐 𝟏𝟏, 𝟎 𝒎
𝐵𝑓
𝐵𝑓 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 =
3
11,0
𝐵𝑓 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 =
3
𝑩𝒇 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒗𝒊𝒅𝒖𝒂𝒍 = 𝟑, 𝟔𝟐𝟓 𝒎
4.4.4. Cálculo das Áreas total e individual (As individual)
𝐴𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 8,0 ∗ 10,88
𝐴𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 87 𝑚2
87
𝐴𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 = = 29 𝑚2
3

4.4.5. Cálculo do Volume de cada câmara de floculação (V)


𝑉𝑓
𝑉=
𝑛𝑐
Conforme parâmetros de projeto serão adotadas 9 câmaras de Floculação, portanto:
260,35
𝑉= = 28,933 𝑚3
9

4.4.6. Cálculo da Potência a ser introduzida no volume de líquido (P)

Potência para Gradiente 70s-1


𝑃 = 𝐺2 ∗ µ ∗ 𝑉
𝑃 = 702 ∗ 0,001008 ∗ 28,93
𝑃 = 148,83 𝑊
Para Gradiente 50s-1
𝑃 = 𝐺2 ∗ µ ∗ 𝑉
𝑃 = 502 ∗ 0,001008 ∗ 28,93
𝑃 = 75,93 𝑊
Para Gradiente 20s-1
𝑃 = 𝐺2 ∗ µ ∗ 𝑉
𝑃 = 202 ∗ 0,001008 ∗ 28,93
𝑃 = 12,15 𝑊

4.4.7. Dimensionamento do Sistema de Agitação

3 𝑃
𝑛=√
𝐾𝑡 ∗ 𝑝 ∗ 𝐷5

Conforme parâmetro de projeto será adotado Kt=1,5


Para Gradiente 70s-1

3 148,83
𝑛=√
1,5 ∗ 978,9 ∗ 1,25

𝑛 = 0,27 𝑟𝑝𝑠 𝑜𝑢 15,97 𝑟𝑝𝑚

Para Gradiente 50s-1

3 75,93
𝑛=√
1,5 ∗ 978,9 ∗ 1,25

𝑛 = 0,21 𝑟𝑝𝑠 𝑜𝑢 12,76 𝑟𝑝𝑠

Para Gradiente 20s-1

3 12,15
𝑛=√
1,5 ∗ 978,9 ∗ 1,25

𝑛 = 0,12 𝑟𝑝𝑠 𝑜𝑢 6,93 𝑟𝑝𝑚

4.4.8. Dimensionamento do Sistema de Agitação


Para Gradiente 70s-1
𝑉𝑝 = 𝜋 ∗ 𝐷 ∗ 𝑛
𝑉𝑝 = 𝜋 ∗ 1,2 ∗ 0,27
𝑉𝑝 = 1,17 𝑚/𝑠
Para Gradiente 50s-1
𝑉𝑝 = 𝜋 ∗ 𝐷 ∗ 𝑛
𝑉𝑝 = 𝜋 ∗ 1,2 ∗ 0,21
𝑉𝑝 = 0,94 𝑚/𝑠
Para Gradiente 20s-1
𝑉𝑝 = 𝜋 ∗ 𝐷 ∗ 𝑛
𝑉𝑝 = 𝜋 ∗ 1,2 ∗ 0,12
𝑉𝑝 = 0,51 𝑚/𝑠
Tabela 5 Resultados de Dimensionamento
Câmara G Vol. Pot. D n n Vp
(𝒎𝟑 ) (W) (rps) (rpm) (𝒎/𝒔)
1 70 28,93 148,83 1,2 0,27 15,97 1,17
2 50 28,93 75,93 1,2 0,21 12,76 0,94
3 20 28,93 12,15 1,2 0,12 6,93 0,51

4.5. Dimensionamento das Unidades de Sedimentação


Foram adotados os seguintes parâmetros de projeto:
Vazão - 𝑄 = 0,4339 𝑚3 /𝑠
Vazão individual – 37.489,82 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎
𝑚3
Taxa de escoamento superficial – 25 𝑚2 𝑑𝑖𝑎

Profundidade da Lâmina liquida – 3,0 m


Velocidade máxima de passagem – 0,2 m/s
Número de unidades de sedimentação - 3
Viscosidade cinemática - 0,000001 m/s
Massa especifica - 9792,636 N/m3
Viscosidade Dinâmica - 0,001002 N.s/m2

4.5.1. Dimensionamento dos decantadores convencionais de fluxo horizontal

4.5.2. Cálculo da área superficial do decantador (As)


𝑄
𝐴𝑠 =
𝑞
0,4339
∗ 86400
𝐴𝑠 = 3
50
𝑨𝒔 = 𝟐𝟒𝟗, 𝟗𝟑 𝒎𝟐

4.5.3. Cálculo da velocidade superficial do decantador (Vs)


𝑄 0,4339
𝑉𝑠 = =
𝐴𝑠 249,93
𝑉𝑠 = 0,001736 𝑚/𝑠
4.5.4. Verificação do tempo de detenção hidráulico (θh)
𝑉𝑑𝑒𝑐
𝜃ℎ =
𝑄
249,93 ∗ 3,0
𝜃ℎ = = 1,44 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
(0,4339/3) ∗ 3600

4.5.5. Definição da Geometria do decantador


Admitindo-se uma relação entre o comprimento do decantador e sua largura
igual a 4,0, tem-se que:
𝐴𝑠 = 𝐵 ∗ 𝐿 − 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐿 = 4𝐵, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
249,93 = 𝐵 2 ∗ 4

249,93
𝐵= √
4

𝐵 = 7,90 𝑚
Portanto será adotado:
𝐵 =8𝑚
𝐿 = 4 ∗ 𝐵 = 4 ∗ 8 = 32 𝑚
𝐴𝑠 = 8 ∗ 32 = 256 𝑚2

4.5.6. Cálculo da taxa de escoamento superficial (q)


𝑄
𝑞=
𝐴𝑠

(0,4339/3) ∗ 86400
𝑞= = 48,815 𝑚3 /𝑚2 /𝑑𝑖𝑎
249,93

4.5.7. Cálculo da Velocidade Horizontal (Vh)


𝑄
𝑉ℎ =
𝐴ℎ
0,4339
𝑉ℎ = 3
3 ∗ 8,0
𝑉ℎ = 0,00603 𝑚/𝑠 𝑜𝑢 0,603 𝑐𝑚/𝑠
4.5.8. Cálculo do Raio Hidráulico (Rh)
𝐵∗ℎ
𝑅ℎ =
(𝐵 + 2 ∗ ℎ)
8 ∗ 3,0
𝑅ℎ =
(8 + 2 ∗ 3,0)
𝑅ℎ = 1,71 𝑚

4.5.9. Cálculo do Número de Reynolds (Re)


𝑉ℎ ∗ 𝑅ℎ
𝑅𝑒 =
𝑣
0,00603 ∗ 1,71
𝑅𝑒 =
0,000001
𝑅𝑒 = 10229

4.5.10. Dimensionamento das calhas de coleta de água decantada


4.5.11. Vazão estimada (ql)
A vazão nas calhas de coleta de água decantada pode ser estimada como:
𝑞𝑙 ≤ 0,018 ∗ 𝐻 ∗ 𝑞
𝑞𝑙 ≤ 0,018 ∗ 3,0 ∗ 48,815
𝑞𝑙 ≤ 2,64 𝑙/𝑠/𝑚
Portanto será adotado um valor de ql de projeto igual a 2,64 l/m/s

4.5.12. Cálculo do Comprimento Total do Vertedor (Lv)


𝑄
𝐿𝑣 =
𝑞𝑙
0,4339/3 ∗ 1000
𝐿𝑣 =
2,64
𝑳𝒗 = 𝟓𝟒, 𝟖𝟕 𝒎
Admitindo que o comprimento da calha de coleta de água de lavagem não
exceda a 20% do comprimento do decantador, tem-se:
𝐿𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎 = 32 ∗ 0,2
𝑳𝒄𝒂𝒍𝒉𝒂 = 𝟔, 𝟒 𝒎
4.5.13. Cálculo do número de Calhas (N calha)
𝐿𝑣
𝑁𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎 =
2 ∗ 𝐿𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎
55
𝑁𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎 =
2 ∗ 6,4
𝑵𝒄𝒂𝒍𝒉𝒂 = 𝟒, 𝟑
Portanto, será adotado um total de 5 calhas com 6,4 m de comprimento cada, logo:
𝐿𝑣 = 5 ∗ 6,4 ∗ 2 = 64 𝑚
0,4339
𝑞𝑙 = 3 ∗ 1000
64
𝒒𝒍 = 𝟐, 𝟐𝟔 𝒍/𝒔/𝒎

4.5.14. Cálculo do espaçamento entre as calhas (Esp)


𝐵
𝐸𝑠𝑝 =
𝑁𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎
8
𝐸𝑠𝑝 =
5
𝑬𝒔𝒑 = 𝟏, 𝟔𝟎 𝒎

4.5.15. Dimensionamento da cortina difusora de passagem do sistema de


floculação para o decantador
Será admitida uma velocidade de passagem igual a 0,2 m/s.

4.5.16. Cálculo da área dos furos (A furos)


𝑄
𝐴𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 =
𝑉
0,4336/3
𝐴𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 = = 0,723 𝑚2
0,2
Serão adotados furos com geometria quadrada, tendo largura de 0,10m.

4.5.17. Cálculo do número de orifícios (N orfícios)


𝐴𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠
𝑁𝑜𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜𝑠 =
0,1 𝑥 0,1
0,723
𝑁𝑜𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜𝑠 = = 72,32 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 72
0,12
4.5.18. Disposição das passagens na cortina difusora
Cálculo da Área individual de influência de cada orifício (A ind)
𝐵∗ℎ
𝐴𝑖𝑛𝑑 =
𝑁𝑜𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜𝑠
3 ∗ 8,0
𝐴𝑖𝑛𝑑 =
72
𝐴𝑖𝑛𝑑 = 0,333 𝑚2

Cálculo de influência do jato d’água (L ind)

𝐿𝑖𝑛𝑑 = √𝐴𝑖𝑛𝑑

𝐿𝑖𝑛𝑑 = √0,333
𝐿𝑖𝑛𝑑 = 0,58 𝑚

Cálculo do número de fileiras horizontais e verticais


Para cálculo no número de fileiras verticais temos:
𝐵
𝑁𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 =
𝐿𝑖𝑛𝑑
8
𝑁𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 =
0,58
𝑁𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 = 13,86 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 14 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠

Para cálculo no número de fileiras horizontais temos:



𝑁𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑖𝑠 =
𝐿𝑖𝑛𝑑
3,0
𝑁𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑖𝑠 =
0,58
𝑁𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑖𝑠 = 5,2 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 5 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠

A partir de então, é possível o cálculo do número de furos, conforme abaixo:


𝑵𝒇𝒖𝒓𝒐𝒔 = 𝟓 ∗ 𝟏𝟒 = 𝟕𝟎 𝒇𝒖𝒓𝒐𝒔
Portanto, serão adotadas 5 fileiras horizontais e 14 verticais, tendo um total
de 70 furos.
Cálculo da velocidade de escoamento nos orifícios (Vh)
𝑄
𝑉ℎ =
𝐴𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜𝑠
0,4339/3
𝑉ℎ =
72 ∗ 0,12
𝑉ℎ = 0,20 𝑚/𝑠

Cálculo do Gradiente de Velocidade nos orifícios (Dh)


𝐷ℎ = 4 ∗ 𝑅ℎ
4∗𝐵∗ℎ
𝐷ℎ =
2 ∗ (𝐵 + ℎ)
4 ∗ 0,1 ∗ 0,1
𝐷ℎ =
2 ∗ (0,1 + 0,1)
𝑫𝒉 = 𝟎, 𝟏 𝒎
𝑉ℎ ∗ 𝐷ℎ
𝑅𝑒 =
𝑣
0,20 ∗ 0,1
𝑅𝑒 =
0,000001
𝑹𝒆 = 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Cálculo do Fator de atrito (f)


0,25
𝑓= 2
𝜀 5,74
[log ((3,7 ∗ 𝐷 ) + ( 0,9 ))]
ℎ 𝑅𝑒
0,25
𝑓= 2
0,5 ∗ 1000 5,74
[log (( 3,7 ∗ 0,1 ) + ( ))]
200000,9
𝒇 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟓𝟓

Cálculo da perda de carga unitária (j)


𝑓 ∗ 𝑉2
𝑗=
𝐷ℎ ∗ 2 ∗ 𝑔
0,0255 ∗ 0,202
𝑗=
0,1 ∗ 2 ∗ 9,81
𝒋 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟓𝟐 𝒎/𝒎
𝜆∗𝑉∗𝑗
𝐺=√
µ

9792,636 ∗ 0,20 ∗ 0,00052


𝐺=√
0,001002

𝑮 = 𝟑𝟏, 𝟖𝟖 𝒔−𝟏

4.6. DIMENSIONAMENTO DAS UNIDADES DE FILTRAÇÃO

Serão adotados os parâmetros de projeto listados abaixo:


Vazão: 433,9 l/s; 0,4339 m³/s;
Filtros de dupla camada areia-antracito
Taxa de Filtração: 240m³/ (m²*dia)
Lavagem com ar seguido de água em contra-corrente
Sistema de drenagem composto por blocos Leopold
Taxa de filtração constante com variação de nível
Número de decantadores: 3
Largura do decantador: 8 m
Viscosidade cinemática: 0,000001m/s
Massa específica: 9792,636 N/m³
Viscosidade dinâmica: 0,001008 N.s/m²

4.6.1. Cálculo da área total de filtração (Atf)


𝑄
𝐴𝑡𝑓 =
𝑞
(0,4339 ÷ 3) ∗ 86400
𝐴𝑡𝑓 =
240
𝑨𝒕𝒇 = 𝟓𝟐, 𝟎𝟕 𝒎²
4.6.2. Cálculo aproximado do número de filtros (N)
Será utilizada a fórmula de Kawamura
(0,4339 ÷ 3)𝑥 86400
𝑄𝑘 = 𝑸𝒌 = 𝟑, 𝟑𝟎 𝒎³/𝒔
3785 (𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜)

𝑁 = 1,2 𝑥 𝑄 0,5

𝑁 = 1,2 𝑥 3,300,5

𝒇𝒊𝒍𝒕𝒓𝒐𝒔
𝑵 = 𝟐, 𝟏𝟖 → 𝟐
𝒎ó𝒅𝒖𝒍𝒐

Em função do número de decantadores, será admitido um total de 6 filtros,


sendo 2 filtros associados a cada decantador.

4.6.3. Cálculo da área de cada filtro (Af)


𝐴𝑡𝑓
𝐴𝑓 =
𝑁
52,07
𝐴𝑓 =
2
𝑨𝒇 = 𝟐𝟔, 𝟎 𝒎²

4.6.4. Definição das dimensões básicas de cada filtro


Cada filtro será composto por uma única célula e canal lateral de coleta de
água de lavagem, com largura igual a 1,0 metros a fim de que seja possível a
instalação da comporta de saída de água de lavagem.
Cada decantador apresenta uma largura individual de 8,0 metros e,
admitindo-se que a cada um esteja associado 2 filtros, tem-se que:
𝐴𝑓 𝑢𝑛𝑖𝑡 = L x C
8
52,07 = xC
2
𝑪 = 𝟏𝟑, 𝟎𝟐 𝒎

Ct = C + 1
Ct = 13,0 + 1
𝑪𝒕 = 𝟏𝟒, 𝟎 𝒎

Ldecantador 8
L= = = 4m
Nfiltros 2
𝐋 = 𝟒, 𝟎 𝒎
Portanto será adotado x= 13,0 m e y= 4,0 m.

4.6.5. Características dos materiais filtrantes


Os Filtros serão do tipo dupla camada, constituídos de areia-antracito. As suas
características granulométricas a serem adotadas estão apresentadas na Tabela 8.

Tabela 8 – Características granulométricas

Fonte: Roteiro de cálculos

4.6.6. Verificação da grandeza L/def.


𝐿 𝐿
= Ʃ
𝑑𝑒𝑓 𝑑𝑒𝑓
𝐿 300 500
= +
𝑑𝑒𝑓 0,5 1,0
𝑳
= 𝟏. 𝟏𝟎𝟎 (≥ 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 − 𝑶𝑲)
𝒅𝒆𝒇

4.6.7. Definição da camada suporte


Dado que a lavagem do material filtrante será efetuada com ar e água,
utilizando-se o bloco Leopold como sistema de drenagem, a camada suporte deverá
ter a seguinte composição segundo a tabela 9 (Recomendação de fabricante):

Tabela 9 – Composição de camadas suporte sugerida para ETA

Fonte: Roteiro de cálculos

De posse das características granulométricas de ambos os materiais filtrantes


(areia e antracito) é possível efetuar os cálculos de d90 , Ga e Remf , estando os
resultados apresentados na tabela 10:

Tabela 10: Cálculo da velocidade de mínima fluidificação

Fonte: Roteiro de cálculos


Uma vez que a velocidade mínima de fluidificação do antracito é maior do que
a da areia, tem-se que:
𝑉𝑚𝑓(1) = 𝑉𝑚𝑓(𝑎𝑛𝑡𝑟𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜)
𝑉𝑚𝑓(2) = 𝑉𝑚𝑓(𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎)
Da tabela10, temos:
𝑉𝑚𝑓(1) = 0,01055𝑚/𝑠
𝑉𝑚𝑓(2) = 0,008905𝑚/𝑠

0,5581,69
𝑉𝑚𝑓(2)
𝑉𝑚𝑓 = 𝑉𝑚𝑓(1) ∗ ( )
𝑉𝑚𝑓(1)
1,69
0,0089 0,558
𝑉𝑚𝑓 = 0,0105 ∗ ( )
0,0105
𝑉𝑚𝑓 = 0,0099𝑚/𝑠 𝑜𝑢 855,65𝑚/𝑑𝑖𝑎

4.6.8. Cálculo da expansão do meio filtrante


O sistema de lavagem será dimensionado de modo que o material filtrante
sofra uma expansão de 20%. Uma vez que ambos os materiais filtrantes apresentam
granulometria desuniforme, eles serão segmentados em cinco subcamadas de igual
espessura tendo os seguintes diâmetros característicos.

Tabela11 - Composição das subcamadas de cada material filtrante


Camada Areia (mm) Antracito (mm)
Camada 1 0,50 1,00
Camada 2 0,60 1,20
Camada 3 0,70 1,40
Camada 4 0,83 1,66
Camada 5 0,98 1,97
Fonte: Roteiro de Cálculos

Utilizando-se a fórmula proposta por CLEASBY, para diferentes valores de


velocidade ascensional de água de lavagem, tem-se que:
log(𝐴1 ) = 0,56543 + 1,09348 ∗ log(𝑅𝑒𝑡 ) + 0,17979 ∗ (log(𝑅𝑒𝑡 ))2 − 0,00392
∗ (log(𝑅𝑒𝑡 ))4 − 1,5 ∗ (log(𝛹))2
3
𝜀𝑒𝑥𝑝 ∗ 𝑝 ∗ (𝑝1 − 𝑝) ∗ 𝑔
𝐴1 = 2
(1 − 𝜀𝑒𝑥𝑝 ) ∗ 𝑆𝑣3 ∗ µ2
𝑉∗ 𝑝
𝑅𝑒𝑡 =
𝑆𝑣 ∗ (1 − 𝜀𝑒𝑥𝑝 ) ∗ µ

Tabela 12 – Expansão do meio filtrante em função da velocidade ascensional de


água de lavagem

Fonte: Roteiro de Cálculos

Será adotada uma velocidade ascensional de água de lavagem igual a 1,3


cm/s, que corresponde a uma taxa igual a 1.123,20 m³/m²/dia.

4.6.9. Cálculo do volume de água de lavagem (Qal)


𝑄𝐴𝐿 = 𝑣 ∗ 𝐴𝑓
𝑄𝐴𝐿 = 0,013 ∗ 52,07
𝑸𝑨𝑳 = 𝟎, 𝟔𝟕𝟔𝟗 𝒎³/𝒔

Admitindo que a duração da lavagem do meio filtrante seja de 10 minutos, tem-se


que:
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑄𝐴𝐿 ∗ 𝑡
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 0,6769 ∗ 10 ∗ 60
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 406,14 𝑚³
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 = 2 ∗ 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 = 4 ∗ 406,14
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 = 812,28 𝑚³ − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 813 𝑚³
4.6.10. Dimensionamento da tubulação de água de lavagem

Será adotada uma velocidade igual a 2,5m/s. Portanto, tem-se que:

4 ∗ 𝑄𝐴𝐿
ø=√
𝜋∗𝑉

4 ∗ 0,6769
ø=√
𝜋 ∗ 2,5

ø = 𝟎, 𝟓𝟖𝟕 𝒎 − 𝒂𝒅𝒐𝒕𝒂𝒅𝒐 𝟎, 𝟔 𝒎 𝒐𝒖 𝟔𝟎𝟎 𝒎𝒎

4.7. DIMENSIONAMENTO DAS UNIDADES DE DESINFECÇÃO E


FLUORETAÇÃO
Serão adotados os seguintes parâmetros de projeto:

Vazão: 433,9 l/s; 0,4339 m³/s; 37489 m³/dia


Viscosidade cinemática: 0,000001m/s
Massa específica: 9792,636 N/m³
Viscosidade dinâmica: 0,001002 N.s/m²
Dosagem mínima de cloro: 0,8 mg/l ou 0,0008 Kg/m³
Dosagem média de cloro: 1,5 mg/l ou 0,0015 Kg/m³
Dosagem máxima de cloro: 2,5 mg/l ou 0,0025 Kg/m³
Tempo de contato: 30min
Concentração de flúor na água bruta: 0,1 mg/l ou 0,0001 Kg/m³
Concentração de flúor na água final: 0,9 mg/l ou 0,0009 Kg/m³
Profundidade da lâmina líquida: 3,5 m

4.7.1. Dimensionamento do sistema de desinfecção (Vol)


Cálculo do Volume do tanque de contato
𝑉𝑜𝑙 = 𝑄 ∗ 𝑇𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜
𝑉𝑜𝑙 = 0,4339 ∗ 30 ∗ 60
𝑉𝑜𝑙 = 781,0 𝑚3
4.7.2. Definição da geometria do tanque de contato

Será admitido um nível de água no tanque de contato igual a 3,0 metros.


Desse modo, temos:
H=3,50 metros
𝑉𝑜𝑙
𝐴𝑠 =
𝐻
781
𝐴𝑠 =
3,0
𝐴𝑠 = 260,35 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 261 𝑚²

𝐴𝑠
𝐿=√
3

261
𝐿=√
3

𝐿 = 29,0 𝑚
Portanto será adotado:
L= 29 m
B= 9,00 m
𝐵 9
𝑏= = = 1,80 𝑚
𝑛 5
H= 3,0 m
Esp.= 2 m

4.7.3. Verificação da velocidade nas passagens e canal principal (Vh)


𝑄
𝑉ℎ =
𝐻 ∗ 𝐸𝑠𝑝
0,15
𝑉ℎ =
3,5 ∗ 2
𝑽𝒉 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏 𝒎/𝒔
4.7.4. Cálculo do consumo diário de cloro

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = 𝑄 ∗ 𝐶 ∗ ∆𝑡
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = 12960 ∗ 0,0008
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = 10,37 𝐾𝑔/𝑑𝑖𝑎

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 12960 ∗ 0,0015


𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 19,44 𝐾𝑔/𝑑𝑖𝑎

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 12960 ∗ 0,0025


𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 32,40 𝐾𝑔/𝑑𝑖𝑎

4.7.5. Dimensionamento do sistema de reservação - Cloro

Será admitido que o sistema de reservação tenha uma autonomia de 20 dias.


𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 ∗ 20
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 32,40 ∗ 20
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 648 𝐾𝑔

Opção 1: Cloro gasoso

Será adotado 1 cilindro de 1 tonelada.

Opção 2: Hipoclorito de sódio

Concentração da solução: 12% em peso como Cl2


Massa específica da solução: 1220 Kg/m³
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
0,12
648
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
0,12
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 5400 𝐾𝑔

𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑉𝑜𝑙 =
𝑝𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
5400
𝑉𝑜𝑙 =
1220
𝑉𝑜𝑙 = 4,43 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 4,5 𝑚³

4.7.6. Dimensionamento do sistema de fluoretação

4.7.7. Cálculo da massa diária


𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 𝑄 ∗ (𝐶𝐴𝐹 − 𝐶𝐴𝐵 ) ∗ ∆𝑡
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 12960 ∗ (0,0009 − 0,0001)
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 10,37 𝐾𝑔/𝑑𝑖𝑎

4.7.8. Cálculo da massa de ácido fluossílico


Mol H2SiF6 = 144,10g
Massa de F por mol de H2SiF6 = 114,00 g

(𝑀𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 ∗ 𝑀𝑜𝑙𝐻2 Si𝐹6 )


𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑐𝑜 =
𝑀𝐹
10,37 ∗ 144,10
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑐𝑜 =
114,0
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑐𝑜 = 13,11 𝐾𝑔/𝑑𝑖𝑎

4.7.9. Dimensionamento do sistema de reservação – ácido fluossílico


Será admitido que o sistema de reservação tenha uma autonomia de 20 dias.
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑐𝑜 ∗ 20
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 13,11 ∗ 20
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 = 262,16 𝑘𝑔
Concentração da solução: 22,0% em peso como H2SiF6
Massa específica da solução: 1.260 kg/m3

𝑀
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
262,16
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
0,22
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 1191,64 𝑘𝑔

𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 =
𝑝𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
1191,64
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 =
1260,00
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 0,95 − 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜1 𝑚³
4.8. ADUTORAS E SISTEMAS ELEVATÓRIOS DE ÁGUA
As adutoras podem ser classificadas quanto à energia para a movimentação da
água:
• Adutora por gravidade em conduto livre, onde a água escoa sempre em declive,
mantendo uma superfície livre sob o efeito da pressão atmosférica. Os condutos
não funcionam com seção plena (totalmente cheios).
• Adutora por gravidade em conduto forçado, nesse tipo de adutora, a pressão
interna permanentemente superior à pressão atmosférica permite à água mover-
se, quer em sentido descendente quer em sentido ascendente.
• Adutora de recalque, quando, por exemplo, o local da captação estiver em um
nível inferior, que não possibilite a adução por gravidade, é necessário o emprego
de equipamento de recalque (conjunto moto-bomba e acessórios). Nesse caso,
diz-se que a adução é feita em condutos forçados por recalque.
• Adutora mista, quando se compõem de trechos por recalque e de trechos por
gravidade.
O dimensionamento de adutoras deve levar em consideração o horizonte de
projeto, a vazão de adução, o período de funcionamento da adução. Recomenda-se
ainda uma criteriosa análise e considerar hipóteses de correção no momento de sua
construção, a fim de verificar a correta colocação de seus órgãos acessórios, assim
como, blocos de ancoragem nos pontos onde ocorrem esforços que possam causar o
deslocamento das peças.
A escolha do material utilizado no sistema de adução, varia de acordo com
fatores, como: método de fabricação dos tubos e acessórios; condição de
funcionamento hidráulico; pressão interna e durabilidade do material face às
características do solo; cargas externas; natureza da água transportada; custo.
Lembrando que canalizações enterradas são constantemente submetidas a várias
solicitações, entre as quais a agressividade dos terrenos e dos reaterros; havendo a
necessidade de revestimentos internos e externos, sendo esses executados
especificamente obedecendo as normas e padrões nacionais e internacionais. Sendo
ainda necessário prever dispositivos de proteção; tais como: ventosas; descargas;
válvulas de admissão de ar; e dispositivos contra transitórios hidráulicos.
Os materiais mais empregados são os tubos metálicos: Aço Soldado ou com junta
ponta e bolsa, flangeado, junta travada ou elástica; Ferro Fundido dúctil, podendo
ser flangeados ou com juntas (mecânicas, elástica, elástica travada, chumbo)
comumente revestidos com argamassa de cimento e externamente revestidos com
zinco. As vezes utiliza-se os não metálicos, tais como: PRFV (Poliéster Reforçado com
Fibra de Vidro), fibra de vidro impregnado em resinas de poliéster; Polietileno;
raramente aplica-se: Concreto Armado ou PVC.
O tipo de construção de uma adutora, vai depender do tipo de material e se ela
estará enterrada ou sobre o solo: se a tubulação consistir em ligações flangeadas esta
normalmente não é enterrada, não havendo a necessidade de ancoragem devido a
sua resistência a pressão caracterizada pelo seu PN, às vezes apenas utiliza-se alguns
pilaretes ao longo do caminho traçado em projeto, uma vez utilizadas somente para
conexões em válvulas, travessias aéreas, reservatórios, estações de bombeamento;
visando facilitar sua futura manutenção e desmontagem.
No caso de assentamento aéreo da canalização, estando em posição inclinada ou
não, formada com ponta-bolsa mesmo que com junta elástica travada ou mecânica
deve-se definir: os suportes em cada bolsa, berço de apoio, pilaretes com colar
equipado com proteção de elastômetro, a ancoragem dos elementos submetidos aos
empuxos hidráulicos e os métodos de absorção das dilatações térmicas.
Dimensionar os sistemas adutor e elevatório de Água, de acordo com as
normas: NBR 12 214 – Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para
Abastecimento Público, promulgada em 1992; NBR 12 215 – Projeto de Adutora de
Água para Abastecimento Público, promulgada em 1991; NBR 12.211 Estudos de
concepção de sistemas públicos de abastecimento de água e se aplica à definição de
qualquer sistema público de abastecimento de água com amplitude suficiente para
permitir o desenvolvimento do projeto de todas ou qualquer das partes constituintes
do sistema com a finalidade de atender a toda a população todos os dias do ano.
Determinação do Desnível Geométrico Δg entre Reservatórios
Dados do projeto

Vazão máxima diária = 356,8L/s ou 0,3568 m³/s


Δ𝑔 = 𝑁𝐴𝑀𝐴𝑋 𝑅2 + 6,00 − 𝑁𝐴𝑀𝐼𝑁 𝑅1
Δ𝑔 = 755 + 6,00 − 813 = 𝟔𝟒 𝒎

DIMENSIONAMENTO DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA


A estação elevatória de água foi concebida e dimensionada para realizar o recalque
da água tratada para um reservatório de distribuição a uma distância de 3225 metros
e um desnível geométrico de 64 metros. Nesse caso, a estação elevatória será
instalada entre o tratamento realizado e a rede de distribuição de água.
Para o cálculo da vazão de dimensionamento das adutoras é necessário
conhecer os seguintes fatores intervenientes: Horizonte de projeto; Vazão de
adução; Período de funcionamento da adução (vide estudos anteriores).

CASA DE BOMBAS
Local em espécie de abrigo onde se encontram as bombas, registros, tubos, quadro
de comando e outros acessórios. Garante que a bomba esteja em local seco, bem
ventilado e de fácil acesso para inspeção e manutenção.

Dimensionamento do Barrilete de Sucção


Determinação do diâmetro
Dado: velocidade máxima: 2,5m/s
Vazão - 𝑄 = 0,4339 𝑚3 /𝑠

4𝑄 4 ∗ 0,4339
𝐷=√ =√ = 0,470 𝑚 → 𝑫𝑨𝑫𝑶𝑻 = 𝟓𝟎𝟎 𝒎𝒎
𝜋𝑉 𝜋 ∗ 2,5

Determinação da velocidade final


𝑄 4𝑄 4 ∗ 0,4339
𝑉𝐹𝐼𝑁𝐴𝐿 = = = = 𝟐, 𝟐𝟏 𝒎/𝒔
𝐴 𝜋𝐷2 𝜋 ∗ 0,500²
Determinação da perda de carga localizada
Peça Quantidade K
Curva de 90º 1,0 0,4
Tê Lateral 1,0 1,8
Válvula retenção 1,0 2,5
Válvula globo 1,0 10,0
Redução excêntrica 1,0 0,2
Velocidade 1,0 1,0
K total = 15,9
𝑽𝟐 (𝟐, 𝟐𝟏)𝟐
𝒉𝒇 = 𝑲 = 𝟏𝟓, 𝟗 ∗ = 𝟑, 𝟗𝟔 𝒎𝒄𝒂
𝟐𝒈 𝟐 ∗ 𝟗, 𝟖𝟏

Determinação da perda de carga distribuída


Dados: Ltotal=25,0m

𝑉𝐷 2,24 ∗ 0,500
𝑅𝑒 = = −6
= 1,008𝑥106
𝜐 10
0,25
𝑓1 = 2 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟑
0,003 5,72
[log ( + )]
3,7 ∗ 0,450 1,008𝑥106 0,9

𝑳 𝑽𝟐 𝟐𝟓 𝟐, 𝟐𝟒
𝒉𝒇 = 𝒇 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟑 ∗ = 𝟎, 𝟐𝟏𝒎
𝑫 𝟐𝒈 𝟎, 𝟒𝟓𝟎 𝟐 ∗ 𝟗, 𝟖𝟏

Escolha do Diâmetro Econômico da Adutora


A escolha do diâmetro de uma canalização é feita levando-se em consideração:
Parâmetros hidráulicos (vazão, perdas de carga, velocidade) e econômicos (custo do
bombeamento e amortização das instalações) para uma adução por recalque.

𝐷 = 𝐾√𝑄 = 1,3√0,4339 = 0,800 𝑚 → 𝑫𝑨𝑫𝑶𝑻 = 𝟖𝟎𝟎 𝒎𝒎

O diâmetro comercial que mais se aproxima corresponde ao de 800 mm. No


entanto, para melhor definição das bombas a serem utilizadas serão feitos os cálculos
também para o diâmetro comercial anterior e para o próximo, ou seja, de 400 e 600
mm.
Arranjos Estudados Para Estação Elevatória
Os principais componentes de uma estação elevatória de água são: equipamento
eletromecânico: bomba, motor; tubulações: sucção, barrilete, recalque; construção civil:
poço de sucção, casa de bomba

ARRANJOS ESTUDADOS
Ø V Re f L ΔH AMT
(mm) (m/s) (m) (m) (Δg-ΔH)
Ø1 700 0,93 648900 0,024 3225 4,86 59,14
Ø2 800 0,71 567788 0,025 3225 2,59 61,41
Ø3 900 0,56 504700 0,026 3225 1,48 62,52

4.8.1. CÁLCULOS PARA ADUTORA Ø 700 MM


Cálculo da velocidade
1. Da equação da continuidade temos:
4. 𝑄 4 ∗ 0,3568
𝑉1 = = = 𝟎, 𝟗𝟑𝒎/𝒔
𝜋. 𝐷² 𝜋 ∗ 0,700²

Cálculo da altura total da bomba


2. Para cálculo da altura total foi adotada uma rugosidade
relativa do tubo na ordem de 0,003 (ferro fundido). Para cálculo do
número de reynolds será considerada a temperatura da água a 20° c:
𝑉𝐷 0,93 ∗ 0,700
𝑅𝑒1 = = = 𝟔𝟒𝟖𝟗𝟎𝟎
𝜐 10−6

Será utilizada a fórmula de swamee-jain para cálculo do coeficiente de atrito:


0,25
𝑓1 = 2 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟒
0,003 5,72
[log (3,7 ∗ 0,700 + )]
6489000,9

Por se tratar de tubulação extensa, as perdas de carga localizadas serão desprezadas.


Por fim, para obtenção da altura manométrica é utilizada a seguinte equação:
𝑯 = 𝑯𝒈 + 𝜟𝑯
PORTANTO ΔH SERÁ:
𝐿 𝑉² 3225 0,93²
∆𝐻1 = 𝑓 = 0,024 = 𝟒, 𝟖𝟔𝐦
𝐷 2𝑔 0,700 2𝑔
A partir de então é possível o cálculo da altura manométrica (h):
𝑯 = 𝑯𝒈 + 𝜟𝑯 = 𝟒, 𝟖𝟔 + 𝟔𝟒 = 𝟔𝟗 𝒎

4.2.1.3. Cálculo da Potência da Bomba

Para cálculo das bombas serão utilizados os seguintes dados:


• COEFICIENTE DA VELOCIDADE CINEMÁTICA DA ÁGUA: 𝝊 = 𝟏𝟎−𝟔
• FORÇA DE GRAVIDADE: G = 9,81 M/S²
• RUGOSIDADE RELATIVA: Ɛ = 0,003
• TEMPERATURA AMBIENTE: T=20ºC
• VELOCIDADE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DO DIÂMETRO
(GRANDES SISTEMAS): V= 2,0 M/S
• COMPRIMENTO DO RECALQUE (ADUÇÃO): 3225 M
• VAZÃO MÁXIMA DIÁRIA = 356,8L/S OU 0,3568 M³/S
• PESO ESPECÍFICO DA ÁGUA: 𝚼=1000
• RENDIMENTO TOTAL DA BOMBA: 𝜼 =0,80
Υ𝑄𝐻𝑚𝑎𝑛 1000 ∗ 0,3568 ∗ 59,14
𝑃𝑜𝑡1 = = = 𝟑𝟓𝟏, 𝟔𝟐𝒄𝒗
75𝜂 75 ∗ 0,80

H(m) Q(m³/h) Q(m³/s) Q(l/s)


60,12508 126,654 0,035182 35,18188
60,5003 253,309 0,070364 70,36376
61,12568 379,964 0,105546 105,5456
62,00121 506,619 0,140728 140,7275
63,1269 633,273 0,175909 175,9094
64,50273 759,928 0,211091 211,0913
66,12871 1284,305 0,356755 356,755
68,00485 1296,548 0,387001 387,0007
70,13114 1393,202 0,422183 422,1826
72,50758 1519,857 0,457364 457,3644
75,13417 1646,512 0,487001 487,0007
78,01092 1766,548 0,522183 522,1826
81,13781 1884,305 0,356755 356,755
Tabela 16: Curva do Sistema – Adutora Ø 700mm
Curva do sistema
125

100

75
H(m)

50

25

0
0 500 1000 1500 2000 2500
Q(m³.h-1)
Curva do sistema

Gráfico 01: Curva do Sistema – Adutora Ø 700mm

Arranjos
Para fins econômicos foi adotado um sistema de recalque com três bombas em
paralelo, sendo uma reserva. Com isso os cálculos realizados para determinar o
tipo de bomba tem como vazão, a metade do valor a ser recalcado.

Figura 01: Nuvem de Bombas

Portanto, para diâmetro de 700 mm poderá ser utilizado o modelo 300-400b


Ponto de operação
Para obtenção do ponto de trabalho característico (ponto ótimo), onde a bomba
apresenta o seu melhor rendimento (h), é necessária a intersecção da curva característica
da bomba com a curva característica do sistema.

2 BOMBAS EM PARALELO
120
110 Ponto de
100 operação
90
80
70
60
H(m)

50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500
Q(m³.h-1)
Série1 Série2 Série3

Gráfico 04: Ponto de operação – Adutora Ø 700mm – Modelo 300-400B

Curva característica da bomba


A curva característica de uma bomba é composta através da expressão cartesiana de
suas características de funcionamento, expressas por vazão, em m3/h na abcissa
e na ordenada altura, em mca; rendimento (h), em %; perdas internas (npshr),
em mca; e potência absorvida (bhp), em cv.
Gráfico 02: Curva Caraterística da bomba – diâmetro 700mm – Modelo 300-400B

4.8.2. CÁLCULOS PARA ADUTORA Ø 800 MM


Cálculo da velocidade
Da equação da continuidade temos:
𝟒∗𝑸 𝟒 ∗ 𝟎, 𝟑𝟓𝟔𝟖
𝑽𝟐 = 𝟐
= = 𝟎, 𝟕𝟏 𝒎/𝒔
𝝅∗𝑫 𝝅 ∗ 𝟎, 𝟖𝟎𝟎²
Cálculo da altura total da bomba
Para cálculo da altura total foi adotada uma rugosidade relativa do tubo na ordem de
0,003 (ferro fundido). Para cálculo do número de reynolds será considerada a
temperatura da água a 20° c:
𝑉𝐷 0,71 ∗ 0,800
𝑅𝑒2 = = = 𝟓𝟔𝟕𝟕𝟖𝟕
𝜐 10−6
Será utilizada a fórmula de swamee-jain para cálculo do coeficiente de atrito:
0,25
𝑓2 = 2 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟓
0,003 5,72
[log (3,7 ∗ 0,800 + )]
5677870,9
Por se tratar de tubulação extensa, as perdas de carga localizadas serão desprezadas.
Por fim, para obtenção da altura manométrica é utilizada a seguinte equação:
𝐿 𝑉² 3225 0,71²
∆𝐻2 = 𝑓 = 0,025 = 𝟐, 𝟓𝟗𝐦
𝐷 2𝑔 0,800 2𝑔
A partir de então é possível o cálculo da altura manométrica (h):
𝑯 = 𝑯𝒈 + 𝜟𝑯 = 𝟐, 𝟓𝟗 + 𝟔𝟒 = 𝟔𝟕 𝒎

Cálculo da Potência da Bomba


Υ𝑄𝐻𝑚𝑎𝑛 1000 ∗ 0,3568 ∗ 61,41
𝑃𝑜𝑡2 = = = 𝟑𝟔𝟓, 𝟏𝟔𝒄𝒗
75𝜂 75 ∗ 0,80
H(m) Q(m³/h) Q(m³/s) Q(l/s)
60,12508 126,654 0,035182 35,18188
60,5003 253,309 0,070364 70,36376
61,12568 379,964 0,105546 105,5456
62,00121 506,619 0,140728 140,7275
63,1269 633,273 0,175909 175,9094
64,50273 759,928 0,211091 211,0913
66,12871 1284,305 0,356755 356,755
68,00485 1296,548 0,387001 387,0007
70,13114 1393,202 0,422183 422,1826
72,50758 1519,857 0,457364 457,3644
75,13417 1646,512 0,487001 487,0007
78,01092 1766,548 0,522183 522,1826
81,13781 1884,305 0,356755 356,755
Tabela: Curva do Sistema – Adutora Ø 800mm
Curva do sistema
125

100

75
H(m)

50

25

0
0 500 1000 1500 2000 2500
Q(m³.h-1)
Curva do sistema

Gráfico: Curva do Sistema – Adutora Ø 800mm

Arranjos
Para fins econômicos foi adotado um sistema de recalque com três bombas
em paralelo, sendo uma reserva. Com isso os cálculos realizados para determinar o
tipo de bomba tem como vazão, a metade do valor a ser recalcado.

Figura: Nuvem de Bombas

Portanto, para diâmetro de 800 mm poderá ser utilizado o modelo 300-400b


Ponto de Operação
Para obtenção do ponto de trabalho característico (ponto ótimo), onde a bomba
apresenta o seu melhor rendimento (h), é necessária a intersecção da curva característica
da bomba com a curva característica do sistema.

2 BOMBAS EM PARALELO
120
110 Ponto de
100 operação
90
80
70
60
H(m)

50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500
Q(m³.h-1)
Série1 Série2 Série3

Gráfico: Ponto de operação – Adutora Ø 800mm – Modelo 300-400B

Curva característica da bomba


A curva característica de uma bomba é composta através da expressão
cartesiana de suas características de funcionamento, expressas por vazão, em m3/h
na abcissa e na ordenada altura, em mca; rendimento (h), em %; perdas internas
(npshr), em mca; e potência absorvida (bhp), em cv.
Gráfico 02: Curva Caraterística da bomba – diâmetro 800mm – Modelo 300-400B

4.8.3. CÁLCULOS PARA ADUTORA Ø 900 MM


Cálculo da velocidade
3. Da equação da continuidade temos:
4. 𝑄 4 ∗ 0,3568
𝑉1 = 2
= = 𝟎, 𝟓𝟔𝒎/𝒔
𝜋. 𝐷 𝜋 ∗ 0,9002
Cálculo da altura total da bomba
Para cálculo da altura total foi adotada uma rugosidade relativa do tubo na ordem de
0,003 (ferro fundido). Para cálculo do número de reynolds será considerada a
temperatura da água a 20° c:
𝑉𝐷 0,56 ∗ 0,900
𝑅𝑒3 = = = 𝟓𝟎𝟒𝟕𝟎𝟎
𝜐 10−6
Será utilizada a fórmula de swamee-jain para cálculo do coeficiente de atrito:
0,25
𝑓3 = 2 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟔
0,003 5,72
[log (3,7 ∗ 0,900 + )]
5047000,9
Por se tratar de tubulação extensa, as perdas de carga localizadas serão desprezadas.
Por fim, para obtenção da altura manométrica é utilizada a seguinte equação:
𝐿 𝑉² 3225 0,56²
∆𝐻3 = 𝑓 = 0,026 = 𝟏, 𝟒𝟖𝐦
𝐷 2𝑔 0,900 2𝑔
A partir de então é possível o cálculo da altura manométrica (h):
𝑯 = 𝑯𝒈 + 𝜟𝑯 = 𝟏, 𝟒𝟖 + 𝟔𝟒 = 𝟔𝟓, 𝟓𝟎 𝒎

Cálculo da Potência da Bomba


Υ𝑄𝐻𝑚𝑎𝑛 1000 ∗ 0,3568 ∗ 62,52
𝑃𝑜𝑡1 = = = 𝟑𝟕𝟏, 𝟕𝟐𝒄𝒗
75𝜂 75 ∗ 0,80
H(m) Q(m³/h) Q(m³/s) Q(l/s)
60,12508 126,654 0,035182 35,18188
60,5003 253,309 0,070364 70,36376
61,12568 379,964 0,105546 105,5456
62,00121 506,619 0,140728 140,7275
63,1269 633,273 0,175909 175,9094
64,50273 759,928 0,211091 211,0913
66,12871 1284,305 0,356755 356,755
68,00485 1296,548 0,387001 387,0007
70,13114 1393,202 0,422183 422,1826
72,50758 1519,857 0,457364 457,3644
75,13417 1646,512 0,487001 487,0007
78,01092 1766,548 0,522183 522,1826
81,13781 1884,305 0,356755 356,755
Curva do sistema
125

100

75
H(m)

50

25

0
0 500 1000 1500 2000 2500
Q(m³.h-1)
Curva do sistema

Gráfico: Curva do Sistema – Adutora Ø 900mm

ARRANJOS
Para fins econômicos foi adotado um sistema de recalque com três bombas
em paralelo, sendo uma reserva. Com isso os cálculos realizados para determinar o
tipo de bomba tem como vazão, a metade do valor a ser recalcado.

Figura 01: Nuvem de Bombas

Portanto, para diâmetro de 900 mm poderá ser utilizado o modelo 300-400b


Curva característica da bomba
A curva característica de uma bomba é composta através da expressão
cartesiana de suas características de funcionamento, expressas por vazão, em m3/h
na abcissa e na ordenada altura, em mca; rendimento (h), em %; perdas internas
(npshr), em mca; e potência absorvida (bhp), em cv.

Gráfico 02: Curva Caraterística da bomba – diâmetro 900mm – Modelo 300-400B


Ponto de operação
Para obtenção do ponto de trabalho característico (ponto ótimo), onde a bomba
apresenta o seu melhor rendimento (h), é necessária a intersecção da curva característica
da bomba com a curva característica do sistema.

2 BOMBAS EM PARALELO
120
110 Ponto de
100 operação
90
80
70
60
H(m)

50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500
Q(m³.h-1)
Série1 Série2 Série3

Gráfico 04: Ponto de operação – Adutora Ø 900mm – Modelo 300-400B

Análise econômica
Período De Funcionamento Da Adução

• Período de funcionamento → função do dimensionamento hidráulico


• Aduções por gravidade: 24 h/dia
• Adução por recalque: 16 a 20 h/dia
• Adução por recalque – economia de energia elétrica: Parada das bombas no período
de 3 horas, entre 17:00 e 22:00 h

Sistema tarifário
Do site da concessionária de energia elétrica AES ELETROPAULO foram obtidos os
valores tarifários, sendo que o faturamento é baseado na aplicação de uma tarifa
baseada em dois valores, o de consumo (kwh) e de demanda (kw).
CUSTOS Taxa i(%)
Manutenção R$ 184000/ano 7%
Operação EE 1,40 KW/h 6.5%
IMPLANTAÇÃO
Ø1 R$ 4,500.00/m
Ø2 R$ 6,250.00/m
Ø3 R$ 7,640.00/m
incluso MDO e material
Tabela 1: Custos de sistemas adutor elevatório de água

Fatores De Valor Presente


Dados: 𝒊= Taxa i(%) 𝒏= TR (20anos)
Fatores De Valor Presente: Manutenção
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,07)20 − 1
𝐹𝑉𝑃𝑚𝑎𝑛 = = = 18,6
𝑖(1 + 𝑖)𝑛 0,07(1 + 0,07)20
Fatores De Valor Presente: Estação Elevatória
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,065)20 − 1
𝐹𝑉𝑃𝐸𝐸 = = = 18,7
𝑖(1 + 𝑖)𝑛 0,065(1 + 0,065)20
Fatores De Valor Presente: Implantação
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,08)20 − 1
𝐹𝑉𝑃𝑖𝑚𝑝 = = = 18,4
𝑖(1 + 𝑖)𝑛 0,08(1 + 0,08)20
Custos: Implantação
Implantação Adução CUSTOS
TOTAL=Custos*Ltub
CUSTOS UNITÁRIO =R$Unit*Fvimp
Ø1 R$ 4.500,00 /m R$ 82.863,88 R$ 267.236.000,60
Ø2 R$ 6.250,00 /m R$ 115.088,72 R$ 371.161.111,94
Ø3 R$ 7.640,00 /m R$ 140.684,45 R$ 453.707.343,24
4.
Implantação EEA CUSTOS
TOTAL=Pot*Custos
CUSTOS UNITÁRIO =R$Unit*Fvimp
Ø1 R$ 8.600,00 /cv R$ 158.362,07 R$ 55.683.634,66
Ø2 R$ 8.600,00 /cv R$ 158.362,07 R$ 57.827.458,55
Ø3 R$ 8.600,00 /cv R$ 158.362,07 R$ 58.866.611,42
Custos: Operacionais
Consumo Energia Eletrica 1cv = 0.7355 KW
Consumo Custo
Custo Io FVP
(KW/h) Final
R$ 186.205,10 1 18,4 R$ 4.800.343,70
R$ 193.374,01 1 18,4 R$ 4.985.157,27
R$ 196.848,92 1 18,4 R$ 5.074.739,98

Custos: Manutenção
Custos Manutenção Fvman TOTAL
Manutenção
R$ 184.000,00 /ano 18,6 R$ 3.422,864,03
ADUTORA
Manutenção EEA R$ 35.000,00 /ano 18,6 R$ 651.088,27

Custos: Valores Finais


Valores Finais
Implantação Implantação ∑Implantação + Manutenção Manutenção
Ø
Adução EEA EEA ADUTORA EEA
700 R$267.236.001 R$55.683.635 R$322.919.635
800 R$371.161.112 R$57.834.183 R$428.995.295 R$ 3.422.865 R$3.422.864
900 R$453.707.344 R$58.880.302 R$512.587.645

Dispositivos de proteção das adutoras


Os principais dispositivos de proteção de adutora são: Blocos de ancoragens;
Proteção contra corrosão; Proteção contra os transitórios hidráulicos.

Blocos de ancoragem e pilaretes


A utilização de blocos de ancoragens de concreto é a técnica geralmente
mais utilizada para equilibrar os esforços de empuxo hidráulico de uma canalização
com bolsas, sob pressão.
Diferentes tipos de blocos de ancoragens podem ser colocados segundo a
configuração da canalização, a resistência e a natureza do solo, ou ainda a presença
ou não de lençol freático.
No trecho com assentamento aéreo da canalização deve-se definir: os
suportes; o método de absorção das dilatações térmicas; e a ancoragem dos
elementos submetidos aos empuxos hidráulicos, conforme figuras a seguir:
O bloco reage aos esforços de empuxo hidráulico de duas formas: por atrito
entre o bloco e o solo (peso do bloco); e por reação de apoio da parede da vala
(engastamento). Na prática, os blocos de ancoragens são levando em consideração
o atrito e a resistência de apoio sobre o terreno.
Quando existem obstáculos ou se a má qualidade dos terrenos impossibilita
a construção de blocos de ancoragens, é possível a técnica de travamento das
juntas.
Dimensionamento (casos comuns): os volumes de concreto propostos nos
quadros adiante foram calculados levando em consideração o atrito sobre o solo e a
reação com o terreno, em terrenos de características usualmente encontradas. Em
casos de escavações posteriores, executadas próximas aos blocos de ancoragens, é
conveniente reduzir a pressão da canalização durante os trabalhos. As hipóteses de
cálculo são dadas a seguir. Em todos os outros casos, é necessário fazer os cálculos.

Órgãos acessórios
Os principais órgãos acessórios são: Válvulas de bloqueio; Válvulas de
retenção; Válvula de pé; Manômetros e vacuômetros; Sistemas de escorva de
bombas.

4.9. RESERVATÓRIOS

Os reservatórios são unidades hidráulicas de acumulação e passagem de água


situados em pontos estratégicos do sistema de modo a atenderem as seguintes
situações: Garantia da quantidade de água (demandas de equilíbrio, de emergência
e de anti-incêndio); Garantia de adução com vazão e altura manométrica constante;
menores diâmetros no sistema; melhores condições de pressão.
Os reservatórios de distribuição são dimensionados de modo que tenham
capacidade de acumular um volume útil que supra as demandas de equilíbrio, de
emergência e anti-incêndio.
4.9.1. Dimensionamento De Entrada No Reservatório
Dados:
Velocidade: 1,5 m/s
Vazão de alimentação: 𝟒𝟏𝟕, 𝟐𝟐 𝒍/𝒔 (Vazão máxima horaria do reservatório à rede)
Coeficiente do dia de maior consumo: K1 = 1,25
Coeficiente da hora de maior consumo: K2 = 1,5
População: 120.000 habitantes

4.9.2. Dimensionamento do reservatório

Curva de Consumo
1400,00

1200,00

1000,00

800,00

600,00

400,00

200,00

0,00
00:00 04:48 09:36 14:24 19:12 00:00 04:48

Gráfico 1: Curva de consumo

4.9.3. Determinação do volume útil


Multiplicando-se a Vazão de projeto pelo fator de proporcionalidade de cada
hora obtemos as vazões. Para primeira linha:
𝑸 = 𝟕𝟐𝟒, 𝟑𝟒 𝒍/𝒔

4.9.4. Volume de reservação


O volume de reservação a ser adotado deve ser 1/3 do volume consumido no
dia de maior consumo.
86400
𝑉𝑜𝑙 = 724,34 ∗ = 20.861.000,00 𝑙 = 𝟐𝟎. 𝟖𝟔𝟏, 𝟎𝟎 𝒎³
3
Qalim Qdist Valim Vdist Valim Vdist
H Cc
(L/s) (L/s) (m³) (m³) (+) (-)
01:00 0,28 590,83 165,43 2126,99 595,557 1531,43
02:00 0,33 590,83 194,97 2126,99 701,906 1425,08
03:00 0,38 590,83 224,52 2126,99 808,255 1318,73
04:00 0,44 590,83 259,97 2126,99 935,875 1191,11
05:00 0,49 590,83 289,51 2126,99 1042,22 1084,76
06:00 0,66 590,83 389,95 2126,99 1403,81 723,176
07:00 0,82 590,83 484,48 2126,99 1744,13 382,858
08:00 1,1 590,83 649,91 2126,99 2339,69 -212,699
09:00 1,65 590,83 974,87 2126,99 3509,53 -1382,54
10:00 2,2 590,83 1299,83 2126,99 4679,37 -2552,39
11:00 1,93 590,83 1140,30 2126,99 4105,09 -1978,1
12:00 1,65 590,83 974,87 2126,99 3509,53 -1382,54
13:00 1,54 590,83 909,88 2126,99 3275,56 -1148,57
14:00 1,49 590,83 880,34 2126,99 3169,21 -1042,22
15:00 1,38 590,83 815,35 2126,99 2935,24 -808,255
16:00 1,32 590,83 779,90 2126,99 2807,62 -680,636
17:00 1,21 590,83 714,90 2126,99 2573,66 -446,667
18:00 1,16 590,83 685,36 2126,99 2467,31 -340,318
19:00 1,1 590,83 649,91 2126,99 2339,69 -212,699
20:00 0,82 590,83 484,48 2126,99 1744,13 382,858
21:00 0,66 590,83 389,95 2126,99 1403,81 723,176
22:00 0,49 590,83 289,51 2126,99 1042,22 1084,76
23:00 0,38 590,83 224,52 2126,99 808,255 1318,73
00:00 0,33 590,83 194,97 2126,99 701,906 1425,08
12591,8 -12187,6
Tabela para determinação do volume útil através de volumes diferenciais

4.9.5. Determinação Da Geometria Do Reservatório

4.9.6. Área do reservatório


• H: Altura da lâmina d’água = 6 metros
𝑉𝑜𝑙ú𝑡𝑖𝑙
𝐴𝑟𝑒𝑠 =
𝐻
20861
𝐴𝑟𝑒𝑠 = = 𝟑𝟒𝟕𝟔, 𝟖𝟒 𝒎²
4
4.9.7. Diâmetro do reservatório
𝐴𝑟𝑒𝑠 = 𝜋𝑅²

𝐴𝑟𝑒𝑠 3476,84
𝑅𝑎𝑖𝑜𝑟𝑒𝑠 = √ =√ = 33,27𝑚 → 𝑅 = 33,5 𝑚
𝜋 𝜋

∴ 𝑫𝒓𝒆𝒔 = 𝟔𝟕, 𝟎𝟎 𝒎

4.9.8. Dimensionamento da tubulação de saída


Dados:
• 𝑄𝑀Á𝑋𝑑𝑖𝑎 = 724,34 𝐿/𝑠 𝑜𝑢 0,72434 𝑚3 /𝑠
• 𝑉 = 1,5 𝑚/𝑠

4 𝑄𝑀Á𝑋𝑑𝑖𝑎 4 ∗ 0,72434
𝐷𝑡𝑢𝑏 = √ =√ = 𝟎, 𝟕𝟖𝟒 𝒎
𝜋𝑉 𝜋 ∗ 1,5

4.9.9. Dimensionamento do respiro


Onde:
• 𝐴 = 𝜋𝐷 2 /4

𝑄 = 𝐶𝑞𝐴√2𝑔(ℎ𝑟𝑒𝑠 + 𝐷𝑎𝑑𝑜𝑡 ) = 0,75 ∗ 𝜋 ∗ 0,92 ∗ √2 ∗ 9,81 ∗ (6 + 0,8)


= 𝟐𝟐, 𝟎𝟒 𝒎𝟑 /𝒔

• Adotando-se: V = 3 m/s
22,04
𝐴= = 𝟕, 𝟑𝟓 𝒎²
3

4.9.10. Chapéu chinês


𝜋𝐷 2
𝐴=
4

4𝐴 4 ∗ 7,35
𝐷𝑐ℎ𝑎𝑝é𝑢 = √ =√ = 𝟑, 𝟎 𝒎
𝜋 𝜋
4.9.11. Extravasor
Seguindo instruções técnicas, o extravasor deverá ter seu diâmetro maior que
a tubulação de entrada, sendo assim, fora adotado um diâmetro comercial a mais da
tubulação de entrada, que é DN 600, portanto, o extravasor será de DN 800.

Figura 1: Planta do reservatório

Figura 2: Vista AA do reservatório


5. CONCLUSÃO
A população futura tem que ser definida por previsão. O importante é que a
previsão seja feita de modo criterioso, a fim de que a margem de erro seja pequena.
Para obter um sistema de abastecimento eficiente é necessário que a água
distribuída seja capaz de atender à demanda atual e a futura até 2030.
BIBLIOGRAFIA

NBR 12 213 – Projeto de Captação de Água de Superfície para Abastecimento Público,


promulgada em 1992.

NBR 12 216 – Projeto de Estação de Tratamento de Água para Abastecimento


Público, promulgada em 1992.

NETO, José M. de Azevedo, RICHTER, Carlos A. Tratamento de Água – Tecnologia


Atualizada, 1ª Edição.

NETO, José M. de Azevedo. Manual de Hidráulica - 8° Edição.

NTS 020 Norma Técnica SABESP – ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS Elaboração de Projetos


Procedimento

TSUTIYA, Milton Tomoyuki; Ruy Reynaldo. Abastecimento de água – 3ª edição.


Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006.

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