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Marco Referencial – Atividade

3.1 Marco Situacional (Como entendemos o mundo em que vivemos)

a) Como se apresenta o mundo? Quais as principais características do Brasil atual?

R: O mundo se apresenta na 4ª fase da globalização. Seu início ocorre a partir da queda do


Muro de Berlim, na Alemanha, em novembro de 1989. O período, chamado de Nova Ordem
Mundial, é marcado por mais avanço e consolidação do sistema capitalista.
A etapa tem como principais características os avanços tecnológicos, que propiciaram o
aumento da velocidade da troca de informações, assim como o avanço do neoliberalismo
teve influência sobre as questões comerciais e econômicas.
Da mesma forma, influenciou no surgimento de blocos econômicos em diferentes partes do
mundo. Vem tentando se recuperar da grande pandemia da COVID19, que propiciou no
agravamento da atual crise econômica mundial.
O Brasil é o maior país da América do Sul, com área de mais de 8,5 milhões de km², e líder
do bloco econômico Mercosul. A população brasileira chegou a 213.317.639 habitantes em
2021, de acordo com o IBGE, com mais 87% dela vivendo nas cidades.
A economia brasileira, embora liderada pelo setor terciário (de serviços), se destaca também
em áreas com a indústria petroquímica e automobilística e na produção agropecuária, que
tem a soja como carro-chefe. Em 2021, a economia do Brasil apresentou sinais de
recuperação e o PIB (Produto Interno Bruto), cresceu cerca de 5,3%, segundo FMI (Fundo
Monetário Internacional).
As exportações cresceram 36%, no mesmo ano, respondendo positivamente ao novo cenário
de retomada da economia mundial, devido a pandemia da COVID19. Já para 2022, a
previsão de crescimento do PIB está sendo elevada de 1,8% para 2,8%. Vale lembrar que as
exportações do brasil e o seu saldo comercial aumentam todos os anos dentro do bloco
econômico do Mercosul.

b) Quais são os seus principais problemas e suas maiores necessidades?

R: Pobreza, desemprego, desigualdade de oportunidades, racismo e desnutrição são alguns


dos principais problemas sociais no Brasil. Podemos citar também a habitação precária, a
discriminação no emprego, o abuso e a negligência infantil e tantos outros. Além de diversos
outros problemas sociais com os quais o país se depara diariamente.
Por exemplo, temos a questão da saúde, em que 70% a 80% da população de exclusivamente
dos serviços do SUS, o que gera uma grande sobrecarga do sistema, resultando em
problemas na gestão hospitalar, com unidades lotadas, falta de equipamentos, de leitos e de
médicos.
Também , podemos citar a questão da educação onde dados do IBGE indicam que 11
milhões de brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos e até 29% são analfabetos
funcionais (que sabem identificar as palavras, nas não conseguem compreender e interpretar
textos e ideias).
Entre outros problemas, citamos os relacionados à moradia, desemprego, saneamento básico,
desigualdade social e racial, trabalho infantil, fome, desmatamento, drogas e violência. E, a
COVID, que também agravou os problemas sociais.

c) Quais são as possíveis causas da situação atual em termos sociais, políticos e


econômicos?

R: Em relação à saúde, por exemplo, além da falta de estrutura para o grande número de
usuários, um dos maiores causadores da deficiência da estrutura do SUS é a falta de recursos
financeiros, o que leva à precarização dos atendimentos.
O Brasil gasta 8% do seu PIB em saúde, sendo que apenas 3,8% é de investimento público e,
para 2022, houve um corte de 20% do seu orçamento.
Já a falta de saneamento, recolhimento e tratamento adequado do esgoto e de água encanada
e potável impacta na sociedade com a proliferação de doenças, aumento da mortalidade e
sobrecarga do sistema de saúde.
Outro exemplo de falta de prioridade é com a educação, em que o investimento do Estado na
educação do país vem caindo nos últimos cinco anos, chegando ao menor patamar desde
2012. E para 2022 o valor autorizado é de R$ 6 bilhões a menos que no ano anterior. Isso
causa infraestrutura precária, falta de material, superlotação de salas de aula e impacta no
desempenho do estudante.
Houve um retrocesso de 1,3% no número de alunos matriculados na educação básica em
2021, o que significa mais 627 mil crianças fora das escolas. Também, a má distribuição de
renda entre as classes sociais é um dos graves problemas que o Brasil enfrenta.

3.2 Marco Doutrinal (Quais as utopias que nos movem neste mundo)

a) Que tipos de sujeitos e de sociedade que queremos formar?

R: Quando nos colocamos como formadores de sujeitos, é impossível não nos tomarmos
como disciplinadores. Isto é, organizamos espaços, tempos e corpos, controlamos
movimentos, a fim de torná-los mais eficazes e produtivos para nossa sociedade.
Assim, a questão que fica é que se ainda queremos que essa formação/produção de sujeitos
se dê através de processos de escolarização, temos que (re)tomar a responsabilidade para os
professores, e esses devem apresentar como o trabalho funciona, que experiências e
exemplos são acionados e de que maneira isso ocorre na escola, quais saberes nos formaram
e como os articulamos em nosso cotidiano…Por exemplo, aprendendo a ser ético, honesto,
ter caráter, ser responsável, ser humano e solidário, entre tantas outras boas qualidades.
Entretanto, isto deve ocorrer sem que, também, ignoremos que os alunos já chegam às
escolas constituídos por um contexto social e cultural que também vai se articular com os
saberes trabalhados na escola. É preciso participar e conhecê-los para sugerir e orientar
sobre o caminho certo e seguro a seguir, se for preciso.

b) Que papel desejamos para a escola nessa realidade?

R: Ajudar o aluno a desenvolver habilidades socioemocionais;

- Ensinar o aluno a desenvolver suas percepções de mundo;


- Ensinar ao aluno seus direitos e deveres com a sociedade; e

- Formar cidadãos capazes de transformar a sociedade e torná-la mais justa.

c) Que tipos de relações devem ser estabelecidas entre os sujeitos no interior da escola, entre
escola e comunidade?

R: A escola, principalmente a de educação infantil, tem um papel fundamental no


desenvolvimento das crianças e na construção da cidadania. Sua função ultrapassa a prática
dentro das salas de aula.
Assim, a atuação dos educadores influencia não apenas as crianças e suas famílias, mas
também o bairro em que a escola se insere e a sociedade como um todo. A presença dessa
instituição deve ser um diferencial positivo na comunidade. Essa parceria é importante para
todos.
Se a escola está inserida em um bairro que tem problemas sociais, por exemplo, ela precisa
conhecer esse cenário, para fazer, de f ato, parte dele e ter participação ativa na solução das
adversidades que o afligem. Com o engajamento de todos, é possível pensar ações conjuntas
e conquistar melhorias para toda a região.
A parceria também com a família é uma ponte para a relação entre escola e comunidade.
Muitos alunos moram no bairro, por isso, a participação das famílias abre as portas da escola
infantil para a população.
É importante que os pais e responsáveis sintam-se acolhidos pela equipe pedagógica e
tenham canais de comunicação efetivos com a escola. Eles devem ser incluídos não só
quando for preciso resolver alguma questão do aluno, mas em diversos momentos da rotina
escolar.

3.3 Marco Operativo (Qual é a escola dos nossos sonhos?)

a) Em relação à dimensão pedagógica:

- Como desejamos o processo de planejamento e a nossa autonomia pedagógica? Como


desejamos que sejam o planejamento, as metodologias, os currículos e as avaliações?

Esse processo deve ser bastante amplo e envolver a discussão de todos os aspectos
importantes para a comunidade escolar. Afinal, é ele quem vai orientar os colaboradores ao
longo do ano, oferecendo um plano específico para organizar os recursos e as atividades.
Quando um novo período letivo se inicia, significa que o anterior terminou. Diante disso, é
importante discutir o que foi passado para os alunos e avaliar as atividades realizadas, pois o
planejamento pedagógico não se refere apenas ao que será feito no futuro, mas também ao
que foi realizado nos anos anteriores.
Esse é um momento de reflexão e avaliação das ações. Afinal, a comunidade escolar pode
rever o que foi positivo e modificar os pontos que devem ser melhorados. Por isso, uma das
primeiras etapas dessa organização é pegar o planejamento anterior e avaliá-lo ponto a
ponto.
Em meio a essa tarefa de avaliação, é possível identificar muitas atividades e rotinas que
podem ser replicadas, caso apresentem resultados positivos. Enquanto isso, outras podem ser
revistas e modificadas ou, até mesmo, descartadas. Essa avaliação é muito positiva para a
instituição escolar. Outro ponto central no planejamento pedagógico é a organização do
currículo da escola. Isso ficou ainda mais importante com as recentes discussões sobre a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é um documento produzido pelo Governo
Federal que lista os conteúdos básicos que todos os alunos do país devem ter em sua
formação.
Assim, é papel da escola conhecer as orientações da BNCC e organizar seu ano letivo
cumprindo com os conteúdos estabelecidos pela diretriz. Além disso, cada instituição de
educação deve pensar também em conteúdos complementares — que compõem a parte
curricular diversificada, de escolha de cada equipe pedagógica.

- Como desejamos a disciplina, a relação professor/aluno? Entre outras questões?

Um planejamento das atividades profissionais deve oferecer um fio condutor para quem vai
realizá-las. É isso que o planejamento pedagógico deve proporcionar ao professor. Por meio
desse documento, construído coletivamente com a participação do diretor, de seus colegas e
até das famílias atendidas, o docente terá melhores condições de pautar e direcionar o seu
trabalho.
Além de saber o que será realizado ao longo do ano e ter a chance de organizar
antecipadamente a rotina e os recursos para cada período, o professor também terá apoio na
hora de planejar o seu trabalho e de modificar alguns pontos. Então, nesse momento, será
possível retomar o planejamento e conversar com o coordenador pedagógico sobre novas
necessidades.
Outro fator que o planejamento pedagógico é capaz de gerar é o compartilhamento de ideias
e a troca de experiências entre os colegas. Pois, Educadores que trabalham juntos podem
planejar de maneira coletiva, além de trocar sugestões com os docentes das séries próximas.
Assim, todos atuam com mais harmonia e alcançam melhores resultados com os alunos.

b) Em relação à dimensão administrativa/pedagógica:

- Como desejamos a organização administrativa da nossa escola? Como desejamos que


ocorra participação dos diferentes sujeitos na gestão da nossa escola? Quais serão os nossos
mecanismos de gestão democrática? Entre outras questões?

A Gestão administrativa escolar é a área responsável por verificar como estão sendo
utilizados os recursos financeiros e físicos na instituição, além de cuidar da manutenção da
escola. Esse setor também está altamente engajado na definição de estratégias para diminuir
a evasão escolar e aumentar a captação de alunos, além de trabalhar o engajamento com a
comunidade escolar. Além disso, essa é a área da escola que faz a gestão de processos e de
pessoas. É o setor que busca maneiras de otimizar os fluxos de demandas internas e fazer
uma boa gestão de pessoas. 
Por isso, para garantir uma gestão escolar administrativa de sucesso, o setor responsável por
essa atividade na instituição precisa estar alinhado com as outras áreas da escola, em
especial com o administrativo. Pois assim, conseguirá alcançar um bom desempenho.

Compete a gestão escolar:


“Garantir o acesso dos alunos à escola.
Criar medidas para assegurar a permanência de alunos e professores na instituição.
Criar um canal de comunicação entre escola e comunidade escolar.
Adequar o conteúdo pedagógico à realidade local.
Organizar disciplinas, professores, turmas e espaços para garantir a qualidade das aulas.”
Sendo assim, a gestão administrativa escolar deve contar com ferramentas que auxiliem no
desenvolvimento da escola. Uma boa alternativa pode ser a implementação de um sistema de
gestão escolar e até mesmo práticas relacionadas com as metodologias de ensino que podem
ser aplicadas em sala de aula.
Então, a gestão administrativa é responsável por lidar com as burocracias que envolvem a
instituição de ensino. Ou seja, o profissional envolvido na administração da escola precisa
garantir que as leis e diretrizes sejam cumpridas da maneira correta, evitando inclusive
multas e problemas com a justiça.
Para isso, desenvolva um cronograma para verificar, com uma determinada frequência, se
essas demandas estão sendo desempenhadas de acordo. Procure também treinar sua equipe
para que saibam como lidar com essas questões burocráticas que envolvem documentos e
processos legais. 

3.4 Estratégias (Ações/Políticas)

- Ações que irão possibilitar o cumprimento dos princípios, dos objetivos e das
determinações/normas
- Para o cumprimento das estratégias, é importante:

a) estabelecer prioridades e datas para execução:


 
R: Nossa prioridade será contextualizar o aspecto geral do Brasil, ou seja, os problemas
graves e urgentes comuns a todos ou quase todos os Estados da nação. Porém, não pela
perspectiva de vítimas e aceitação, mas pela tomada de postura que nos permite agir,
criticamente, dentro e fora da sala de aula. A avaliação será ao término de cada bimestre

b) responsáveis por coordená-las e acompanhá-las:

R: Os Docentes.

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