Você está na página 1de 15

Brasil investe mais no

ensino superior do
que no básico
Criado em 09/09/14 23h49 e atualizado em 10/09/14 09h43 
Por Mariana Tokarnia Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil
PUBLICIDADE

No Brasil, as instituições públicas de ensino superior gastam quatro


vezes mais por aluno do que gasta no ensino fundamental por
estudante. De acordo com o relatório  Education at a
Glance,  divulgado nesta terça-feira(9) pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), essa é a
maior diferença de gasto entre níveis educacionais dentre todos os
países do grupo. Os dados do relatório são de 2011.
O gasto por cada aluno da educação superior corresponde a 93%
do Produto Interno Bruto (PIB) per capita brasileiro, enquanto o
valor para o ensino fundamental equivale a 23%. O documento faz
a ressalva de que entre, 1995 e 2011, o gasto por aluno na
educação básica cresceu por volta de 128%, enquanto decresceu
no nível superior.

O governo brasileiro gastou em educação 19% do total de seu


gasto público, acima da média da OCDE, de 13%. Com isso,
no ranking dos países, o Brasil é o quarto mais alto.   Segundo o
relatório, o Brasil investe quase um terço em educação do que
investem, na média, os países da OCDE;   O levantamento mostra
também que, em relação ao PIB, o investimento brasileiro está
acima da média desses países.
O gasto público total em educação representou 6,1% do PIB, e está
também acima da média da OCDE de 5,6%, assim como acima de
outros países latino-americanos como Chile (4,5%), México (5,2%),
e Colômbia (4,5%). "De fato, o gasto com instituições educacionais
tem aumentado em um ritmo mais acelerado que o PIB no período
de 2000 a 2011", diz o relatório.

O ministro da Educação comentou o resultado em coletiva de


imprensa nesta terça-feira. "Temos tido uma evolução desse valor
por aluno ao longo dos anos, temos feito um esforço para ampliar",
disse. Segundo ele, em 2012 (os dados da pesquisa da OCDE são
de 2011), o investimento em educação em relação ao PIB
aumentou para 6,4%. Sobre a relação entre o financiamento do
ensino superior e básico, ele diz que a diferença tem diminuído.

"A questão do financiamento é um dos elementos que determinam


a qualidade. Tem outros elementos, como a formação dos
professores, a complexidade da gestão do ensino fundamental e
médio", acrescentou.

Editor: Fábio Massalli
TAGS:  EDUCAÇÃO, OCDE, INVESTIMENTO, INVESTIMENTO NA
EDUCAÇÃO, ENSINO BÁSICO, ENSINO SUPERIOR
Educação
Desfazendo um mito

O Brasil gasta mais no ensino


básico do que no superior
por Róber Iturriet Avila — publicado 04/09/2018 00h20, última modificação 03/09/2018 11h56

Nos últimos anos, o investimento em educação cresceu. O


gasto com universidades foi a 1,2% do PIB em 2014 e com o
nível básico chegou a 4,9%
Arquivo Agência Brasil

Entre 2000 e 2014, o investimento em educação por aluno quase triplicou em termos reais, em

especial na educação básica, que compreende a infantil, a fundamental e o ensino médio


[Este é o blog do Brasil Debate em CartaCapital. Aqui você acessa o site]
Dentre as inúmeras divergências entre os grupos “de direita” e “de esquerda”, a
necessidade de investir mais em educação parece uma convergência, a
despeito das distintas concepções quanto ao método.

Nesta eleição presidencial, algumas candidaturas têm defendido a cobrança de


mensalidades nas universidades públicas. Há também críticas à expansão
ocorrida no ensino superior nos anos recentes. Notadamente, os
representantes da área econômica de Marina Silva, Jair Bolsonaro e Geraldo
Alckmin defenderam na série de entrevistas da GloboNews a cobrança de
mensalidades.
Um dos argumentos utilizados é que no Brasil o gasto com ensino superior é
maior do que com o ensino básico. A urgência em melhorar a formação dos
nossos jovens é inequívoca, e há pouco dissenso sobre a necessidade de
melhorar nossa educação básica. Entretanto, precisamos tirar conclusões com
olhar acurado sobre os dados.
De acordo com os dados do censo escolar de 2017, o Brasil conta com
144.150 escolas públicas, sendo a maior parte da rede municipal. O Estado
brasileiro financia 39,7 milhões de alunos no ensino básico das escolas
públicas. Já os estudantes do ensino superior público chegam a 1,99 milhão
em 298 instituições públicas (federais, estaduais, municipais).
O Estado no Brasil é composto por 5.570 municípios, 26 estados, 1 distrito
federal e a União. Nessa medida, para termos referência do gasto no ensino
público, temos que levar em conta todos os níveis de governo, haja vista que
esse serviço é de responsabilidade dos três níveis.
Embora o pacto federativo ainda não esteja plenamente ajustado e haja
sobreposição, em princípio, as competências seriam as seguintes: os
municípios com ensino fundamental, os estados com ensino médio e a união
com o ensino superior. Entretanto, a União repassa recursos para os estados e
municípios, já os estados repartem recursos com os municípios para a área de
educação.
Assim, o orçamento do Ministério da Educação é uma informação parcial sobre
o gasto com educação no Brasil e não deve ser utilizada para conclusões sobre
o total do gasto, já que a União foca seu gasto no ensino superior.

Ao se observar a tabela 1, verifica-se que o investimento em educação cresceu


no Brasil nos últimos anos, em especial no ensino médio. Verifica-se também
que o gasto com ensino superior chegou a 1,2% do PIB em 2014, ao passo
que o gasto com ensino básico é de 4,9% do PIB. Então, claramente, o poder
público no Brasil gasta muito mais no ensino básico, o que não foge da lógica,
haja vista que temos quase 40 milhões de alunos no ensino básico, ao passo
que no superior somam quase 2 milhões.
A tabela 2 demonstra que o investimento em educação por aluno quase
triplicou em termos reais entre 2000 e 2014, derrubando o mito de que não
houve avanço em investimento público no Brasil. Mais do que isso, o
investimento cresceu mais na educação básica, com o triplo de recursos por
aluno, tanto na educação infantil, quanto na fundamental e no ensino médio. Já
no ensino superior, os valores são relativamente constantes, embora o custo
por aluno seja bem maior. Isso não foge da lógica, uma vez que no ensino
superior boa parte da mão de obra tem mestrado e/ou doutorado, além da
pesquisa e da extensão, com qualidade reconhecida.
Não é possível discordar de que precisamos melhorar a qualidade do ensino
brasileiro, em todos os níveis. Impõe-se também a ponderação de que os
resultados do investimento em educação vêm a médio e longo prazo. Não
podemos, de outro lado, tirar conclusões apressadas sobre os gastos em
educação sem antes observar minimamente o que tem ocorrido nos últimos
anos. É falsa a argumentação de que o Brasil gasta mais no ensino superior e
também é falsa a afirmação de que não houve crescimento no investimento em
educação básica no Brasil. É imperativo o rigor analítico para definir políticas
públicas tão relevantes e, por certo, os profissionais que estudam a área com
maior especialidade do que este autor podem contribuir mais com a discussão.
* Róber Iturriet Avila é doutor em economia e professor adjunto do
Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul
Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa
Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Censo Escolar 2017 – notas estatísticas.
Brasília, jan. 2018, disponível em:
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/
2018/notas_estatisticas_Censo_Escolar_2017.pdf Acesso em : 26 ago. 2018.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS
ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Indicadores Financeiros Educacionais. Disponível
em: http://portal.inep.gov.br/indicadores-financeiros-educacionais . Acesso em
26 ago. 2018.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS
ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Sinopse Estatística da Educação Superior 2016.
Brasília, ago. 2018. Disponível em: . Acesso em: 26 ago. 2018.

Estudo: Brasil tem disparidade entre gastos na educação básica e superior6 Daniela Fernandes Em Paris 12/09/201708h26... -
Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2017/09/12/estudo-brasil-tem-disparidade-entre-gastos-na-educacao-
basica-e-superior.htm?cmpid=copiaecola

Brasil gasta 6% do
PIB em educação,
mas desempenho
escolar é ruim
Publicado em 06/07/2018 - 10:22

Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil  Brasília

O Brasil gasta anualmente em educação pública cerca de 6% do


Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços
produzidos no país). Esse valor é superior à média dos países que
compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), de 5,5%. No entanto, o país está nas últimas
posições em avaliações internacionais de desempenho escolar,
ainda que haja casos de sucesso nas esferas estadual e municipal.
A avaliação é do relatório Aspectos Fiscais da Educação no Brasil,
divulgado hoje (6) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do
Ministério da Fazenda.

Segundo o relatório, o gasto brasileiro também supera países como


a Argentina (5,3%), Colômbia (4,7%), o Chile (4,8%), México (5,3%)
e os Estados Unidos (5,4%). “Cerca de 80% dos países, incluindo
vários países desenvolvidos, gastam menos que o Brasil em
educação relativamente ao PIB”.

Apesar de investir 6% do PIB em educação, o país está nas últimas posições em avaliações

internacionais de desempenho escolar (Arquivo/ Agência Brasil)

O relatório também mostra que como proporção das receitas da


União, a despesa federal em educação quase dobrou sua
participação, passando de 4,7% para 8,3% no período 2008 a 2017.
Em proporção do PIB, a expansão passou de 1,1% para 1,8%. A
despesa com educação apresentou crescimento acumulado real de
91% no período de 2008 a 2017, 7,4% ao ano, em média, enquanto
a receita da União cresceu 6,7% em termos reais, descontada a
inflação, 0,7% ao ano, em média.

Na principal avaliação internacional de desempenho escolar, o Pisa


(Programme for International Student Assessment), o Brasil está
nas últimas posições. Dos 70 países avaliados em 2015, o Brasil
ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª
colocação em matemática.
O problema no Brasil, de acordo com o relatório, não está no
volume dos gastos, mas na necessidade de aprimoramento de
políticas e processos educacionais. “Apesar da forte pressão social
para a elevação do gasto na área de educação, existem evidências
de que a atual baixa qualidade não se deve à insuficiência de
recursos. Tal observação não é específica ao Brasil, tendo em vista
que já é estabelecida na literatura sobre o tema a visão de que
políticas baseadas apenas na ampliação de insumos educacionais
são, em geral, ineficazes”, diz o estudo.

Caso de sucesso
O estudo destaca ainda que mesmo no Brasil existem casos de
sucesso, como o do Ceará, que obteve em 2015 o quinto melhor
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos
iniciais do ensino fundamental, mesmo com um gasto inferior à
média da própria Região Nordeste e à média nacional.

Em 2017, o Ceará aplicou R$ 3.589,95 por aluno na educação


básica, ao passo que os demais estados da Região Nordeste
aplicaram, em média, R$ 3.764,84. “Não obstante, o Ceará
alcançou um Ideb de 5,7, enquanto a média dos demais estados da
região foi de 4,4. Ressalta-se ainda que, em 2005, o desempenho
do Ceará era de apenas 2,8, que o colocava somente na 18ª
posição entre 27 estados”, diz o relatório.

“O desempenho do Ceará é ainda mais ilustrativo se comparado a


um outro extremo, o Distrito Federal, que, mesmo com uma
aplicação de recursos 134% maior ao primeiro, obteve um Ideb de
5,6, ligeiramente inferior ao do Ceará”, acrescentou.

Além disso, diz o estudo, o melhor Ideb municipal do Brasil, em


2015, foi o do município cearense de Sobral, que alcançou a nota
média de 8,8 na rede pública, com uma despesa de R$ 3.091,38, a
qual é inferior à média do próprio estado do Ceará e bastante
inferior à média nacional de R$ 5.005,83.

Edição: Fernando Fraga

 Tags: PIBTESOUROPISADESEMPENHO ESCOLARINVESTIMENTO EM EDUCAÇÃOOCDE

Gasto do PIB em educação para de


cair no Brasil, mas investimento por
aluno segue estagnado, diz estudo
da OCDE
Dados do estudo 'Education at a Glance' foram divulgados nesta terça-feira
(11) e mostram que o Brasil ainda gasta por aluno menos que a metade da
média de países desenvolvidos.
Por Ana Carolina Moreno, G1 — São Paulo
11/09/2018 06h00  Atualizado há 2 meses

Miriam Leitão: governo gasta pouco no Ensino Médio


Bom Dia Brasil

--:--/--:--

Miriam Leitão: governo gasta pouco no Ensino Médio

Depois de quatro quedas consecutivas, o Brasil conseguiu frear a redução da


porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investida na área de educação, do
ensino fundamental ao superior. Porém, o valor gasto pelo governo para cada
estudante segue estagnado há três anos no Brasil, e se mantém bem abaixo
da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).
Os dados são do estudo Education at a Glance ("Educação em revista", na
tradução livre do inglês), divulgado nesta terça-feira (11).
"O Brasil investe uma parte relativamente alta tanto de seu produto interno bruto (PIB)
quanto do total de gastos públicos na educação. Porém, o gasto por aluno ainda está atrás
da maior parte dos países parceiros e da OCDE", diz o relatório.

Divulgado anualmente, o documento de 2018 analisa os sistema de educação


de 36 países membros da OCDE, além de dez países parceiros, como o Brasil,
a Argentina, a China, a Rússia e a África do Sul, entre outros

Estudo revela que metade dos adultos não concluiu o ensino médio

Os dados do relatório divulgado nesta terça-feira se referem ao ano de 2015,


quando o Brasil atingiu a porcentagem de 5% do PIB investido à educação
primária, secundária e terciária – o equivalente ao ensino fundamental 1 até o
ensino superior.
O valor é o mesmo que a média da OCDE e representa a primeira vez em
quatro edições que o país conseguiu frear as quedas consecutivas, mas segue
distante do valor registrado em 2011, quando 5,9% do PIB foi investido na
educação.
Investimento do PIB na educação (%)

Veja a evolução histórica dos gastos do Brasil e da média da OCDE

Porcentagem do PIB investido em


educação5,65,65,95,95,65,65,25,24,94,9556,36,36,16,15,35,35,25,2BRASILMÉDIA
OCDE2010201120122013201420154,7555,255,55,7566,256,5

Fonte: OCDE/Education at a Glance (dados referentes ao período entre o ensino


fundamental e o superior)

Além disso, em 2015 o Brasil dedicou 17,3% de todos os gastos públicos do


governo à educação. Nesse quesito, o país ficou acima da média da OCDE,
que foi de 11,1%.
Gasto por aluno estagnado
Apesar de investir mais do que outros países em termos absolutos, os dados
da OCDE mostram, porém, que o Brasil ainda é um dos países que menos
gasta por aluno. O país responde também por uma das redes públicas de
ensino com mais alunos entre os países analisados.
Considerando os níveis de ensino para crianças de 6 a 15 anos, o Brasil só
perde para o México e a Turquia nesse quesito.
O gráfico abaixo mostra os cinco primeiros, a média da OCDE e os cinco
últimos colocados:
Países que investem mais (e menos) por aluno

O número mostra os gastos acumulados por estudante de 6 a 15 anos em 2015


Gasto em dólares convertidos pelo poder de paridade de compra do
PIB208.531208.531139.675139.675136.383136.383121.917121.917117.121117.121
90.67190.67153.13253.13250.14950.14947.33447.33437.55937.55929.01529.015Lu
xemburgoÁustriaNoruegaEUAIslândiaMÉDIA
OCDEHungriaChileBRASILTurquiaMéxico025k50k75k100k125k150k175k200k225k

Fonte: OCDE/Education at a Glance 2018

Ensino fundamental
Considerando cada nível de ensino, é possível ver que, no ensino fundamental
1 e 2, há três anos o valor gasto pelo governo brasileiro aos alunos da rede
pública chegou a crescer entre 2011 e 2013, mas segue estagnado há três
edições do estudo.
Em 2015, o valor gasto no Brasil por aluno do ensino fundamental 1 e do
fundamental 2 representavam 44% e 38% da média da OCDE,
respectivamente:
Gasto por aluno no ensino FUNDAMENTAL

Compare a evolução do valor no Brasil (VERMELHO e AZUL) e a média dos países


da OCDE (CINZA) nos últimos cinco anos

8.2968.2962.6732.6739.3779.3772.7002.7008.2478.2473.0953.0959.6279.6272.981
2.9818.4778.4773.8263.8269.9809.9803.8023.8028.7338.7333.7993.79910.23510.2
353.8143.8148.5398.5393.7623.7629.9419.9413.7893.7892011 - fundamental
12011 - fundamental 22012 - fundamental 12012 - fundamental 22013 -
fundamental 12013 - fundamental 22014 - fundamental 12014 - fundamental
22015 - fundamental 12015 - fundamental 2010k2,5k5k7,5k12,5k

Fonte: OCDE/Education at a Glance 2018 (os dados se referem ao ensino


fundamental 1 e 2)

Ensino médio e superior


Já no ensino médio, essa porcentagem só chegou a 39% em 2015, depois de
duas edições seguidas de aumentos tímidos no gasto do Brasil por aluno.
O ensino superior é o nível em que o Brasil mais se aproxima da média da
OCDE em termos de investimento por aluno matriculado:
Gasto por aluno nos ensinos MÉDIO e SUPERIOR

9.5069.5062.6052.60513.95813.95810.90210.9029.8769.8763.0783.07815.02815.02
810.45510.4559.9509.9503.8523.85215.77215.77213.54013.54010.18210.1823.870
3.87016.14316.14311.66611.66610.19610.1963.9863.98615.65615.65614.26114.26
12011 - médio2011 - superior2012 - médio2012 - superior2013 - médio2013 -
superior2014 - médio2014 - superior2015 - médio2015 - superior05k10k15k20k

Fonte: OCDE/Education at a Glance


Creche
O investimento do Brasil na primeira infância, principalmente nas creches, tem
crescido, segundo o relatório da OCDE. os dados mostram que, em 2015, o
país chegou a investir 0,7% do seu PIB na área – em 2010, essa porcentagem
era de 0,4%. A média da OCDE é de 0,8%.
Em 2016, segundo a OCDE, 22% das crianças com menor de 3 anos
frequentavam uma creche, um valor abaixo da média da OCDE, de 34%.
Além disso, também nesse nível o Brasil é um dos que menos investe
relativamente ao número de alunos. "O Brasil gasta cerca de 3.800 dólares por
criança em instituições públicas de pré-primário, um dos nívels mais baixos
entre os países membros e parceiros da OCDE", diz o estudo.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/09/11/gasto-do-pib-em-educacao-
para-de-cair-no-brasil-mas-investimento-por-aluno-segue-estagnado-diz-
estudo-da-ocde.ghtml

Investimento brasileiro em
educação infantil é
destaque na América
Latina
Percentual do PIB brasileiro destinado ao setor aumentou e está acima de países da região,
como Argentina, Colômbia, Costa Rica e México

publicado: 11/09/2018 16h11, última modificação: 11/09/2018 16h11

Em termos de inclusão, o Brasil também está à frente de países latinos. Segundo o estudo,
22% das crianças de até 3 anos estão na escola - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Brasil está à frente de países latino-americanos no que diz respeito


a investimentos em educação infantil até os 5 anos de idade. A
informação é apontada no relatório Education at a Glance 2018 (Um
olhar sobre a educação, em tradução livre), publicado nesta terça-feira
(11) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). A pesquisa também mostra um aumento na
destinação de recursos do País em creches e pré-escolas, que passou
de um equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010
para 0,7% em 2015.

Ainda que esteja abaixo da média de outros países que compõem a


OCDE, que é de 0,8% do PIB, o percentual brasileiro é maior que o de
nações da América Latina, como Argentina, Colômbia, Costa Rica e
México. “Há uma consciência crescente do papel fundamental que a
educação e os cuidados na primeira infância desempenham no
desenvolvimento, aprendizagem e bem-estar das crianças”, diz o
relatório.

A OCDE acrescenta: “Pesquisas mostram que o desenvolvimento de


áreas de grande importância, como controle emocional, habilidades
sociais, linguagem e contagem, atinge o auge nos primeiros 3 anos de
vida de uma criança”.

Acesso à pré-escola
Em termos de inclusão, o Brasil também está à frente de países
latinos. Segundo o estudo, 22% das crianças de até 3 anos estão na
escola. Dados mais atualizados, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mostram que essa porcentagem chegou a 30,4%
em 2015.

O índice brasileiro nesse item é maior que em diversos países da


região, como Argentina (5%); Chile (20%); Costa Rica (2%) e México
(2%). Na pré-escola, de acordo com o relatório, o acesso no Brasil é
ainda maior, chega aos 90% aos 4 anos de idade, 97% aos 5 anos e
100% aos 6 anos.

Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), definido em lei, o Brasil tem


que ampliar o atendimento para 50% das crianças de até 3 anos de
idade até 2024. A estimativa é que 2,4 milhões de alunos precisam ser
incluídos.
Fonte: Agência Brasil

Você também pode gostar