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01/02/2023
BTG Pactual Equity Research
Setor Educacional 01 de Fevereiro 2023
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BTG Pactual Equity Research
01/02/2023
Esta pesquisa tem um propósito diferente. Não pretendemos oferecer ideias de ações,
mas sim apresentar um relatório que esclareça um aspecto crucial para o
desenvolvimento do Brasil. O caminho para um país mais desenvolvido e com renda per
capita estruturalmente mais elevada não é nada simples, mas exige absolutamente um
foco especial no sistema educacional.
O sistema educacional brasileiro carece de qualidade. E, talvez ainda pior, não melhorou
muito na última década. Ainda está mal classificado no exame internacional PISA (onde
é um dos 15 piores países em uma lista de +70 nações), e seu desempenho no ENEM
(exame do ensino médio) mal avançou nos últimos 15 anos.
Mesmo os indicadores que melhoraram ainda estão aquém das metas pré-definidas: (i)
taxa de escolarização de 4 a 17 anos de 98% (vs. 94% há dez anos e abaixo da meta de
100%); (ii) o analfabetismo em termos percentuais de pessoas com +15 anos caiu para
6,6% (vs. 12% em 2000, mas muito pior do que a meta de zero analfabetismo para 2024);
e (iii) melhor desempenho do IDEB (indicador de qualidade da educação básica) nas
séries iniciais do ensino fundamental até 2019, embora o índice tenha piorado em 2021
devido à pandemia de Covid-19 (ver notas IDEB x metas). Em 2014, o governo criou o
Plano Nacional de Educação, com metas para desenvolver a educação. Mas, até agora,
apenas 2 de suas 20 metas foram totalmente cumpridas: qualificação de professores no
ensino superior e novos mestres/doutores.
Mas esse gasto extra em educação não se traduziu em mais aprendizado e qualidade,
levantando a questão: como o dinheiro está sendo investido? Dada a recente aprovação
do teto de gastos públicos, o debate sobre a eficiência com que os recursos públicos são
investidos ganhará força na educação.
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O aluno demora 17 anos para completar o ciclo completo do ensino básico (ver tabela
abaixo), ou 14 anos para o ciclo obrigatório. O jardim de infância é a primeira etapa,
frequentado por crianças de 0 a 3 anos. A inscrição é obrigatória na fase pré-escolar (dos
4 aos 5 anos).
Então, aos 6 anos de idade, as crianças ingressam no ensino fundamental (ciclo longo
que leva pelo menos 9 anos), durante o qual fazem a prova do SAEB (Sistema de
Avaliação da Educação Básica). O Ensino Médio (última fase antes da graduação) é um
ciclo de 3 anos, com os alunos se formando por volta dos 17 anos e fazendo o vestibular.
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Existem 42,6 milhões de alunos no ensino básico (~20% da população) distribuídos pelos
segmentos público e privado (excluindo o ensino profissional, ensino básico de adultos e
ensino especial), dos quais 8% no jardim de infância, 12% no pré-escolar, 62% no ensino
fundamental e 18% no ensino médio.
Gráfico 1: Alunos da educação básica no Brasil (mn) Gráfico 2: Alunos do ensino básico
A queda da taxa de fecundidade e a inversão da pirâmide etária fizeram com que a base
geral de alunos da educação básica diminuísse gradativamente. No segmento de ensino
básico, o segmento privado ganhou participação de forma consistente, com exceção de
2020 e 2021, quando a pandemia de COVID teve um impacto proporcionalmente maior
nas matrículas particulares.
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Gráfico 3: Penetração do segmento privado (alunos Gráfico 4: Base de alunos do ensino básico (mm)
Privados/ total de alunos
Gráfico 5:Base de alunos da pré-escola do segmento Gráfico 6: Alunos particulares do segmento básico
privado (mn) em 2021
O segmento pré-escolar privado foi o mais afetado pela pandemia, perdendo +300 mil
alunos desde 2019 (-26% em dois anos). Em 2021, as pré-escolas particulares perderam
222 mil alunos (-20% a/a), e hoje os alunos da pré-escola representam 12% de todos os
alunos particulares do ensino básico.
Este cenário não vai durar muito. Durante o surto de Covid-19, o setor teve que substituir
aulas presenciais por ensino à distância. Mas os anos iniciais da educação básica são
muito mais sobre socialização do que absorção de conteúdo, por isso muitos pais
migraram seus filhos do ensino privado para o público em 2020-21.
Na educação básica atual, apenas escolas de ensino médio podem utilizar o EAD em
programas regulares (até 20% da carga horária). Mais conteúdo online em vez de aulas
presenciais parece uma tendência mundial nas esferas da educação (desde a graduação
básica até a de alta qualificação).
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Gráfico 7: Base de alunos da Educação Infantil Gráfico 8: Base de alunos da pré-escola (privada +
(privada + pública) e crescimento anual pública) e crescimento anual
Gráfico 9: Base de alunos do ensino fundamental Gráfico 10: Base de alunos do ensino médio
(privado+ particular) e crescimento anual (privado+ particular) e crescimento anual
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O acesso deixou de ser um dos principais problemas para o sistema de educação básica.
94% das crianças de 4 a 5 anos estão matriculadas em creches ou pré-escolas, 99% das
crianças de 6 a 14 anos estão no ensino fundamental e 95% das crianças de 15 a 17
anos vão à escola (embora apenas 75% estejam realmente no ensino médio, enquanto o
restante está atrasado no ensino fundamental). Estimamos que 98% das crianças de 4 a
17 anos estejam na escola
O acesso melhorou muito na última década, pois o Bolsa Família (programa de bem-estar
para famílias de baixa renda) exige que as famílias matriculem os filhos na escola para
receber de programas de transferências de renda.
O maior número de matrículas fez com que o analfabetismo caísse nos últimos anos.
Segundo a última PNAD (Pesquisa por Amostra de Domicílios), o analfabetismo é de
6,6% (% de maiores de 15 anos) contra 8,6% em 2011 e 12% em 2000.
Apesar desse progresso, ainda há muito espaço para melhorias. Em 2014, o governo
estabeleceu o Plano Nacional de Educação, com iniciativas e metas para desenvolver e
ampliar o acesso à educação. Um dos objetivos era erradicar o analfabetismo até 2024,
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Gráfico 12: Analfabetismo no Brasil (% de +15 anos) Gráfico 13: Analfabetismo por região
(% de habitantes) - 2019
Fonte: PNAD, IBGE e BTG Pactual Fonte: PNAD, IBGE e BTG Pactual
Rio e Santa Catarina têm o menor analfabetismo, com apenas 2%, e Alagoas o maior
(17%). Por região, o Nordeste tem o maior percentual (14%) e o Sul/Sudeste o menor
(3%).
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Gráfico 14: Nível de analfabetismo por estado (% da população total >15 anos)
Existem três tipos de qualificações que um aluno pode obter no sistema de ensino
superior brasileiro: (i) bacharelado; (ii) diplomas de licenciatura; e (iii) graus tecnológicos
(tecnólogo). Abaixo listamos algumas de suas principais características:
3. Tecnológicos: levam de 2 a 3 anos e são ideais para alunos que buscam ingressar no
mercado de trabalho o mais rápido possível (por exemplo, empreendedorismo, recursos
humanos, marketing digital) - 17% das matrículas de graduação.
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Tecnológico
17%
Diplomas de
ensino
19%
Bacharelado
64%
Em 2021 (dados mais recentes), o Brasil tinha 8,99 milhões de alunos de graduação.
Após o enxugamento do FIES em 2014, o número de alunos em cursos de graduação
aumentou ligeiramente, impulsionado por uma melhor acessibilidade, por sua vez,
apoiado pelo crescimento dos cursos EAD (EAD).
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
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Gráfico 17: Mix de graduação particular x pública Gráfico 18: Admissões - privado vs. público
alunos (%) (mn alunos)
100%
80%
74% 74% 73% 74% 75% 76% 75% 75% 75% 76% 78% 77% 3,77 3,94
60% 3,63
3,45
3,11 3,23
2,92 2,99
2,75 2,74
40% 2,35
2,86 3,07 3,24 3,45
20% 2,56 2,39 2,46 2,64
2,20 2,21
26% 26% 27% 26% 25% 25% 25% 25%
1,86
24% 24% 22% 23%
0% 0,55 0,53 0,55 0,53 0,53 0,59 0,58 0,56
0,49 0,53 0,49
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
17%
6% 8%
5% 4%
Sem diploma Não concluiu fundamental Não terminou o Ensino médio Não terminou Superior
fundamental completo ensino médio concluído superior completo
Fonte: PNAD (2019), BTG Pactual
Outra tendência que está sacudindo o ensino superior é o crescimento dos cursos à
distância (EAD).
Essa tendência foi diretamente afetada pela Covid, que acelerou a mudança do
presencial para o EAD. Em 2021, a captação de EAD totalizou 2,4 milhões de alunos de
graduação no segmento privado (71% de todas as captações, um novo recorde),
superando a captação presencial. Para colocar isso em contexto, as captações do EAD
foram apenas 28% de todas as captações em 2015.
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Gráfico 20: Ingressos de graduação no segmento Gráfico 21: Ingressos de graduação no ensino
Público (mn) superior (mn)
0,59 3,45
0,58 3,24
0,55 0,55 0,56 3,07
0,53 0,53 0,53 0,53
0,49 0,49 2,86
2,56 2,64 29%
2,39 2,46
39%
2,20 2,21
49%
1,86 54%
63% 54%
78% 73% 63%
78% 72% 67% 49% 39% 73% 67%
79% 29% 72%
78% 78%
79% 71%
61%
51%
46%
33% 37%
15% 22% 22% 27% 28%
7% 9% 7% 8% 6% 11% 6% 9% 9% 21%
5%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
EAD público (milhões) Público privado (milhões) EAD privado (milhões) Privado presencial (milhões)
Há alguns anos, acreditávamos que demoraria muito mais para que as matrículas EAD
superassem as presenciais. Mas em 2021 o segmento EAD já ultrapassou o presencial
em captação (e deve ultrapassar em breve o presencial em número de alunos).
6%
4% 7,1%
4% 3,5%
3% 3%
2% 2%
0,9%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Base de alunos EAD (milhões)
Total Student Base
Crescimento (a/a)
Fonte: INEP, BTG Pactual
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Gráfico 23: Base de alunos de graduação na Gráfico 24: Base de alunos de graduação em cursos
modalidade presencial (mn) EAD (mn)
7% 7%
4% 4%
6,15 6,49 6,63 6,55 6,53 6,39 6,15
5,75 5,92 5,57 5,27 3,72
3,11
2,06 2,45
1,34 1,39 1,49 1,76
0,99 1,11 1,15
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Base de alunos presencial (milhões) Crescimento (a/a) Base de alunos EAD (milhões) Crescimento (a/a)
Olhando para o “cliente” final (ou seja, o aluno), parece claro que o avanço da graduação
é impulsionado pela empregabilidade, não pela qualidade. No Brasil, os concluintes do
ensino superior ganham, em média, ~3x mais do que os alunos que pararam de estudar
após o ensino médio, segundo a PNAD. Curiosamente, essa lacuna tem se mantido
estável nos últimos seis anos, apesar do aumento dos cursos EAD.
Gráfico 25: Rendimento médio mensal, em termos reais, por nível de escolaridade
(R$)
7.500
6.500
6.009 Superior completo
5.500
4.500
3.500
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18
16
14
12
10,6 Ensino médio
10 10,4 Ensino fundamental
9,3 Desemprego Total
8 7,6 Sem escolaridade
6
4,7 Superior completo
4
Segundo a ABMES, os novos funcionários com nível superior têm salário médio de R$
3,97 mil. Os profissionais com formação tecnológica reportaram uma média salarial de
R$ 3,70 mil e os profissionais com diploma de magistério reportaram o menor salário, de
R$ 2,38 mil.
Apesar das perspectivas salariais mais fracas, pedagogia é o curso de graduação mais
popular no Brasil, seguido por direito, administração, contabilidade e enfermagem. Os
cursos de pedagogia tornaram-se mais acessíveis graças à penetração adicional dos
cursos EAD.
Em 2021, o Brasil tinha 789 mil alunos de pedagogia (impressionantes 8,8% de todos os
alunos de graduação). Cerca de 70% dos alunos de pedagogia estão em cursos EAD,
contra 50% há cinco anos. Não queremos, de forma alguma, insinuar que os cursos online
não possuem sólida qualidade acadêmica (em muitos casos, até apresentam melhor
desempenho em indicadores de qualidade), mas é necessário um debate. Os professores
brasileiros são suficientemente formados por meio de métodos EAD para fornecer um
ensino adequado em aulas presenciais?
Gráfico 27: Total de alunos de graduação (mn) Gráfico 28: Alunos de graduação em Pedagogia
vs. alunos matriculados em cursos de Pedagogia (mn) (milhares) – EAD versus no presencial
9,1%
9,5% 9,4% 6,5% 6,0%
8,9% 8,8% 8,8% 4,6%
8,6% 3,5%
8,5% 8,4% 8,5% 2,3% 2,5% 2,0%
8,3% 8,3% 0,8%
8,1% 0,6% 0,1%
9,0
8,5 8,6 8,7
8,3 -3,8%
7,8 8,0 8,0
7,0 7,3
6,7
6,4 816 816
748 785
675 706
647 652
581 595 607
568
64% 68% 73%
49% 51% 52% 56% 60% 76%
48% 48% 50%
0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8
52% 52% 50% 51% 49% 48% 44% 40% 36% 32% 27% 24%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Total Students (mn) Estudantes de Pedagogia (milhões) Penetração (%) Presencial EAD Crescimento (a/a)
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383,0 10,0%
5,8% 5,4%
370 4,7%
3,3% 3,2% 5,0%
335,1
1,2% 0,5%
320 302,3
-1,8% -1,3% 0,0%
286,7
270,9
270 260,9 262,2 258,9
254,5 249,9 252,8 -5,0%
220 -10,0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Fonte: INEP, BTG Pactual. Os cursos técnicos consideram desenvolvimento de sistemas, ciência da computação,
engenharia da computação e engenharia de software
Mas alguns dos cursos presenciais mais tradicionais estão perdendo relevância (por
exemplo, direito e engenharia). Os cursos de direito perderam mais de 100 mil alunos em
2018-21, enquanto os cursos de engenharia perderam mais de 200 mil alunos de 2017 a
2021. Essa é uma evidência interessante da falta de interesse em cursos presenciais, já
que todos os cursos de direito e a maioria dos cursos de engenharia são exclusivamente
presenciais.
Gráfico 30: Base de alunos dos cursos Gráfico 31: Base de alunos dos cursos
de direito (`000 alunos) de engenharia (`000)
30%
6,6% 1.350,0
5,7%
4,4% 4,9% 21,7% 25%
4,1%
1,9% 18,5%
1.150,0 16,4% 20%
879,2 15,8% 15,0%
862,3 863,1 1.031,1 1.030,2 1.013,7
853,2 2,0% 15%
1,1% 831,4 959,7 970,0
813,5 950,0 7,4% 887,1
-1,8% 10%
834,7 811,7
769,9 -3,7% 805,1
759,4 5%
737,3 750,0 721,0 -0,1%
723,6 -1,6% -0,8%
0%
695,3 700,4 608,5 -4,3%
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O IDEB é calculado a partir de dois componentes: (i) nota média do exame SAEB
(Sistema de Avaliação da Educação Básica); e (ii) taxa de aprovação escolar no censo
escolar anual do INEP. As notas dos testes de língua portuguesa e matemática são
padronizadas em uma escala de 0 a 10 (usando as notas do SAEB). Essa nota é
multiplicada pela taxa de aprovação (censo escolar), que varia de 0% a 100%.
O MEC (Ministério da Educação) estabelece uma meta para cada escola, cidade, estado
e todo o país – mas os resultados ainda estão longe do ideal. Nos últimos 14 anos (2005-
19), a maioria das metas não foi alcançada. Apenas os anos iniciais do ensino
fundamental cumpriram a maior parte das metas na última década, refletindo
principalmente a recuperação do desempenho da rede pública. Mas os anos finais do
ensino fundamental e do ensino médio ficam aquém das metas estabelecidas pelo MEC
desde 2011. Em todo o país, o último IDEB está abaixo de 5 nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio.
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Observamos também que as notas do IDEB de 2021 foram afetadas negativamente pela
pandemia, pois um volume relevante de aulas foi suspenso ou migrado para o canal de
ensino a distância. Por exemplo, nos anos iniciais do ensino fundamental, os alunos da
rede pública não conseguiram atingir as metas do MEC pela primeira vez.
Tabela 3:Nota do IDEB – anos iniciais da educação Tabela 4: Objetivos do IDEB: anos iniciais da educação
básica básica
Fonte: INEP e BTG Pactual. Em azul notas que atingiram a meta Fonte: INEP e BTG Pactual
Tabela 5:Nota do IDEB – anos finais da educação Tabela 6: Objetivos do IDEB: anos finais da educação
básica básica
Fonte: INEP e BTG Pactual. Em azul notas que atingiram a meta Fonte: INEP e BTG Pactual
Tabela 7:Nota do IDEB –Ensino médio Tabela 8: Objetivos do IDEB: Ensino médio
Fonte: INEP e BTG Pactual. Em azul notas que atingiram a meta Fonte: INEP e BTG Pactual
O ENEM (Exame do Ensino Médio) foi criado em 1998 para acompanhar o desempenho
dos concluintes do ensino médio e ainda é o principal teste padronizado para ingresso
em faculdades, empréstimos estudantis e bolsas de estudo no Brasil.
Em +20 anos, o exame ganhou muita escala, com +9 milhões de inscrições em 2014-16.
Mas desde 2017, quando o ENEM deixou de ser considerado como formatura do ensino
médio, as matrículas despencaram. Hoje, as matrículas do ENEM seguem os níveis de
2005 (veja o gráfico abaixo).
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Gráfico 32: Nº de matrículas totais e alunos que realizaram o exame (mn alunos)
Olhando para o desempenho médio dos alunos em cada área do conhecimento nos
últimos 10 anos, não há praticamente nenhum sinal de melhora significativa na qualidade
da pós-graduação do ensino médio, apesar de uma amostra de alunos mais seletiva (já
que os candidatos atuais despencaram nos últimos 10 anos).
De acordo com o ranking da Evolucional (empresa que oferece soluções de dados para
escolas, com o objetivo de aumentar a eficiência do ensino e melhorar os métodos de
avaliação), das 100 melhores escolas do ENEM 2019 (último ranking disponível por
escola), apenas quatro são públicas (duas em Minas Gerais, uma em Pernambuco e uma
no Rio Grande do Sul).
Mais da metade das escolas mais bem avaliadas estão localizadas na região Sudeste (20
em São Paulo, 19 em Minas Gerais, 19 no Rio de Janeiro e 4 no Espírito Santo). Enquanto
isso, Ceará (11) e Piauí (7) se destacam no Nordeste. As duas maiores médias foram
obtidas por duas escolas cearenses, estado sede de grandes melhorias na qualidade da
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educação na última década (leia mais na parte sobre o estudo de caso do Ceará no
relatório).
Gráfico 34: Nº de escolas no ranking das 100 melhores por estado em 2019. Há
apenas quatro escolas públicas no ranking
Gráfico 35: Áreas de conhecimento dos cursos avaliados em cada ramo do ENADE
• Ciências biológicas
• Ciências exatas
• Linguas
• Artes
• Processos industriais de TI
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Gráfico 36: Ofertas de cursos classificadas acima da 3ª faixa (%) - público x privado
Mais importante ainda, o ENADE 2021 indicou qualidade acadêmica superior dos cursos
presenciais vs. EAD. Em 2021, 69% dos cursos presenciais obtiveram nota 3 ou superior
(contra apenas 52% dos cursos EAD). E 29% dos cursos presenciais pontuaram 4 ou mais
(vs. apenas 15% para EAD).
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O IGC é a nota de cada instituição e é a média ponderada de todas as notas dos cursos
(CPCs) dos últimos 3 anos (mais bem explicado na próxima seção), somadas às notas dos
exames de graduação (Capes). Os CPCs são notas baseadas principalmente no ENADE
e nos IDDs. Além do ENADE (explorado na seção anterior), os IDDs são calculados usando
a diferença de desempenho entre o ENEM e o ENADE. A figura abaixo ajuda a entender
as diferenças entre esses indicadores de qualidade.
Curso
Desempenho Preliminar
(ENEM) IDD Pontuação Índice
(CPC) geral do
curso
(IGC)
Desempenho do
professor
(Censo educacional do
ensino superior)
Pós-graduação
(Capes) +
infraestrutura
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Nos últimos 5 anos, pouco mudou em termos de qualidade das instituições de ensino
superior, o que contrasta com o investimento no ensino superior. Proporcionalmente (gasto
público por aluno), o governo investe mais na graduação do que no ensino fundamental e
médio.
Gráfico 38: Média das faixas do IGC por categoria administrativa (por nº de
faculdades)
O CPC é o conceito que avalia cada curso, de cada universidade, numa escala de 1 a 5.
Para o cálculo, são considerados: ENADE (desempenho do aluno na prova do ENADE);
IDD (indicador de diferença entre observado e esperado); nível de qualidade do corpo
docente (informações do Censo sobre percentual de mestres, doutores e regime de
trabalho) e percepção dos alunos sobre seu processo de formação (informações do
questionário do aluno do ENADE).
1. Desempenho dos alunos: Medido a partir das notas dos alunos no ENADE.
2. Valor agregado pelo curso: medido a partir dos valores do indicador de diferença entre
desempenho observado e esperado (IDD).
3. Corpo Docente: Mede a qualificação do corpo docente do curso e tem como base as
informações do Censo da Educação Superior. Avalia escolaridade dos professores,
titulação e regime de trabalho.
4. Percepção sobre as condições do processo de aprendizagem: Mensurar, por meio de
questionários, que abordem informações relacionadas à organização didático-pedagógica,
infraestrutura, instalações e possibilidades de ampliação da formação acadêmica e
profissional.
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Caso não optem por receber a visita, a nota será definida como definitiva. Mais importante
ainda, a nota final é utilizada como referência nos processos de regulamentação dos
cursos de graduação (abertura de vagas de medicina, autorização de novos cursos,
renovações, etc.).
No ciclo 2008-10, 81% dos cursos avaliados em instituições públicas foram iguais ou
superiores à 3 (ou seja, satisfatórios) contra apenas 67% dos cursos privados. Em 2017-
19, 95% dos cursos públicos foram considerados satisfatórios, enquanto 89% dos cursos
privados atingiram a nota necessária
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Uma análise detalhada não traz muito ânimo. As notas do ENADE não estão evoluindo no
mesmo ritmo do CPC, o que significa que as melhorias do CPC são principalmente em
outras áreas (por exemplo, qualificação de professores), enquanto a parte mais importante
(desenvolvimento do aluno, conforme rastreado pelo ENADE) permanece em níveis ruins.
O Plano Nacional de Educação (PNE) é uma lei em vigor desde 2014 que obriga o governo
a planejar o futuro da educação nacional, visando oferecer educação de qualidade superior
a toda a população brasileira (da educação infantil à pós-graduação).
O PNE estabeleceu 20 metas que devem ser cumpridas até 2024, abordando diferentes
questões da educação brasileira, como: analfabetismo, desempenho, absenteísmo
estudantil, investimento público, formação e remuneração de professores, penetração da
educação básica e superior, entre outros. Municípios e estados são livres para decidir
como investir e promover melhorias impactantes na educação, mas devem estar
orientados para o cumprimento das metas do PNE.
1. Jardim da infância
OBJETIVOS ATUAL
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2. Educação Básica
OBJETIVOS ATUAL
1. Matricular todas as crianças de 6 a 14 anos na escola 1. 98% das crianças de 6 a 14 anos estavam
primária. matriculadas no ensino fundamental em 2020.
2. Garantir que 95% dos alunos concluam o ensino 2. Em 2020, 82,4% das crianças de 16 anos concluíram
fundamental até os 16 anos. o ensino fundamental.
3. Ensino médio
OBJETIVOS ATUAL
4. Educação especial
OBJETIVOS ATUAL
1. Matricular todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos 1. Não há indicador para esta meta.
com deficiência, transtornos do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, e oferecer
atendimento educacional especializado a todos esses
alunos.
5. Analfabetismo
OBJETIVOS ATUAL
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6. Educação Integral
OBJETIVOS ATUAL
OBJETIVOS ATUAL
1. Alcançar nota 5,5 no IDEB (Índice de 1. A nota do IDEB dos anos iniciais do ensino
Desenvolvimento da Educação Básica) nos anos fundamental foi de 5,9 em 2019.
iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) em
2. A nota do IDEB para os anos finais do ensino
2017.
fundamental foi de 4,9 em 2019.
2. Alcançar nota 5 no IDEB nos anos finais do ensino
3. A nota do IDEB para o ensino médio foi de 4,2 em
fundamental (6º ao 9º ano) em 2017.
2019.
3. Alcançar nota 5 no IDEB no ensino médio em 2017.
OBJETIVOS ATUAL
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OBJETIVOS ATUAL
1. Até 2015, garantir que 93,5% dos brasileiros com 1. 94,2% dos brasileiros com mais de 15 anos sabiam
mais de 15 anos sejam alfabetizados (e toda a ler e escrever em 2020.
população até 2024).
2. 29% dos brasileiros com mais de 15 anos foram
2. Reduzir para 13,5% o percentual de maiores de 15 considerados analfabetos funcionais em 2018.
anos analfabetos funcionais.
OBJETIVOS ATUAL
1. Assegurar que pelo menos 25% dos alunos da 1. Em 2020, 0,5% dos alunos de jovens e adultos do
educação de jovens e adultos tenham oportunidade ensino fundamental cursavam a educação profissional
de acesso também à educação profissional integrada integrada. No ensino médio, esse número chegou a
até 2024. 3,6% no mesmo ano.
OBJETIVOS ATUAL
1. Atingir 5,2 milhões de matrículas no ensino 1. Houve 1,9 milhão de matrículas no ensino
profissionalizante de nível médio até 2024. profissionalizante no nível médio em 2020.
2. Garantir que 50% dessas matrículas sejam na rede 2. Em 2020, 19,6% das novas matrículas foram em
pública até 2024. escolas públicas. Em 2020, 19,6% das novas
matrículas foram em escolas públicas.
OBJETIVOS ATUAL
1. Aumentar a porcentagem de matrículas no ensino 1. A taxa bruta de matrículas no ensino superior foi de
superior de 18 a 24 anos para 50% até 2024. 48,6% em 2020.
2. Garantir que 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam 2. 23,8% das pessoas de 18 a 24 anos frequentavam o
frequentando o ensino superior até 2024. ensino superior em 2020.
3. Garantir que 40% das novas matrículas no ensino 3. Não há indicador para esta meta.
superior sejam em instituições públicas até 2024.
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OBJETIVOS ATUAL
14. Pós-graduação
OBJETIVOS ATUAL
1. Até 2024, aumentar o número de mestres para 60 mil. 1. Foram 68,9 mil novos mestres formados em 2019.
2. Até 2024, aumentar o número de doutores para 25 2. Houve 24,3 mil novos doutorados em 2019.
mil.
OBJETIVOS ATUAL
1. Até 2015, deve ser criada a Política Nacional de 1. Não há indicador para esta meta.
Formação dos Profissionais da Educação.
2. Não há indicador para esta meta.
2. Até 2024, o Governo deve garantir que todos os
professores do ensino básico tenham formação
superior na área do conhecimento que lecionam.
1. Até 2024, metade dos professores da educação 1. Em 2020, 49,6% dos professores da educação básica
básica deverá ter pós-graduação. eram pós-graduados.
2. Até 2024, garantir que todos os professores da 2. Em 2020, 39,5% dos professores da educação básica
educação básica tenham acesso à formação tiveram acesso à formação continuada.
continuada em sua área de atuação.
17.Remuneração
OBJETIVOS ATUAL
1. Assegurar que pelo menos 25% dos alunos da 1. Em 2020, 0,5% dos alunos de jovens e adultos do
educação de jovens e adultos tenham oportunidade ensino fundamental cursavam a educação profissional
de acesso também à educação profissional integrada integrada. No ensino médio, esse número chegou a
até 2024. 3,6% no mesmo ano.
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OBJETIVOS ATUAL
1. Até 2016, criar planos de carreira para professores 1. Não há indicador para esta meta.
públicos de nível fundamental e superior de todas as
redes de ensino, com base no piso profissional
nacional definido na Constituição.
OBJETIVOS ATUAL
1. Até 2016, garantir a gestão democrática da educação 1. Não há indicador para esta meta.
(nomeação de diretores escolares com base no
mérito técnico e no desempenho e consulta pública à
comunidade escolar).
1. Aumentar os gastos públicos com educação para 7% 1. A partir de 2018, o gasto público com educação foi de
do PIB em 2019 e pelo menos 10% do PIB até 2024. 6,2% do PIB.
O PISA é um teste global trienal para jovens de 15 anos, que examina o conhecimento dos
alunos em leitura, matemática, ciências e o que eles podem fazer com o que sabem. O
exame fornece a avaliação internacional mais abrangente dos resultados de aprendizagem
do aluno na educação básica. O teste indica a qualidade e os resultados de aprendizagem
em todo o mundo, ajudando educadores e formuladores de políticas a aprender com as
práticas aplicadas em outros países.
O PISA 2018 (última edição com resultados já disponíveis) marcou a sétima avaliação. O
programa foi criado em 2000 e é geralmente aplicado em 79 países de renda alta e média
(países da OCDE e do consórcio PISA). Com exames focados em matemática e
pensamento criativo, o PISA 2022 foi realizado no início deste ano com mais de 80 países,
mas os resultados ainda não estão disponíveis.
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Apenas 2% dos estudantes brasileiros obtiveram os níveis mais altos de proficiência (níveis
5-6) em pelo menos uma disciplina (vs. média da OCDE de 16%), enquanto 43%
pontuaram abaixo do nível mínimo (nível 2) em todas as três disciplinas (vs. média da
OCDE de 13%).
De acordo com esses dados, a educação brasileira está abaixo de seus pares e, portanto,
está abaixo dos padrões de qualidade dos países mais desenvolvidos.
O Brasil tem desempenho inferior aos seus principais pares em alfabetização, com 94%
(conforme pesquisa da PNAD de 2019), enquanto Rússia e Argentina têm uma taxa de
99%, China 97% e Chile e Colômbia 96%. A Índia é um outlier em 74%. Olhando para os
países mais desenvolvidos, a grande maioria está acima de 98% (ver gráfico abaixo).
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Gráfico 44: Taxa de alfabetização por país em 2021 | % dos habitantes >15 anos
99% 99% 99% 99% 97% 96% 96% 96% 95% 95% 94%
74%
Russia Germany Argentina Canada China Chile Colombia Indonesia South Mexico Brazil India
Africa
Fonte: OCDE, The World in Data, Nações Unidas, PNAD 2019 (*dados do Brasil em 2019)
Espanha
Grécia
Polônia
Canadá
Alemanha
França
Suíça
Austrália
Chile
média da UE22
média da OCDE
Colômbia
Indonésia
México
Índia
Suécia
China
Estados Unidos
Coréia
Estônia
Portugal
Brasil
Peru
Noruega
Holanda
Itália
África do Sul
Nova Zelândia
Reino Unido
Argentina
Por outro lado, o Brasil se classifica melhor do que alguns pares quando se trata de jovens
de 25 a 34 anos que concluíram o ensino médio, à frente da Turquia, Costa Rica e África
do Sul. Embora a maioria desses países tenha melhor desempenho no ensino superior,
isso pode indicar que o Brasil tem um grande gargalo entre o ensino médio e a graduação,
impedindo que o país tenha profissionais mais qualificados.
Os professores do ensino médio brasileiro também ganham menos, com um salário médio
anual de ~US$ 25 mil/ano (usando a paridade do poder de compra), metade da média da
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OCDE. A alta proporção de alunos por professor e os baixos salários podem levar a um
menor engajamento, impactando os alunos.
70
60
50
40
30
20
10
-
Costa Rica
Bélgica
França
Polônia
Canadá
Índia
México
Indonésia
Colômbia
Chile
Alemanha
China
média da OCDE
média da UE22
Austrália
Suíça
Federação Russa
Peru
Espanha
Brasil
Itália
Portugal
Suécia
África do Sul
Holanda
Estados Unidos
Coréia
Argentina
Dinamarca
Nova Zelândia
Reino Unido
Fonte: OCDE 2021
O Brasil também luta para manter os alunos no ensino médio. Há uma alta porcentagem
de jovens de 18 a 24 anos que não estudam (66%), apenas abaixo da Colômbia entre os
principais pares (veja o gráfico abaixo). O Brasil também tem uma das maiores taxas de
desemprego nessa faixa etária (veja a barra azul clara no gráfico abaixo) e uma parcela
considerável definida como inativa. Há duas questões: (i) muitos jovens não ingressam no
ensino superior; e (ii) a falta de escolaridade prejudica suas chances de inserção no
mercado de trabalho.
70%
60% 13%
50%
40% 23%
30%
20%
30%
10%
0%
média da OCDE
Costa Rica
Bélgica
Canadá
Chile
Áustria
Austrália
Suíça
França
Polônia
Grécia
Colômbia
México
média da UE22
Alemanha
Holanda
Brasil
Peru
África do Sul
Suécia
Itália
Portugal
Espanha
Nova Zelândia
Reino Unido
Estados Unidos
Argentina
Dinamarca
Com 23 alunos/professor (contra a média da OCDE de 15), o Brasil tem uma das maiores
proporções no ensino médio (ensino fundamental + ensino médio). Isso não é benéfico
para o processo de aprendizagem, pois sobrecarrega os professores, enquanto os alunos
não recebem uma educação adequada, levando a um pior desempenho e maiores chances
de evasão, principalmente no sistema público.
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30,0
24,8
25,0
20,0
15,0 13,1
10,0
5,0
80,0
60,0
40,0
25,7
20,0
- República Eslovaca
República Eslovaca
Lituânia
Irlanda
Costa Rica
Israel
Eslovênia
Alemanha
Áustria
Austrália
França
Grécia
Holanda
Itália
República Checa
Letônia
Hungria
Hungria
Dinamarca
Islândia
Noruega
Suécia
Finlândia
Estados Unidos
Portugal
Estônia
Brasil
Francês Com. (Bélgica)
Nova Zelândia
Como mostrado nas seções anteriores, o Brasil está muito atrás dos países da OCDE em
vários indicadores de qualidade educacional, e não é diferente quando se trata da
qualidade das universidades.
De acordo com a classificação de 2022 do The Times, os EUA, o Reino Unido e a China
lideram o número de instituições entre as 100 melhores universidades. A universidade
brasileira mais bem posicionada é a Universidade de São Paulo (USP, uma das melhores
instituições de ensino público do Brasil), entre as 201 e 250 posições (depois das 100
primeiras, o ranking é em blocos), enquanto apenas 2 estão no top 500 (USP e Unicamp,
duas instituições públicas).
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A revista The Times lança um ranking internacional anual avaliando +1,6 mil faculdades
em 99 países e territórios. Seu Higher Education World University Rankings analisa +108
milhões de citações em +14 milhões de publicações de pesquisa, além de incluir respostas
a pesquisas de 22 mil acadêmicos. Para o ranking de 2022, coletou +430 mil pontos de
dados de +2 mil instituições.
Gráfico 50: Nº de Universidades no Top 100 por país (Times Higher Education
Ranking 2022)
45
39
40
35
30
25
20
15 11
10 7 7 7 6 5 4
5 3 3 2 2 2 1 1
0
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Gráfico 54: Gasto público com educação (% do PIB) vs. pontuação média do PISA
(leitura, matemática e ciências)
Leitura Matemática Ciências
China Rússia Coréia Taiwan EUA Romênia Singapura India Hungria USSR Irâ Tailândia Vietnam Alemanha Indon
do Sul
Tabela 10: Investimento público por nível de escolaridade no Brasil (p.p. do PIB)
Ano Total Educação Básica Educação Superior
2005 4,5 3.6 0.9
2006 4.9 4,1 0.8
2007 5.1 4.2 0.9
2008 5.3 4,4 0.9
2009 5.6 4,7 0.9
2010 5.6 47 0.9
2011 5.8 4,8 1.0
2012 5.9 4,9 1.0
2013 6.0 4.9 11
2014 6.0 4.9 1.1
2015 6.2 4,9 1:3
2016 6.3 4,9 1.4
2017 6.3 4,8 1S
2018 6.2 4.,8 1.4
Objetivo da PNE em 2024 10
Fonte: INEP/MEC, BTG Pactual
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E há muitos exemplos de países grandes que gastam relativamente menos com educação
e têm melhor desempenho no PISA, como: Austrália (pontuação 503 em leitura, 491 em
matemática, 503 em ciências vs. 4,0% do PIB), Canadá (520 em leitura, 512 em
matemática, 518 em ciências vs. 4,4% do PIB), Suécia (523 em leitura, 523 em
matemática, 530 em ciências vs. 4,1% do PIB) e Estados Unidos (495 em leitura, 509 em
matemática, 507 em ciência vs. 3,7% do PIB).
Gráfico 55: Investimento público brasileiro anual por aluno em termos reais (R$)
Tabela 11: Gasto público em educação por país e aluno em 2015 (US$, PPP
ajustado)
País Jardim de infância e fundamental Ensino Médio Educação Superior PIB per capita (2015)
Luxemburgo 20,892 19,808 48,907 110,261
Estados Unidos 11,727 13,474 30,003 58,001
Austrália 9,546 12,028 20,344 50,238
Finlândia 9,305 8,543 17,591 44,934
Reino Unido 11,63 10,798 26,32 44,126
média da OCDE. 8,631 10,196 15,656 41,905
Itália 8,426 8,969 11,257 39,927
Coreia do Sul 11,047 13,247 10,109 39,575
Portugal 7,38 9,469 11,766 31,608
Polônia 6,757 6,655 9,687 27,985
Peru 4,134 3,528 8,901 26,696
Chile* 5,064 4,909 8,406 23,350
México 2,874 4,224 8,17 19,516
Brasil 3,762 3,986 14,261 14,326
Colômbia* 3,178 2,586 6,369 14,055
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Mas esse argumento não conta a história completa. Apesar de investir menos por aluno
do que outros países (em termos absolutos), esse gasto é muito mais representativo em
relação ao PIB per capita.
Conforme a tabela 11, o Brasil investe proporcionalmente mais no ensino superior do que
nos segmentos de ensino fundamental e médio. Em outras palavras, apesar de um PIB
per capita ~3x menor, o Brasil investe praticamente a mesma quantia por aluno no
segmento superior em relação à média da OCDE. Desnecessário dizer que gastos
adicionais neste segmento não se traduzem em mais qualidade, como se reflete na falta
das faculdades públicas brasileiras entre as melhores do mundo e a ausência de
ganhadores do Prêmio Nobel.
Ao olhar para os gastos gerais, o Brasil é um dos países que mais investem em educação
como % dos gastos do governo. Segundo a OCDE, em 2018 (últimos dados) o Brasil
investiu 14% de seu orçamento em educação, mais que Suíça, Coreia, Estados Unidos,
Alemanha, Japão e a média da OCDE. Dos países analisados, apenas Chile, África do Sul
e Costa Rica investiram proporcionalmente mais.
Gráfico 56: Gasto público total em educação em p.p. das despesas do governo
(2018)
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Originalmente, a Constituição estabelecia que o governo deveria destinar pelo menos 18%
da receita tributária para investimentos em educação, mas isso foi suspenso até 2036 pela
emenda relacionada ao teto de gastos. Com a aprovação do teto de gastos, o gasto federal
mínimo com educação passou a ser o valor original de 2017, atualizado anualmente pela
inflação.
O governo federal também repassa 50% dos impostos IPI, IR e ITR aos
estados/municípios, que também são utilizados na definição dos gastos mínimos com
educação dos governos subnacionais.
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Uma vez que as receitas fiscais são arrecadadas, o governo distribui os recursos para: (i)
universidades federais; (ii) Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica); e (iii) FNDE (Fundo de Desenvolvimento da Educação). Estados e
municípios distribuem recursos entre o Fundeb e direcionam investimentos para a rede
educação básica pública estadual/municipal redes (ver figura 3). 20% vão para o ensino
superior e 80% para o ensino básico.
O governo investiu +R$ 400 bilhões em educação em 2020, ou 6% do PIB. O gasto público
em educação é altamente sensível às receitas fiscais, de modo que mudanças estruturais
no regime tributário podem abalar o orçamento público da educação. O orçamento/gastos
com educação dos estados e municípios caiu em 2020 devido a impactos ambiciosos na
arrecadação de impostos (veja os gráficos abaixo).
Gráfico 57: Orçamento e gastos com educação Gráfico 58: Orçamento e gastos com educação dos
os estados (em R$ milhões) dos municípios (em R$ milhões)
Estudantes que
Estudantes que fizeram a prova
fizeram a prova
Fonte: Siconfi, Finbra, Todos pela Educação, BTG Fonte: Siconfi, Finbra, Todos pela Educação, BTG
Apesar das regras claras para o financiamento da educação pública, é difícil dimensionar
os gastos públicos com o setor, pois cada esfera (federal; estadual; municipal) possui
fontes de financiamento e investimentos próprios, enquanto as transferências entre as
esferas dificultam ainda mais a mensuração do gasto total.
Os gastos públicos com educação superaram R$ 400 bilhões em 2020: (i) R$ 104 bilhões
no nível federal (26% dos gastos públicos); (ii) R$ 123 bilhões nos estados (30%); (iii) R$
170 bilhões em municípios (42%); e (iv) R$ 7 bilhões em outros (2%).
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Gráfico 59: Orçamento e gastos com educação Gráfico 60: Orçamento e gastos com educação dos
dos estados (em R$ milhões) municípios (em R$ milhões)
Outros
2%
Gasto Estadual
30%
Gasto Municipal
42%
Gasto Federal
26%
Fonte: Siconfi, Finbra, Todos pela Educação, BTG Fonte: Siconfi, Finbra, Todos pela Educação, BTG
Gráfico 61: IDEB anos iniciais do ensino fundamental. Ceará e Santa Catarina
estão superando a média brasileira
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Quadro 62: IDEB anos finais do ensino fundamental Gráfico 63: IDEB no ensino médio (Ceará x Brasil)
(Ceará x Brasil)
Tabela 62: Notas do IDEB x gastos públicos (por estado) com educação
Estado Nota do IDEB em 2021 Gasto Público (Em R$ milhões) PIB (R$ mn) Gasto/PIB (%)
Santa Catarina 6.5 3,884 323,264 1.2%
Distrito Federal 6,4 5,025 273,614 0,018
Ceará 6.3 3,443 163,575 2.1%
São Paulo 6.3 36,824 2,348,338 1.6%
Paraná 6.2 9,628 466,377 2.1%
Minas Gerais 6.1 9,950 651,873 1.5%
Espírito Santo 6.0 1,483 137,346 1.1%
Rio Grande do Sul 6.0 3,986 482,464 0.8%
Goiás 5.9 5,690 208,672 2.7%
Mato Grosso 5.8 2871 142,122 2.0%
Rio de Janeiro 5.7 6,849 779,928 0.9%
Piauí 5.6 1,688 52,781 3.2%
Alagoas 5.6 1,366 58,964 2.3%
Acre 55 1,466 15,630 9.4%
Roraima 5.5 687 14,292 4,8%
Rondônia 5.4 1,367 47,091 2.9%
Amazonas 5.4 3,482 108,181 3.2%
Paraíba 5.4 2,366 67,986 3.5%
Pernambuco 5.4 3,266 197,853 1.7%
Mato Grosso do Sul 5.4 1,889 106,943 1.8%
Tocantins 5.3 1,311 39,356 3.3%
Sergipe 5.2 1,101 44,689 2.5%
Bahia 5.2 5,685 293,241 1.9%
Pará 5.0 3,767 178,377 2.1%
Maranhão 5.0 2,813 97,340 2.9%
Rio Grande do Norte 5.0 1,515 71,337 2.1%
Amapá 49 1183 17.497 6.8%
Fonte: INEP, Siconfi, Finbra, Todos pela Educação, BTG Pactual. IDEB (anos iniciais do Ensino Fundamental) 2021
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Fonte: INEP, Todos pela Educação, BTG Pactual. IDEB (Anos Iniciais do Ensino Fundamental)
Na maioria das redes de ensino, os gestores escolares muitas vezes ficam restritos a
tarefas burocráticas, sem autonomia para gerir recursos financeiros ou assumir estratégias
flexíveis e decisões estratégicas.
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Mas a rede municipal de Sobral subverteu essa regra e decidiu que, em vez de indicações
políticas para cargos de gestão escolar, faria um rigoroso processo seletivo, escolhendo a
pessoa mais adequada para o cargo.
Fundada em 2006, a Todos pela Educação é uma ONG com a missão de melhorar a
qualidade da educação básica no Brasil. Por não ter vínculo com partidos políticos, é uma
organização sem fins lucrativos e é mantida por doações voluntárias de pessoas físicas,
fundações, institutos e empresas (não relacionadas à educação setor).
Sua proposta de valor é baseada em cinco objetivos educacionais: (i) todos os jovens de
4 a 17 anos devem estar na escola; (ii) toda criança deve estar totalmente alfabetizada aos
8 anos de idade; (iii) todo aluno deve ter o aprendizado adequado para sua série; (iv) todos
os jovens devem ter concluído o ensino médio até 19 anos; e (v) o investimento em
educação deve ser ampliado e bem administrado. Em outras palavras, acredita que o
caminho para mudar o Brasil para melhor é garantir a igualdade de oportunidades por meio
da educação pública de qualidade para todos.
A organização certamente deixou sua marca, com +3 milhões de acessos em seu site, +17
milhões de indivíduos alcançados pela organização nas mídias sociais, menções em +4,5
mil artigos de imprensa sobre educação e a lista continua.
Principais iniciativas:
• Anuários e dados abertos sobre monitoramento da educação: a cada ano, atualiza seu
Anuário da Educação Básica (que contribuiu com os dados que coletamos e avaliamos
neste relatório), trazendo dados criteriosos contendo demografia do setor educacional,
indicadores de qualidade, escolaridade, financiamento da educação brasileira.
• Educação Que Dá Certo: Mapear, analisar e disseminar bons exemplos de políticas
educacionais. Além de análises robustas de casos positivos das redes estaduais e
municipais de ensino, elabora documentos técnicos que descrevem o que está por trás
dessas ações.
• Educação Já (Education Now): resultado de um amplo debate e estudo de políticas
educacionais, o documento oferece contribuições para a elaboração de um plano
sistêmico para as escolas de educação básica.
• Compromisso com a Educação: promovido em parceria com fundações e entidades
municipais, visa ensinar aos municípios a importância de priorizar a educação básica e
construir uma visão sistêmica e de longo prazo.
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BTG Pactual Equity Research
01/02/2023
Em 2019, André Esteves (chairman e sócio sênior do BTG Pactual) e Roberto Sallouti
(CEO do BTG Pactual) fundaram a Inteli, instituição de ensino superior sem fins lucrativos
focada em educação tecnológica, estruturada nos moldes do MIT. A iniciativa surgiu da
escassez de mão de obra especializada e qualificada em tecnologia, e visa formar futuros
técnicos líderes no Brasil. O Sr. Esteves doou R$ 200 milhões para a Inteli.
O modelo se destaca desde o início. Dos ~180 alunos, 28% são pretos/pardos (quando
totalmente maduros, deve ter 2 mil alunos). A Inteli também possui um dos maiores
programas de bolsas da rede superior privada do Brasil, com um fundo de bolsas de
aproximadamente R$ 40 milhões, alimentado por 23 doações de parceiros do BTG e
empresas privadas. O salário de seus professores é 3x maior, em média, do que na escola
particular, retendo e valorizando a força de trabalho dos profissionais mais competentes.
Como a Inteli prepara seus alunos para a realidade do mercado? Durante o curso de 4
anos, os alunos trabalham em 16 projetos, cada um trazendo um desafio da vida real de
uma grande empresa, uma startup, uma ONG ou entidade de gestão pública. Em grupos,
os alunos aprendem desenvolvendo soluções colaborativas que integram habilidades de
computação, negócios e liderança. Essa iniciativa é um bom exemplo da mentalidade
filantrópica alinhada à melhoria da qualidade da educação no Brasil.
Fonte: Inteli
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BTG Pactual Equity Research
01/02/2023
Seu forte crescimento reflete, em parte, intensa atividade inorgânica. O UOL Edtech foi
formado como um guarda-chuva para todas as startups de educação compradas pelo UOL
em 2013-16 (incluindo Ciatech e Webaula). Em 2020, uma rodada de investimentos (não
divulgada) do Softbank e Volpe Capital impulsionou sua agenda de fusões e aquisições.
Passei Direto (ver acima), Skore e Qulture Rocks (tecnologia digital de RH e
gerenciamento de desempenho) são algumas das empresas adquiridas.
Com uma estrutura tão grande, o UOL Edtech vem mudando o cenário educacional
(principalmente o corporativo), ampliando a acessibilidade por meio de um modelo
inovador.
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BTG Pactual Equity Research
01/02/2023
6.5 Descomplica
A Descomplica é uma empresa EdTech e uma das plataformas educacionais mais
completas do país, oferecendo reforço escolar, cursinhos preparatórios para vestibulares,
educação corporativa e cursos de graduação/graduação.
A base de clientes tem abrangência nacional e está segmentada em: (i) cursos
preparatórios para vestibulares (atividade principal); (ii) ensino fundamental tardio
(aprimoramento do aprendizado); (iii) melhoria da aprendizagem no ensino pós-
secundário; (iv) cursos preparatórios para cargos públicos; (v) cursos preparatórios para
concursos públicos (como o exigido para advogados no Brasil); (vi) soluções de pós-
graduação em parceria com instituições de ensino superior credenciadas; e (vii) cursos de
nível superior, principalmente por meio de ofertas online.
Figura 6: Descomplica
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BTG Pactual Equity Research
01/02/2023
Informações Importantes
Para informações complementares e detalhadas entre em contato com o seu assessor ou com a equipe de renda variável do Banco BTG Pactual.
• Preços das ações refletem preços de fechamento no mercado à vista.
• Rentabilidades passadas não oferecem garantias de resultados futuros.
• Os retornos indicados como performance são baseados em valorização do capital incluindo dividendos e excluindo custos de transação da B3,
da Corretora, comissionamentos, juros cobrados sobre limites de crédito, margens etc. Ajustar o desempenho da carteira aos custos resultará
em redução dos retornos totais demonstrados.
Disclaimer Global
O conteúdo dos relatórios não pode ser reproduzido, publicado, copiado, divulgado, distribuído, resumido, extraído ou de outra forma referenciado, no
todo ou em parte, sem o consentimento prévio e expresso do BTG Pactual. Nossas análises são baseadas em informações obtidas junto a fontes públicas
que consideramos confiáveis na data de publicação, dentre outras fontes. Na medida em que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão
naturalmente sujeitas a mudanças. O conteúdo dos relatórios é gerado consoante as condições econômicas, de mercado, entre outras, disponíveis na
data de sua publicação, de modo que as conclusões apresentadas estão sujeitas a variações em virtude de uma gama de fatores sobre os quais o BTG
Pactual não tem qualquer controle. Cada relatório somente é válido na sua respectiva data, sendo que eventos futuros podem prejudicar suas conclusões.
Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. O BTG Pactual não assume nenhuma responsabilidade em atualizar,
revisar, retificar ou anular tais relatórios em virtude de qualquer acontecimento futuro.
Nossos relatórios possuem caráter informativo e não representam oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros em
qualquer jurisdição. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre os analistas do BTG
Pactual e os seus clientes. O BTG Pactual ressalta que os relatórios não incluem aconselhamentos de qualquer natureza, como legal ou contábil. O
conteúdo dos relatórios não é e nem deve ser considerado como promessa ou garantia com relação ao passado ou ao futuro, nem como recomendação
para qualquer fim. Cada cliente deve, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias.
As informações disponibilizadas no conteúdo dos relatórios não possuem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou
necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que,
antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma avaliação minuciosa do produto e
respectivos riscos face a seus objetivos pessoas e à sua tolerância a risco. Portanto, nada nos relatórios constitui indicação de que a estratégia de
investimento ou potenciais recomendações citadas são adequadas ao perfil do destinatário ou apropriadas às circunstâncias individuais do destinatário
e tampouco constituem uma recomendação pessoal.
Os produtos e serviços mencionados nos relatórios podem não estar disponíveis em todas as jurisdições ou para determinadas categorias de investidores.
Adicionalmente, a legislação e regulamentação de proteção a investidores de determinadas jurisdições podem não se aplicar a produtos e serviços
registrados em outras jurisdições, sujeitos à legislação e regulamentação aplicável, além de previsões contratuais específicas.
O recebimento do conteúdo dos relatórios não faz com que você esteja automaticamente enquadrado em determinadas categorias de investimento
necessárias para a aplicação em alguns produtos e serviços. A verificação do perfil de investimento de cada investidor deverá, portanto, sempre
prevalecer na checagem dos produtos e serviços aptos a integrarem sua carteira de investimentos, sendo certo que nos reservamos ao direito de
eventualmente recusarmos determinadas operações que não sejam compatíveis com o seu perfil de investimento.
O Banco BTG Pactual S.A. mantém, ou tem a intenção de manter, relações comerciais com determinadas companhias cobertas nos relatórios. Por esta
razão, os clientes devem estar cientes de eventuais conflitos de interesses que potencialmente possam afetar os objetivos dos relatórios. Os clientes
devem considerar os relatórios apenas como mais um fator no eventual processo de tomada de decisão de seus investimentos.
O Banco BTG Pactual S.A. confia no uso de barreira de informação para controlar o fluxo de informação contida em uma ou mais áreas dentro do Banco
BTG Pactual S.A., em outras áreas, unidades, grupos e filiadas do Banco BTG Pactual S.A. A remuneração do analista responsável pelo relatório é
determinada pela direção do departamento de pesquisa e pelos diretores seniores do BTG Pactual S.A. (excluindo os diretores do banco de investimento).
A remuneração do analista não é baseada nas receitas do banco de investimento, entretanto a remuneração pode ser relacionada às receitas do Banco
BTG Pactual S.A. como um todo, no qual o banco de investimento, vendas e trading (operações) fazem parte.
O BTG Pactual não se responsabiliza assim como não garante que os investidores irão obter lucros. O BTG Pactual tampouco irá dividir qualquer ganho
de investimentos com os investidores assim como não irá aceitar qualquer passivo causado por perdas. Investimentos envolvem riscos e os investidores
devem ter prudência ao tomar suas decisões de investimento. O BTG Pactual não tem obrigações fiduciárias com os destinatários dos relatórios e, ao
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e tais recomendações foram elaboradas de maneira independente, inclusive em relação ao BTG Pactual S.A. e / ou suas afiliadas, conforme o caso.
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contidas ou relacionadas ao preço de qualquer valor mobiliário discutido neste relatório.
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Quando aplicável, o analista responsável por este relatório e certificado de acordo com as normas brasileiras será identificado em negrito na primeira
página deste relatório e será o primeiro nome na lista de assinaturas.
O Banco BTG Pactual S.A., atuou como coordenador-líder ou coordenador de uma oferta pública dos ativos de emissão de uma ou mais companhias
citadas neste relatório nos últimos 12 meses. Também atua como formador de Mercado de ativo de emissão de uma ou mais companhias citadas neste
relatório.
Para obter um conjunto completo de disclosures associadas às empresas discutidas neste relatório, incluindo informações sobre valuation e riscos,
acesse www.btgpactual.com/research/Disclaimers/Overview.aspx
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