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Universidade Federal Fluminense (2020) Artigo 1, pág.

O Jovem Aprendiz e a Educação

Jônatas de Mendonça Monteiro Ribeiro

Resumo – Este artigo tem como objetivo estimar o impacto da ampliação do


programa de aprendizagem brasileiro (2005) - expandindo o programa para jovens
de 18 a 24 anos - nos indicadores da educação básica.A lei determina que todas
as empresas de médio e grande porte, de quaisquer natureza, devem contratar
aprendizes equivalente a no minimo de 5% e um máximo de 15% de sua força
de trabalho. O Jovem Aprendiz, combinando formação teórica e experiência de
trabalho,em um contrato temporário de, no máximo, 2 anos, poderia estimular os
jovens, principalmente aqueles que estão na transição da idade adulta a cumprir o
ciclo básico de ensino. A estrtégia de estimação é baseada em variáveis instrumentais,
o que permite inferir mais do que uma correlação. As variaveis a serem explicadas são:
matriculas de jovens de 18 a 20 no ensino médio em 2008(2 anos após a ampliação
entrar em vigor), média do ideb por municipio do vigor da expansão, taxa média
de abandono do ensino médio, taxa de reprovação e taxa de distorção idade série,
todos indicadores com um gap de 3 anos. Os resultados revelam impacto positivo
significativo nas matriculas do ensino médio e negativo ideb. Não há impactos
significativos no que tange a taxa de distorção e a taxa de abandono. Há um efeito
significativo positivo e inesperado da ampliação da lei na taxa de reprovação do
ensino médio.

Palavras-chave – Jovem Aprendiz;jovens; educação; emprego; formação

1 Introdução
Com a pandemia e a crise econômica acoplada à ela, surge uma intensa vulnerabilidade
socioeconomica nas camadas já vuneraveis da sociedade brasileira, principalmente entre os mais
jovens. A evidência mostra que grupos que antes mesmo da crise da Covid-19 os quais já eram
marginalizados apresentaram uma redução de renda pelo menos duas vezes maior que a média
nesse periodo .Em conformidade com tal dado, jovens de 20 a 24 anos e adolescentes tiveram
uma perda de 5 a 7 vezes mais potente (NERI, 2021). Mesmo antes da crise, segundo dados da
PNAD continua, a taxa de desocupação era mais alta entre jovens de 14 a 24 anos.
(A ser preenchido pelos editores) Versão inicial submetida em dd de mmm. de 2017. Versão final aceita em
dd de mmm. de 2017. Publicado em dd de mmm. de 2017. Digital Object Identifier ______/_____
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Por conta dessas vulnerabilidades sociais e econômicas surgiu, entre tais disparates, um grupo
de jovens sem quaisquer pespectiva de emprego ou formação, esses são os jovens que não estudam
e nem trabalham, ou "nem-nem". A composição desses jovens inativos é mesmo dos grupos sociais
fragéis, e tem crescido significativamente entre os jovens menos escolarizados,principalmente
entre aqueles não tem ou não concluiram o ensino médio (MONTEIRO, 2019). Menezes Filho
el al(2013) salienta que, porvavelmente, tais jovens terão menor produtividade, o que pode
ocasionar deterioração dos salários e assim maior propensão a dificuldades sociais e economicas.
A proporção desses jovens, por força da pandemia atingiu seu pico com 29,33% da população
jovem nessas condições no ano de 2020 (NERI, 2021).
Dada as circunstância de fragilidade da juventude, surge a necessidade de discutir politicas
publicas que possam, ao menos atenuar o problema da falta de pespectiva de formação e trabalho.
Entretanto, o Brasil já vivencia uma politica pública que,simultaneamente, fornece formação
para os jovens e um contrato temporário de trabalho. Assim conhecida a Lei do Jovem Aprendiz,
lei 10.097 outorgada em 2000 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, tinha como
objetivo dar maiores proteções trabalhistas aos jovens que queriam se inserir no mercado de
trabalho (MATSUZAKI E COMINI, 2011).
A lei de aprendizagem determina que médias ou grandes empresas, de quaisquer natureza,
deverão contratar de 5% a 15% de aprendizes entre sua força de trabalho (MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO, 2014). Podem ser elegíveis a contratos de aprendizagem jovens de
14 a 24 anos que, caso não tenham concluído o ensino médio, estejam devidamente matriculados.
O programa institui além de formação técnico profissional dos jovens e adolescentes, tarefas de
cunho prático com diversos níveis de complexidade (MATSUZAKI E COMINI, 2011). Logo,
o aprendiz é uma conciliação entre formção teórica e profissional, no contexto de mercado de
trabalho. Além disso, hipoteticamente, devido a restrição imposta pela lei, parece incentivar
tanto permanência na escola regular ou a procurar por maiores qualificações.
Entre 2000 e 2005 apenas eram elegíveis adolecesntes entre 14 e 17 anos, no entanto, a partir
de 2005, com o decreto 5.598/05, a idade do jovem aprendiz é ampliada para 24 anos, isto é,
para aqueles jovens que, provavelmente já cumpriram o ciclo básico(ou estão cumprindo o final
do ciclo) e estão se inserindo no mercado de trabalho. Além disso, compreende toda a faixa
etária daqueles jovens "nem-nem".
O programa de aprendizagem brasileiro, para além de empregar jovens e incentivar sua
formação, também subsidia empresas que o fazem, contratos esses que podem durar até dois
anos, no qual tais trabalhadores são matriculados em cursos de alta intensidade e com certificados
(COERSUIL ET AL, 2018). Ou seja, é a conciliação entre o contrato de trabalho, que leva
consigo alguma experiência para o mercado, e o certificado, que leva consigo um aumento de
qualificação e um incentivo a busca pela educação. Tenório (2009) destaca ainda mais o papel
educativo dos contratos de aprendizagem contribuindo para a a formação educacional do jovem
dando alicerces devidos a futuras oportunidades de trabalho. A um nivel mais sociológico da
questão da aprendizagem, Pietruolongo (2009) reafirma o papel moral e social da aprendizagem
que afasta os jovens de atividades ilegais e contribui para sua formação como cidadão.
Segundo a OIT, a aprendizagem não é considerada um trabalho infantil e diversos países têm
focado nessa politica pública como uma maneira de fazer uma transição suave entre a educação
e o trabalho, dado que experiência de trabalho é algo caro e raro a juventude o que dificulta a
inserção (COERSUIL ET AL, no prelo).
O jovem aprendiz portanto pretende-se inverso ao jovem "nem-nem", que não estuda e nem
trabalho, nesse sentido fica evidente o papel da educação na relação de trabalho dos aprendizes.
Dito isso, o presente artigo pretende investigar se o contrato de aprendizagem, de algum modo,
influenciou na melhoria de alguns indicadores básicos de educação, principalmente de ensino
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médio. Aproveita-se a ampliação da lei em 2005, para investigar se a quantidade de jovens


de 18-20 anos que se inseriram como aprendizes em 2006( ano que vigora a expansão da lei)
conseguiu estimular melhorias posteriores em indicadores da educação básica. Escolheu-se,
portanto a variação percentual de matriculas no ensino médio e integrado na faixa etária de
18-20 anos dois anos após o vigor da ampliação, a justificativa para a escolha dessa faixa etária
nas matriculas, é investigar se a ampliação da lei de algum modo incetivou jovens em idade
adulta a cumprirem as etapas do ciclo básico. Outros indicadores relacionados ao ensino médio
como o ideb de 2009, as taxas de abandono, reprovação e distorção idade-série.
Os resultados foram significativos positivo para aumento de matricula e taxa de reprovação,
houve impacto significativo negativo entre o ideb e os aprendizes e não o impacto na taxa
de abandono e na distorção idade série não significativos. Uma das possivesi explicações para
os primeiros resultados aparentemente contraditórios entre si seria o incentivo que o jovem
aprendiz pode ter dado ao jovem adulto que estava atrasado no ciclo em cumpri-lo, esse jovem
provavelmente encontrou dificuldades na tentativa de concluir o ciclo.
A metodologia é baseada na estimação por variaveis instrumentais com dados em cross-section,
escolheu-se tal modelo por conta da não aleatorização dos dados, o que nesse caso seria adequado
um modelo de variável instrumental.. Além da introdução, o restante do artigo está dividido em
mais 5 seções.
A segunda seção diz respeito a literatura sobre o papel da educação nas condições de trabalho
através da teoria do capital humana baseada em Becker, Schultz e Sen, além da literatura
empírica disponivel sobre empregabilidade juvenil e contratos de aprendizagem. Portanto, esta
seção terá duas subsseções, a primeira discorrendo sobre a teoria do capital humano e a segunda
elucidando as evidências empíricas do contrato de aprendizagem, principalmente no que tange a
educação.
A terceira seção descreverá a obtenção e construção dos dados para a analise econométrica.
Basicamente os dados foram obtidos através de três plataformas: RAIS, (Relação Anual de
Informações Sociais) do Ministério da Economia, responsavel por coletar anualmente informações
individuais a respeito da empregabilidade no país e será o responsavel por construir os dados
da variavel endogena; INEP(Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira),
vinculado ao Ministério da Educação que reúne avaliações, exames, estatisticas, indicadores e
sobretudo dados relacionados e educação brasileira, básica ou superior;IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatistica) o qual compila informações básicas sobre geogrefia, economia e
demografia, instuto esse que reune os dados do censo que serão importantes para a normalização
da variavel endogena e a confecção da variavel instrumental. Os dados foram agregados em uma
amostra de 365 municipios da região sudeste do Brasil.
A quarta seção descreverá a metodologia de análise baseada em variáveis instrumentais. Serão
mostrados os modelos das relações empáricas entre a proporção da jovens aprendizes de 18-20
anos e as variaveis supracitadas, além da confecção dos modelo em 2 estágios, onde primeiro
será o modelo que relaciona a variável endógena quantidade jovens aprendizes de 18-20 anos
(dados de 2006) e variavel exógena que é a quantidade de jovens de 12-14 (em 2000), tal teste
mostrará se a variavel instrumental tem relação com a varivel endógena, ou seja, um teste para
verificar a potência do instrumento. Além disso, o instrumento não pode ter relação nenhuma
com o termo de erro da equação principal.
Por fim, a quinta e a sexta seção discorrerão, respectivamente, da análise econométrica dos
modelos apresentados na seção anterior - juntamente com uma breve subseção para analise
descritiva - e as possiveis conclusões retiradas dos resultados. .
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2 Literatura
2.1 A teoria do capital humano: um breve debate
Muitos economistas ao longo do século XX estavam preocupados em investigar quais são os
principais fatores que levavam ao desevolvimento economico de um país. Então para além do
capital físico, alguns estudiosos começaram a teorizar sobre o quão importante seria a formação
dos trabalhadores para o aumento da produtividade levando consequentemente a crescimento
sustentado (VIANA E LIMA, 2010). Iniciou-se assim, formulações sobre capital humano que,
segundo Becker (1962), significa toda aquela atividade que influencia dinheiro futuro e renda
fisica aumentando assim habilidades e recursos da população. Tais investimentos, chamados de
capital humano, incluem a escolarização, formação e treinamento no trabalho, cuidados médicos
e a busca por informações de preços e rendimentos (BECKER,1962, pág 11). Nesse sentido, o
presente trabalho destaca a formação educacional e treinamento como expressões do capital
humano.
O capital humano expresso pelo total de conhecimento da população e aumento de habilidades
passa a ser um fator predominante para, não só a manutenção do crescimento economico, mas
como o desenvolvimento sustentado no longo prazo(VIANA E LIMA, 2010). Muitos teóricos do
desenvolvimento estabeleceram importantes relações entre capital humano e crescimento
Em Schultz(1964) investimentos em educação resultariam em externalidades positivas tais
que difeririam os países que são ricos daqueles que são pobres, logo, o autor destaca que países
como o Japão conseguiram se reconstruir graças ao investimento massiço em capital humano.
Para o autor, investimentos no aumento da capacidade humana em resolver problemas implica
em um cada vez mais provavel desenvolvimento na area econômica e competitiva de cada
país, nesse sentido, as pessoas que investem em formação podem ampliar as oportunidades e
o leque de decisões ao seu redor. Isto, portanto, aumentaria a produtividade do trabalhador
angariando ganhos socioeconômicos. A educação assim passa a ser um elemnto essencial para o
desevolvimento, os trabalhadores são proprietários de suas próprias habilidades e conhecimentos
adquiridos, isto é, quanto mais adquirir o ultimo melhor será a utilização do primeiro.
Em Becker(1993), como já mencionado, resume-se capital humano a vontade dos individuos
de gastar com um apanhado de atividades pessoais, levando em conta custos e benefícios de
faze-lo ou não. Para além das melhorias no processo produtivo, o autor destaca que há ganhos
não monetários de se investir em capital humano, ganhos culturais. Ampliando ainda mais o
conceito, Becker(1993) entende capital humano como também trabalho acumulado e hábitos dos
mais diversos, como vicios. Concordando com Schultz, o capital humano seria todo e qualquer
aperfeiçoamento nas habilidades humanas no sentido de produzir mais, sendo atribuição dele
mesmo ou da empresa financiar essas expansões de capacidade.
No entanto, será em Sen(1997,1999) que o conceito será criticado, dando novos meandros
a abordagem, diferenciando capital humano de capacitação humana. O autor aborda que a
expansão das habilidades não seja um meio para o unico fim de aumentar crescimento econômico,
mas sim um próprio fim em si e que, de fato, seria um equivoco perceber a educação apenas
como um meio para aumentar produtividade. Sen salienta que a educação necessita ter uma
roupagem afim de colocar o individuo como agente ativo da sociedade e não mero recurso para
o crescimento econômico em si.
A teoria do capital humano auxília a perceber a aprendizagem como um aumentador das
habilidades dos jovens para sua inserção no mercado. No entanto, em adição, a aprendizagem pode
melhorar as capacitações humanas acima de produzir, mas desenvolver habilidades cognitivas
que possam aumentar o bem estar individual e por sua vez, o bem estar social, criando elos
sociabilidade (CERQUEIRA E MOURA,2014).
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2.2 Trabalhos empíricos - Aprendizagem e educação


Os trabalhos empíricos se concentram em testar os possíveis impactos dos programas de
aprendizagem, tanto a nível econômico, quanto a nível social. Este trabalho se concentrará em
buscar dentro dessa literatura, os impactos dos contratos de aprendizagem em maior busca
na obtenção de melhorias no capital humano, isto é, nas melhorias das habilidades levantando
maiores investimentos sociais ou individuais em educação básica ou profissional.
Allet e Bonnal (2011) comparam a escolaridade entre aqueles que optaram por contratos
de aprendizagem e escola em tempo integral na França. Através de um modelo baseado em
variavel dummy com duas equações simultaneas, se utilizando de abandono escolar, conclusão
e participação em treinamentos, e, levando em consideração a endogeneidade dos programas
de aprendizagem, os autores verificaram que aqueles jovens que optavam por contratos de
aprendizagem tinham melhores indicadores educacionais, a revelia daqueles que se lançavam
em escolas integrais ou profissionalizantes. Nesse sentido, verificou-se que a aprendizagem tem
um efeito significativo positivo a 5% sobre a probabilidade de sucesso nos exames finais. Os
aprendizes têm uma probabilidade maior em aproximadamente 16 pontos percentuais em obter
sucesso nessas provas de conclusão. Há efeito significativo , a 1% sobre maior probabilidade
de continuar estudando após o ensino médio, em média 42 dos pontos percentuais a mais. Em
relação a taxa de abandono, não há efeito significativo, no entanto há uma relação negativa
entre optar pelo aprendiz e a taxa de abandono.
Em Harnish e Wilke-Schnaufer (1998), encontram informações a respeito da eficácia de
programas de treinamentos para trabalhadores em relação a aumento de habilidades cognitivas
em entrevistas de estágiarios após execução de tarefas das mais diversas complexidades. Os
resultados dizem respeito a situações complexas de trabalho, interrupção na conclusão dessas
tarefas e tempo de processamento para os exercícios e em todos os três casos os resultados foram
promissores no sentido de aumentar as habilidades dos aprendizes.
Corseuil et al (2018, no prelo) mesmo tendo como principal objetivo avaliar a eficácia do
programa de aprendizagem brasileiro(o jovem aprendiz) em relação a empregabilidade de médio-
longo prazo, conseguiram também avaliar impactos do programa relacionados à educação. Além
de encontrar resultados significativos positivos da opção pelo programa de aprendizagem em
relação a trabalhos duradouros no futuro, eles encontraram efeito siginficativo positivo da
aprendizagem sobre a probabilidade de concluir o ensino médio, há um aumento de 43% de
chance de conclusão 2 a 3 anos após a inserção no mercado de trabalho. O efeito é ainda
mais notavel no que tange a conclusão do ensino primário. Além disso, o trabalho mostrou
evidências significativas na conclusão do ensino superior, mostrando assim o possivel mecanismo
de incentivos do programa jovem aprendiz no que concerne a aumento de habilidades e capital
humano.
Diversos outros trabalhos buscam estimar os impactos do contrato de aprendizagem em
variaveis economicas como empregabilidade, investimento e renda. Um exemplo é Ryan(1998) que
faz uma revisão de diversos estudos acerca da aprendizagem e conclui que há diversas vantagens
econômicas nos contratos de aprendiz em relação a outros tipos de contratos trabalhistas.
Fica evidente,portanto, a possivel contribuição do jovem aprendiz para o aumento de habili-
dades cognitivas e não cognitivas, contribuindo para melhor produtividade e maior capacidade
individual de resolver problemas.
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3 Os dados
Neste artigo utilizou-se como captura de dados ao menos três importantes plataformas no
que tange a emprego, educação e população. A RAIS (Relação Anual de Informações Sociais),
segundo o Ministério da Economia, tem como objetivo ultimo fazer o controle de boa parte
da atividade trabalhista no Brasil, para que assim os trabalhadores possam receber o abono
salarial. Mas para além disso, a RAIS é um agregado de dados bem detalhados sobre a
relação empregado e empregador, senod um conjunto longitudinal de dados (tendo informações
por ano e por região,estado município e até bairros), abrangendo todos os trabalhadores
formalizados (CORSEUIL, ET AL, 20180). Os dados estão separada por vinculo empregaticio
ou por estabelimento., tendo informações acerca das condições de trabalhadores de 1985 até
ano corrente.
O Jovem Aprendiz , criado em 2000 e ampliado em 2005 por força de decreto, se insere na
categoria especial das relações trabalhistas. Como descrito no gráfico a seguir, a proporção de
contratos de jovem aprendiz vem crescendo em ritmo acelerado desde de sua criação em relação
aos demais vinculos empregaticios, apesar de não compor nem 1% destes.

Figura 1 – Proporção de Jovem aprendiz por vinculo - Sudeste

O INEP, Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anisio Teixeira concentra dados educaci-
onais e indicadores que vão desde a educação infantil. Vinculado ao Ministério da Educação, o
instituto, disponibiliza uma série de base de dados considerados de maior importância, são esses
o Censo Escolar e o Censo do Ensino superior, os quais ocorrem de ano em ano (RIGOTTI E
CERQUEIRA, 2010). É do Censo Escolar que se obtém os indicadores estatisticos da educação
básica como o IDEB e a taxa de distorção idade-série, indicadores importantes para mensurar
qualidade do ensino básico no país.
Já o IBGE, concentra a importante função de organizar dados geogréficos e econômicos bem
detalhados. Os Censos populacionais são confeccionados pelo IBGE.
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Os dados estão organizados a nivel municipal para a região do sudeste. Optou-se por tal, por
haver maior concetração de aprendizes.

4 Metodologia e estratégia de identificação


4.1 Instrumento e primeiro estágio
A metodologia consiste em uma análise em cross-section, baseada em variáveis instrumentais.
Dado que este estudo se insere em um contexto de não-aleatorização o metodo de variáveis
instrumentais parece ser o mais adequado para a pesquisa. Este método é adequado quando
experimentos aleatórios não são viaveis ou não inadequados, em contexto onde se quer fazer
estimações causais (Leigh e Schembri, 2004).
Sendo assim, como dito em Wooldrige(2002), o método de variáveis instrumentais permite
confeccionar uma relação de causalidade, acima de uma mera correlação entre duas variaveis.
O instrumento construído procura captar variações exógenas que afetem a relação entre a
variável de intersse e a variável a ser explicada. No entanto, para que isso possa ser possivel e o
instrumento ser viavel, é necessario que:

E(xiv |uy ) = 0 (1)

E(xiv |x) 6= 0 (2)

As equações 1 e 2 mostram que para variável instrumental xiv ser é preciso que não tenha
qualquer relação com o termo de erro uy da equação principal e que esteja significativamente
relacionada a variável endógena x. O instrumento portanto, não tem relação nenhuma com a
variavel a ser explicada porém é necessário que tenha alguma relação com a variavel endógena.
Neste artigo utilizaremos o log da quantidade de jovens na faixa etária de 12 a 14 anos de
idade(no ano de 2000), por município do Sudetste como instrumento para a varivel endógena,
que é o log da quantidade de aprendizes de 18 a 20 anos - em 2006, ano em que passa a virgorar
a expansão da lei de aprendizagem. A explicação do uso desse instrumento está calcada na ideia
de que municipio que tiverem mais jovens de 12 a 14 no de 2000(ano do censo), haverá maior
percentual de jovens de 18 a 20 anos nesses municipios que serão aprendizes em 2006.
Nesse sentido a equação de primeiro estágio se apresenta como:

ln_aprendiz18_20 = β0 + β1 ln_jovem_12_14 + ui (3)

Portanto, o log da quantidade de aprendizes de 18 a 20 anos em 2006 varia positivamente em


relação ao log da quantidade de jovens de 12 a 14 em 2000. Confirmada a hipotese de primeiro
estágio e a não correlação entre o termo de erro e a variavel exogena, o instrumento é valido
para a estimação dos modelos subsequentes.

4.2 Os Modelos principais


A hipótese central por trás desses modelos é de que a quantidade de jovens aprendizes de 18 a
20 anos criada com a expansão da lei de aprendizagem influenciou na melhoria de indicadores
de ensino médio 3 anos após, além do aumento da quantidade de matriculas no ensino médio
e integrado 2 anos após para jovens de 18 a 20 anos, dado que a ampliação da lei também
exige a matrícula de jovens que ainda não concluíram o ensino médio. Nesse caso em particular,
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jovens adultos que, por algum motivo, não concluiram o ensino médio no tempo devido teriam
incentivos para concluir com a expansão da lei.
Logo a equação dos modelos são:

ln_matricula = α0 + α1 ln_aprendiz18_20) + uym (4)

ln_ideb = α0 + α1 ln_aprendiz18_20) + uyid (5)

ln_taxadeabdn = α0 + α1 ln_aprendiz18_20) + uyab (6)

ln_txmediareprov = α0 + α1 ln_aprendiz18_20) + uyrep (7)

ln_txdi = α0 + α1 ln_aprendiz18_20) + uytxdi (8)

No qual, as variaveis a serem explicadas são, respectivamente, log da matricula no ensino


médio de jovens de 18 a 20 anos em 2008, o log do média do ieb por municipio em 2009, logo da
taxa de abandono em 2009, log da taxa de reprovação e o lofo da taxa de distorção idade-série.
Todas as taxas se referem ao ensino médio regular. A variavel endogena é a quantidade predita
do jovem aprendiz de 18 a 20 anos em 2006 e por municipio.

5 Resultados Econométricos
5.1 Resultado de primeiro estágio
Verifica-se conforme a tabela abaixo (Tabela 1), que a hipotese de que a variavel exogena
jovens de 12 a 14 anos no de 2000 varia positivamente e signifcativamente, a um nivel de 1%
de significância, em conjunto com a varivel endogena quantidade de jovens de 18 a 20 anos
de jovem aprendiz(em logaritimo). Isto significa em um primeiro momento que que a variavel
exógena escolhida pode ser um instrumento válido para analisar o impacto do jovem aprendiz na
faixa etária em questão. Em outras palavras, municipios em que houve um aumento percentual
de jovens de 12 a 14 no ano de 2000, sentiu , consequentemente, um aumento de 0,92% do
número de aprendizes de 18 a 20 anos, 6 anos depois, ano em que começou de fato a vingência
da ampliação da lei do aprendiz. Resolve-se assim problemas de endogeneidade concertenente a
população de jovens ligadas a variaveis não observaveis.
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Tabela 1 –

Variavel dependente:
ln_aprendiz18_20
ln_jovem_12_14 0.920∗∗∗
(0.058)

Constant −5.242∗∗∗
(0.470)

Observations 367
R2 0.411
Adjusted R2 0.409
Residual Std. Error 1.397 (df = 365)
F Statistic 254.785∗∗∗ (df = 1; 365)
∗ ∗∗ ∗∗∗
Note: p<0.1; p<0.05; p<0.01

5.2 Resultado 2 - Matriculas do ensino médio para jovens de 18 a 20 anos


A tabela abaixo mostra o impacto percentual da quantidade de aprendizes de 18 a 20 anos
sobre a quantidade de matriculas 2 anos após o vigor da expansão da lei. Consistente com
as estimativas encontradas por Alet e Bonnal(2011) e Corseuil et al(2018), parace haver um
incetivo do programa do jovem aprendiz na busca por concluir os ciclos básicos de educação.
Nesse sentido, a evidência posta mostra que para cada aumento percentual da quantidade de
aprendizes de 18 a 20 anos no ano de 2006 houve um aumento de 1.17% no quantidade de jovens
de 18 a 20 anos matriculados no ensino médio regular e integrado.
Além do incentivo para adquirir o ciclo básico de conhecimento, pode-se pensar também que,
além da ampliação da lei do aprendiz no quesito idade, o Decreto Federal no 5.598/2005 também
estabelece que aquele jovem elegivel ao programa mas que ainda não tenha completado o ciclo
básico deverá faze-lo. Jovens 18 a 20 que buscam se matricular no ensino médio, estão fazendo
tardiamente (a faixa etária considerada ao ensino médio seria 15 a 17 anos). Possivelmente
a expansão desses dois fatores (matricula e idade) incentivaram esses jovens a procurar se
matricular no ensino médio afim de completar o ciclo e ter o requisito de estar no ensino médio
cumprido.
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Tabela 2 –

Dependent variable:
ln_matricula
ln_aprendiz18_20 1.167∗∗∗
(0.074)

Constant 4.402∗∗∗
(0.183)

Observations 367
R2 −0.407
Adjusted R2 −0.411
Residual Std. Error 1.659 (df = 365)
∗ ∗∗ ∗∗∗
Note: p<0.1; p<0.05; p<0.01

5.3 Resultado 3 - A nota do IDEB e a expansão do aprendiz


Com evidência empírica supracitada ve se a busca de jovens adultos em completar o ciclo
básico como algo incentivado pela expansão do jovem aprendiz, no entanto, questiona-se se a
expansão de algum modo impactou positivamente ou não na qualidade do ensino médio 3 anos
após. Anteriormente, citou-se o estudo de Allet e Bonnal(1997) em que jovens com contrato
de aprendiz tiveram melhor desempenho nos exames finais do ciclo básico francês. Será que o
mesmo ocorre para com os jovens aprendizes brasileiros? A expansão do jovem aprendiz trouxe
beneficios para o ensino médio?
O indicador de qualidade usado pelo INEP é o ideb (Indice de desenvolvimento da educação
básica) este reúne dois conceitos importantes para indicar alguma qualidade na educação, o
fluxo escolar e as notas nos desepenhos das provas do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação
Básica), com o indice variando de 0 a 10.
Segundo a tabela 3, verifica-se , sob a significância de 1%, que o aumento percentual de
jovens aprendizes da faixa etária em questão significou uma diminuição percentual de 0.02%
aproximadamente na nota do ideb no ano de 2009, o que aparentemente gera uma inconsistência
com evidência empirica dos trabalhos supracitados e com a literatura teorica a respeito da
qualificação e capacitação. No entanto também verifica-se um impacto negativo irrisório, o que
pode indicar um enviesamento por parte da amostra.
Outra possivel explicação pode ser o fato dos jovens de 18 a 20 anos estarem se matriculando
tardiamente para o ensino médio impulsionados pela expansão do aprendiz, o que pode indicar
uma distorção idade-série(dado que normalmente os jovens que entram no ensino médio estão
na faixa etária de 15 a 17 anos). Tal atraso nos estudos desses jovens, pode indicar uma série de
dificuldados o que pode prejudicar, mesmo que infimamente, a nota do IDEB.
Por conta disso, é necessário observar outras variaveis, como a taxa de distorção idade-série,
a taxa de reprovação e a taxa de abandono.
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Tabela 3 –

Dependent variable:
ln_ideb
ln_aprendiz18_20 −0.019∗∗∗
(0.005)

Constant 1.615∗∗∗
(0.013)

Observations 367
R2 −0.068
Adjusted R2 −0.071
Residual Std. Error 0.122 (df = 365)
∗ ∗∗ ∗∗∗
Note: p<0.1; p<0.05; p<0.01

5.4 Taxa de abandono e a aprendizagem


Na tabela 4 é possivel observar o teste entre a expansão do jovem aprendiz e taxa de abandono,
ou seja, taxa que expressa a porcentagem de jovens que desistem de cursar o ciclo básico
e por um fim nele. No entanto, não há evidência significativa de que haja algum impacto
do aumento percentual do aprendiz. Ve-se, mesmo assim, que a taxa de abandono parece se
relacionar negativamente com a quantidade de jovem aprendiz. A falta de significância pode
estar relacionada a problemas de seleção da amostra, que resultou em uma amostra pequena de
157 municpios, onde havia ao mesmo tempo jovens aprendizes dessa faixa etária e escolas que
informavam a taxa de abandono.
Tabela 4 –

Dependent variable:
ln_taxadeabdn
ln_aprendiz18_203 −0.007
(0.030)

Constant 2.187∗∗∗
(0.072)

Observations 151
R2 0.004
Adjusted R2 −0.003
Residual Std. Error 0.476 (df = 149)
∗ ∗∗ ∗∗∗
Note: p<0.1; p<0.05; p<0.01

5.5 A Taxa de Reprovação


Talvez esse seja um dos achados mais inesperados do artigo, o resultado da tabela 5 indica que
a quantidade de aprendizes de 18 a 20 em 2006 impactou signifcativamente e positivamente na
Universidade Federal Fluminense (2020) Artigo 1, pág. 12

taxa de jovens reprovados no ensino médio. Para cada aumento percentual de jovens da faixa
etária no programa aprendiz houve um aumento significativo de de 0,12% de reprovados em
2009. No entanto, como salientado anteriormente, uma das possiveis explicações pode ser a
de que o contrato de aprendizagem ampliado pode ter incetivado jovens de 18 a 20 anos que
estavam atrasados no ensino médio a voltar a cumprir o ciclo básico, tais jovens poderiam ter
mais dificuldades por estarem mais atrasados.

Tabela 5 –

Variavel Dependente:
ln_txmediareprov
ln_aprendiz18_203 0.118∗∗∗
(0.030)

Constant 2.113∗∗∗
(0.072)

Observations 151
R2 0.041
Adjusted R2 0.034
Residual Std. Error 0.475 (df = 149)
∗ ∗∗ ∗∗∗
Note: p<0.1; p<0.05; p<0.01

5.6 Taxa da distorção idade série


Por fim, a tabela 5 mostra o possível impacto da expansão da lei do aprendiz na taxa de distorção
idade-série, ou seja a taxa que expressa a diferença entre a idade cursada na série em questão
e a idade pela qual deveria se esperar que o aluno a cursaria. No estudo em questão, parece
não haver impacto significativo da quantidade de jovem aprendizes na taxa de distorção-série,
no entanto, isso pode ter ocorrido devido a problemas de seleção da amostra, que mostrou-se
pequena, do mesmo jeito que ocorreu com ultimas duas variáveis a serem explicadas. Ainda
sim, percebe-se uma relação positiva entre a taxa distorção idade-série em 2009 e a quantidade
de aprendizes de 18 a 20 anos em 2008, o que talvez seja consistente com a explicação de que
o jovem aprendiz e sua ampliação em 2005 contribuiram para a entrada de jovens adultos
atrasados no ensino médio, provocando uma distorção.
Universidade Federal Fluminense (2020) Artigo 1, pág. 13

Tabela 6 –

Variavel dependente:
ln_txdi
ln_aprendiz18_203 0.009
(0.028)

Constant 3.326∗∗∗
(0.064)

Observations 156
R2 −0.009
Adjusted R2 −0.016
Residual Std. Error 0.383 (df = 154)
∗ ∗∗ ∗∗∗
Note: p<0.1; p<0.05; p<0.01

6 Conclusão
Dado a análise feita, conclui-se que a ampliação do jovem aprendiz para idades adultas de 18
a 20 anos pode ter contribuido significativamente para o aumento percentual de matriculas
dois anos depois de jovens da mesma idade, isso encontra respalda em parte da literatura que
destaca a importância dos contratos de apendizagem para o fomento da permanência e matricula
no ensino básico, principalmente para aqueles que estão atrasados para com esse estágio da
educação. Talvez o contrato de aprendizagem tenha efeito em recolocar jovens que outrora
estavam ou em uma condição de nem-nem, ou desgostosos com o ensino médio. Verificou-se
portanto que, ao mesmo tempo em que a expansão do jovem aprendiz para os jovens em idade
mais adulta pode ter possibilitado a volta daqueles que estavam atrasados, por isso talvez o
impacto na taxa de reprovação ser positivo. No entanto, é necessário uma investigação mais
acurada para aumentar a certeza dessas conclusões.

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contratar o aprendiz. Assessoria de Comunicação MET. Brasilia, DF. 2014
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NERI, M. Juventudes, Educação e Trabalho: Impactos da pandemia nos Nem-nem. Rio de
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