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Educação profissional e tecnológica 03/11/2023, 16:38

Educação
profissional
e tecnológica
Profª. Maria Céri da Silva Amaral

Descrição A educação profissional e tecnológica, a legislação e os atos normativos


definidores de sua ação, bem como os programas e ações federais relacionados.

Propósito Reconhecer a legislação e os atos normativos da educação profissional e


tecnológica, a evolução dos tipos de programas e ações federais, bem como a
necessidade de uma formação profissional permanente que possibilite ao
educador mais condições de exercer seu papel social.

Objetivos
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Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3

Legislação Programas federais Demandas


profissionais atuais
Reconhecer a evolução da Identificar os programas
educação profissional e federais que construíram a
Analisar os rumos da
tecnológica por meio da história da educação
educação profissional e
legislação. profissional e tecnológica.
tecnológica integrada aos
caminhos da lei educacional e
às demandas profissionais
atuais.

Introdução
“Um quarto dos jovens de 15 a 29 anos não estuda nem trabalha”

A manchete da reportagem realizada no caderno Economia do jornal


Correio Braziliense, em 18 de maio de 2021, apresenta a situação da
geração nem-nem (nem estuda, nem trabalha), caracterizada no
texto como um flagelo social. É comum a mídia sinalizar sobra de
vagas nas empresas e falta de qualificação profissional.

Podemos, então, perguntar: por que a população jovem não procura


a educação profissional como forma de construir um projeto de vida
ou até mesmo de descobrir seus talentos e reais competências? O
histórico da legislação educacional nos revela as possíveis causas

da desvalorização dessa área. Daí a importância de estudar tais


legislações, bem como os programas e ações federais acerca da
educação profissional e tecnológica. Perceberemos que eles são
consequência de uma profunda mudança política, econômica e
social que, de certa forma, impõe uma instabilidade aos processos.

Além disso, não podemos negligenciar que o avanço da tecnologia e


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Além disso, não podemos negligenciar que o avanço da tecnologia e


o processo de industrialização disseminado pela globalização
requerem dos trabalhadores novos saberes e novas competências. É
necessário entender o objeto de seu trabalho, que não se restringe à
realização de ações repetitivas. Deve-se compreender os processos
bem mais complexos e adquirir novas competências que
incorporem a capacidade de resolver problemas, a autonomia
intelectual e profissional, a criatividade e o trabalho em equipe.

A partir disso, perguntamos: você acredita que a educação


profissional e tecnológica promove a dualidade educacional ou ela
representa uma oportunidade para que continuemos a diminuir a
desigualdade social? As novas Diretrizes Nacionais Curriculares da
Educação Profissional, emanadas da Resolução CNE/CP nº 1/2021,
podem nos ajudar a responder.

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1 - Legislação
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a evolução da educação profissional e
tecnológica por meio da legislação.

Evolução das legislações anteriores


Em pesquisa realizada pela FGV Social (NERI, 2019), que embasa a
reportagem mencionada na introdução, os dados mostram que, além
de aumentar em quantidade nos últimos anos, o perfil dos jovens “nem-
nem” é composto, em grande parte, por pessoas menos privilegiadas
no mercado de trabalho:

De maneira geral entre os jovens a renda da


metade mais pobre caiu 24,24% contra 14,66% da
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metade mais pobre caiu 24,24% contra 14,66% da


média geral. Os fatores queda de renda e aumento
de desigualdade entre os jovens são os mesmos
para aumento de desemprego, redução de jornada
de trabalho, queda do salário por hora/ano de
estudo.

(NERI, 2019, p. 3)

A pesquisa (NERI, 2019) também mostrou que quase 67% dos jovens
“nem-nem” não têm instrução — percentual bem acima dos 56%
registrados no fim de 2014. E, mesmo nas capitais, o número de jovens
que não trabalham nem estudam cresceu entre 2014 e 2020, passando
de 19,1% para 26,5%, o que pode comprometer o crescimento do país
por uma geração inteira, segundo o estudo.

A falta de perspectiva dos jovens


pode vir de uma visão cultural que
o brasileiro herdou do período
colonialista: haveria uma escola
que atende a classe intelectual —
dos que pensam — e outra a
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dos que pensam — e outra a


classe operária — que executa. A
primeira Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (4024/61), ao se
referir ao ensino técnico, já
afirmava que os cursos —
industrial, agrícola e comercial —
seriam ministrados em escolas
especializadas com dois ciclos: o
ginasial, com a duração de quatro
anos, e o colegial, em três anos.
Temos uma melhor compreensão
disso ao percebermos que, nessa
época, foram criados o Serviço
Nacional de Aprendizagem
Comercial (Senac) e o Serviço
Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai) para formar
técnicos em cada área
respectivamente, pela
necessidade de se preencherem
as vagas no setor econômico.

As mudanças no cenário político brasileiro, com o Regime Militar (1964-


1984), promoveram também uma mudança na legislação educacional.
Segundo o art. 1º da Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971:

O ensino de 1º e 2º graus tem por objetivo geral


proporcionar ao educando a formação necessária
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proporcionar ao educando a formação necessária


ao desenvolvimento de suas potencialidades como
elemento de autorrealização, qualificação para o
trabalho e preparo para o exercício consciente da
cidadania.

(LEI Nº 5.692/1971, art. 1º)

Repare a mudança nas finalidades das leis até aqui. Duas expressões
se destacam e se farão presentes daqui para frente: qualificação para o
trabalho e exercício da cidadania. A preocupação com o setor
produtivo, fruto da ausência de mão de obra qualificada, continua sendo
a grande questão. Veja a seguir:

Ensino de 1º grau e de 2º Formação especial


grau
Seu objetivo será a
Ao mencionar o ensino sondagem de aptidões
de 1º grau e de 2º grau, e iniciação para o
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de 1º grau e de 2º grau, e iniciação para o


estamos nos referindo trabalho (1º grau) e de
à nova nomenclatura habilitação profissional,
para ensino primário e no 2º grau, reforçando
secundário dada pela ainda que a iniciação e
lei de 1971 em relação  a habilitação
à de 1961. Na profissional serão
atualização, o ensino fixadas de acordo com
terá, no currículo, o as necessidades do
núcleo comum mercado de trabalho
obrigatório em âmbito local ou regional,
nacional e uma parte observando-se o
diversificada. levantamento
periódico.

Saiba mais

A Lei nº 5.692/1971 diz também que as habilitações profissionais poderão ser realizadas
em regime de cooperação com empresas.

A grande mudança, no entanto, tanto para a educação de modo geral,


como para a educação profissional, ocorreu a partir dos novos rumos
políticos do Brasil, com a retomada da democracia e a promulgação da
Constituição Federal, em 1988. Embora a educação profissional não
tivesse um texto específico, em um artigo no qual detalha os direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais, visando à melhoria de sua condição
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dos trabalhadores urbanos e rurais, visando à melhoria de sua condição


social: “proíbe a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual
ou entre os profissionais respectivos.” (CF/1988, art. 7º, XXXII)

Assim, a Carta Magna do país já preconiza a necessidade de se


terminar com a dualidade educacional — uma educação para a elite e
outra para os menos favorecidos —21 estabelecida até então. Na
verdade, a evolução do setor produtivo diante das inovações
tecnológicas e das demandas de eficiência e efetividade nos resultados
passam a requerer dos trabalhadores novas competências. Fora a
aplicação dos seus conhecimentos e habilidades, precisavam enfrentar
o trabalho como um desafio a sua criatividade, mobilizar o espírito de
equipe e saber tomar decisões. Conforme Zarifian (2003), a respeito do
modelo da competência, nesse novo mundo produtivo, há uma ênfase
muito maior na valorização de autonomia e responsabilidade do
educando e profissional, em detrimento da mera aquisição de conteúdo,
de modelos produtivos anteriores. O modelo da competência requer,
além do domínio do fazer (operacional), a compreensão global do
processo produtivo. Autonomia e responsabilidade são palavras-chave
nesse processo. Para ele, “alguém é tanto mais qualificado e, portanto,
mais remunerado, quanto é mais autônomo no seu trabalho.”
(ZARIFIAN, 2003, p. 52)

Ganha-se autonomia à medida


que se diminuem as normas.
Veremos como a autonomia será
fator preponderante tanto para o
trabalhador, quanto para a
educação profissional. O tipo de
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educação profissional. O tipo de


trabalho repetitivo e individualista
representado no filme Tempos
modernos de Charles Chaplin dará
lugar a uma atividade cada vez O Operário trabalhando na máquina gigante

mais complexa, em que o todo na cena mais famosa do filme

será realizado pela construção


coletiva, dando vez à criatividade
e à contínua tomada de decisão.

Esse momento foi de grande


importância para o país em todos
os aspectos. Existe uma
transformação no mundo do
trabalho e novos perfis
profissionais precisam ser
delineados.

Educação profissional inserida na


LDB atual
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação deixa claro, em seu art. 2º, que:

A educação, dever da família e do Estado,


inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais
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inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais


de solidariedade humana, tem por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho.

(LEI Nº 9.394/1996, art. 2º)

A palavra “preparo” traz para a educação a obrigatoriedade de


desenvolver as competências necessárias para a qualificação para o
trabalho.

A educação profissional técnica de nível médio está inserida na


educação básica e há uma seção específica (Seção IV-A) da LDB em
que já se possibilita o preparo do educando para profissões técnicas. A
lei prevê ainda duas possibilidades para a educação técnica: integrada
ao ensino médio ou subsequente a ele.

A partir daí se iniciará uma conexão com a educação profissional (art.


36), especialmente quando o artigo foi alterado pela Lei nº 13.415, de
16 de fevereiro de 2017:

O currículo será composto pela Base Nacional


Comum Curricular, a BNCC, e pelos itinerários
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Comum Curricular, a BNCC, e pelos itinerários


formativos que deverão ser organizados por meio
da oferta de diferentes arranjos curriculares,
conforme a relevância para o contexto local e a
possibilidade de sistemas de ensino.

(LEI Nº 13.415/2017, art. 36)

Os itinerários formativos também serão citados no processo de


formação da educação profissional. Segundo o MEC, os itinerários
formativos são os conjuntos de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos
de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes
poderão escolher no ensino médio. A autonomia também será dada à
escola que poderá definir os itinerários formativos de acordo com a
demanda de sua comunidade. Dessa forma, o estudante do ensino
médio é estimulado a descobrir seus talentos, a vislumbrar as
oportunidades de trabalho e a trilhar o caminho profissional, exercendo
sua autonomia.

Você considera que essa


mudança pode mudar a visão que
o jovem possui da escola? Será
que a busca de novos caminhos
profissionais pode diminuir a
evasão dos alunos no ensino
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evasão dos alunos no ensino


médio?

No Capítulo III, Da Educação


Profissional e Tecnológica, art. 39,
fica clara sua abrangência como
curso de formação que será
construído pelo estudante, não
por falta de oportunidade ou com
cunho assistencialista, mas como
projeto de vida. Ela estará
integrada a diferentes níveis e
modalidades no âmbito da
educação, bem como a
dimensões do trabalho, da ciência
e da tecnologia. Esse artigo
sinaliza que os cursos de
educação profissional serão
organizados por eixos temáticos,
o que induz à construção da
formação do estudante de acordo
com os seus talentos e desejos
profissionais.

Uma legislação de grande importância e que servirá de estofo à


educação profissional e tecnológica será a Medida Provisória nº 746,
encaminhada pelo executivo ao Congresso, instituindo a Política de
Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo
Integral. Convertida em lei (13.415/2017, já citada acima),
estabeleceram-se os critérios para a implementação do Programa de
Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) para as escolas da rede
pública de ensino, desde que atendam a critérios preestabelecidos.

Saiba mais
O Novo Ensino Médio, com carga horária ampliada de 800h para 1000h e previsão de nova
organização curricular, busca ofertar aos estudantes os itinerários formativos, com foco
nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional. Isso significa que o
estudante terá um núcleo fixo das áreas do conhecimento da 1ª à 3ª série e uma parte
flexível de acordo com o interesse de cada um, o que lhe permite seguir para o Ensino
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flexível de acordo com o interesse de cada um, o que lhe permite seguir para o Ensino
Superior e/ou para uma profissionalização técnica.

A mudança visa a garantir a oferta de educação de qualidade a todos


os jovens brasileiros, aproximando-os da realidade do mundo do
trabalho e da vida em sociedade. O estudante poderá desenhar o seu
itinerário a partir dos eixos temáticos: Linguagens e novas tecnologias.

Linguagens e novas tecnologias.


Matemática e suas tecnologias.
Ciências da Natureza e suas tecnologias.
Ciências Humanas e Sociais aplicadas.
Formação técnica e profissional.

O que seria isso? Na escola em


que já se adota o Novo Ensino
Médio no núcleo comum, o aluno
estudará as áreas definidas pela
Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), aplicada a toda a rede
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(BNCC), aplicada a toda a rede


nacional, enquanto selecionará os
cursos que despertam seu
interesse profissional na
formação especial. Por exemplo,
se o aluno tem uma tendência à
área da Matemática, o curso de
Gestão Financeira poderá formar
o seu itinerário para, no futuro,
realizar um curso superior
tecnológico ou um curso de
Administração. Enquanto esse
momento não chega, há de
encontrar oportunidades de
trabalho na área técnica.

Atenção
O Novo Ensino Médio terá o processo de implementação iniciado nas escolas em 2022
para a 1ª série do EM; em 2023, para o 2º e 3º anos, chegando em 2024 para todas as
séries.

Educação profissional e tecnológica


e sua legislação
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Estudaremos aqui a legislação vigente da educação profissional e


tecnológica (EPT). Por que caminhos anda a EPT? Novos rumos se
apresentam. Vamos a eles!

Como já apontamos no início de nosso estudo, não é difícil ouvir nos


meios de comunicação, por exemplo, que o mercado sinaliza ainda a
falta capital humano para atuar nas empresas. Isso porque o percentual
daqueles que se dedicam aos cursos profissionalizantes é muito baixo!

Mas por que a educação


profissional e tecnológica ainda
se apresenta tão tímida?

Atravessamos uma crise diante


do número de desempregados,
além da ocupação de pessoas
altamente qualificadas em
funções divergentes de sua
formação. Convivemos também
com o fenômeno da uberização
(CORDÃO; MORAES, 2017) da
economia e do mundo do
trabalho, o que afasta, cada vez
mais, o trabalhador da
regularidade do emprego
assalariado e da qualificação
profissional.

Uberização
A partir da experiência de trabalho nascida com o mais famoso aplicativo de locomoção
(UBER), que revolucionou o transporte privado, passou-se a usar a palavra uberização para
significar todo tipo de trabalho que ora traz autonomia ao trabalhador, ora libera-o da atividade
assalariada, ora exige que se utilize recursos pessoais na execução desse trabalho.
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assalariada, ora exige que se utilize recursos pessoais na execução desse trabalho.

Além da LDB de 1996 (Lei nº 9.394/1996), que acabamos de ver, há


uma legislação que foi fundamental para o crescimento da educação
profissional e tecnológica: o Plano Nacional de Educação (PNE),
sancionado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que estabeleceu
metas e estratégias em prol da melhoria da educação e da superação
das desigualdades sociais, a ser obedecida por todas as instâncias
governamentais. Esse plano determina que em 10 anos, ou seja, até o
ano de 2024, as metas deverão ser cumpridas.

Dando sequência às legislações específicas que estamos estudando,


as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Profissional e Tecnológica definem, no artigo 2º (Resolução CNE/CP 1,
de 5 de janeiro de 2021), a EPT como:

Metas
Você pode acompanhar o comprometimento de cada estado e município em relação às
metas estabelecidas. Acesse o site do Plano Nacional de Educação (PNE em movimento),
clique em “Situação das Metas”, e selecione o seu estado e município. Assim poderá
confrontar a situação daquela região específica com a situação atual nacional. No caso da
educação profissional, a meta é a de número 11.

Modalidade educacional que perpassa todos os


níveis da educação nacional, integrada às demais
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níveis da educação nacional, integrada às demais


modalidades de educação e às dimensões do
trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia,
organizada por eixos tecnológicos, em
consonância com a estrutura sócio-ocupacional do
trabalho e as exigências da formação profissional
nos diferentes níveis de desenvolvimento
observadas as leis e normas vigentes.

(RESOLUÇÃO CNE/CP 1/2021, art. 2º)

Assim, educação profissional e tecnológica passa a estruturar-se e


desenvolver-se por cursos e programas dos seguintes segmentos:

I. Qualificação profissional, seja por formação inicial ou


continuada

II. Educação profissional técnica em nível médio, vinculada à


educação básica, podendo se configurar:

a. integrada ao ensino médio com matrícula única;


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a. integrada ao ensino médio com matrícula única;

b. concomitante ao ensino médio — podendo ocorrer na


mesma unidade de ensino ou em unidades
diferenciadas; e

c. subsequente, para quem já terminou o ensino médio.

III. Educação tecnológica de graduação ou de pós-graduação, de


nível superior, que pode funcionar como qualificação
profissional tecnológica com etapa de terminalidade
intermediária, como superior de graduação tecnológico, como
aperfeiçoamento ou especialização profissional tecnológicos,
mestrado profissional ou doutorado profissional.

Ensino médio
A educação profissional técnica em nível médio deve totalizar 3200 horas, a partir de 2021,
possuindo no máximo de 1800 horas para a formação geral de acordo com a BNCC e o
restante para a formação profissional. Essa modalidade também pode ser oferecida às
pessoas que estudam fora do tempo previsto, ou seja, na educação de jovens e adultos (EJA),
sendo obrigatórias, no mínimo, 1200h para a BNCC, e na educação a distância (com exceção
dos cursos da Saúde, em que se deve observar a carga horária presencial prevista no
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos).

 Estrutura da EPT

No vídeo a seguir, você compreenderá as diferenças entre qualificação


profissional, de educação profissional técnica em ensino médio e em
nível superior:

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Catálogo de Cursos Técnicos de Nível Médio –


CNCT

O Catálogo de Cursos Técnicos de Nível Médio – CNCT (implantado


pela Resolução CNE/CEB nº 3, de 9 de julho de 2008), tendo a exigência
de atualização anual, é mais do que um catálogo. Representa um porto
seguro, por ser uma exigência tanto para as instituições educacionais
como para os estudantes. Ele apresenta todos os cursos existentes,
com a carga horária mínima e um breve descritor do curso, perfil
profissional, possibilidades de temas a serem abordados,
possibilidades de atuação dos egressos e infraestrutura recomendada
para a implantação do curso. Há de se destacar que a instituição que
oferecerá o curso precisa fazer uma pesquisa de interesse na
comunidade educacional, ficar atenta às necessidades produtivas e
planejar a infraestrutura adequada.

O que se propõe nessa organização de itinerários formativos é que eles


se articulem de modo que o estudante planeje a sua formação de
forma horizontal ou verticalmente. O que isso quer dizer? O aluno pode
selecionar unidades curriculares, etapas ou módulos de cursos
diferentes de um mesmo eixo tecnológico, construindo sua formação
horizontalmente, desde que em cada um haja terminalidade
ocupacional, ou verticalmente, com a sucessão progressiva de cursos
ou certificações e com o reconhecimento de competências, desde a
formação inicial ou continuada.

Vale destacar a possibilidade da


construção dos itinerários
formativos de forma flexível,
diversificada e atualizada,
conforme a relevância para o
contexto local e as reais
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contexto local e as reais


possibilidades das instituições e
redes de ensino públicas e
privadas, visando ao
desenvolvimento das
competências para o exercício da
cidadania e das competências
específicas para o exercício
profissional, na perspectiva do
desenvolvimento sustentável.

Isso significa que as Instituições


precisarão se planejar para
oferecer os cursos da educação
profissional tecnológica a partir
de estudos sobre a
profissionalização praticada no
mundo do trabalho, sobre a
estrutura sócio-ocupacional da
área da atuação profissional e
sobre os fundamentos científicos
e tecnológicos dos processos
produtivos de bens ou serviços.

Vamos supor que o aluno esteja fazendo o ensino médio em


determinada instituição, mas há um curso para a sua formação
profissional em outra. Se esse curso for reconhecido e propiciar
certificação, ele poderá constar do seu histórico, sendo presencial ou a
distância. Essa é a flexibilização de que a resolução fala, para a
instituição e para o estudante. Além disso, como estudante, o aluno
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instituição e para o estudante. Além disso, como estudante, o aluno


usufrui de sua autonomia e desenha seu próprio projeto de vida, não
ficando preso a uma matriz curricular que não desperta seu interesse.

A educação profissional e tecnológica, tanto em nível de ensino médio


como em ensino superior tecnológico, desenvolve competências
específicas para o perfil profissional, reconhecidas tanto pelo sistema
de ensino como pela CBO – Classificação Brasileira de Ocupações do
Ministério do Trabalho.

Exemplo

Vamos pensar a respeito do eixo tecnológico turismo, hospitalidade e lazer. Veja as


tecnologias que estão relacionadas aos processos de recepção, viagens, eventos,
gastronomia, serviços de alimentação e bebidas, entretenimento e interação. Logo, o aluno
desenvolverá competências que o tornem capaz de planejar, organizar, operar e avaliar os
produtos e os serviços inerentes ao turismo, à hospitalidade e ao lazer, integradas ao
contexto das relações humanas em diferentes espaços geográficos e dimensões
socioculturais, econômicas e ambientais. E, ao eleger o curso superior de Tecnologia em
Eventos, por exemplo, terá acesso a todas as informações pertinentes, como carga
horária, perfil profissional de conclusão, infraestrutura requerida, campos de atuação,
ocupações CBO associadas e possibilidades de prosseguimento de estudos na pós-
graduação.

Dessa forma, o aluno não fará um voo cego! Saberá o que o curso lhe
oferece e quais serão suas possibilidades, o que lhe dará um foco na
construção de sua carreira profissional. A educação profissional e
tecnológica já funciona em programas e ações federais que serão tema
do nosso próximo módulo.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

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Algumas legislações deram destaque à educação profissional e


tecnológica: o Plano Nacional de Educação – PNE e o Ensino Médio
em Tempo Integral – EMTI. Em relação ao ensino médio e à educação
profissional e tecnológica, há convergência na estruturação da
organização curricular, porque ambos:

I. São organizados em eixos temáticos e itinerários formativos.


II. Promovem o desenvolvimento da autonomia nos estudantes e nas
instituições educacionais.
III. Mantêm a fragmentação das disciplinas.
IV. Articulam diferentes campos de saberes específicos,
contemplando vivências práticas e vinculando a educação ao mundo
do trabalho.

Está correto o que se afirma em

A I e IV.

B I, II e IV.

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C II, III e IV.

D II e III.

E III e IV.

Parabéns! A alternativa B está correta.


Todas as assertivas são verdadeiras exceto a III, uma vez que os
eixos temáticos, por trabalharem com as áreas do conhecimento,
evitam que o currículo se forme por disciplinas isoladas e
fragmentadas.

Questão 2

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação


Profissional e Tecnológica, os cursos de formação poderão ocorrer
como

educação profissional técnica integrada ao ensino


A
médio.

B educação superior tecnológica.


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B educação superior tecnológica.

C educação profissional técnica pós ensino médio.

D formação inicial.

qualificação profissional, educação profissional


E técnica em nível médio e educação tecnológica de
graduação e pós-graduação.

Parabéns! A alternativa E está correta.

Em se tratando da legislação (Diretrizes Gerais da EPT), a qualificação


para o trabalho poderá ocorrer mediante: qualificação profissional
(quando, seja de forma inicial ou continuada, é oferecido ao indivíduo
a formação necessária a exercer determinada atividade); formação
técnica (sempre em nível de ensino médio); formação tecnológica
(sempre em nível de ensino superior, isto é, graduação ou pós-
graduação).

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2 - Programas federais
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os programas federais que construíram a
história da educação profissional e tecnológica.

Quando tudo começou

A história nos tem revelado o quanto o período de colonização atrasou


o nosso país em termos educacionais, em decorrência do cenário
político, econômico e social. As relações de produção no Brasil
(CUNHA, 2005), a contar do período colonial, sempre buscaram reduzir
o incentivo ao desenvolvimento e, assim, fazer valorizar artesanato e
manufatura. E, quando havia um empreendimento de grande porte, o
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manufatura. E, quando havia um empreendimento de grande porte, o


governo recrutava os menores dos setores mais desvalidos, os órfãos e
excluídos da sociedade que eram absorvidos pelas Santas Casas de
Misericórdia, onde aprendiam um ofício e eram encaminhados ao
serviço. Somente depois de anos, poderiam escolher onde gostariam
de trabalhar.

Entre 1840 e 1856, foram criadas as casas de educandos artífices em


dez províncias do país (CUNHA, 2005). O objetivo era que adquirissem a
instrução primária — leitura, escrita, aritmética, álgebra, geometria,
desenho — e alguns ofícios — tipografia, encadernação, alfaiataria,
tornearia, carpintaria, sapataria etc. Após a aprendizagem, o artífice
permanecia por mais três anos no asilo, trabalhando nas oficinas, até
que pagasse o processo de aprendizagem e construísse um pecúlio
que era entregue no final do triênio.

Em paralelo, entre 1858 a 1886,


criaram-se os liceus de Artes e
Ofícios, iniciativa de benfeitores
como nobres, fazendeiros e
comerciantes, nas cidades do Rio
de Janeiro, Salvador, Recife, São
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de Janeiro, Salvador, Recife, São


Paulo, Maceió e Ouro Preto, onde
desenvolviam Ciências Aplicadas
e Artes.
Oficina dos Ferreiros Artísticos do Liceu na
Rua da Cantareira, 1910. Acervo do Liceu de
Os alunos estudavam Aritmética,
Artes e Ofícios de São Paulo. Álgebra, Geometria Plana,
Espacial e Descritiva, Física,
Química e Mecânica Aplicada. Em
Artes, aprendiam desenho da
figura humana, desenho
geométrico, ornamental, de
máquinas, de arquitetura civil,
naval e regras de construção.

Curiosidade

O Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, com 351 alunos matriculados, foi o pioneiro
em promover a formação técnico-profissional. A Sociedade Propagadora das Belas Artes
(SPBA) fundou o liceu como ação benemérita e serviu de modelo a outros estados da
União. Hoje, continua existindo e oferecendo a educação básica e cursos livres, não só no
RJ como em outros estados. O Liceu de Artes e Ofícios é uma instituição particular, sem
fins lucrativos, que recebe subsídio do estado.

Em paralelo, com a intenção de


escoar a produção cafeeira, em
1854, surge a Estrada de Ferro
Mauá, no Rio de Janeiro, e,
sucessivamente, outras no estado
de São Paulo. Mais uma vez, à
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de São Paulo. Mais uma vez, à


semelhança dos liceus de Artes e
Ofícios, o grupo de fazendeiros
funda a escola para ferroviários.

A ideia consistia em preparar


jovens de 14 a 17 anos, desde que
os pais se comprometessem, por
Lançamento da pedra fundamental da EF
meio de contrato, a manterem os Mauá, em 29 de agosto de 1852.
filhos trabalhando na ferrovia por
até 5 anos após o curso. Os
alunos recebiam uma
remuneração fixa, auxílio
residência e gratificações. Além
de aprenderem as funções de
mecânico e demais
especializações necessárias às
ferrovias, estudavam as
disciplinas de Aritmética,
Desenho, Física e Mecânica,
Geografia, Geometria, Higiene,
História, Moral e Tecnologia.

Na passagem do Império para a Primeira República, no entanto, um


novo cenário se descortinava. A expansão da economia cafeeira e os
novos empreendimentos industriais abriam um mercado de trabalho
diferenciado, com a demanda de construção de mais estradas de ferro,
novas construções e serviços, e um contingente de pessoas ávidas por
qualificação, oriundas do movimento abolicionista e do projeto de
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qualificação, oriundas do movimento abolicionista e do projeto de


imigração. O aumento da população urbana, o acirramento dos
movimentos sindicais e o desenvolvimento da industrialização fizeram
com que Nilo Peçanha, em 1909, inaugurasse 19 escolas de aprendizes
artífices, trazendo para o governo federal a responsabilidade dessas
escolas que foram implantadas uma em cada Unidade da Federação
(21, à época), exceto no DF e no Rio Grande do Sul. Apesar das
dificuldades em sua manutenção e no recrutamento de professores, a
finalidade dessas escolas era a formação de operários e contramestres,
mediante ensino prático e conhecimentos técnicos necessários
àqueles que quisessem um ofício. As oficinas de trabalho manual ou
mecânico seriam escolhidas pelo Estado, de acordo com a necessidade
das indústrias locais.

Passo a passo, o ensino profissional foi tomando corpo e, a partir de


1927, passa a ser obrigatório nas escolas primárias subvencionadas ou
mantidas pela União. Dez anos mais tarde, a Constituição Federal, que
inaugura o Estado Novo, ratifica o dever do Estado e define que as
indústrias e os sindicatos devem criar escolas de aprendizes de acordo
com suas especificidades. No mesmo ano, o Ministério da Educação e
Saúde Pública (que era um único ministério, à época) transformou as
escolas de aprendizes artífices em liceus industriais e instituiu novos
liceus.

O governo, de certa forma, procura distribuir a responsabilidade da


formação dos profissionais necessários ao momento econômico e
social, marcado pelo número cada vez maior de imigrantes e pelo
progresso da industrialização no país. Essa mesma constituição, além
de conceder facilidades e subsídios a essas escolas, estabeleceu, em
seu art. 129, que:

É dever das indústrias e dos sindicatos


econômicos criar, na esfera da sua especialidade,
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econômicos criar, na esfera da sua especialidade,


escolas de aprendizes, destinadas aos filhos de
seus operários ou de seus associados.

(CF/1937, Art. 129)

Momento relevante para a


educação profissional se deu em
1942, pelo Decreto-Lei nº 4.127,
de 25 de fevereiro daquele ano, ao
estabelecer as bases da
organização da rede federal de
ensino industrial, constituída de
escolas técnicas, escolas
industriais, escolas artesanais e
Construção da Companhia Siderúrgica escolas de aprendizagem,
Nacional - CSN, em 1941. extinguindo os liceus industriais.

O ensino agrícola, por sua vez, só


foi homologado com a Lei nº
9.613, de 20 de agosto de 1946, e
ministrado pelos poderes
públicos ou por pessoas da
iniciativa privada, desde que
reconhecidas pelo governo
federal.

Em 1959, as escolas industriais e técnicas mantidas pelo governo


federal passam a ser chamadas de escolas técnicas federais e se
transformam em autarquias, ou seja, ganham autonomia didática e de
gestão. Com isso, intensificam a formação de técnicos, mão de obra
indispensável diante da aceleração do processo de industrialização. No
entanto, a Lei nº 5.692/71 determinou que o ensino médio deveria
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entanto, a Lei nº 5.692/71 determinou que o ensino médio deveria


incluir a habilitação profissional técnica em seu currículo, tornando
obrigatório que houvesse um número de horas para disciplinas
técnicas. Nessa mesma época, as instituições de ensino profissional
passam a integrar a rede geral de ensino de 1º e 2º graus.

Somente com a Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024/61, o ensino


profissional, denominado ensino técnico, abrangerá os cursos
industrial, agrícola e comercial, ministrados em dois ciclos: ginasial e
colegial. A partir de então, cristalizam-se duas concepções
educacionais: uma acadêmico-generalista, que poderia levar o
estudante ao ensino superior, e outra que se especializava na
competência técnica de determinada profissão. Apesar dessas
concepções, a legislação entendia que tanto a formação técnico-
profissional colegial, como a formação generalista permitiam acesso
ao ensino superior.

Saiba mais

A LDB de 1971, Lei nº 5.692, definiu que o ensino de 2º grau, hoje ensino médio, deveria
conduzir o estudante a uma habilitação técnica, ao menos de auxiliar técnico. Além disso,
todas as instituições da rede profissional passam a integrar a rede geral de ensino de 1º e
2º graus, objetivando também o ingresso no ensino universitário. A reação das escolas
regulares, diante da falta de infraestrutura, fez com que, em 1982, a Lei nº 7.044 retirasse a
obrigatoriedade da habilitação profissional.

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Logos do Cefet-RJ ao longo dos anos.

Posteriormente, em 1978, as escolas federais do Paraná, do Rio de


Janeiro e de Minas Gerais foram transformadas em Centros Federais de
Educação Tecnológica (Cefet). Tais instituições atuam na oferta de
cursos de qualificação profissional, de cursos técnicos de nível médio,
de cursos superiores de graduação — licenciatura, tecnologia e
bacharelado — e de cursos superiores de pós-graduação lato e stricto
sensu — especialização, mestrado e doutorado. Dessa forma, a
pesquisa aplicada, a extensão e o desenvolvimento tecnológico
também compõem sua missão. Essas escolas federais foram
gradualmente transformadas em Cefets, fazendo parte do Sistema
Nacional de Educação Tecnológica.

Curiosidade

Em 2005, o Cefet do Paraná foi transformado em Universidade Tecnológica Federal do


Paraná (UTFPR), tendo como um dos seus princípios a ênfase na formação de recursos
humanos, no âmbito da educação tecnológica, nos diferentes níveis e modalidades de
ensino, para os diversos setores da economia, envolvidos nas práticas tecnológicas e na
vivência com os problemas reais da sociedade, voltados notadamente para o
desenvolvimento socioeconômico local e regional.

Em 1994, foi instituído o Sistema Nacional de Educação Tecnológica


(Sistec), que serve como mecanismo de registro e validação dos
diplomas dos cursos de educação profissional e tecnológica.

A partir da LDB de 1996, instituída pela Lei nº 9.394, a Educação


Profissional e Tecnológica ganha destaque e vem crescendo no país.
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Profissional e Tecnológica ganha destaque e vem crescendo no país.


Foram definidas Diretrizes Nacionais Curriculares específicas para a
educação profissional de nível técnico pela Resolução nº 4/99. Já pela
Resolução nº 03/02, instituíram-se as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a educação profissional de nível tecnológico.

Os debates sobre dualidade educacional continuam. Há os que


acreditam que a educação profissional e tecnológica pode diminuir o
déficit de escolarização e aumentar as oportunidades de trabalho. E há
os que defendem a ideia de que ela continuará a dividir a sociedade
entre os que devem pensar e os que devem produzir.

 EPT e Legislação
Vamos agora entender o impacto que a legislação pode ter sobre a
formação dos educandos, a partir de um Estudo de Caso.

Rede federal de educação


profissional
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A rede federal de educação profissional está distribuída ao longo de


todo o nosso país! Criada em 2008 pela Lei nº 11.892, essa rede
representa um momento fundamental no processo de qualificação
profissional no Brasil. Vinculada ao Ministério da Educação a partir
daquele momento, é composta por: institutos federais de Educação,
Ciência e Tecnologia – institutos federais, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná - UTFPR e Centros Federais de Educação
Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – Cefet-RJ e Cefet-MG. A partir
de 2012, com a Lei nº 12.667, foram acrescentadas as escolas técnicas
vinculadas às universidades federais e o Colégio Pedro II.

A rede federal de educação profissional e tecnológica, portanto, se


fortalece. Muitas escolas federais de diversas configurações se
transformam em institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia,
que são instituições providas de reitoria, campus, campus avançado,
polos de inovação e polos de educação a distância, especializadas na
oferta de educação profissional e tecnológica em todos os seus níveis,
inclusive licenciaturas, bacharelados e pós-graduação stricto sensu.
Sua configuração se equipara a das universidades, possuindo
autonomia para criar e extinguir cursos, mediante autorização do
Conselho Nacional de Educação. Em 2008, foram instituídos 160
institutos. Importante frisar que, entre as suas atribuições, desenvolve
soluções técnicas e tecnológicas por meio de pesquisas aplicadas e
ações de extensão junto à comunidade, com vistas ao avanço
econômico e social, local e regional.

Rede federal de educação profissional


No site do Ministério da Educação, no menu “Rede Federal/Instituições da Rede Federal”, você
poderá consultar os endereços dessas instituições, estado por estado.

Saiba mais
A Plataforma Nilo Peçanha consiste em um ambiente virtual no qual se coleta, valida e
dissemina as estatísticas oficiais da Rede Federal de Educação Profissional Científica e
Tecnológica, com o objetivo de monitoramento dos dados pela Secretaria de Educação
Profissional e Tecnológica – Setec/MEC. Vale a pena consultar!

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Rede estadual de educação


Os estados brasileiros oferecem escolas profissionalizantes que estão
sob o comando das secretarias do estado da Educação ou das
secretarias de Ciência e Tecnologia de cada estado. Elas possuem o
respeito da sociedade assim como as escolas da rede federal e da rede
privada. Observe a distribuição de matrículas, segundo o Censo Escolar,
promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2019.

Gráfico: Número de matrículas na educação profissional


segundo dependência administrativa e localização da
escola – Brasil – 2019Adaptado de: Brasil, 2020, p. 41.

Com relação às unidades administrativas, a rede estadual tem o maior


número de matrículas no ensino médio e, consequentemente, de
escolas com 68,2%, seguida pela rede privada com 29,1%, conforme
revela o gráfico abaixo:

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Gráfico: Percentual de escolas de ensino médio por


dependência administrativa – Brasil – 2019.Adaptado de:
Brasil, 2020, p. 74.

O Centro Paula Souza (CPS) e a Faetec são exemplos de escolas


profissionalizantes. Veja a seguir:

CPS Faetec
O Centro Paula Souza (CPS) é uma A Fundação de Apoio à Escola Técnica
autarquia do Governo do Estado de São (Faetec), situada no Rio de Janeiro, teve
Paulo, vinculada à Secretaria de início em 1997, atendendo à qualificação
Desenvolvimento Econômico, Ciência, profissional na formação inicial e
Tecnologia e Inovação (SDECTI). Foi criado continuada, no ensino técnico de nível
em 1969 para avaliar a viabilidade da médio e no ensino superior, na área da
organização gradativa de uma rede de educação tecnológica.
cursos superiores de tecnologia, com
duração de 2 ou 3 anos.

Faetec
É constituída das seguintes unidades: Escolas Técnicas Estaduais (ETE), Centros de
Educação Tecnológica e Profissionalizante (Cetep), Centro Vocacionais Tecnológicos (CVT),
Escolas de Artes Técnicas (EAT), Faculdades de Educação Tecnológica do Estado do Rio de
Janeiro (Faeterj) e Centros de Referência em Formação de Profissionais de Educação (Iserj e
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Janeiro (Faeterj) e Centros de Referência em Formação de Profissionais de Educação (Iserj e


Isepam).

Saiba mais
Para que você fique atualizado em relação à educação profissional e tecnológica em
nosso país, o site do Inep disponibiliza o documento Avaliação da Educação Profissional e
Tecnológica: um campo em construção, publicado em 2020.

Sistema S
O Sistema Nacional de Aprendizagem, desde a sua constituição, é
alimentado pelas contribuições das empresas que estão sob a tutela
das Confederações Nacionais da Indústria e do Comércio. As
empresas, de acordo com as suas atividades-fim, recolhem para a
Confederação 1% da folha de pagamento dos seus funcionários, para
que sejam investidos nas escolas de aprendizagem. E assim se formou
ao longo do tempo o Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria
(Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac),
hoje ampliado para bens e serviços.

À semelhança do Senai e Senac,


foram criados outros serviços:

Serviço de Aprendizagem
Rural – Senar

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Rural – Senar
Serviço Nacional de
Transportes – Senat
Serviço Nacional de
Aprendizagem do
Cooperativismo – Sescoop
Serviço Nacional de Apoio
às Micro e Pequenas
Empresas – Sebrae
Serviço Social da Indústria –
Sesi
Serviço Social do Transporte
– Sest
Sistema Social do Comércio
– Sesc

Apesar de se caracterizarem como instituições de direito privado, o


Sistema S, como é conhecido hoje pela sua abrangência de setores,
deve cumprir certas exigências em função dos recursos financeiros,
mas também em função das obrigações educacionais, como a
regulação, a supervisão e a avaliação da União, conforme a Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) vigente.

Atualmente, o Sistema S oferece inúmeras vagas nos cursos de


educação profissional, passando pelo ensino médio técnico, por cursos
de graduação em todas as modalidades de ensino — presencial,
educação a distância, educação de jovens e adultos —, por cursos e
programas de educação continuada e até de pós-graduação.

O conceito de menor aprendiz nasceu pelo Decreto nº 4.481, de 16 de


julho de 1942 e, posteriormente, alterado pelo Decreto nº 9.576, de 12
de agosto de 1946, ao instituir em seu art. 1º que:

Os estabelecimentos industriais de qualquer


natureza são obrigados a empregar e matricular
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natureza são obrigados a empregar e matricular


nas escolas mantidas pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), um número de
aprendizes equivalentes a 5 % no mínimo e 15 %
no máximo, dos operários existentes em cada
estabelecimento e cujos ofícios demandem
formação profissional.

(DECRETO Nº 4.481/1946, art. 1º)

Essa determinação ainda se mantém atuante por meio do Programa


Jovem Aprendiz e Aprendiz Legal, que oportunizam aos jovens maiores
de 14 e menores de 18 anos trabalharem e adquirirem formação
técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento
físico, moral e psicológico. Esse contrato de aprendizagem é oferecido
pelas empresas mediante pagamento de um salário-mínimo, com
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pelas empresas mediante pagamento de um salário-mínimo, com


anotação em Carteira de Trabalho e Previdência Social. A duração
desse programa é de, no máximo, dois anos e o estudante deve
matricular-se em programa de aprendizagem. Caso o Sistema S não
possua vagas ou cursos específicos, a empresa deverá buscar
programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade
qualificada em formação técnico-profissional metódica, sem ônus para
o jovem, como escolas técnicas de educação e entidades sem fins
lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à
educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente. Ao final do curso, o aprendiz terá
certificação profissional. Importante ressaltar que é necessário que o
jovem possua ensino fundamental completo.

Esses programas auxiliam os jovens uma vez que propiciam a


experiência do 1º emprego, a aprendizagem de competências técnico-
profissionais e competências socioemocionais necessárias no
mercado de trabalho.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024/1961 foi importante para a


educação profissional e tecnológica, porque

A foi a primeira lei que sistematizou a educação.

incluiu na LDB a educação profissional, com os


B
cursos: comercial, agrícola e industrial.
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cursos: comercial, agrícola e industrial.

C cuidou da formação dos docentes.

preparou obrigatoriamente os estudantes para essa


D
modalidade de ensino.

E diminuiu a dualidade educacional.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A LDB, disposta na Lei nº 4.024/1961, foi a primeira sistematização


da Lei da Educação e já incluiu a educação profissional, com os
cursos comercial, agrícola e industrial, cujos ensinamentos já
respondiam à demanda econômica da época. Esse foi um passo
importante, porque sedimentou as bases para o reconhecimento da
formação profissional, a ponto de se tornar obrigatória uma
habilitação técnica no 2º grau, a partir da LDB de 1971.

Questão 2

Leia as afirmativas sobre o Programa Jovem Aprendiz:

I. O jovem de 14 a 25 anos pode trabalhar e adquirir formação


técnico-profissional.

II. O contrato de aprendizagem é oferecido pelas empresas aos


jovens de 14 a 18 anos, mediante pagamento de um salário-mínimo,
com anotação em Carteira de Trabalho e Previdência Social.
III. Esse projeto nasceu de uma determinação legal de 1942, em que
as empresas eram obrigadas a matricular os jovens que não
possuíssem formação profissional nas escolas mantidas pelo Serviço

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possuíssem formação profissional nas escolas mantidas pelo Serviço


Nacional de Aprendizagem Industrial.
IV. O jovem de 14 a 18 anos pode trabalhar e adquirir formação
técnico-profissional.

Está correto o que se afirma em

A II, III e IV.

B I e II.

C I, III e IV.

D II e III.

E III e IV.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O Programa Jovem Aprendiz nasceu em 1942, quando houve uma


legislação que obrigava os estabelecimentos industriais, de qualquer
natureza, a empregar e matricular os jovens que não tivessem
formação técnica profissional nas escolas mantidas pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Atualmente, o Programa
Jovem Aprendiz se dirige aos jovens de 14 a 18 anos que queiram

trabalhar com contrato assinado na Carteira de Trabalho e


Previdência Social, adquirindo formação técnico-profissional.

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3 - Demandas profissionais atuais


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar os rumos da educação profissional
tecnológica integrada aos caminhos da lei educacional e às demandas profissionais atuais.

Um novo momento

Não há dúvida de que o mundo do trabalho vem se modificando


velozmente. A globalização e as novas tecnologias trazem novos
desafios. Com a elevada sofisticação e permanente mutação, as
organizações se obrigam a assumir inovações que impactam a
qualificação profissional. Estarrece conviver com os rumos da
civilização com a Revolução 4.0: nanotecnologias, neurotecnologias,
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civilização com a Revolução 4.0: nanotecnologias, neurotecnologias,


robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento
de energia, drones e impressoras 3D, a internet das coisas. Como
ficarão os empregos? As pessoas serão descartadas?

No quesito serviços, convivemos e fazemos uso de uma nova


modalidade de trabalho, a uberização, que parece nos tornar
independentes, mas que, na verdade, nos torna dependentes de uma
equipe de retaguarda atualizada no campo das plataformas digitais. Os
novos empregos têm como característica o modelo de equipes
multidisciplinares e trabalhos em rede, com atividades laborais cada
vez menos repetitivas, ao mesmo tempo em que várias ocupações e
funções se tornam obsoletas. Assim, uma vaga de emprego requer que
o indivíduo seja capaz de tomar decisões e mostrar iniciativa, bem
como exige que possua algumas potencialidades para exercer uma
função a qual naquele momento demanda autonomia.

A instabilidade passa a ser regra não só para as empresas que


precisam se atualizar constantemente como para o empregado, cuja
meta deve ser sempre cuidar de sua formação continuada. O
agronegócio vem demonstrando essa evolução: os donos do negócio
estudando e implantando novas tecnologias e o agricultor que, antes
cortava a cana, agora necessita aprender a lidar com a máquina que faz
seu trabalho em menor tempo e de forma eficaz.

Como você pode acompanhar, o


cenário atual exige das empresas
e do trabalhador novas posturas:
ser criativo, analítico-crítico,
participativo, aberto ao novo,
colaborativo, resiliente, produtivo
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colaborativo, resiliente, produtivo


e responsável. Do empregado se
requer autonomia para tomar
decisões, ser proativo para
identificar as dificuldades e
propor soluções, estar aberto à
convivência em equipe.

E aí está a chave do problema: o


indivíduo da atualidade está
preparado para isso? As
gerações anteriores foram
formadas para esse tipo de
desenvoltura?

Modelo da competência na educação


Vimos nos módulos anteriores que a educação é sempre um reflexo
dos movimentos políticos e econômicos da sociedade. A atual Lei de
Diretrizes e Bases, nº 9.394/1996, em seu art. 2º, é clara:

A Educação, dever da família e do Estado,


inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais
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inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais


de solidariedade humana, tem por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho.

(LEI Nº 9394/1996, art. 2º)

Veja bem: sua qualificação para o trabalho! Por essa razão, a educação
profissional e tecnológica se insere no Capítulo III dessa Lei.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por sua vez, define o


conjunto progressivo das aprendizagens essenciais que todos os
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades de
educação, com o objetivo de garantir a qualidade e a igualdade de
condições no processo de aprendizagem.

A BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas


para o desenvolvimento de competências. E conforme consta no
documento:

Por meio da indicação clara do que os alunos


devem “saber”, considerando a constituição de
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devem “saber”, considerando a constituição de


conhecimentos, habilidades, atitudes e valores; e,
sobretudo, do que devem “saber fazer”,
considerando a mobilização desses
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida
cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho.

(BRASIL, 2017, p. 13)

Cabe ressaltar ainda que essa orientação também se faz presente nas
avaliações internacionais da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), que coordena o Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), e na
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco, na sigla em inglês), que instituiu o Laboratório Latino-
americano de Avaliação da Qualidade da Educação para a América
Latina (LLECE, na sigla em espanhol).

Com relação ao ensino médio, a BNCC orienta que as instituições


deverão favorecer a preparação básica para o trabalho e a cidadania, o
que supõe:

[o] desenvolvimento de competências que


possibilitem aos estudantes inserir-se de forma
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possibilitem aos estudantes inserir-se de forma


ativa, crítica, criativa e responsável em um mundo
do trabalho cada vez mais complexo e imprevisível,
criando possibilidades para viabilizar seu projeto
de vida e continuar aprendendo, de modo a ser
capazes de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento
posteriores.

(BRASIL, 2018, p. 465)

O currículo, por sua vez, será


composto por uma base comum,
dividida em áreas do
conhecimento, e por uma área
diversificada com a oferta de
diferentes arranjos curriculares,
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diferentes arranjos curriculares,


conforme a relevância para o
contexto local e a possibilidade
dos sistemas de ensino.

Sendo assim, a oferta de diversos


itinerários formativos, seja para o
aprofundamento acadêmico em
uma ou mais áreas do
conhecimento, seja para a
formação técnica e profissional,
propiciará ao educando maior
flexibilidade na construção do seu
projeto de vida e da sua carreira
profissional.

Assim, a educação profissional e tecnológica acompanha o modelo da


educação básica e, em especial, do ensino médio, por possuir o mesmo
conceito de organização: eixos temáticos (semelhantes às áreas do
conhecimento) e itinerários formativos.

Construindo um novo perfil


profissional
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A educação profissional e tecnológica deve ser entendida como uma


modalidade educacional que perpassa todos os níveis da educação.
Essa formação acontece mediante a construção de itinerários
formativos.

Todas as ações necessárias para essa construção exigirão do aluno


reflexão, planejamento, autoconhecimento. A BNCC também alerta as
instituições para despertar no estudante a construção do projeto de
vida. É nesse momento que ele precisa pensar em quais são os seus
sonhos possíveis, que talentos possui, do que não gostaria de jeito
algum.

Consciente (ainda que nem sempre) de seu talento e de seu sonho, é


preciso que o aluno decida sobre o eixo tecnológico que faz seus olhos
brilharem e sobre a área em que ele gostaria de trabalhar. Como
também já vimos, o CNCT é um instrumento fundamental para se
encontrar essas informações, a fim de decidir os cursos que poderá
cursar e, a partir daí, trilhar o caminho profissional.

O Novo Ensino Médio, a partir da


legislação vigente, está
organizado de forma similar: uma
parte de formação geral e outra
diversificada, composta por
itinerários. Atualmente, a maioria
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itinerários. Atualmente, a maioria


das escolas ainda está
organizada em disciplinas que
devem ser cursadas por todos os
alunos. Não há, portanto,
autonomia para definir seu
caminho profissional.

Anteriormente, os alunos
cursavam as mesmas disciplinas
durante todo o ensino médio.
Mas, como também já sabemos,
essa realidade terá de adaptar-se
a partir de 2022.

Atenção

Importante ressaltar que as instituições necessitarão fazer uma pesquisa sobre as


preferências profissionais dos seus alunos e sobre as demandas locais. Essa organização
é fundamental para o sucesso da educação profissional. Não havendo curso que seja do
interesse do aluno em uma instituição, ele poderá estudar em outra, uma vez que cada
formação deve possuir uma finalização e, consequentemente, uma certificação. Essa
possibilidade propicia que as instituições trabalhem coletivamente, aperfeiçoando
infraestruturas e trocando expertises, o que as torna mais flexíveis entre os estudantes.

Além disso, a lógica da construção de itinerários propõe uma


continuidade nos estudos, o que garante ao jovem ou ao adulto o
estímulo à melhoria de sua carreira profissional. A partir da Lei nº
11.741, de 16 de julho de 2008, além de a educação profissional e
tecnológica ser integrante dos diferentes níveis e modalidades de
educação e das dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, ela
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educação e das dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, ela


abrangerá:

A formação inicial e continuada ou qualificação profissional.


A educação profissional técnica de nível médio.
A educação profissional tecnológica de graduação e pós-
graduação.

Os cursos de educação
profissional e tecnológica de
graduação atendem aqueles que
pretendem ingressar mais
rapidamente no mercado de
trabalho, visto que a duração é
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trabalho, visto que a duração é


menor por possuir uma matriz
curricular voltada à prática. As
exigências em relação à
autorização do MEC são as
mesmas de um curso superior,
seja licenciatura ou bacharelado.
As oportunidades também são as
mesmas. Você pode concorrer a
vagas em concurso público ou
seguir na pós-graduação stricto
sensu ou lato sensu.

O diferencial da graduação
tecnológica é que ela é mais
específica, voltada para uma
determinada área dentro de um
campo de conhecimento, e
direcionada a suprir as
necessidades do setor produtivo.

Saiba mais

O Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CNCST) apresenta 134


denominações de cursos, em 13 eixos tecnológicos, possuindo em cada um o perfil
profissional de conclusão, a infraestrutura mínima requerida, a carga horária mínima, o
campo de atuação, as ocupações CBO associadas, bem como as possibilidades de
prosseguimento de estudos na pós-graduação lato sensu e stricto sensu.

Novos caminhos da educação


profissional e tecnológica
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 EAD e formação profissional


No vídeo a seguir, você porderá identificar as possibilidades e
perspectivas da EAD na formação profissional contemporânea. Confira!

Inovação tem sido uma das palavras mais usadas na atualidade. Todos
os ramos de negócios —agropecuário, industrial, de bens e serviços,
comércio etc. — se apoderaram da tecnologia como aliada à
produtividade e ao crescimento econômico. Nesse contexto, o setor
agropecuário tem sido grande destaque econômico positivo ao longo
da pandemia, iniciada em 2020.

Também as startups de soluções


para o varejo vêm crescendo
assustadoramente. As lojas
autônomas de supermercados já
são uma aposta. Isso sem falar
na evolução vertiginosa do e-
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na evolução vertiginosa do e-
commerce. Essas inovações não
se deram apenas na tecnologia,
mas também em pesquisa, como
é o caso de supermercados, por
exemplo, que devem ser precisos
nos processos de recebimento de
pedidos, na separação de
produtos, no empacotamento, no
processamento de pagamento, na
logística, assim como na
diversidade de oferta, controle de
estoque etc.

Startups
Resumidamente, chamamos startup a reunião de um grupo de pessoas que, com ideias
inovadoras, busca iniciar um negócio que pretende gerar rendimentos. Para que assim se
caracterize, devem ser apresentadas possibilidades reais de realização (ainda que,
momentaneamente, na incerteza), em condições de repetibilidade (suprir a demanda de seu
“produto”) e escalabilidade (sendo capaz de crescer como modelo de negócio).

E-commerce
E-commerce, ou comércio eletrônico, é toda transação comercial realizada por meio de
equipamentos eletrônicos que, em sua quase totalidade, envolve a internet.

Também na indústria, até o chão


de fábrica passa a ser o 4.0. Ou
seja, a automação digital, o uso
da robótica, a transformação
digital e a inteligência artificial
permitem que o tamanho dos
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permitem que o tamanho dos


equipamentos e a quantidade de
pessoal para operação sejam
reduzidos — e isso obviamente
impacta no espaço físico das
novas fábricas.

Toda essa inovação pode fazer parecer que as pessoas serão


substituídas por máquinas. No entanto, essas máquinas exigem um
aparato tecnológico mais profundo, o desenvolvimento de pesquisa e o
despertar de novas competências. Por essa razão, a responsabilidade
da educação e, especificamente, da educação profissional e
tecnológica é a de preparar as pessoas para um mundo mais produtivo,
ético, solidário e sustentável. Seus currículos precisam ser
interdisciplinares, eliminando a fragmentação dos conhecimentos e
buscando o atendimento às demandas socioeconômicas. Sem antes
ratificar sua flexibilidade e constante atualização, impositiva no mundo
contemporâneo, contudo repleta de reflexão, para que não se inove por
inovar, mas se baseie nas competências a serem desenvolvidas no
cidadão.

Outro ponto a ser destacado na


educação profissional e
tecnológica é o mundo que se
abre para o aproveitamento de
estudos e de experiências
profissionais que podem
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profissionais que podem


despertar nas pessoas o desejo
de voltar aos bancos
educacionais, estimulando-as ao
aprendizado e à melhoria de suas
carreiras. As instituições têm
papel fundamental ao traçar as
estratégias no oferecimento dos
cursos, fruto de pesquisa junto à
comunidade, destacando o
espírito de coletividade na oferta
entre as demais entidades,
sempre em prol dos estudantes e
sua inserção no mundo do
trabalho.

Vale ressaltar a inclusão na lei do atendimento ao segmento da


educação de jovens e adultos (EJA), cujos alunos, por alguma razão,
não conseguiram terminar seus estudos em tempo certo. A educação
profissional vem como estímulo à apropriação de uma nova profissão,
não só por sua autoestima, mas também por subsistência. A educação
a distância, por sua vez, também pode compor a carga horária de
alguns cursos.

Assim, pela primeira vez, a educação profissional e tecnológica sai da


esfera instrumental para a aquisição de competências em que se
articulam os conhecimentos, as habilidades e atitudes com autonomia
intelectual e consciência crítica dos desafios do mundo.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

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Leia as afirmativas abaixo em relação à educação profissional e


tecnológica.

I. Pelo fato de ser organizada em itinerários formativos, ela possibilita


a inserção ou reinserção profissional dos estudantes.
II. Itinerário formativo representa o conjunto de unidades curriculares,
etapas ou módulos que compõem a sua organização em eixos
tecnológicos.
III. O estudane pode articular horizontalmente sua formação
profissional mediante etapas ou módulos de um mesmo eixo
tecnológico ou, verticalmente, por sucessivas certificações desde a
formação inicial até a pós-graduação.
IV. O itinerário formativo deve ser estabelecido pela instituição que
oferece o curso sem vinculação com as demandas produtivas.

Está correto o que se afirma em

A I, II e III.

B I e IV.

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C II e IV.

D II e III.

E III e IV.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O itinerário formativo representa uma unidade curricular, possibilita a


inserção ou reinserção profissional do estudante e pode promover a
ascensão profissional dentro do próprio eixo tecnológico
(horizontalmente) ou avançando em outros níveis (verticalmente). A
instituição deve realizar uma pesquisa de interesse de seus alunos,
propondo cursos que atendam a essa demanda e à do setor
produtivo.

Questão 2

Leia as afirmações a seguir:

I. As Diretrizes Curriculares Nacionais da educação profissional e


tecnológica asseguram a interdisciplinaridade como um dos seus
princípios

PORQUE

II. A fragmentação dos conhecimentos e a descontextualização


curricular precisam ser superadas.

Assinale a alternativa correta:

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Assinale a alternativa correta:

As duas afirmações estão corretas e a segunda não


A
justifica a primeira.

As duas afirmações estão incorretas e a segunda não


B
justifica a primeira.

C As duas afirmações estão incorretas.

As duas afirmações estão corretas e a segunda


D
justifica a primeira.

A primeira afirmativa está incorreta e a segunda está


E
correta.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A interdisciplinaridade é um dos princípios da educação profissional e


tecnológica em substituição à fragmentação dos conteúdos e à
descontextualização.

Considerações finais
Por muito tempo, a educação profissional fez parte de um debate a
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Por muito tempo, a educação profissional fez parte de um debate a


respeito da dualidade na educação, dividida em um ensino para os
pobres e outro voltado para a elite acadêmica. Atualmente, com a
velocidade das inovações tecnológicas e a decorrente mudança do
processo produtivo, a execução de trabalhos mais complexos e as
exigências no perfil profissional — autônomo, responsável, capaz de
resolver problemas e trabalhar em equipe — abriram espaço para um
modelo organizacional e ocupacional.

Dessa forma, a educação profissional e tecnológica requer novas


competências, o que amplia sua valorização no mercado de trabalho
por estar presente em todos os níveis de ensino, da educação básica ao
ensino superior, presenciais ou a distância, vinculando-se às dimensões
do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia. Distante da visão da
menos valia que os cursos da educação profissional e tecnológica
trouxeram, percebe-se hoje seu valor e seu potencial junto aos
profissionais, além de sua capacidade de incrementar a economia.

Há, no entanto, grandes desafios a cumprir: a preparação dos docentes,


para que possam atuar de forma eficiente e eficaz nesse novo cenário,
e um diálogo consistente sobre demandas entre a comunidade local e
as instituições educacionais. Os novos rumos da educação profissional
e tecnológica, contudo, prometem luz e vigor aos indivíduos que
procuram uma oportunidade de crescimento profissional. A
possibilidade de caminhar paulatinamente e subir degrau a degrau na
construção de suas competências laborais os inspira a seguir e os
anima a alçar futuros voos.

O estímulo à adoção da pesquisa como princípio pedagógico é fator


relevante, para que o crescimento não ocorra somente no mundo
tecnológico, mas no desenvolvimento do trabalho como mola mestra
da evolução social.

 Podcast
Agora, o professor Antônio Giacomo encerrra o tema falando sobre a
educação profissional e tecnológica.
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educação profissional e tecnológica.

Explore +

Para ampliar seus conhecimentos sobre o conteúdo:

Veja o vídeo O Novo Ensino Médio, do canal Movimento pela Base, que
apresenta essa proposta de forma criativa e muito clara. Nesse mesmo
canal do YouTube, é possível encontrar outros vídeos de temas afins.

Leia o artigo A diferença entre ganhar dinheiro e fazer dinheiro - as


três lições de vida de um vendedor de água, de Leandro Ávila, que nos
traz a impressionante história de Rick Chester (o vendedor de água) e
como a inovação e o empreendedorismo (que nele parecem inatos)
devem ser incentivados na formação profissional.

Os documentos abaixo, todos disponíveis virtualmente, são muito


importantes no contexto do estudo que aqui realizamos. Confira!

Catálogo Nacional de Cursos Técnicos

Classificação Brasileira de Ocupações

Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia

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Educação profissional e tecnológica 03/11/2023, 16:38

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da


Educação, 2017.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília:


Ministério da Educação, 2018.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio


Teixeira (Inep). Censo da Educação Básica 2019: Resumo Técnico.
Brasília, 2020.

CORDÃO, F. A.; MORAES, F. Educação profissional no Brasil: síntese


histórica e perspectivas. São Paulo: Editora Senac, 2017.

CUNHA, L. A. O ensino de ofícios nos primórdios da industrialização. 2.


ed. São Paulo: Editora Unesp; Brasília, DF: FLACSO, 2005. E-book.

HESSEL, R.; OLIVEIRA, A. Um quarto dos jovens de 15 a 29 anos não


estuda nem trabalha, aponta FGV. Correio Braziliense, Economia, 18
mai. 2021. Consultado na internet em: 2 set. 2021.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02956/index.html# Página 67 de 68
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NERI, M. Juventude e trabalho: qual foi o Impacto da crise na renda dos


jovens? E nos nem-nem? Rio de Janeiro: FGV Social, 2019.

ZARIFIAN, P. O modelo da competência: trajetória histórica, desafios


atuais e propostas. Trad. Eric Roland René Henault. São Paulo: Editora
Senac, 2003.

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