Atividade 3 – Algumas implicações da tecnologia moderna
1. Qual é o espaço ocupado e o tratamento dado à EPT no PNE?
O Plano Nacional de Educação (PNE) é um plano cujos objetivos são,
principalmente, melhorar qualidade da educação básica e superior no Brasil, aumentar a taxa de alfabetização e escolaridade, universalizar a educação infantil, ensino fundamental e médio assim como a oferta escolar, superar a desigualdade na educação, entre outros, além de definir financiamentos para garantir que as metas fossem atingidas. Por sua vez, a Educação Profissional e Tecnológica, segundo o MEC é “uma modalidade educacional prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)” que tem como objetivo preparar o aluno para exercer uma profissão, assim como ajuda-lo a ingressar no mercado de trabalho e na sociedade. Para que isso aconteça, ela envolve cursos de qualificação, habilitação técnica e tecnológica e pós-graduação. Desta forma garante que aconteça uma integração entre os diferentes níveis e modalidades de ensino. Atualmente, para garantir a efetividade da EPT, existem alguns órgãos normatizadores que atuam em dois níveis. O primeiro seria no nível da união com atuação do Congresso Nacional, Conselho Nacional da Educação, Ministérios da Educação e Órgãos Próprios das Redes e Instituições de Ensino. Já em nível estadual e municipal, atuam os Conselhos e Secretarias de Educação, além dos Órgãos Próprios das Redes e Instituições de Ensino. Esse seria o papel da EPT no Brasil, entretanto não é o que acontece. A história da EPT no Brasil é um processo que não possui uma continuidade, pois políticas de governo não se tornam políticas públicas que permanecem ao longo dos anos. Através de novas leis e decretos aprovados à medida em que se muda o governo, se alteram essas diretrizes ou parâmetros que balizam a educação, sendo assim, se impossibilita a implementação e manutenção de uma política pública efetiva. A “história da educação brasileira é a continuidade da descontinuidade” conforme defende Carlos Roberto Jamil Cury.
2. Identifique mudanças entre as Diretrizes de 2012 e de 2021.
A Resolução Nº 6, de 20 de setembro de 2012 define Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Ela defende a formação integral do estudante, garantindo o desenvolvimento para a vida social e profissional, além da construção de um currículo integrado que não seja somente baseado em um conjunto de disciplinas. Apoia ainda, o estágio como elemento fundamental que deve acontecer desde o início do curso, em paralelo e de forma a realizar uma integração total com as demais disciplinas. A formação profissional tecnológica de ensino médio também permite atuação na sociedade, além do mercado de trabalho. Além disso, garante a flexibilidade nas práticas educacionais de acordo com a região, cultura, ou qualquer outro fator que possa influenciar a prática pedagógica. Por outro lado, a Resolução CNE/CP Nº 1, de 5 de janeiro de 2021 define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica. Além disso, busca integrar às demais modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia, organizada por eixos tecnológicos, em consonância com a estrutura sócio-ocupacional do trabalho e as exigências da formação profissional nos diferentes níveis de desenvolvimento, observadas as leis e normas vigentes. Diante disso, pode-se perceber que, uma das principais mudanças que ocorreram entre elas é o nível de abrangência, visto que a de 2021 engloba toda a educação profissional e tecnológica, ou seja, além do nível médio, vale também para a educação superior, pós-graduação, mestrados, doutorados. Nota-se também uma diferença entre os princípios norteadores dessas duas diretrizes. A de 2021 é traz a ideia de inserção do indivíduo no mercado de trabalho, não apenas a preparação dele no âmbito social e educacional. Além disso, inclui a questão do respeito à diversidade de ideias e concepções pedagógicas que não era visto anteriormente. Evidencia ainda, a importância da interdisciplinaridade na estratégia educacional, prática pedagógica e planejamento curricular. Além disso, permite que os alunos escolham qual caminho percorrer dentro de alguns eixos apresentados, com base nos seus interesses, afinidades e de acordo com a oferta da instituição. Desta forma, visa contribuir para que seus egressos consigam uma colocação no mercado de trabalho após o término de sua formação profissional e tecnológica.