SEMANA INACIANA DO CONHECIMENTO

(SIC)

TRABALHO CIENTÍFICO
INDIVIDUAL

ENERGIA, MEIO AMBIENTE E

ECONOMIA DA ALEMANHA

Mariah Malveira Carvalho

1º ano A
(ensino médio)

30 de outubro de 2022
 SUMÁRIO

1. OBJETIVO…………………………………………………...1

2. JUSTIFICATIVA…………………………………………..…2

3. METODOLOGIA……………………………………….……3

4. DESENVOLVIMENTO DO TEMA…………………….…...4

5. CONCLUSÃO…………………………………………….….5

6. BIBLIOGRAFIA……………………………………………..6
 1. OBJETIVO:

1.1 - Geral: O objetivo geral deste trabalho é promover o conhecimento, informar

e conscientizar o público sobre situação econômica e energética na Alemanha,
atentando também à questão ambiental, visando promover o exercício da cidadania
global e demonstrar que todas as ações e comportamentos de determinado grupo, por
menor que seja, têm uma consequência no mundo e no modo como todos vivem.

1.2 - Específicos:
- Economia
- Energia
- Meio ambiente
- Extra: energias renováveis

2. JUSTIFICATIVA:

Primeiramente, o trabalho está sendo realizado devido à semana inaciana do

conhecimento, fazendo parte de uma modalidade individual promovida pela escola.
Entretanto, há diversas razões pelas quais este trabalho é relevante, por exemplo o fato
de que o tema escolhido é de extrema importância e aborda questões atuais com
influência mundial, afetando inclusive, o Brasil. Ademais, se for considerado o
contexto de globalização em que o mundo se encontra, na era da tecnologia, da
informação e da comunicação, é indispensável que as pessoas, em seus papéis de
cidadãos globais, tenham conhecimento sobre as questões do mundo.

3. METODOLOGIA:

A pesquisa científica em questão, repleta de repertório sociocultural e dados

estatísticos, por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, foi inteiramente baseada em
fatos científicos comprovados, pesquisas diversas, teses e análises de profissionais,
especialistas e economistas além de conter falas de representantes políticos, como o
ministro da economia alemã, Ludwig Erhard. Sob esse viés, tais repertórios foram
utilizados como base para a fundamentação teórica, credibilidade, construção da
argumentação e conexão dos temas. Os links dos fatos apresentados estão disponíveis
nas referências bibliográficas, ao final do documento.
 4. DESENVOLVIMENTO DO TEMA

- INTRODUÇÃO

A Alemanha é um país com mais de dois milênios de história, situado no oeste da

Europa, com uma paisagem de florestas, rios, cordilheiras e praias do Mar do Norte. A
nação tem a quarta maior economia do mundo, atrás apenas dos EUA, China e Japão,
e está entre as principais potências mundiais, tendo grande relevância e poder de
decisão em questões mundiais, além de ser o país mais poderoso e influente da União
Europeia.

- ECONOMIA

DADOS GERAIS DA ECONOMIA DA ALEMANHA:

● Moeda: Euro (símbolo €)

●

● Bloco econômico que pertence: UE (União Europeia)

●

● IDH (índice de desenvolvimento humano): 0,947; 6º lugar no ranking mundial.

●

● Taxa de Inflação: 10,9% (em outubro de 2022); a mais alta em 25 anos.

●

● PIB (nominal): 4,223 trilhões USD (2021); 4º lugar no ranking mundial.

●

● Composição do PIB por setor da economia: serviços (69,5%), indústria (30%) e

agricultura (0,5%) - (estimativa 2020).
●

● Principais setores econômicos: indústria (automóveis, química, medicamentos),

tecnologia, finanças, construção civil, equipamentos médicos, turismo e
agricultura.
●

● Principais produtos agropecuários produzidos: batata, trigo, cevada, beterraba,

frutas, couves, bovinos, suínos e aves.
●

● Principais produtos industrializados produzidos: ferro, aço, carvão, cimento,

produtos químicos, máquinas, veículos, ferramentas, eletrônicos, alimentos e
bebidas, construção naval e têxteis.
●

● Principais produtos exportados: máquinas, veículos, produtos químicos, metais

e manufaturas, produtos alimentícios e têxteis.
●

● Principais parceiros econômicos (exportação e importação): França, Estados

Unidos, Holanda, Reino Unido, China e Itália.
 - CONTEXTUALIZAÇÃO

A Alemanha é um importante exportador de produtos tecnológicos, químicos e

industriais, além de ter estabelecido seu papel de importância na economia local a
partir da reunificação em 1990. Ademais, ao considerar a zona do euro, a economia
alemã representa cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Já ao
levar em consideração a União Europeia (UE), o país representa um quarto do PIB do
bloco.
Contudo, a economia alemã, que já demonstrava perda de competitividade,
enfrenta agora as dificuldades econômicas geradas pelos efeitos da pandemia de
Covid-19 e, principalmente, pelas restrições do fornecimento de gás por parte da
Rússia.
Leonardo Trevisan explica que desde a unificação, a Alemanha, na prática, se
transformou em um grande aliado da Rússia, pois adquiria gás barato e financiava o
desenvolvimento russo. “Em troca do investimento alemão na Rússia para
desenvolver diferentes setores, o troco dessa condição era de que a Alemanha
receberia energia barata dos russos. É isso que, de alguma forma, a guerra quebrou. A
indústria depende do modal energético, e este modal da Alemanha, sem dúvida, está
em risco”. “A Alemanha está enfrentando o esgotamento do modelo que a permitiu ser
a grande estrela econômica da Europa nos últimos 30 anos, desde a reunificação até
um tempo atrás, e mesmo no período de grande crise da zona do euro ela não foi tão
afetada assim”, avalia.
A inflação no país atingiu seu nível mais alto em 70 anos em outubro,
alcançando 10,9% na base anual. Com indicadores desfavoráveis e preços cada vez
mais altos, principalmente com relação à energia, na semana passada, o próprio banco
central alemão disse que uma recessão no país é cada vez mais provável.
Dada a importância alemã para o bloco econômico europeu, especialistas
alertam que uma recessão na Alemanha pode gerar um efeito cascata em todos os
demais membros da União Europeia. O efeito cascata, também conhecido como efeito
dominó, é o nome dado para eventos sequenciais ou eventos em cadeia que geram
consequências em função de um fato gerador. E, quando isso acontece, não há como
impedir esses fatos.
A avaliação dos especialistas é de que a questão energética continuará sendo o
principal entrave para a economia alemã, pois além da inflação, tal fator também
proporciona o aumento da taxa de juros.
Dentre algumas medidas que o país está tomando para lidar com a crise está a
nacionalização da Uniper, sua maior importadora de gás natural, como parte de um
plano de 8 bilhões de euros (US$ 7,9 bilhões) para evitar uma escassez de energia
neste inverno.
 A Uniper fornece 40% do abastecimento de gás do país e é crucial para grandes
empresas e consumidores privados na maior economia da Europa. O gás russo teve
que ser substituído por alternativas caras, levando a contas cada vez mais altas para os
consumidores.
A Alemanha não é a única a pagar um preço muito alto para superar a escassez
de fornecimento de gás. A Europa inteira foi atingida pelo aumento dos preços do gás
natural e da eletricidade como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia e do
estrangulamento do fornecimento de gás.Juntos, os estados da UE e o Reino Unido já
comprometeram mais de US$ 500 bilhões em assistência a famílias e empresas para
ajudá-los a lidar com o custo crescente da energia.

- ENERGIA E MEIO AMBIENTE

MATRIZ ENERGÉTICA DA ALEMANHA ANTES DA CRISE DE ENERGIA:

● Petróleo 35,2%
● Gás natural 26,1%
● Combustíveis fósseis 17,1%
● Energias renováveis 16,4%
● Energia nuclear 5,8%

RETOMADA AO PARÁGRAFO ANTERIOR

O aumento dos preços da energia era um problema meses antes de a Rússia
invadir a Ucrânia, mas a guerra – e os temores de que isso levará a uma crise de oferta
na Europa – elevou ainda mais os preços. Esta é uma preocupação especial para a
Alemanha, o maior cliente de energia da Rússia na Europa.
A alta dependência do fornecimento de energia russo implica um risco
considerável de menor produção econômica e até mesmo uma recessão com taxas de
inflação significativamente mais altas”, disse o Conselho Alemão de Especialistas
Econômicos.
Visto os riscos e gastos, além da importância considerável da energia para o
país, que funciona como motor do desenvolvimento, para que algum dia haja um
futuro estável na economia alemã é preciso que ocorra uma alteração da matriz
energética do país. Além do planejamento para uma readaptação da matriz energética,
no curto prazo a Alemanha tem buscado novos fornecedores.
Nessa perspectiva, em meio ao impasse energético em relação ao gás da
Rússia, outra medida tomada pela Alemanha foi o investimento em fontes de energia
renovável. O país registrou no primeiro semestre de 2022 dados que mostram que
metade da energia consumida no país vem de fontes renováveis, segundo a Associação
Alemã de Indústrias de Energia e Água (BDEW) e a fundação ZSW, ligada ao setor de
energia solar e de hidrogênio.
 “A redução dos fluxos de gás da Rússia colocou o fornecimento de energia da
Alemanha em uma situação excepcional. A maneira mais segura de evitar tal situação
no futuro é uma construção rápida de instalações de energia renovável”, afirma
Kerstin Andreae, chefe do BDEW, acrescentando que a falta de áreas para construção
de fazendas eólicas é um dos maiores obstáculos à expansão das energias renováveis
no país, segundo o portal especializado Clean Energy Wire. A produção de energia
verde da Alemanha inclui as matrizes eólica, solar, geotérmica, biomassa,
processamento de lixo e hidrelétricas.
Ademais, o país reduziu no ano passado as emissões de dióxido de carbono
(CO2) em 39% em comparação com 1990, e pretende atingir uma redução de 65% até
2030. O governo alemão quer expandir amplamente a quota de energias renováveis
nos próximos anos. Até 2030, a participação da eletricidade verde deverá aumentar
para 80%.

- EXTRA: Energias renováveis

- O que é energia renovável?

Podemos definir como energia renovável aquela energia que é obtida de fontes
naturais capazes de se regenerar e, portanto, virtualmente inesgotáveis; ao contrário
dos recursos não-renováveis. São conhecidas pela imensa quantidade de energia que
contêm, e porque são capazes de se regenerar por meios naturais.

- Por que a energia renovável é relevante na questão econômica, energética e

ambiental?
As energias renováveis são fontes de energia limpa, inesgotáveis e cada vez mais
competitivas em relação às tradicionais. Elas diferem dos combustíveis fósseis
principalmente em sua diversidade, abundância e potencial para uso em qualquer lugar
do planeta, mas acima de tudo porque não produzem gases de efeito estufa – que
causam mudanças climáticas – e poluem menos o meio ambiente. Seus custos também
estão caindo, enquanto a tendência geral de custo para os combustíveis fósseis é na
direção oposta, apesar de sua volatilidade atual.

OUTRAS VANTAGENS:

- Mudanças Climáticas
O desenvolvimento de energia limpa é vital para combater as mudanças climáticas e
limitar seus efeitos mais devastadores. 2014 foi o ano mais quente já registrado. A
temperatura da Terra aumentou em média 0,85°C desde o final do século XIX, afirma
National Geographic em sua edição especial de novembro de 2015 sobre as alterações
climáticas.
 - Acesso para todos
Um dos objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas é conseguir o acesso à
eletricidade para todos até 2030, uma meta ambiciosa, considerando que, até então, de
acordo com as estimativas da AIE, 800 milhões de pessoas não terão acesso à
eletricidade, se as tendências atuais continuarem.

- Inesgotável
A maior parte das fontes de energia poluentes é finita, esgotável. As reservas de
petróleo e gás vão chegar ao fim algum dia, o que pode causar um impacto global que
causaria um colapso. A energia renovável, pelo contrário, não explora os recursos
naturais dessa maneira. Ela se aproveita de fontes inesgotáveis, que podem ser
aproveitadas sem impacto.
- Economia
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, em alguns países, a indústria de energia
renovável atingiu o chamado ponto de inflexão. Isso significa que ela custa o mesmo –
ou até menos – do que as fontes poluentes.
- Geração de empregos
O aperfeiçoamento constante do setor de energia renovável, o tem tornado cada vez
mais competitivo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a
indústria de energia renovável já gera mais empregos que as de combustíveis
tradicionais e poluentes.
- Menor impacto ambiental
O impacto ambiental é menor do que o provocado pelas fontes de energia com origem
nos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), uma vez que não produzem dióxido
de carbono ou outros gases responsáveis pelo “efeito estufa”.

5. CONCLUSÃO
Após realizar diversas pesquisas, analisar a veracidade dos fatos e sintetizar um
panorama da realidade econômica, energética e ambiental alemã, conclui-se que o país
definitivamente enfrenta alto risco, podendo gerar um quadro de recessão e afetar toda
a Europa. Entretanto, tomando uma visão mais otimista, também é possível que, ao
negociar com novos fornecedores temporariamente para suportar o inverno e para
facilitar a adaptação e com o aumento dos investimentos em fontes de energia
renováveis, o país se liberte e se torne autossuficiente, produzindo assim sua própria
energia de maneira limpa e restaurando a economia da maior potência europeia com o
quarto maior PIB mundial.
 6. BIBLIOGRAFIA
https://ddesenvolvimento.com/portfolio/cidadania-global/
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43992211
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2022/08/31/cominflacao-recorde-alema
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https://www.tatsachen-ueber-deutschland.de/pt-br/sustentabilidade-e-meio-ambiente
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/alemanha/
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https://www.suapesquisa.com/paises/alemanha/economia_alemanha.htm

https://www.ie.com.br/intercambio/idh-alemanha/
https://www.cnnbrasil.com.br/business/alemanha-ficara-mais-pobre-por-causa-de-guer
ra-na-ucrania/
https://umsoplaneta.globo.com/energia/noticia/2022/07/05/energias-renovaveis-suprir
am-49percent-da-demanda-da-alemanha-no-primeiro-semestre.ghtml
https://brasil.diplo.de/br-pt/noticias/-/2542004
https://www.cnnbrasil.com.br/business/alemanha-estatiza-sua-maior-importadora-de-g
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​https://ambscience.com/energia-renovavel/