O documento resume os capítulos 14, 15 e 16 sobre a industrialização da Alemanha e do Japão, os efeitos das guerras mundiais na Alemanha, a reunificação alemã na década de 1990 e a crise na União Europeia que afetou a economia alemã na década de 2010.
O documento resume os capítulos 14, 15 e 16 sobre a industrialização da Alemanha e do Japão, os efeitos das guerras mundiais na Alemanha, a reunificação alemã na década de 1990 e a crise na União Europeia que afetou a economia alemã na década de 2010.
O documento resume os capítulos 14, 15 e 16 sobre a industrialização da Alemanha e do Japão, os efeitos das guerras mundiais na Alemanha, a reunificação alemã na década de 1990 e a crise na União Europeia que afetou a economia alemã na década de 2010.
DATA: 13/02/2022 ALUNA: REBECA MARIA AGUIAR SILVA GEOGRAFIA III
RESUMOS DO CAPITULO 14, 15, 16
❖ CAPITULO 14: ➢ Japão e Alemanha: Países de industrialização clássica tardia.
A Alemanha unificou 39 reinos, ducados e cidades livres alemães no período
posterior e, devido à falta de um estado-nação, a industrialização alemã progrediu lentamente. Antes da unificação da Prússia, região com a economia mais forte, o processo de industrialização havia começado, acelerando a partir de 1870. No século XIX, vários fatores contribuíram para esse acelerado processo de industrialização.
• A disponibilidade de riquezas minerais, como o ferro e o carvão mineral;
• As transformações ocorridas no setor agrícola e o expressivo êxodo rural que direcionava esse contingente populacional para a indústria; • O rápido crescimento da rede ferroviária, que permitiu a circulação de matérias primas e de produtos industriais; • A atração de capitais estrangeiros e a importação de tecnologias; • A união aduaneira entre as antigas divisões administrativas de 1984 e Zollverein;
• A adoção de moeda única e a formação de um mercado consumidor
Outro fator é que o liberalismo econômico não caracterizou a indústria alemã
como protecionismo nacional, mas sim a caracterizou. A industrialização do país começou em meados da segunda revolução industrial, e através do surgimento de novos negócios e monopólios, o país conseguiu competir em pé de igualdade com seus principais concorrentes, tais como: Konzerns, etc
.➢ Os efeitos de duas guerras mundiais
A Alemanha sempre foi uma potência de guerra, tendendo a expandir seu
território no continente europeu. Além disso, tentou disputar a posse dos principais impérios coloniais formados pela França e Grã-Bretanha na África. Esse desejo levou à primeira guerra mundial no país, correspondente ao período de 1914 a 1918, e a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, viu dois conflitos fracassados. Devido a esses fatos, o país perdeu alguns territórios e seus parques industriais foram destruídos. No entanto, suas maiores perdas ocorreram após a Segunda Guerra Mundial, quando o país se desintegrou. De 1949 a 1990, a Alemanha foi dividida. Por um lado, a Alemanha Oriental, um país com sistema socialista e economia planificada; por outro lado, a Alemanha Ocidental faz parte do mundo capitalista com economia de mercado. A Alemanha Oriental seguiu o modelo de economia planejada, enquanto a Alemanha Ocidental reconstruiu sua economia com a ajuda do Plano Marshall e participou da criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE), o protótipo da futura União Europeia (UE).Com essa divisão, a Alemanha passou a ter dois Estados e dois sistemas econômicos diferentes:
1. Alemanha Ocidental: República Federal Alemã — RFA, na qual se
estabeleceu a economia de mercado, baseada na livre concorrência, existia uma democracia com vários partidos, sob a forma republicana de poder. Em virtude da elevação da produtividade e, consequentemente, dos salários, a qualidade de vida e a capacidade de consumo da população melhoraram. Durante esse período, o país apresentou uma economia dinâmica e competitiva e adotou a política do Bem Estar Social.
2. Alemanha Oriental: República Democrática Alemã — RDA, com a adoção
da economia planificada, os meios de produção eram controlados pelo Estado, que estabeleceu uma ditadura de partido único sob a influência soviética. A produtividade se desenvolvia lentamente, o padrão de vida e de consumo não era o mesmo da Alemanha Ocidental e o regime foi marcado por censura e repressão.
Em consequência da divisão do país, a República Federal Alemã adotou
a cidade de Bonn, na Renânia, como capital, embora o governo tenha mantido a posse sobre parte da cidade de Berlim, que tal como o país também foi dividida. A República Democrática Alemã preservou sua capital, que passou a ser denominada Berlim Oriental. As duas Alemanhas passaram quarenta anos em “mundos” diferentes. Reconheceram -se mutuamente na Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970, mas competiram em Olimpíadas e Copas do Mundo com equipes próprias e distintas. Desde 1961, amigos e parentes viviam separados arbitrariamente pelo Muro de Berlim, que só foi derrubado em novembro de 1989.
➢ A década de 1990 e a reunificação
A reunificação alemã ocorreu em 3 de outubro de 1990, quase um ano após a
queda do Muro de Berlim. O então líder da Alemanha Ocidental, Helmut
Kohl, negociou a unificação com Mikhail Gorbachev, líder da União Soviética, e George Bush, presidente dos Estados Unidos. Mesmo estando entre as economias mais fortes do mundo, a nova Alemanha enfrentou, e ainda enfrenta, grandes problemas de ajustamento e adaptação. Principais problemas ocorridos no processo de reunificação das duas Alemanhas:
● O baixo nível tecnológico das indústrias orientais levou à falência
inúmeras fábricas que não aguentaram a concorrência com as empresas ocidentais; ● A falência dessas indústrias agravou o problema do desemprego. A competição no mercado de trabalho acabou por opor alemães ocidentais e alemães orientais; ● Apesar da alegria do reencontro com amigos e parentes depois de tantos anos, a convivência entre alemães do Oeste e do Leste não parecia ser tão simples. Durante muitos anos, os dois países tiveram ideologias muito diferentes para que houvesse uma imediata identidade de ideias, costumes e modo de vida entre as populações; ● Mesmo com os maciços investimentos na reunificação, as diferenças entre o lado oriental e o ocidental ainda são grandes. O índice de desemprego no Oriente é quase três vezes maior que na antiga Alemanha Ocidental.
➢ A indústria na Alemanha unificada
O diversificado parque industrial alemão é o principal da
Europa e o terceiro mais importante do mundo (atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão). As empresas desse setor se destacam pela tecnologia avançada e pelo alto valor agregado dos seus produtos, que são mundialmente conhecidos e têm lugar de destaque na pauta de exportações do país. Empresas alemãs estão presentes em outros países, atuando tanto em unidades de produção como em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P & D). No panorama geral do setor industrial, verifica-se um discreto encolhimento de setores tradicionais, como o têxtil e o siderúrgico, e a expansão de setores mais dinâmicos, como os de biotecnologia, tecnologia da informação, comunicação, aeronáutica e espacial. O setor industrial tem investido em estudos e pesquisas de desenvolvimento de novas tecnologias energéticas, apostando em fontes alternativas, es pecialmente a solar, como os estudos realizados no Instituto de Sistemas de Energia Solar de Freiburg. ➢ Localização Industrial
Desde o início do processo de industrialização,formou se, no noroeste
do país, na bacia dos rios Reno e Ruhr, a mais importante região industrial alemã. O Reno, importante via navegável, tornou-se o principal meio de ligação com os portos do mar do Norte. Na bacia do Ruhr estavam as grandes mi nas de ferro e de carvão que favoreceram a formação da primeira região de concentração industrial. Essa região, que possui cidades importantes como Colônia, Essen, Dortmund, Düsseldorf, Bonn e Hagen, ainda mantém o título de maior complexo industrial do país, embora tenha mudado muito. Atualmente, ainda há o predomínio das indústrias pesadas, como a siderurgia, o refino de petróleo e a indústria quími ca, mas são encontrados outros ramos industriais, como o eletroeletrônico, o de cosméticos e o de in dústrias ligadas ao setor terciário, de prestação de serviços, como as de telefonia móvel, de apoio à internet, de propaganda e do mercado da moda. Além da área de indústrias na bacia dos rios Reno e Ruhr, existem importantes regiões industriais que se concentram em torno de Frankfurt, Hamburgo, Bremen e, também, Leipzig e Dresden, localizadas em territó rios da ex-Alemanha Oriental. Alguns centros isolados têm importância por sediarem fábricas de grandes transnacionais: em Stuttgart está o grupo Daimler AG; e em Wolfsburg, a Volkswagen. Setores industriais no vos e dinâmicos estão, geralmente, agrupados em torno de comunidades científicas, ligadas a importantes universidades do país, formando os tecnopolos. A Alemanha possui mais de 150 parques tecno lógicos, dos quais dois se formaram em torno de duas das mais importantes universidades do país. O Parque Tecnológico Heidelberg está ligado à Universidade Ruprecht Karls, de Heidelberg, uma das mais antigas universidades do mundo, fundada em 1386. Criado em 1984, é especializado em bio tecnologia, dedicando-se principalmente às ciências da vida e aos estudos de tecnologia ambiental. Possui institutos renomados, como o Laboratório Europeu de Biologia Molecular, o Centro Alemão de Pesquisa do Câncer, os Centros de Biologia Molecular e o de Bioquímica da Universidade de Heidelberg e o Instituto Max Planck de Pesquisa Médica.
➢ A crise na União Europeia
Em 2015, a Alemanha era a quarta economia do mundo, atrás dos
Estados Unidos, China e Japão, e a primeira economia da Europa. Entretanto, a principal economia da União Europeia sentiu os efeitos da crise mundial de 2008. Embora tenha dado sinais de recuperação em 2010, voltou a se abater com os problemas do bloco euro peu em 2011 e 2012. O gráfico ao lado evidencia essa instabilidade.No começo da década de 2010, a economia Alemã aumentou suas taxas de crescimento, embora ainda modestas. ● Japão Durante muitos séculos, o Japão, um país agrário, de estrutura feudal e politicamente isolado, esteve fechado para o Ocidente. Por essa razão, seu processo de industrialização começou mais tarde, como na Alemanha e na Itália. Com a Restauração Meiji, o país, finalmente, pôde se inserir na economia mundial. Esse período, que se estendeu de 1868 a 1912 e foi marcado por grandes mudanças, ficou conhecido pelo nome da dinastia que o governava: Era Meiji.Para acompanhar o desenvolvimento do mundo ocidental, o Estado encarregou-se de adotar algumas medidas, que foram fundamentais para a industria lização e a modernização do país:
● criação de infraestrutura, como ferrovias e portos;
● instalação de indústrias de bens de pro dução; ● grandes investimentos na educação da população para obter mão de obra quali ficada para desenvolver a nova atividade; ● investimentos na indústria por grupos familiares, os zaibatsus, que se tornaram posteriormente grandes conglomerados; ● adoção do xintoísmo, religião que fazia do imperador o chefe sagrado do Estado,o que ajudou a incentivar os japoneses ao culto à disciplina, uma das principais ca racterísticas desse povo. ● O imperialismo japonês
O Japão é um arquipélago vulcânico, com mais de 377 mil
quilômetros quadrados, loca lizado no Extremo Oriente. Com um território pequeno e pouco favorecido do ponto de vista mineral e energético, o país iniciou sua ex pansão imperialista na Ásia em parte para suprir essa deficiência. Os sucessivos gover nos procuraram, então, estender sua influência no Pacífico não só para buscar alimentos para sua população crescente e matérias-primas para sua indústria têxtil, mas também para conter o poder da Rússia e da China na região. As principais áreas ocupadas pelo Japão foram:
● Taiwan (1895); ❖ Coreia (1910);
● Manchúria, no norte da China (1931), e o Nor deste chinês (1938); ● Península da Indochina (1941); ● Ilhas do Pacífico, como Iwo Jima, Marianas, ● Carolinas, Palau (na Segunda Guerra Mundial). ● A derrota e a reconstrução pós-guerra O Japão foi arrasado pelos bombardeios dos Estados Unidos, principalmente pelas bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto de 1945, respecti vamente. Mesmo assim, após o fim do conflito, em 1945, os japoneses construíram a nação, e o Japão al guns anos depois tornou-se a segunda potência econômica mundial. Essa recuperação, chamada “milagre japonês”, pode ser atribuída a uma série de fatores que permitiu a reestruturação econô mica do país.
● Os Estados Unidos investiram na reconstrução japonesa com medo da
influência da China, que adota o regime socialista em 1949. Essa ajuda norte-americana recebeu o nome de Plano Colombo e correspondia ao Plano Marshall. ● O Japão, mais uma vez, investiu maciçamente na educação da população. ● As indústrias bélicas, proibidas pelos Estados Unidos após a Guerra da Coreia, transformaram-se em indústrias de alta tecnologia, como a de instrumentos ópticos e fotográficos. Essa desmilitarização foi benéfica ao país, porque canalizou capital para outros setores. ● No início dessa retomada, os trabalhadores guardavam seus salários, e foi essa poupança interna que permitiu novos investimentos sociais e industriais direcionados pelo Estado.
Toda essa produção industrial tem participação fundamental nas
exportações japonesas. Por outro lado, um dos grandes problemas do território japonês é a escassez de recursos naturais, o que torna o país um grande importador de quase todos os minerais utilizados em sua diversificada indústria, que depois são exportados, já transformados em automóveis, máquinas, navios, eletroeletrônicos, entre outros produtos. As transnacionais de origem japonesa, que estão entre as maiores do mundo, evidenciam o poderio industrial do país. Destacam- se: Mitsui, Mitsubishi, Itochu, Marubeni, Sumitomo, Toyota, Nissho Iwai, Nippon Telegraph and Telephone, Hitachi, Honda, Yamaha.
● A localização industrial
O complexo parque industrial do Japão está concentrado na
megalópole de Tokaido, situada na ilha de Honshu, embora existam no país outros importantes centros espalhados pelas ilhas de Hokkaido e Kiushu. A avançada tecnologia desenvolvida no país pro piciou a construção de áreas aterradas sobre os mares ao redor do arquipélago, onde atualmente existem aeroportos internacionais, como o de Kyushu, localizado na cidade de Kitakyushu, além de distritos industriais e até áreas de aproveitamento agrícola. A Cidade da Ciência de Kansai, cujo empreendi mento foi concebido em 1978, teve sua primeira fase inaugurada em 1994. Diferentemente da Cidade da Ciência de Tsukuba, essa obra não foi uma iniciativa estatal. Localizada nos municípios de Kyoto, Osaka e Nara, segunda região mais industrializada do país, esse tecnopolo reúne instituições de ensino e pesqui sa como o Instituto Internacional de Pesquisas Avançadas em Telecomunicações (Kyoto) e a Universidade de Osaka. Nele predominam muitas empresas privadas, como a Toyota, a Mitsubishi e a Fujitsu.Além das duas Cidades da Ciência, no Japão há outros tecnopolos, como Utsunomiya e Kofu, na área metropolitana de Tóquio, e Asama, Hamamatsu e Harima Oriental, na região centro oriental do país. ● O Japão na globalização
Em 2014, segundo o FMI, o Japão era a ter ceira economia do mundo.
Alguns fatores contribuíram para que o país alcançasse essa posição: a forte ética no trabalho, a aplicação do sistema just in time, reforçado pela diminuição do desperdício e do reaproveitamento de materiais, além dos altos investimentos em tec nologia. O maior banco do mundo, o Mitsubishi UFJ Financial Group, também pertence ao Japão. Em Tóquio está localizada a segunda maior Bolsa de Valores. Veja, na tabela da página a seguir, os principais indicadores socioeconômicos desse país e sua posição em nível mundial. Essa situação, porém, começou a mudar na últi ma década do século XX, quando o mundo conso lidava a globalização econômica. Sucessivas valorizações do iene, a moeda japonesa, o surto especula tivo ocorrido na Bolsa de Tóquio e a concorrência de outros países asiáticos no mercado externo inter romperam esse crescimento e lançaram o país em uma grande recessão, entre 1998 e 1999. A produção industrial chegou a encolher 12% nesse período O aumento do desemprego estrutural causado pelos avanços tecnológicos, a crise no sistema bancário e a redução do crescimento do PIB japo nês foram as principais consequências geradas por esses problemas. Em 2011, a economia e o território do país foram devastados por um terremoto e um tsunami, que var reram do mapa cidades e instalações econômicas. Outro fator de impacto negativo no crescimento da economia foram os cortes de eletricidade provocados direta e indiretamente pelo derretimento de três rea tores na usina nuclear Daiichi, em Fukushima, o que resultou no corte de fornecimento de energia e no vazamento de material radioativo. Esse baque, aliado às repercussões da crise da Europa, jogaram o país outra vez na recessão. Veja, no gráfico abaixo, o desempenho da economia japonesa entre 2008 e 2016.
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