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Esta segunda fase da Revolução Industrial teve como indústrias impulsionadoras a siderurgia e
a química:
- O aço passou a ser produzido a partir de 1856 e, a partir de 1880, houve uma melhoria na
sua producão e difusão; suplantou a producão do ferro, por ser mais maleável, resistente e
duradouro, tendo sido utilizado de forma variada;
Petróleo: a sua aplicação industrial ocorreu a partir da segunda metade do século XIX.
Eletricidade: – foi aplicada na iluminação pública e privada; na tração e nos transportes; foi
conseguida a transmissão de energia elétrica, através de corrente contínua, assegurando a
transmissão de eletricidade a grandes distâncias;
A RACIONALIZAÇÃ O DO TRABALHO
• O desenvolvimento da industrialização exigiu uma racionalização da produção, dos custos e
do trabalho, operários mais especializados, máquinas mais complexas e modelos de produção
mais organizados.
• O trabalho devia ser dividido em secções especializadas na fábrica; cada trabalhador, no seu
setor de produção, executava apenas uma tarefa sequencial e repetitiva, num determinado
espaço de tempo, num ritmo marcado pela máquina, para obter a máxima eficiência.
• Henry Ford aplicou estes métodos de racionalização do trabalho nas suas fábricas de
automóveis.
A GEOGRAFIA DA INDUSTRIALIZAÇÃ O
• A partir de meados do século XIX, a Inglaterra, que havia liderado o processo de
desenvolvimento industrial, viu surgir novos países que iniciaram a sua industrialização: a
Bélgica, a França, a Alemanha, os Estados Unidos da América e o Japão.
A hegemonia inglesa
A Grã-Bretanha assumiu-se como uma potência industrial hegemónica a nível mundial, mas
começou a ficar fragilizada ;estava atrasada na industria química, bem como no setor eletrico
e os empresários resistiam ás inovações.
França:
Alemanhã
Japão
O mercado era regulado sem intervenção do Estado ficando apenas submetido às decisões
individuais dos que compravam e vendiam, num mercado que se autorregulava;
-o mercado, sujeito a esse jogo de oferta e de procura, oscilava entre fases de expansão e de
crise que, para os defensores do liberalismo, serviam como mecanismos naturais
autorreguladores do mercado.
AS CRISES DO CAPITALISMO
• O sistema económico do capitalismo liberal atravessou fases de prosperidade e fases de crise
ou depressão.
- estas crises eram provocadas pela liberdade económica, sem regulação, que, em períodos de
expansão, provocavam excesso de produção, que provocava desequilíbrios entre a oferta e a
procura – eram crises de superprodução;
- os países europeus mais industrializados importavam mais do que exportavam, mas tinham
uma balança de pagamentos favorável. Pagavam uma parte das importações, com a
exportação de produtos fabricados, e a outra parte eram "exportações invisíveis".
- a Inglaterra foi o primeiro país a adotar o livre-cambismo; entre 1860 e 1870, a corrente
livre-cambista afirmou-se nos países da Europa continental;
O mundo afirmava-se como uma imensa "fábrica" e cada país como uma "oficina":
A reducão das tarifas alfandegárias, a orientação dos países para a produção de bens
específicos, o desenvolvimento dos transportes e a produção em massa dinamizaram o
mercado internacional e afirmaram as economias nacionais mais desenvolvidas
Os países ou regiões dependentes dos países mais industrializados, com baixo nível de
especialização tecnológica, viram-se forçados a manter-se como fornecedores de produtos
primários, mais baratos do que os produtos acabados; a sua dependência no mercado
internacional agudizou as diferenças face aos países industrializados.
A EXPLOSÃ O POPULACIONAL
• Entre 1870 e 1913, assistiu-se ao aumento da população mundial.
- a Europa viu a sua população mais do que duplicar, contribuindo para o crescimento
efetivo dos outros continentes;
• No início do século XX, a Europa era o continente mais densamente povoado. O seu
crescimento demografico teve consequências:
- os fenómenos migratórios, do campo para a cidade (êxodo rural) e entre países (emigração);
- a melhoria das condições económicas e o desenvolvimento técnico;
- esta expansão urbana foi marcante nas capitais dos países industrializados;
O NOVO URBANISMO
• A partir de meados do século XIX, devido às transformações ocorridas na economia e na
sociedade, as estruturas urbanas alteraram-se:
- o caminho de ferro afirmou-se como uma das grandes portas de entrada e de saída da
cidade, construindo-se imponentes gares;
- uso dos mais modernos materiais da época, como o ferro, o aço e o vidro, cuja estética e
arquitetura traduziam uma imagem da imponência da cidade.
- as migrações internas podiam ser também sazonais, de acordo com o calendário agrícola.
- a primeira, entre 1846 e 1880, composta maioritariamente por ingleses, irlandeses, alemães
e escandinavos:
- a segunda, entre 1880 e 1914, constituída por italianos, espanhóis, russos, húngaros, polacos
e outros
- a ascensão social fazia-se pelo mérito e não pela origem social ou pelo nascimento.
- opunha a alta burguesia, detentora dos meios de produção e do capital, ao operariado, cujas
condições económicas e de vida eram diametralmente opostas;
- tanto a classe burguesa, como a classe dos assalariados não eram grupos homogéneos;
A CONDIÇÃ O BURGUESA
• o século XIX correspondeu à afirmação da burguesia que não constituía um grupo
homogéneo:
- abaixo estava a média e pequena burguesia, que não possuía grande fortuna, vivia do
trabalho assalariado ou dos rendimentos de pequenos negócios.
• O desenvolvimento económico e financeiro do século XIX proporcionou à alta burguesia a
ocupação de um lugar de liderança na política e na sociedade, lugar que havia pertencido
anteriormente à aristocracia:
- a alta burguesia era composta por grandes industriais, banqueiros, grandes proprietários e
homens de negócios; formava um grupo poderoso e influente na alta administração, na
diplomacia e nas magistraturas; a alta burguesia tinha intervenção política e social;
- constituía "dinastias” familiares que continuavam o sucesso iniciado pelos seus antepassados,
assumindo que descendiam de um homem que à custa do esforço e do trabalho tinha
alcançado o sucesso (self-made men);
- constituíam um grupo heterogéneo, com uma fraca consciência de classe e com interesses
muito Vastaus:
• Até cerca de 1880, a maioria das classes médias não tiveram um papel político marcante; o
alargamento do direito de voto e do sufrágio universal masculino permitiu-lhes um maior
destaque.
Valores e Comportamentos
• A burguesia do século XIX pautava-se por valores bem definidos, cultivados e transmitidos no
seio familiar: -o valor do trabalho e do mérito: a poupanca e a virtude; a defesa da propriedade
individual e da livre iniciativa, como forma de permitir alcançar a riqueza;
- para a burguesia, a sua vida de sucesso e de prosperidade era reflexo da sua conduta moral e
mulo dos valores pelos quais se guiava; o seu lugar na sociedade era a prova do seu mérito, da
sua competência, do seu trabalho e do seu espírito de iniciativa;
- o êxito individual assentava na ideia de que o homem se fazia a si próprio (self-made man).
• A casa burguesa, ampla e sumptuosa, era o local por excelência de concretização da vida
burguesa:
- a especialização dos serviços; a divisão do trabalho, nas diversas áreas económicas, nos
serviços dos escritórios das empresas industriais, dos bancos e do comércio; a complexificação
e burocratização do Estado levaram à criação de novas profissões;
- o trabalho fabril foi alargado tanto às mulheres como às crianças; a mão-de-obra feminina e
infantil era mais barata fazendo o mesmo trabalho dos homens, por baixos salários;
- havia elevada mortalidade, sobretudo infantil, nos bairros operários do século XIX;
- a degradação do modo de vida do operariado era acentuada por problemas sociais como o
alcoolismo, a criminalidade, a prostituição, a violência e o analfabetismo.
• A partir da segunda metade do século, houve uma ligeira melhoria das condições de trabalho
e de vida do operariado, em alguns países europeus industrializados, proporcionada por:
- promulgação de legislação social por vários governos que contribuiu para melhorar os
salários e as condições de trabalho do operariado.