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GLOBALIZAÇÃO E EVOLUÇÃO DO CAPITAL

PROFESSOR HUGO
ZEROHUM
• A globalização é um dos processos de aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultural
e política, que teria sido impulsionado pela redução de custos dos meios de transporte e comunicação dos
países no final do século XX e início do século XXI.
• Embora vários estudiosos situem a origem da globalização em tempos modernos, outros traçam a sua história
muito antes da era das descobertas e viagens ao Novo Mundo pelos europeus. Alguns até mesmo traçam as
origens ao terceiro milênio a.C.
• O termo "globalização" tem estado em uso crescente desde meados da década de 1980 e especialmente a
partir de meados da década de 1990. Em 2000, o Fundo Monetário Internacional (FMI) identificou quatro
aspectos básicos da globalização: comércio e transações financeiras, movimentos de capital e de
investimento, migração e movimento de pessoas e a disseminação de conhecimento.
• Na Idade Média, com a crise do feudalismo a partir de fins do século XI, a afirmação das feiras medievais indica
o momento em que ressurge o comércio na Europa, associando-se à afirmação do poder régio, à génese dos
burgos e da burguesia enquanto classe social. Desse modo, com a reabertura do Mar Mediterrâneo a partir
das Cruzadas, os europeus puderam vivenciar um maior contacto com o Oriente, de onde chegavam
mercadorias raras e exóticas (cravo, canela, pimenta, seda, perfumes, porcelana). Registrou-se, assim, o
chamado renascimento comercial, de vez que esses produtos começaram a ser vendidos nas feiras que
surgiam nas cidades. Foram chamadas de "burgos", em virtude de seus muros fortificados, e os habitantes de
"burgueses", termo que posteriormente se aplicaria especificamente aos comerciantes enriquecidos com a
sua prática.
ROTA DAS ESPECIARIAS
CAPITALISMO COMERCIAL (MERCANTILISTA)
• Entre os princípios fundamentais da teoria mercantilista estava o bulionismo, uma doutrina que salientava a importância
de acumular metais preciosos. Mercantilistas argumentavam que o Estado devia exportar mais bens do que importava,
para que os estrangeiros tivessem que pagar a diferença de metais preciosos. Teóricos mercantilistas afirmavam que
somente matérias-primas que não podem ser extraídas em casa devem ser importadas e promoveram os subsídios do
governo, como a concessão de monopólios e tarifas protecionistas, que foram necessários para incentivar a produção
nacional de bens manufaturados. (PORTUGAL E ESPANHA)
• Revolução Industrial foi a transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum
momento entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para
a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro,
maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-
ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve
início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos.
PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1750)

FATORES LOCACIONAIS INGLESES:


Controle do Estado pela Burguesia (Revolução
Gloriosa - 1688),
Novas tecnologias de produção (Cientifização –
Mecanização),
Presença de jazidas de carvão e de ferro,
Disponibilidade de mão de obra (cercamentos),
Acumulação de capitais ao longo da fase
comercial do capitalismo,
Essa vantagens locacionais criaram centros
urbanos produtivos (Indústria Têxtil),
Supremacia urbana sobre a economia agrícola.
Relação econômica entre Burgueses e operários
urbanos.
Neocolonialismo (matéria prima e mercado
consumidor)
• NEOCOLONIALISMO:
• A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e
o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e
procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas
nações buscaram explorar regiões na África e Ásia e da Oceania.
• Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes
conglomerados industriais.
• Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica. A
teoria do darwinismo social, de Herbert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento das sociedades
humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram consideradas como sociedades primitivas, ainda em um estágio "infantil". Influenciado
por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o repasse dos "desenvolvidos" conceitos da cultura europeia
aos afro-asiáticos representava "o fardo do homem branco" no mundo.
CAPITALISMO FINANCEIRO
• O Capitalismo Financeiro – também conhecido como Capitalismo Monopolista – é a fase do sistema capitalista
caracterizada pelo crescimento da especulação financeira em torno de ações de empresas, juros, títulos de dívidas e
outras formas de crédito que se transformaram em mercadorias, sendo comercializadas como tais. Diz-se que sua
origem foi gradativa e ocorreu ao longo do final do século XIX e início do século XX, estendendo-se até os dias atuais.
• Outro fator importante referente à expansão do mercado financeiro foi a maior participação dos bancos, que se
tornaram os maiores financiadores das empresas por meio de empréstimos ou investimentos diretos. Assim, o sistema
bancário tornou-se muito próximo do industrial, constituindo uma complexa relação de complementaridade.
• Em algumas abordagens, diz-se que no Capitalismo Financeiro houve uma espécie de fusão entre capital
bancário e capital industrial. Isso ocorreu porque as empresas passaram a ser divididas em ações negociadas
com base em valores e calculadas a partir do potencial de lucratividade oferecido por tais empresas.
• É na bolsa de valores que são negociadas as ações e os investimentos em empresas e por empresa,
envolvendo negócios que envolvem a especulação de possíveis lucros futuros em relação a investimentos
imediatos, o que é um fator de risco.
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 1850
APRIMORAMENTO TECNOLÓGICO E
CIENTIFIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Investimento e financiamentos em
pesquisas,
Motor a combustão,
Petróleo como fonte de energia
(aumento da potência e eficiência das
máquinas e dos transportes,
Avanço na siderurgia (aço);
Telégrafo e Telefone;
Ferrovias e sistemas portuários (logística
mais eficiente),
Economia de aglomeração (combinação
de fatores locacionais) – Manchester,
Vale do Ruhr, Detroit, Osaka.
Intensificação do Neocolonialismo)
FORDISMO – APRIMORAMENTO DE TAYLOR – ESTEIRA PRODUTIVA
 QUANTO A PRODUÇÃO:
 Produção em massa e em série, com homogeneização
acelerando a produção e o concerto (Produção Rígida);
 Bens padronizados – homogeneização da produção,
 Perdas nos estágio final da produção (baixo controle de
qualidade),
 Aglomeração industrial – grandes pátios industriais, tendo
o Manufacturing Belt americano como exemplo.
 Realizava-se quase todas etapas da produção,

 QUANTO AO TRABALHO
 Sindicalização,
 Mão de obra especializada com movimentos repetitivos,
 Rigidez na hierarquia do trabalho e longas jornadas,
 salários acima da média,
• VELHA ORDEM MUNDIAL:
• Pós segunda guerra: Ascenção americana e
soviética – fim da supremacia européia.
• EUA: Supremacia econômica, menor
impacto dentro de seu território, se torna a
maior potência industrial do mundo.
• Zonas de influência: Europa Ocidental,
América Latina, África e Ásia.
• URSS: Supremacia militar sobre a
Alemanha, desenvolvimento siderúrgico e
militar. Segunda maior potencia industrial
àquela época.
• Zonas de influência: Europa Oriental
(Cortina de ferro), África, Ásia e alguns
países da América Latina.
• Corrida ideológica (Leste
Comunista) – Oeste (Capitalista),
• Conferencia de Bretton Woods
(Padrão dólar, FMI e BIRD, OMC)
1944.
• Criação da ONU (1945) –
Assembleia geral, OMC, UNICEF,
Conselho de Segurança da ONU
(EUA, FRANÇA, INGLATERRA,
RUSSIA e CHINA),
• Anexação de territórios e busca
por parceiros econômicos
principalmente na Ásia, África, e
América Latina. (1964)
• Doutrina Truman (1947)
3º SURTO INDUSTRIAL
GOVERNO JK (DÉCADAS DE 50 E 60)

• PLANO DE METAS (50 anos em 5): Investimentos estatais em


saúde, educação, construção civil, energia, transportes,
mineração)
• RODOVIARISMO ( Atenuar o padrão de arquipélago da
economia brasileira),
• Criação das superintendências regionais (SUDENE, SUDECO,
SUDAM, SUDESUL CODEVASF)
• Entrada de Capital estrangeiro na produção,
• Modelo nacional desenvolvimentista com a participação de
multinacionais.
MODELO DO TRIPÉ ECONÔMICO

• Capital nacional estatal:


Industria de base ou de bens
de produção e infraestrutura,
• Capital nacional privado: bens
de consumo não duráveis,
• Capital privado estrangeiro:
bens de consumo duráveis,
MILAGRE ECONÔMICO (1967-68)

• Costa e Silva e Médici: Anos de


Chumbo
• Grandes Investimentos e empréstimos
americanos.
• Grandes obras de infraestrutura.
• Aumento da oferta de crédito e do
salário médio para a classe média e
para a mão de obra (acadêmica e
técnica) disponível,
• Aumento das desigualdades sociais
com a não participação nesse
“Milagre” da classe pobre maioria à
época,
• Corrida armamentista,
• Corrida Espacial (SPUTNIK x APOLLO),
• Corrida Ideológica – Relações econômica
• Corrida Cultural - Cinema Americano x
Artes Russas.
• Estratégias militares: OTAN x PACTO DE
VARSÓVIA
• Estratégias financeiras: PLANO
MARSHALL (Europa Ocidental) X
COMECOM (Europa Oriental – Cortina de
ferro.
• Durante a Guerra Fria a expressão era muito utilizada pela mídia para mostrar as diferenças da qualidade
de vida entre as populações dos blocos capitalista e socialista. Naquela época, a cultura popular
americana abraçava a ideia de que qualquer indivíduo, independente das circunstâncias de sua vida no
passado, poderia aumentar significativamente a qualidade de sua vida no futuro através de
determinação, do trabalho duro e da habilidade. Politicamente, o American way acredita na crença da
"superioridade" da democracia dita livre, fundada num mercado de trabalho competitivo sem limites.
TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
REVOLUÇÃO TÉCNICO – CIENTÍFICO - INFORMACIONAL

• CONTEXTO DE GUERRA FRIA –


CORRIDA ARMAMENTISTA E
AEROESPACIAL:
• Mudança da tecnologia da base
técnica eletromecânica para a
base eletrônica, a partir da
criação do microchip nos EUA
(Vale do Silício)
• Microchip organiza, processa e
armazena uma grande
quantidade de dados e
comandos.
5.1 CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO E DO TRABALHO
• Bens heterogêneos,
• Automação,
• JUST IN TIME (Estoque Mínimo ou de
acordo com a demanda)
• Controle de fluxo
• Qualidade total,
• Deseconomia de aglomeração (espalha-
se a produção
• Terceirização,
• Trabalhador qualificado e multifuncional,
• Redução do sindicalismo,
• Volta do neoliberalismo nos anos 80.
4.1 TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS
• Robótica e automação
industrial (desemprego
estrutural)
• Química fina (polímeros,
fibras sintéticas),
• Nanotecnologia,
• Telecomunicação (satélites,
torres de comunicação, fibra
ótica, internet)
• Biotecnologia (OGMs,
aplicação na área química,
agrícola, farmacêutica).
• Transportes de auta
velocidade,
• Energias alternativas: nuclear,
solar, eólica, biomassa,
• O conceito de capitalismo informacional sugere uma reestruturação do capitalismo, cujas mudanças ainda se
mantém em curso, e que, entre outros fatores, acentuam um desenvolvimento desigual e global, colocando
segmentos e territórios avançados ao lado de bolsões de pobreza e miséria na economia global. Por essa
perspectiva, as mudanças tecnológicas não se restringem aos limites do desenvolvimento econômico, e
tornam-se responsáveis por modificações sociais tão agudas que redefinem as relações entre gêneros, grupos
familiares e a biografia dos indivíduos.
TECNOPÓLOS
• A 3ª Revolução Industrial
ocorreu nos denominados
tecnopólos (regiões ou
municípios onde ocorre a
interação pesquisa -
(universidades) - setor
privado produtivo -
infraestrutura pública).
• Vale do Silício (Berkeley,
Standford) MIT, Oxford,
Tsukuba, Seul.
• USP-UFSCar, ITA (são José
dos Campos), UNICAMP
(Campinas), Bangalore –
India).
• Tecnopólo: é um centro tecnológico que reúne, num mesmo lugar, diversas atividades de pesquisa e
desenvolvimento (P&D), em áreas de alta tecnologia, como institutos e centros de pesquisa, empresas e
universidades, que facilitam os contatos pessoais e institucionais entre esses meios, produzindo uma
economia de aglomeração ou de concentração espacial do desenvolvimento tecnológico. O efeito de sinergia
facilita o desenvolvimento de inovações técnicas, novos processos e novas ideias. Os tecnopólos geralmente
concentram grande quantidade de mão-de-obra altamente qualificada, como pesquisadores e professores
universitários, geralmente com pós-graduação de alto nível (doutorado, pós-doutorado ou PHD) e muitos
especializados.
• São José dos Campos: indústria aeronáutica; presença de centros de desenvolvimento
tecnológico.
• Campinas: informática e/ou eletrônica; presença de centros de desenvolvimento
tecnológico.
• Destacam-se as indústrias de alta tecnologia e o parque metalúrgico, sendo considerado a
capital do Vale do Silício Brasileiro
MEIO TÉCNICO CIENTÍFICO INFORMACIONAL

• Velocidade, instantaneidade, simultaneidade são características do que chamamos de meio técnico-


científico informacional.
• Nova mecânica de organização espacial;
• Logística e distribuição;
• Desenvolvimento de novas tecnologias da informação e softwares;
• Adaptação do sistema fabril a velocidade do sistema financeiro;
• Comércio Virtual;
CONTAINERS
• Trata-se de um recipiente de metal ou madeira, de tamanhos padronizados mundialmente, geralmente de
grandes dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de carga em navios, trens , caminhões,
etc;
• Na década de 40, Mc Lean aprimorou métodos de trabalho e expansão de sua companhia, a Sea-Land
(depois Maersk-Sealand), tornando-a uma das pioneiras do sistema intermodal, abrangendo transporte
marítimo, fluvial, ferroviário, além de terminais portuários;
• Redução do número de estivadores nos portos onde ocorreram a introdução dos containers;
HUB PORTS
XANGAI
CINGAPURA
ROTERDÃ
LOS ANGELES
SANTOS
3. AÉREO
MUNDIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
FIM DO MUNDO BIPOLAR E DA GUERRA FRIA
• Supremacia americana na
estrutura econômica, produção
industrial e intelectual
(financiamento estatal e privado).
• Cenário:
• Queda do muro de Berlim – 1989;
• Piquenique húngaro – 1989.
• Fim do Pacto de Varsóvia.
• Fim da URSS – 1991: Glasnost
(transparência política) e
Perestroika (Reformas econômicas
capitalistas).
CONCENTRAÇÃO DO COMÉRCIO
A NOVA ORDEM MUNDIAL
• Globalização (avanço dos transportes e das comunicações)
• Neoliberalismo,
• Comércio internacional e fluxos financeiros se dinamizam;
• Fim das disputas ideológicas e busca por novos mercados e áreas de comércio comum (ex: União Européia, Nafta,
Mercosul,etc);
• Surgimento de centros polarizadores como o Japão e a China no Pacífico (aliados aos Tigres Asiáticos) –
plataformas de exportação);
• Força do bloco econômico europeu – União Europeia;
• Intervenções militares americanas (OTAN) e intervenção da ONU (Kosovo, Bósnia, Croácia, Timor Leste,
Afeganistão e Iraque; (Governança Global)
MULTINACIONAIS

• O pilar principal do capitalismo atual, de um mundo marcado pela facilidade de comunicação e transporte de idéias e materiais, sem
dúvidas são as empresas multinacionais. Estas têm seu surgimento marcado no final do século passado, sendo que os principais
grupos presentes hoje, em sua maioria, nasceram nas primeiras décadas deste século
CIDADES GLOBAIS
• As cidades globais são os principais pontos ou “nós” que formam a rede mundial que configura as dinâmicas
da globalização. Elas centralizam em torno de si as principais decisões burocráticas, além de sedes das
principais empresas e instituições internacionais públicas e privadas. Além disso, na maioria dos casos, essas
cidades congregam um grande volume proporcional e cidades adjacentes, formando grandes metrópoles,
embora isso não seja uma regra.
• Países centrais são aqueles que detém maior poder político, econômico e militar. São eles que produzem novas
tecnologias, exportam produtos culturais e bens de alto valor. Ou seja, são os mais ricos, são eles : Os EUA, o Canadá, a
maioria dos países da Europa Ocidental, e o Japão.
• Países semiperiféricos (emergentes) são aqueles em desenvolvimento possui um padrão de vida relativamente baixo, uma
base industrial em desenvolvimento e um índice de desenvolvimento humano variando de médio a elevado. Normalmente
esta denominação é utilizada para referenciar países com grau de desenvolvimento intermediário, situados abaixo do nível
dos países desenvolvidos, mas em estágio superior se comparados com os países menos desenvolvidos do mundo. Brasil,
China.
• Os países periféricos são aqueles que dependem dos países centrais, tem economias pouco desenvolvidas, possuem
pouca influência no cenário internacional. Estes comercializam mais as matérias-primas e, eventualmente, conseguem
agregar algum valor a estes produtos, mas sempre em grau muito baixo. Bolívia, Serra Leoa.
• Nas relações de troca entre países centrais e periféricos as relações são desproporcionais e ruins, prejudiciais para estes
últimos.
• Zona de preferências tarifárias: é um passo inicial de integração entre os países, de forma
que esses adotam apenas algumas tarifas preferenciais envolvendo alguns produtos,
tornando-os mais baratos em relação a países não participantes do bloco. Exemplo: ALADI
(Associação Latino-Americana de Integração).
• Zona de livre comércio: consiste na eliminação ou diminuição significativa das tarifas
alfandegárias dos produtos comercializados entre os países-membros. Assim como o tipo
anterior, trata-se de um acordo meramente comercial. Exemplos: NAFTA (Tratado de Livre
Comércio das Américas), CAN (Comunidade Andina), entre outros.
• União Aduaneira: trata-se de uma zona de livre comércio que também adotou uma Tarifa
Externa Comum (TEC), que é uma tarifa que visa taxar os produtos advindos de países não
membros dos blocos. Dessa forma, além de reduzir o preço dos produtos comercializados
entre os países-membros, a União Aduaneira ainda torna os produtos de países externos ao
bloco ainda mais caros. Exemplo: Mercosul (Mercado Comum do Sul). A TEC, nesse caso, é
adotada apenas entre os seus membros efetivos (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai*). * A
Venezuela foi suspensa do Mercosul, por tempo indeterminado em dezembro de 2016.
• Mercado Comum: é um bloco econômico que conta com um avançado nível de integração
econômica, indo muito além de um acordo comercial, pois envolve a livre circulação de
produtos, pessoas, bens, capital e trabalho, tornando as fronteiras entre os seus membros
quase que inexistentes em termos comerciais e de mobilidade populacional.
• União Política e Monetária: consiste em um mercado comum que ampliou ainda mais o seu
nível de integração, que passa a alcançar também o campo monetário. Adota-se, então,
uma moeda comum que substitui as moedas locais ou passa a valer comercialmente em
todos os países-membros. Também é criado um Banco Central do bloco, que passa a adotar
uma política econômica comum para todos os integrantes.
• O único exemplo de mercado comum e, ao mesmo tempo, de união política e monetária é
a União Europeia, que é hoje considerada o mais importante bloco econômico da
atualidade em razão do seu avançado nível de integração. Em muitos casos, essa integração
alcança até mesmo as decisões políticas que eventualmente são tomadas em conjunto
pelos países-membros.
ALADI
• O Tratado de Montevidéu 1980 (TM80), âmbito jurídico global, constitutivo e regulador da ALADI, foi assinado
em 12 de agosto de 1980, estabelecendo os seguintes princípios gerais: pluralismo em matéria política e
econômica, convergência progressiva de ações parciais para a criação de um mercado comum latino-
americano, flexibilidade, tratamentos diferenciais com base no nível de desenvolvimento dos países-membros
e multiplicidade nas formas de concertação de instrumentos comerciais.
MERCOSUL
• É uma organização intergovernamental fundada a partir do Tratado de Assunção de 1991. Estabelece uma
integração, inicialmente econômica, configurada atualmente em uma união aduaneira, na qual há livre
comércio intrazona e política comercial comum entre os países-membros. Situados todos na América do Sul,
sendo atualmente quatro membros plenos.
NAFTA
• Nasceu em 1992 o NAFTA -North American Free Trade Agreement (Acordo de Livre Comércio da América do
Norte) reunindo EUA, Canadá e México para consolidar um comércio regional já intenso;
• O NAFTA não prevê acordos nos quais não estão contidos a livre circulação de trabalhadores, e sim em um
acordo que se forme uma zona de livre comércio para a atuação e proliferação das empresas em um espaço
protegido;
• O NAFTA também está interessado em proteger os produtos ali fabricados, colocando uma taxa de
importação sobre alguns produtos tornando-os menos atraentes para os consumidores desses três países;
TIGRES ASIÁTICOS
• Dos TIGRES ASIÁTICOS fazem parte Japão, China, Formosa, Cingapura, Hong-Kong, Coréia do Sul, Indonésia, Tailândia e Malásia
tendo um PIB de 4,25 trilhões de dólares, e um mercado consumidor de mais de 2 bilhões de pessoas.
• As indústrias e exportações concentram-se em produtos têxteis e eletrônicos. Os Tigres beneficiam-se da transferência de
tecnologia obtida através de investimentos estrangeiros associados a grupos nacionais.
• Os regimes fortes e centralizadores da Indonésia, Cingapura e Malásia, garantem a estabilidade política necessária para sustentar
o desenvolvimento industrial e atrair investimentos estrangeiros
APEC
• A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) é um bloco econômico formado para promover a
abertura de mercado entre 20 países e Hong Kong (China), que respondem por cerca de metade do PIB e
40% do comércio mundial. Oficializada em 1993, pretende estabelecer a livre troca de mercadorias entre
todos os países do grupo até 2020.
• Membros: Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas Cingapura, Coréia
do Sul, Tailândia, EUA (1989); China, Hong Kong (China), Taiwan (Formosa) (1991); México, Papua Nova
Guiné (1993), Chile (1994), Peru, Federação Russa, Vietnã (1998)
ASEAN
• A Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) surge em 1967, na Tailândia, com o objetivo de assegurar
a estabilidade política e de acelerar o processo de desenvolvimento da região.
• Membros - Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia(1967); Brunei (1984); Vietnã (1995), Miramar,
Laos (1997), Camboja (1999)
CARICOM
• O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom), criado em 1973, é um bloco de cooperação
econômica e política formado por 14 países e quatro territórios. Em 1998, Cuba foi admitida como
observadora. O bloco marca para 1999 o início do livre comércio entre seus integrantes.
• Membros - Barbados, Guiana, Jamaica, Trinidad e Tobago (1973); Antígua e barbuda, Belize, Dominica,
Granada, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Névis (1974); Suriname (1995); Bahamas
torna-se membro em 1983, mas não participa do mercado comum. O Haiti é admitido em julho de 1997,
porém suas condições de acesso ainda não foram concluídas. Territórios: Montserrat (1974); ilhas Virgens
Britânicas, Ilhas Turks e Caicos (1991); Anguilla (1999)
• O acordo, que estava sendo negociado há mais de nove anos, visa beneficiar todas as economias dos países
que fazem parte do grupo e aumentar o relacionamento entre elas nas principais áreas como a abertura de
mercados para comércio exterior, a redução de tributos dos produtos entre os países membros, a
parametrização de regras trabalhistas e ambientais, o compartilhamento de propriedade intelectual
(patentes) e a facilitação de investimentos.
• Apesar do grupo ainda não ser um bloco econômico ou uma associação de comércio formal,
como no caso da União Europeia, existem fortes indicadores de que "os quatro países do
BRIC têm procurado formar um "clube político" ou uma "aliança", e assim converter "seu
crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica. Desde 2009, os líderes do
grupo realizam cúpulas anuais.
• A sigla (originalmente "BRIC") foi cunhada por Jim O'Neill em um estudo de 2001 intitulado
"Building Better Global Economic BRICs“. Desde então, a sigla passou a ser amplamente
usada como um símbolo da mudança no poder econômico global, distanciando-se das
economias desenvolvidas do G7 em relação ao mundo em desenvolvimento.
11 DE SETEMBRO
• O Governo Bush baseou sua ‘racionalidade’ para lançar a guerra na ideia de que o Iraque, visto pelo Ocidente
como um "Estado vilão" desde a Guerra do Golfo, possuía armas de destruição em massa e que o regime de
Saddam Hussein representava uma ameaça grave para os Estados Unidos e seus aliados. Oficiais e
autoridades do governo americano também acusaram Saddam de dar abrigo e apoio a terroristas da al-
Qaeda, enquanto outros argumentavam sobre o valor moral de derrubar uma ditadura e levar democracia ao
povo iraquiano.`
• A ONU não confirma a presença de armas químicas e percebe-se uma aproximação da Al – Qaeda no Iraque
após a invasão americana. Sendo falsas aas acusações do governo americano.
• Contudo, o vácuo de poder após a queda do ditador e a ineficiência da ocupação estrangeira levou a uma onda de
violência sectária e religiosa, principalmente amparada na rivalidade entre xiitas e sunitas, que mergulhou o país
numa sangrenta guerra civil. Militantes islamitas estrangeiros começaram a chegar em peso no Iraque para lutar
contra as tropas de ocupação ocidental e contra o novo governo secular iraquiano. Grupos como a Al-Qaeda se
fortaleceram na região e utilizaram o território iraquiano para expandir suas atividades. Surgimento do ISIS
• Estado Islâmico, antes denominado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) ou Estado Islâmico do Iraque e da
Síria (EIIS é uma organização jihadista islamita de orientação salafita (sunita ortodoxa)e wahabita criada após a
invasão do Iraque em 2003.
• Embrião do EI, que se origina neste contexto e se organiza no norte do Iraque e sul da Síria.
PRIMAVERA ÁRABE
• Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra
as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o
pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia,
levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no
poder desde novembro de 1987.
• O conflito tem suas raízes nos protestos que eclodiram em março de 2011 na cidade de Deraa, no sul do
país. Tudo começou com adolescentes que foram presos por escrever slogans revolucionários nas paredes
de um colégio.
• As forças de segurança abriram fogo contra manifestantes, matando várias pessoas, o que levou a mais
indignação e protestos. Em pouco tempo, manifestantes estavam na rua em várias partes do país pedindo
a renúncia de Bashar al-Assad.

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