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História

Novos países industrializados


- Bélgica
- França
- Alemanha
- Estados Unidos da América
- Japã o

A Revolução dos transportes- A idade dos caminhos de ferro


A partir de meados do século XIX, a febre da construçã o ferroviá ria
invadiu a Europa e os E.U.A. Através de pontes, viadutos e tú neis o
caminho de ferro ia galgando todos os obstá culos. A Europa ficou
coberta de uma densa rede de vias-férreas e os continentes americanos
e asiá ticos foram atravessados, de um extremo ao outro, por linhas
transcontinentais.

Evolução dos transportes marítimos


- Construçã o de grandes e rá pidos veleiros
- Aperfeiçoamento do barco a vapor

Consequências do desenvolvimento dos transportes


Com o desenvolvimento dos transportes as distâ ncias encurtam-se. As
pessoas e as mercadorias passaram a deslocar-se mais depressa e com
custos mais baixos. Passou a haver mais migraçõ es e intensificou-se o
comércio.

Novos inventos, novas indústrias


- Adubos - alumínio - fibras sintéticas
- Aspirina - lâ mpada - gerador
- Dínamo - telefone -motor de explosã o

Segunda revolução nos transportes


- automó veis e aviõ es

Novas fontes de energia


- eletricidade e petró leo
- Invençõ es como o elevador, o frigorífico, o aspirador, os fogõ es a gá s
alteraram o modo de vida das pessoas. As má quinas e os aparelhos
invadiram o dia a dia das pessoas facilitando as deslocaçõ es, o trabalho
e a vida doméstica e proporcionando novas formas de comunicaçã o, de
divertimento e lazer.
O liberalismo económico e a afirmação do capitalismo financeiro
O liberalismo econó mico é uma doutrina econó mica defendida por
Adam Smith que defendia que o Estado nã o devia ter intervençã o
econó mica.
A competitividade obrigou as indú strias a grandes e novos
investimentos e por isso chamam-se sociedades anó nimas- parte do
capital dos só cios é representada por títulos.
O triunfo do cientismo
A procura de uma maior competitividade criou a necessidade de
investimento nos campos das ciências e das tecnologias.
As ciências foram revolucionadas pela teoria de Darwin sobre a
evoluçã o das espécies.
A nova mentalidade fez emergir o interesse e a preocupaçã o pela
educaçã o.
A literatura e a arte
Durante o século XIX destacaram-se dois movimentos o romantismo e
o realismo. O realismo e um movimento caracterizado pela
representaçã o objetiva da realidade.
Na literatura- Almeida Garret e Camilo Castelo Branco
Na pintura- Turner e Constable
Na mú sica- Schubert e Chopin
Na escultura- Coubert e Robin
A arquitetura do ferro
As preocupaçõ es urbanísticas fizeram experimentar, na arquitetura,
novas funçõ es para materiais como o ferro e o vidro.
As estruturas metá licas passaram a ver-se e a ser incluídas na estética
do conjunto- Torre Eiffel, França; Ponte Maria Pia e elevador de Santa
Justa, em Portugal.
O impressionismo
Surgiu em França os impressionistas- corrente estética que considera
as impressõ es da luz e da cor e os seus efeitos na visã o do Homem,
como elementos fundamentais na pintura.
A instabilidade política como obstáculo à modernização agrícola
A guerra civil e a instabilidade política impediram o desenvolvimento
dos setores agrícola e industrial.
Só na segunda metade do século XIX é que Portugal ateve um período
calmo que ficou conhecido como Regeneraçã o (caracterizou-se pela
tentativa de modernizaçã o e progresso do país).
A agricultura continua a ser a principal atividade econó mica mas
apresentava uma baixa produtividade.
O movimento da Regeneração e o incremento dos transportes.
Destacou se no período de Regeneraçã o o ministro das Obras Pú blicas,
Fontes Pereira de Melo. Ao período que esteve no governo deu se o
nome de Fontismo.
- Construçã o de pontes, viadutos e estradas.
- A projeçã o e concretizaçã o da rede ferroviá ria.
- O estabelecimento da rede telegrá fica e do telefone.
Isto também teve consequências má s como o aumento dos impostos
que colocou o país numa situaçã o de dependência econó mica.
A ruína dos pequenos produtores e a emigração
A concentraçã o populacional fez-se sentir, principalmente, no litoral e
no interior norte do país. Esta situaçã o conduziu muita populaçã o rural
à s cidades, na â nsia de encontrarem trabalho na indú stria. Cerca de
80% da populaçã o tinha como destino o Brasil.
A difícil industrialização
O atraso na agricultura, a falta de mã o de obra e de matérias-primas
constituíram as principais razoes desta tardia industrializaçã o.
Contudo a situaçã o depois acabou por melhor, e no final do século XIX
Portugal já era um país industrializado.

Burgueses e proletariados, classes médias e camponeses


Desde finais do século XVIII, verificou-se um crescimento mais
acelerado da populaçã o mundial. A populaçã o quase que duplicou, o
que levou alguns historiadores a falarem em “explosã o demográ fica”:
- Aumento da produçã o agrícola e a maior diversificaçã o de culturas,
que trouxeram melhorias na alimentaçã o.
- Progressos na medicina com a utilizaçã o de novos medicamentos e a
aplicaçã o de vacinas (varíola, raiva e có lera).
- Progressos na higiene (vestuá rio de algodã o, novos materiais de
contruçã o, esgotos …) que contribuíram para diminuir as doenças.
Isto teve como consequência o aumento da esperança média de vida.

O êxodo rural
As alteraçõ es ocorridas na agricultura favoreceram o aumento da
produçã o mas trouxeram outras consequências: passou a haver
excesso de trabalhadores. Muitos partiram em busca de trabalho,
salá rios regulares e melhores condiçõ es de vida. Este êxodo rural é
facilitado pelo desenvolvimento dos transportes. Dado que nas cidades
nã o havia emprego para todos, muitos emigraram para a América.
Na segunda metade do século XIX, as cidades dos países onde se
implantou a industrializaçã o e o capitalismo cresceram a um ritmo
muito superior ao de outras.
Este rá pido crescimento urbano é atribuído a fatores como:
- Aumento da populaçã o.
- Concentraçã o das indú strias, do comércio e dos serviços nas cidades,
aumentando a oferta de emprego.
- O êxodo e desemprego rurais.
No final do século XIX, as cidades europeias eram vistas como símbolos
de progresso cultural, técnico e econó mico.

O género de vida urbano

- Privilegiam os bairros centrais.


- Novas vias e grandes praças.
- Ruas possuíam passeios e iluminaçã o (gá s e eletricidade, antes e
depois).
- Grandes edifícios usados para a administraçã o pú blica, para bancos,
bolsas, grandes armazéns comerciais ou prédios para escritó rios.
- Distinguem-se claramente ricos e pobres.

Sociedade e mentalidade burguesa


A sociedade de Antigo Regime foi substituída, no século XIX, por
uma sociedade de classes.
Nesta sociedade, a burguesia passou a ocupar um lugar de destaque no
comércio, indú stria e finança.
- Lidera a economia.
- Influencia o poder político, dominando as cidades e alastrando o
domínio ao mundo rural
- Pequenos e médios empresá rios e profissõ es liberais como médicos,
engenheiros, advogados, professores ou jornalistas.
- Desenvolviam-se sobretudo através da educaçã o e do funcionalismo
pú blico.
- O dinheiro era essencial para diferenciar.

A burguesia: modelo de vida


As classes médias valorizavam valores da alta burguesia:
• Família, trabalho e poupança, mas também gosto pelo bem-estar e
por alguma ostentaçã o.

O operário
A industrializaçã o e o crescimento das cidades foram acompanhados
pelo aumento do operariado e pela precariedade de vida e
estabilidade:
• As fá bricas necessitavam de mã o de obra e isso atraiu populaçã o para
as cidades.
• O êxodo rural, devido à mecanizaçã o, provocou excesso de mã o de
obra nas cidades.
• Baixos salá rios devido ao excesso de mã o de obra.
• Muitas horas de trabalho: 15 horas ou mais por dia.
• Homens e mulheres eram submetidas à s mesmas condiçõ es de
trabalho, mas a mã o de obra infantil e feminina era mais barata, por
isso, era muitas vezes preferida.
• Desvalorizaçã o do trabalho:

Condições de vida do operariado


- Trabalhavam em fá bricas sem condiçõ es de higiene e segurança.
- Viviam em casas insalubres, hú midas e mal iluminadas.
- Viviam em pequenos espaços, normalmente com famílias numerosas.
- Favorecem o aparecimento e a propagaçã o de graves doenças.
- Descontentamento e revoltas sociais.

As condições do operariado e a formação dos sindicatos


A greve passou a ser a principal arma do proletariado, contudo isto nã o
impediu que continuassem a formar-se algumas associaçõ es de
entreajuda e, mais tarde, sindicatos.

Formação/Funções sindicatos:
- No início do século XIX, surgiram, em Inglaterra as primeiras
associaçõ es sindicais.
- Alertaram os governos e a populaçã o em geral para as má s condiçõ es
em que viviam os operá rios.
- Lutaram para que os patrõ es dessem melhores condiçõ es de trabalho
e melhores condiçõ es de vida, com o apoio do governo.

Assim, a greve passou a ser a principal forma de luta. Os patrõ es


respondiam com o encerramento temporá rio das fá bricas, com
despedimentos e açõ es de repressã o. Foi através destas lutas sindicais,
com greves, manifestaçõ es e negociaçõ es coletivas, que os operá rios
desenvolveram uma consciência de classe, obtendo as primeiras
vitó rias:
- Negociaçã o de contratos coletivos de trabalho e de vida.
- Direitos como férias, descanso semanal, faltas e assistência.
- Nascimento do sistema de segurança social.
- Regulamento do direito à greve.
- Aparecimento das primeiras leis de proteçã o ao trabalho feminino e
infantil.

As propostas socialistas de transformação da sociedade

As fortes desigualdades, que marcavam a sociedade europeia do século


XIX, levaram alguns escritores e filó sofos a defender a classe média,
propondo um conjunto de medidas políticas para reformar os sistemas
econó mico e social. Pretendiam tornar o sistema econó mico mais justo.
Assim nasceram as ideias socialistas.

Karl Marx defendeu a ideia de criar o comunismo- sociedade igualitá ria


e sem classes- e no seu livro expõ e a ideia do socialismo ou marxismo.
Segundo ele o proletariado devia dominar o Estado e acabar com o
poder e a influência da burguesia.

Nasceu assim uma nova classe social, em Portugal operariado que


também tinham uma vida muito dura. Só apó s a implantaçã o da
Repú blica é que viram os seus direitos respeitados e legislados.

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